O perdão
Capitulo 9
O perdão
Passaram dois dias após o incidente no Salão Comunal da Grifinória, do segundo ano. Drew ainda não saiu da Ala Hospitalar. Alvo estava muito triste, nervoso e medonho ao mesmo tempo. Achou que deveria contar ao amigo o que fizera.
- Ele nunca te perdoará.
Alicy sempre alertava Alvo toda vez que ele tocava no assunto de visitar o amigo e lhe contar toda a verdade. Drew um dia saberia a real história, e talvez pudesse ser a última vez que ele escutaria algo de Alvo. Com certeza iria ignorar tudo o que vinha em nome de Alvo.
Elizabeth visitara Drew muitas vezes todos os dias, mas ela não levantara uma só palavra para seu ex-namorado. Alvo estava começando a pensar que a garota ficaria sem falar com ele.
Alvo, Alicy e Cristopher, agora, se juntavam no salão para refeições e também em trabalhos. Eles estavam tomando um café da manhã simples quando Cristopher comentou.
- Ele não sairá de lá hoje.
Era o terceiro dia do garoto na Ala Hospitalar. Alvo estava começando a acreditar que seu amigo queria ficar lá de propósito. Apesar de estar super mal ainda. Alicy sempre contava os detalhes de Drew para seu namorado. Cristopher também era outro que visitava muito Drew.
Estava frio demais em tal dia. Eles subiram para o Salão Comunal para pegarem mais um casaco, principalmente por causa da aula de Poções. O trio desceu para as masmorras, onde o frio dominou o corpo dos alunos.
Horácio Slughorn, professor de Poções, aguardava os alunos na porta de sua sala com um sorriso fraco no rosto. Não parecia extremamente animado. Estava vestido com um casaco verde escuro que não dava para ver se usava uma camisa por baixo. Vestia também sua calça preta e extremamente folgada. O relógio de bolso pendurava pelo bolso da calça. Calçava uns sapatos grandes e mal cuidados.
Ele acompanhou os alunos, que se acomodaram na sala, e começou a chamada. Não questionou quando chegou ao nome de Drew e ninguém respondera. Com certeza sabia que o aluno estava no hospital. Ele finalizou a chamada e passou o olhar pelos alunos, ainda com o sorriso fraco.
- Hoje vamos aprender sobre o Veneno de Cocculus. Essa poção, ou veneno, pode causar um envenenamento não muito forte, mas também não muito fraco. Abram na página cinqüenta e nove e vejam os ingredientes necessários.
Os garotos fizeram o que o professor mandou.
Veneno de Cucculus
Conhecida por causar um médio envenenamento. Seu ingrediente é apenas uma folha da planta “cucculus”, encontrada mais em locais escuros e úmidos. O modo de preparo é bem simples, apenas coloque as folhas numa água e deixe ferver por trinta minutos.
Quando Slughorn percebeu que todos acabaram de ler, ele se erguera da cadeira e falara.
- Agora vocês têm a missão de procurar uma folha de cucculus, trazê-la e preparar o veneno. Vão, já!
Alguns alunos saíram correndo, como Rosa. Outros esperaram um pouco o tumulto passar para procurarem. Único lugar seco e úmido que conseguiram imaginar era a Floresta Proibida, ou então, na estufa três. Mas eles não teriam permissão de entrar em ambos os lugares.
- Vamos perguntar ao professor Neville. – comentou Alicy.
Cristopher e Alvo concordaram com a cabeça e correram atrás de Neville. Ele lhes informou que não precisa entrar na floresta, era só pegar as folhas que tinham na entrada da mesma.
O relógio batera nove horas da manhã quando Alvo finalizara seu veneno. Apenas Rosa e Cristopher haviam terminado. Agora eles subiam para o Salão Comunal, onde teriam uma aula vaga.
- Eu vou falar com ele. – falou Alvo quando entraram no salão.
- Ele não irá te perdoar. – repetiu Alicy.
Cristopher não entrara na discussão, pois sabia que sobraria para ele.
- Eu vou! Eu preciso falar a... – antes que pudesse terminar a frase, Elizabeth adentrara no salão, com uma cara malvada que lançou a Alvo.
O garoto não recomeçou a discussão com sua namorada, apenas virou as costas e saiu. Alicy o seguiu. O garoto não ouvia sua namorada o chamar enquanto caminhava nas escadas. Ele seguiu o caminho para a Ala Hospitalar onde faria, ele esperava, as pazes com seu amigo.
- Espere! Você vai estragar tudo! – bradava a garota quando eles entraram no corredor do andar da ala. Ela não parava de olhar para trás para ver se Elizabeth os seguiam.
Drew estava sentado na cama da Ala Hospitalar quando Alvo chegou escancarando a porta com Alicy aos seus calcanhares.
- O que está acontecendo? – indagou Drew.
- Vou lhe contar tudo. – retrucou Alvo.
Drew fez o que Alvo pedira. Agora olhava ansioso para o amigo e Alicy.
- Meu namoro com Alicy é uma farsa.
Por um momento, Alvo pensara que Drew tivesse alguma reação. Poderia ao menos ter dado uma risada. O silêncio foi mais mortal do que qualquer outra coisa.
- Co...Como assim? – gaguejou confuso.
- Era só pra passar ciúmes em Elizabeth. – falou Alvo lançando um olhar para Alicy como se indicasse que ela falasse que eram apenas ciúmes a outro garoto.
- Então vocês não namoram de verdade? – perguntou Drew já mantendo a calma.
- Não.
Aconteceu muito rápido. Alvo levara um soco na cara de Drew. O ato causou uma dor enorme no rosto do Potter. Ele levantou com a mão no rosto e olhava confuso para Drew.
- Mas... Por quê?
- Isso foi pelo o que você fez comigo.
Eles ficaram se entreolhando, até que Drew tomou a iniciativa. Abraçou o amigo, que agora seus olhos se encheram de lágrimas.
- E isso, foi porque eu te perdôo.
Alicy caiu no choro ao ouvir tal frase, mas Drew fora consolar a amiga. Quando finalmente cessou a choradeira, voltou à atenção para Alvo,
- Então vocês vão acabar com isso, certo?
- Sim – falou Alicy, mas ao mesmo tempo, Alvo falara “não”.
- Olha, vocês poderão namorar, mas eu e Alicy temos que fingir que somos namorados. Por favor, lhe imploro. – pediu o garoto.
- Nada de beijos nos corredores. – falou Drew.
- Nem de agredir por orgulho. – completou Alicy.
- Tudo bem, você anda com a gente, mas eu e ela teremos de andar juntos. Como namorados.
Os dois concordaram com a maluca idéia de continuar com esse falso namoro. Além de que Alicy conseguira passar ciúmes na pessoa que queria: Drew.
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