Mais uma história de Lily Evan
CAP. 2: MAIS UMA HISTÓRIA DE LILY EVANS
James Potter acordou na manhã seguinte com uma dor de cabeça desgraçada. Não havia bebido muito, mas não estava acostumado à beber whisky. Decidiu que, como era sábado, ficaria na cama até mais tarde. Com esse pensamento, virou de lado na cama. Foi um movimento confortável para ele, mas que deveria ser restrito, já que ele havia dividido a cama com alguém ontem.
Esse pensamento pareceu desconexo para James, já que não havia ninguém na cama junto com ele. Talvez tenha sido Ashley. Mas ela não havia ido com eles até o cassino.
Quase que imediatamente, o moreno sentiu um cheiro de cigarro. E uma ruiva de olhos verdes lhe veio à mente. Aquela, com certeza, não era Ashley. James abriu os olhos. Meu Deus. O que ele havia feito? Havia traido Ashley. Havia dormido com outra mulher.
Bem, mas sua memória não era das melhores naquele momento, principalmente por causa da bebida que havia engerido na noite anterior. Talvez não tivesse acontecido nada. O garoto se sentou na cama e olhou em volta.
- Ah, droga! – xingou baixinho, com a voz rouca. O quarto estava ainda mais bagunçado do que o normal. Os desenhos ainda estavam em seus lugares, a pilha de livros ainda estava no chão. Mas as cobertas, que costumavam ficar na cama, estavam espalhadas pelo chão. Suas roupas usadas na noite anterior estavam penduradas nos lugares mais improváveis. E James estava nú, sentado na cama. A janela aberta, o sol entrando. Uma camisinha usada estava na escrivaninha.
Uou! Foi a primeira coisa que lhe veio à mente. Ele, James Potter, 17 anos, havia acabado de transar pela primeira vez com Lily Evans, 26 anos. Eram quase nove anos de diferença entre os dois. Sirius precisava saber disso.
E desde quando trair a namorada era uma coisa boa? Desde quando essas coisas aconteciam na vida dele? Desde quando ele conhecia uma ruiva que adorava amantes adolescentes? Uma ruiva que não estava no quarto. Uma ruiva que não deixara as roupas espalhadas pelo quarto dele.
Devagar, James se levantou e colocou a primeira calça que encontrou, não se importando em por uma camisa. Ele procurou os óculos, que deveriam estar em cima da escrivaninha, mas que estavam pendurados na maçaneta da porta. O moreno balançou a cabeça negativamente, se recusando a se perguntar como seus óculos haviam ido parar ali.
- Lily? – ele perguntou enquanto abria a porta e caminhava pelo corredor em direção à cozinha. Ninguém na cozinha. – Lily? – James chamou de novo, olhando a sala. Ninguém na sala. Não chamou uma terceira vez, apenas bateu na porta do banheiro, esperando resposta, mas, como era de se esperar, ninguém respondeu. Ele entrou.
Nada havia mudado naquele comodo especifico. Apenas havia um pedaço de papel colado no espelho:
Prazer em te conhecer,
Lily
Ah, sim. Ela havia transado com ele e ido embora. Típico. Mas James, por incrivel que pareça, sorriu. Porque ele não conseguia se arrepender?
X&X
Lily Evans abriu a porta do apartamento que dividia com Marlene McKinnon e suspirou, aliviada por ter chagado em casa. Seu estado denunciava o que andara fazendo durante a noite. Seu cabelo estava despenteado, seu vestido estava torto em seu corpo e ela estava descalça, carregando os sapatos na mão. Estava exausta.
Fechou a porta atrás de si e largou os sapatos perto da porta. Olhou em volta. O apartamento não era igual ao de James em nenhum aspecto: havia uma sala de estar com dois sofás enormes, uma TV enorme, um tapete persa, uma mesa de centro, uma poltrona de couro preto, um piano de calda no canto; cozinha com bancada, mesa para seis pessoas, um fogão, um microondas, uma geladeira, um armário grande, uma máquina de lavar louça; uma biblioteca com duas mesas de estudo, poltronas de couro vermelho; três quartos com banheiro embutido; um escritório.
Mal parecia um apartamento, de tão grande. E Lily não gostaria de relembrar o preço pago por ela e por Marlene para morarem ali.
Começou a se encaminhar pelo apartamento, indo em direção ao seu quarto, aonde pretendia descansar. Porém não teve tempo de dar dois passos, pois a porta do quarto de hospedes se abriu e de lá saiu um garoto de aparentemente dezesseis anos. Ele parou e olhou interrogativamente para Lily.
A ruiva examinou o moreno de cima à baixo, descobrindo que, a seu ver, ele deveria estar de ressaca.
O garoto a ignorou e entrou de volta no quarto, optando por usar o banheiro. Lily o reconheceu; era o moreno que entrara com James no cassino na noite anterior. Será que Lene havia passado a noite com ele, assim como ela e James?
- Lene? – Lily chamou, desistindo do descanso e indo se sentar na bancada da cozinha.
Esperou alguns segundos até Marlene sair de dentro do escritório com uma xícara na mão, que depositou na pia. Depois virou-se, olhando para Lily interrogativamente, com uma sobrancelha arqueada. Lily notou que havia um lápis na orelha dela, o que significava que a morena estava desenhando. Marlene era estilista.
- Onde você estava, Lil’s? – perguntou.
- Estava na casa de um amigo. – a ruiva respondeu inocentemente.
Marlene soltou uma gargalhada gostosa.
- Quem foi o homem de sorte? – questionou, servindo uma xícara de café para Lily.
- O bonitão que saiu comigo.
A boca da morena se escancarou.
- Aquele que você disse que ia levar em casa?
- Acertou. – respondeu, fingindo fazer uma referência.
- Você quer ir para a cadeia?!
- Porque?
- Ele tem... o que? Dez anos?!
- Dezessete. – disse Lily com um olhar excandalisado, como se dissesse “exagerada”.
- Não interessa! Ele é menor de idade.
- Olha só quem esta falando. Acha que não vi o bonitinho que estava no quarto de hóspedes?
Marlene parou e encarou Lily.
- Acha que eu dormi com ele?
Lily deu de ombros, mostrando que não se importava.
- Lil’s, esse garoto estava jogando poker comigo ontem e se embebedou tanto que acabou desmaiando em cima de mim. Então eu o trouxe para cá.
- Você pode ser denunciada por rapto. – alertou.
A morena suspirou e se sentou do outro lado da bancada, de frente para Lily. Observou a ruiva entortar a xícara de café na boca e engolir o líquido todo de uma vez.
- Por um momento achei que tinha ido dormir com o Tommy outra vez. – riu sendo seguida pela amiga. Tommy era o personagem principal que Lily havia usado em seu ultimo livro, um menino de rua que dormia em um barracão com mais nove crianças.
Para desenvolver o livro sobre o assunto, Lily havia dormido durante uma semana com Tommy e as outras crianças. Vivendo com elas. O livro fora um sucesso e Lily se tornara amiga das crianças que moravam lá. Assim como acontecia com todos os personagens que Lily usava em suas histórias.
Lily Evans era uma escritora fantástica por que baseava todas as suas histórias em suas próprias experiências, ou seja, tudo o que havia em seus livros eram fatos que já haviam acontecido com ela.
Marlene se lembrava perfeitamente de Tommy e seus amigos do barracão, sem contar os outros personagens que Lily usara tantas outras vezes. E era por isso que ela se preocupava com a amiga ruiva. Se um dia Lily escrevesse um livro sobre assassinato, era capaz de ter matado alguém. Todos os seus livros eram baseados em suas experiencias e nem sempre isso era bom.
- Qual é o nome dele? – Marlene perguntou.
- James Potter. – disse acendendo um cigarro.
- Lil’s – começou Marlene, agarrando o cigarro da mão de Lily e jogando pela janela. Não gostava quando ela fumava no apartamento. – Por favor, me diga que James não é seu novo personagem. – implorou.
Lily riu, divertida.
- Não posso dizer isso. – respondeu a ruiva.
Marlene suspirou.
- Livro sobre o que?
- Romance.
A morena franziu a testa.
- Da última vez que voce escreveu um romance, não deu muito certo. – avisou Marlene.
- O livro foi um sucesso. – retrucou Lily.
- Sim. Mas você se lembra da personagem principal?
- O que tem a Katherine?
- Bem, você transou com ela, escreveu um romance incrível, mas Kate se apaixonou.
Lily bufou, contrariada.
- Eu sei. – concordou. – Mas você também deve se lembrar de que eu pedi desculpas por tudo e nós três agora somos amigas.
- Sim, mas...
- E ela é pessoa que mais apoia o meu trabalho.
- Também, mas...
- Marlene. – interrompeu Lily. – Não vai acontecer de novo. Dessa vez eu escolhi a dedo.
- Você disse a mesma coisa com a Katherine.
- Desse vez é sério.
Marlene revirou os olhos, se lembrando que Lily havia dito a mesma coisa com Katherine, mas não expressando o pensamento.
- Por que tem tanta certeza de que vai dar certo?
- James tem namorada.
- O que?!
- Não grite. Temos um hóspede no quarto ao lado.
- Ele tem uma namorada?! Ficou louca?!
- Pense pelo lado bom. James já ama alguém, então não terá perigo de ele se apaixonar.
- Seu raciocinio me assusta.
- E o seu me decepciona.
Marlene massageou as temporas, se contendo para não estapear a amiga.
- Sabe, Lil’s, você é complicada.
- Acha mesmo?
- Afinal, o que você é?
- O que quer dizer com isso?
A morena encarou Lily com preocupação.
- O mundo é divido por bissexuais, homossexuais e héterossexuais. Em que grupo você se enquadra? – Marlene perguntou. Lily olhou para a xícara pensativamente, fazendo a amiga se perguntar se ela estava pensando em pegar mais café ou se estava considerando a pergunta. – Você não é normal.
- Nesse caso, o que sou? A que grupo eu pertenço?
- Você é um caso à parte. Não é hétero, nem lésbica e arrisco dizer que também não é bissexual. Você apenas gosta de sexo.
Lily riu alto com o comentário.
- Oh, meu Deus, estou prestes a iludir um garoto menor de idade, e Marlene McKinnon se questiona sobre minha opção sexual! Em que mundo estamos?! – disse como se estivesse impressionada
Marlene olhou de cara feia para a amiga.
X&X
Sirius Black saiu da casa de Marlene McKinnon perto das duas da tarde, tomando um táxi e indo para a casa de James, para aonde ele havia ligado e marcado de almoçar. O táxi havia sido pago por Marlene para levá-lo aonda bem entendesse. Sirius recusara com veemencia, mas acabara aceitando. Cortesia da casa, Marlene dissera.
Aquela não fora a melhor noite de sua vida. Lembrava-se de estar jogando poker e perdendo para a morena charmosa ao seu lado. Lembrava-se também de gastar totalmente o seu dinheiro em todos os copos de whisky que pudera tomar, vomitando o jantar naquela mesa de madeira polida e desmaiando no colo de sua parceira. E ele que pensara em levá-la para seu apartamento.
Acordou no dia seguinte em uma cama desconhecida.
Chegou em frente ao prédio onde morava James e desceu do táxi, entregando o dinheiro de Marlene ao homem gordo e loiro. Assim que o carro se afastou, Sirius atravessou a rua e entrou no prédio, cumprimentando o porteiro.
Ele respirou fundo para se preparar e começou a subir os degraus que levavam ao apartamento trinta e dois. Suas pernas já estavam moles e seus musculos duros quando chegou lá, a respiração entrecortada pelo esforço. Bateu na porta três vezes, não prestando muita atenção no que estava fazendo.
A porta foi aberta por um moreno um tanto descabelado, vestindo apenas uma calça qualquer. Estava sem camisa.
Sirius revirou os olhos.
- Ponha uma camisa, ou vai acabar furando o olho de alguém. – avisou passando pelo amigo e indo se sentar no sofá da sala.
James fechou a porta e trancou a mesma à chave, se dirigindo para o sofá, onde se sentou ao lado de Sirius.
- Não estou com cabeça para isso hoje. – respondeu James, passando a mão pelo cabelo desarrumado e ajeitando os óculos.
Ao fazer tal movimento com os cabelos, James sentiu um cheiro estranho e familiar, fazendo o garoto corar. Isso não passou despercebido à Sirius, que também sentiu o cheiro e, como tinha mais experiência no assunto, reconheceu imediatamente.
- Ela finalmente cedeu, foi? – perguntou um Sirius debochado.
- Ela quem?
- Ashley – respondeu com um sorriso maior ainda. Mas percebendo que James estava confuso, resolveu repetir. – Ashley. Sua namorada. Ashley esteve aqui?
James balançou a cabeça de um lado para o outro, tentando esquecer esse nome e se culpando por ter esquecido de Ashley.
- Não, Ashley não esteve aqui.
Sirius franziu o cenho.
- Mas eu sinto cheiro de gozo. Se você não transou, o que fez então?
O moreno observou o amigo soltar um gemido de desgosto e começou a ficar confuso com aquela conversa.
- Não foi com a Ashley que eu... que eu... você sabe.
A boca de Sirius se escancarou quando ele finalmente entendeu o que James estava querendo dizer. E ao mesmo tempo, não conseguia acreditar. James nunca havia transado. Ele e Ashley estavam planejando perder a virgindade juntos fazia cerca de três meses. E tem mais: James sempre fora um cara fiel.
- Ah, meu Deus! – exclamou Sirius. – A Ashley agora tem uma galhada. – disse e começou a gargalhar alto.
- Não tem graça, Almofadinhas!
- Como não?! – ele perguntou, rindo ainda mais. – Quem era?
- Quem era o que?
- A mulher que tirou sua inocência! – depois parou pensativamente. – Foi uma mulher, não foi?
James revirou os olhos e bufou.
- Era uma ruiva que estava conversando comigo no bar ontem.
- Não me lembro de tê-la visto.
- Ela me trouxe em casa.
- Jura?
- Sim.
- E...?
- Começamos a conversar sobre os meus desenhos e ela quis ver. Então, sem a minha permissão, ela foi entrando no meu quarto.
- E ai você agarrou ela!
- Não. Foi ela que me agarrou.
- Jura?
- Sim.
- E...?
- Eu juro que não queria. Tentei de tudo para que ela saísse de cima de mim, mas não deu. E quando ela finalmente estava indo embora, eu... não me aguentei e não deixei. – James estava com uma cara um tanto culpada naquele momento. – E ai você já sabe.
- Ah, eu sei. A tesão sempre fala mais alto.
- ESTOU FALANDO SÉRIO!
- Eu também. – disse, mas vendo a cara de James, ele parou com a graça e mudou de assunto. Quase. – Qual era o nome dela?
- Lily Evans.
- Ela já foi embora, ou sou capaz de encontrá-la no quarto, nua, deitada na cama?
- Já foi embora. Nem eu vi ela indo embora. – resmungou James. - Eu acordei e ela não estava no quarto. Não estava na cozinha, nem na sala, nem no banheiro.
Sirius riu.
- E onde ela estava?
- Estou procurando até agora.
- Então pode parar de procurar, amigo. Eu a vi hoje de manhã.
- Você a viu?
- Sim. Estava na casa daquela morena com quem eu estava jogando poker ontem.
James franziu a testa.
- As duas são amigas?
- Parece que moram juntas.
O moreno de óculos pareceu refletir.
- Espere. – disse. – O que você estava fazendo na casa da amiga da Lily?
- Ah, diferente de você, eu não transei a noite toda. Fiquei bebado e cai no colo dela.
- E qual era o nome dela?
- Marlene McKinnon. Eu estava planejando nunca mais falar com ela, mas se quiser falar com a tal Lily Evans, posso te levar até o apartamento delas.
James balançou a cabeça negativamente.
- Não, obrigado. Não quero mais ter contato com a ruiva. Já arrumei confusão demais com a Ashley.
- Não haverá confusão se você não contar à Ashley.
- Acha que não devo?
- Sinceridade demais nunca é bom.
X&X
N/A: terminei o segundo capitulo! Sou foda. Betagem zero, estou sem paciencia de reler o texto e panz, mas se tiver errinhos de portugues, é só me avisar nos coments. Pois é pessoal, o capitulo só ia sair na semana que vem, mas acontece que meu pai não liberou uma festa hoje, então eu corri para o computador, me refugiar atras das minhas histórias mais uma vez. É isso ai. Vida complicada. Mas, em compensação, vou começar a ler “Quadribol através dos séculos”. Adoro.
Enfim, já falei demais coisas que não tem absolutamente nada a ver com fic, por isso vou parar de encher o saco do pessoal e deixar um espacinho de tempo para comentar. Gyes, comentar faz bem pra saúde, excesso de pegada é que faz mal (isso é pra voce, Lucas), por isso parem de agarrar os namorados/namoradas de voces e vamos comentar pra exercitar os dedinhos.
Um grande beijo para o povinho aqui da FeB.
Comentários (2)
\O/ Capitulo maravilhoso, Lily é muiiiiiiiiito louca, não esperava que fosse tão louca assim, mas gosto disso. E o James perdeu a linha com a ruiva, já que ele era fiel...Sirius bobeou kkkk achei graça da conversa delas duas, o capitulo realmente foi muito bom, eu amei ele *---------------------*bjoos!
2012-10-30Heiii garoto... adoro UA e to lendo... agora basta postar rapidinho hein! bjs!
2011-10-13