Amor de verdade
Capitulo 10
Amor de verdade
Fim de novembro chegou frio. O gramado já não era tão bonito de se visitar. Já estava ficando gélido visitar o gramado de Hogwarts. Era uma coisa que Drew, Alicy e Cristopher adoravam fazer. Alvo odiava, porque sempre que descia, deparava com Elizabeth aos beijos com Bruno.
- Supera isso cara! – comentava Drew toda vez que via o amigo vermelho quando olhava sua ex com outro.
Ele não conseguia. Principalmente porque não tinha ninguém para ajudá-lo nessa missão. Alicy agora, quando podia, beijava Drew loucamente. Alvo e Cristopher ficavam parados ali, sem poderem fazer nada.
A primeira aula do dia vinte e nove de novembro era de Defesa Contra as Artes das Trevas. Por sorte, era com os alunos da Sonserina. Alvo acordara no horário típico, e sempre deparava com Rosa aos beijos com Escórpio na porta de entrada do salão.
Os alunos do segundo ano sempre desciam juntos, exceto Elizabeth, que corria para se encontrar com Bruno. Isso matava Alvo por dentro, e às vezes, por fora.
Eles sempre encontravam Tiago, Lílian, Hugo, Cassie e Jones. Todos se acomodaram para tomar seus típicos cafés da manhã. Elizabeth não estava na mesa e Alvo achou aquilo curioso. Levantou, mas uma mão segurou seu pulso.
- Aonde você vai? – perguntou Alicy, querendo manter a imagem de namorada ciumenta.
Alvo, percebendo que se falasse a verdade, estragaria todo o disfarce. Pensou rápido em uma desculpa e finalmente desabafou-a.
- Preciso ir ao banheiro. – mentiu.
A garota soltou seu braço e voltou à atenção para o café. Alvo seguiu caminho até o Saguão de Entrada. Nem precisou subir muitos degraus quando deparou com Elizabeth sentada num degrau com Bruno. O casal estava aos beijos.
Quando os dois viraram o olhar para o garoto, ele virara as costas e voltara para o Salão Principal. Ele estava em uma cor misturada de branca com vermelha.
- O que aconteceu? – perguntou Drew curioso.
- Nada. – respondeu seco.
A aula de Transfiguração era após o almoço, o que não demorou muito. Os alunos do segundo ano da Grifinória teriam tal aula com os da Corvinal. Alvo odiara tal decisão.
Ele, Drew, Alicy e Cristopher subiram para o primeiro andar. Eles estavam almoçando e já foram direto para a sala. A professora Regianna aguardava os alunos na porta de sua sala.
Ela era alta, magra, tinha os cabelos negros que brilhavam com a luz do fogo que estava num pilar na parede contrária da professora. Seus olhos verdes brilhavam, também, ao ver os garotos se aproximarem.
Eles entraram na sala e Alvo puxara Alicy para uma mesa, se não ela iria sentar com Drew. Ele ficou com Cristopher. A professora passou e fechou a porta. Quando Alvo olhou para trás para ver tal cena, se deparou com Elizabeth cochichando no ouvido de Bruno.
- Boa tarde. – falou calmamente a professora, e fora seguido por um coro de cumprimentos.
A professora caminhara até uma porta, que estava fechada, e abriu-a. Vários animais saíram de lá, como corujas, gatos, ratos, morcegos, entre outros. Alvo viu sua fuinha, Toby, correr para o dono e subir em cima de sua mesa. Os outros animais fizeram o mesmo com seu dono.
Alicy tinha uma coruja pequena e uma cor bege. Drew tinha um gato branco que brilhava com a luz do sol que adentrava pela vidraça. Cristopher tinha um morcego típico e Elizabeth uma coruja cinza com uns traços brancos.
Uma serpente se enrolava em um pilar fino que estava à frente da professora. A serpente se enrolava calmamente no pilar. Regianna estava com a varinha em mãos quando começara a falar.
- Vou-lhes ensinar um feitiço pratico. Ele transformará seus animais em cálices de água. O nome do feitiço é simples, chama-se Vera Verto. Observem.
A professora apontara a varinha para a cobra, contara até três, dando em cada segundo um cutuque com a varinha na serpente e então murmurara o feitiço. A cobra grossa e verde se transformara em um cálice de vidro incolor.
Alguns alunos ficaram admirados com tal feito. Outros nem tanto. Os mais interessados tentaram fazer o feitiço sem a professora mandar.
- Precisa falar com clareza, Richard. – comentou a professora vendo o feito do garoto da Corvinal falhar. – Podem fazer!
Rosa, como sempre, conseguira de primeira. Elizabeth a acompanhou, em segundo lugar. Drew fora o terceiro. A partir daí todos foram conseguindo, às vezes juntos, às vezes consecutivamente.
A aula de Transfiguração acabara e os alunos da Grifinória agora subiam para o quarto andar, onde pegariam os materiais para a aula de Estudo dos Trouxas. Alvo procurava Elizabeth na saída da sala, mas percebera que a garota já sumira.
Ele já estava no segundo andar quando avistou Elizabeth encostada da mureta do quarto andar, parecia que seus olhos fixavam no corredor. Por impulso, Alvo gritara.
- ELIZABETH! EU TE AMO! – fora um ato sem pensar.
Ao fazer isto, Bruno aparecera ao lado da garota. Sorte de ambos que não tinha quase ninguém na escadaria. Alvo e Elizabeth coraram. Bruno lançara um olhar bravo para Alvo.
- Ah, me desculpe... – se desculpou Alvo e saiu correndo, entrando no corredor do quarto andar.
Ele entrou no Salão Comunal, e subiu direto para o dormitório. Drew o seguira, ele estava no Salão Comunal. O amigo de Alvo chegara ao dormitório, que estava vazio, a não ser por Alvo, sentado em sua cama.
- O que aconteceu? – perguntou Drew.
Alvo começara a chorar. Não erguera o rosto para Drew, quando o amigo se aproximara.
- Ela...eu...
- Se acalme Alvo.
Drew sentara ao lado do amigo e passara seu braço pelos ombros de Alvo.
- Ela sabe que eu a amo, mas ela finge que nada acontece. – desabafou aos soluços.
Eles ficaram alguns instantes em silêncio. Até que Alvo quebrara-o comentando.
- Eu amo Elizabeth demais. Você não tem noção.
Drew ainda estava processando o que falar.
- Vamos, limpe esse rosto e vamos para a aula de Estudo dos Trouxas.
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