Reencontro
No dia seguinte Hermione antes do seu despertador tocar, estava totalmente ansiosa com essa viagem a Itália. Ela quase não conseguiu acreditar quando o ministro a chamou para contar que um representante do ministério da magia italiano, que tinha visitado a Inglaterra, ficou muito interessado no projeto da F.A.L.E e tinha conseguido agendar uma visita dela com o ministro da magia de lá.
Quando a morena criou a F.A.L.E em seu quarto ano de Hogwarts nunca poderia imaginar que a sua luta pela liberdade dos Elfos poderia chegar a um outro lugar que não fosse a Inglaterra. Talvez a mentalidade dos bruxos estivesse mesmo mudando.
Foi até o banheiro tomar banho e colocou a roupa com a qual ia viajar, sua mala já estava pronto, só esperando partir para o aeroporto. Foi até a mesinha que ficava ao lado da sua cama e de lá retirou três fotos, não poderia viajar para outro país sem elas.
Na primeira estava Bonnie com quatro anos de idade brincando em uma pracinha que ficava ali perto, a menina parecia estar se divertindo muito. Na outra podia ver ela mesma, juntamente com Rony na maternidade trouxa, segurava a filha, que tinha nascido a apenas poucas horas. Já na última estava o trio de ouro quando ainda estavam em Hogwarts, eles sorriam, sem imaginar que as coisas não seriam mais assim em questão de apenas três anos.
Hermione sorriu enquanto admirava aquela terceira foto. Passou a mão pelo rosto do moreno que estava do seu lado direito, seu melhor amigo, Harry James Potter.
Aonde será que ele estava agora? Será que ele estava bem? Será que ainda se veriam de novo? Para essa última pergunta ela sabia muito bem qual era a resposta, não! Harry tinha deixado isso bem claro quando se despediram naquela tarde de domingo.
*Flash Back*
Era um dia bem tranquilo como em qualquer outro domingo. Todos estavam reunidos na Toca para o tradicional almoço em família. Enquanto a senhora Weasley terminava de fazer a comida, o restante estava na sala conversando animadamente.
- Sabe Rony! - Fred comentou de repente – Você está mesmo de grande ajuda lá na loja, principalmente agora que abrimos uma filial da gemialidade Weasley em Hogsmead.
- Fico feliz em ajudar! - deu de ombros – Até por que, vocês me ajudaram, não estava com a menor vontade de ir trabalhar no ministério da magia.
- Rony! - o ruivo mais novo recebeu um tapa de leve da esposa – Isso não é uma coisa que se diga.
- Mas eu estou falando a verdade! - a olhou totalmente chocado – Nunca tive vontade de trabalhar no ministério da magia, estou feliz na loja com os meus irmãos.
- É isso ai irmãozinho, está aprendendo uma coisa com a gente – foi a vez de Jorge dar um sorriso maroto – Eu e Fred andamos conversando e estamos querendo te fazer o nosso sócio, isso se você quiser, é claro.
- É claro que eu quero! - respondeu, imediatamente – Está vendo Mione, eu não sou um completo inútil como você sempre fala.
- Nunca disse que você era um completo inútil! - corrigiu – Só acho que você deveria se interessar por uma carreira no ministério, é muito mais estável do que trabalhar em uma loja de logros e brincadeiras.
- Passei toda a minha vida vendo o meu pai sair para trabalhar todos os dias e passar todo o tempo atrás de uma mesa! - revirou os olhos – Talvez sirva para alguma outra pessoa, mas não para mim.
- Para mim isso serve perfeitamente – a morena completou – E tente não falar muito isso em voz alta, ela pode te ouvir – ela passou a mão pela sua enorme barriga de seis meses de gravidez – Sei que você não quer dar um mal exemplo para a nossa filha antes mesmo dela nascer.
- Vou ser o melhor exemplo para a nossa filha, você vai ver, vai ficar orgulhosa de mim – garantiu – Mas não preciso ser chefe de nenhum departamento do ministério para isso – deu um beijo na bochecha da esposa sem retirar a mão na barriga dela.
- E então, Gina! - Harry virou-se para a única filha dos Weasleys, tentando desviar o assunto – Você vai mesmo para os Estados Unidos.
- Sim! - respondeu – O hospital bruxo de Nova York me ofereceu um excelente emprego, não poderia desperdiçar essa oportunidade.
- Sem dúvida! - ele concordou com a cabeça – É mesmo uma grande oportunidade. Quero dizer, você vai morar sozinha e em um outro país, vai fazer com que você cresça, sem dúvida.
- Mas ela vai fazer uma grande falta – foi o senhor Weasley quem disse – Principalmente para a mim e para Molly, afinal, ela é a nossa única garotinha.
- Nem me fale sobre isso! - Gia revirou os olhos – Mamãe tem falado sobre o quanto eu vou fazer há semanas, nem imagino como vai ser quando eu for embora mesmo.
- Você vai entender como é que a sua mãe se sente, quando você também for mãe! - Hermione disse para a cunhada – Minha filha ainda bem nasceu, mas eu não consigo imaginar como vai ser quando ela for embora de casa, vou sofrer muito.
- Por isso que ela só vai namorar depois dos trinta! - Rony completou – Isso deve fazer com que ela demore mais para sair de casa.
Todos começaram a rir. Foi nesse momento que a senhora Weasley apareceu na porta da cozinha.
- Com licença! - disse – Mas o almoço já está pronto.
Todos foram na direção da cozinha e se sentaram em frente a mesa antes de começarem a comer. Estava tudo maravilhoso, como sempre e todos repetiram, no mínimo três vezes.
- Eu tenho um comunicado a fazer! - Harry disse depois que todos terminaram de comer a sobremesa – Preciso da atenção de todos..
- Pode falar Harry querido! - a senhora Weasley disse – Estamos todos te ouvindo atentamente.
- Acontece que a Gina não é a única que está indo embora da Inglaterra! - explicou – Pedi demissão do departamento de aurores e estou saindo de viagem amanhã.
- O que? - todos perguntaram ao mesmo tempo.
Passei grande parte da minha vida preso na casa dos Dursleys e os único momentos em que me senti livre foi no mundo bruxo – explicou – Está na hora de eu explorar o mundo, como nunca pude fazer.
- E para onde você vai? - a matriarca da família perguntou, algumas lágrimas já se formando no canto do seu olho.
- Primeiro vou viajar pela Europa e, talvez Ásia, depois passo pela América do norte – explicou – Depois eu decido aonde vou ficar.
- E não pretende voltar para a Inglaterra? - perguntou mais uma vez.
- Talvez um dia! - explicou – Mas, no momento, não tenho nenhum plano para isso, quero respirar ares novos.
Ele se despediu de todos e disse que ainda precisava arrumar as suas coisas antes de sair de viagem no dia seguinte. Quando estava saindo pelo jardim da Toca, ouviu passos atrás de si.
- Você não pode estar fazendo mesmo isso! - virou-se e encontrou Hermione – Não pode estar mesmo indo embora.
- Eu estou indo embora! - apontou para si mesmo! - Acho que deixei isso bem claro quando expliquei isso lá dentro agora mesmo.
- Você não pode me deixar! - segurou o braço do amigo – Eu preciso de você, sabe muito bem disso, disse isso milhares de vezes.
- Você não precisa de mim! - se afastou dele – Você tem os seus pais, os Weasleys e o seu marido, o pai da sua filha.
- Sei que pode parece egoísmo da minha parte! - ela começou a chorar – Mas preciso de você ao meu lado, mesmo sabendo que estou com o Rony e jamais iremos ficar juntos de novo.
- Você deveria ter pensado nisso antes! - deu de ombros – Antes de ter escolhido ficar com ele.
- Eu não tinha escolha! - apontou para a própria barriga – E você sabe muito bem disso.
- Você tinha escolha sim! - lembrou – Eu te dei uma escolha no momento em que disse que estava grávida, mas você já tinha feito a sua opção.
- Acha mesmo que eu estou gostando disso tudo? - olhou bem séria para ele – Que eu fiquei feliz em ficar grávida do meu ex-namorado com quem agora eu estou casada?
- Não estou dizendo isso! - passou a mão pelo rosto da amiga para poder enxugar as suas lágrimas – Eu te chamaria para ir comigo, mas não faço isso pelo Rony. Ele merece ver a filha nascer e, no fundo, você também quer estar ao lado dele nasce momento.
- E também quero você do meu lado nesse momento! - completou – E você prometeu, para mim e para o Rony, que estaria ao nosso lado quando o bebê nascesse.
- Queria muito cumprir essa promessa, mas não consigo! - explicou – Não sabe o quanto é difícil para mim ver vocês dois juntos.
Hermione não disse mais nada. O moreno se aproximou e deu um beijo no topo da sua testa.
- Tchau Mione! - deu um fraco sorriso – Boa sorte, com tudo.
Então, ele aparatou, deixando sua melhor amiga chorosa para trás.
*Fim do Flash Back*
Essas lembranças ainda faziam os olhos de Hermione se enxerem de lágrimas, era muito doloroso não ter visto mais o amigo desde aquele dia.
Limpou as lágrimas, aquele não era um momento para ficar triste, estava começando uma nova etapa na sua vida, de grande alegrias. Guardou as fotos e foi para o andar debaixo e encontrou os seus pais na cozinha tomando café da manhã.
- Bom dia , minha filha! - o senhor Granger deu um enorme sorriso ao vê-la – Pelo jeito, você caiu da cama hoje.
- Estou muito ansiosa com essa viagem! - explicou enquanto pegava uma torrada e passava geleia de morango – Nem sei como foi que eu consegui dormi hoje de noite.
- A morena começou a comer a sua torrada com a geleia e também se serviu de um pouco de café.
- Vai ser tão estranho essa casa sem você, Hermione! - a senhora Granger comentou, de repente.
- Só vou ficar alguns dias fora, mãe! - lembrou – Antes que vocês percebam, já vou estar de volta. Nem vai dar tempo de sentirem a minha falta.
- Nós já estamos acostumados a te ver todos os dias aqui – lembrou – E a Bonnie também, claro. É muito bom ter ela correndo aqui por todos os cantos.
- Também acho! - a mulher não pode deixar de sorrir – Pensei em deixá-la aqui com vocês enquanto eu estou fora, mas tenho certeza de que ela e o Rony vão se divertir muito.
- Você fez muito bem, minha filha! - a mulher concordou – Bonnie precisa do pai por perto, principalmente por que se você for mesmo trabalhar na Itália, ela não vai vê-lo todos os dias.
- Acho melhor eu terminar logo de comer isso – avisou antes de olhar para o relógio de pulso – Tenho que chegar ao aeroporto duas hora antes do vôo.
- Se você quiser eu posso te levar ao aeroporto, minha filha! - o senhor Granger sugeriu – Assim, você não precisa chamar um táxi.
- Não precisa pai! - garantiu – Não vou te fazer sair de casa somente por minha causa, posso ir muito bem sozinha.
- Você não está me dando trabalho, Hermione – explicou – Tenho mesmo que passar no escritório hoje para ver uma papelada.
- Nesse caso, eu aceito a carona sim! - terminou de tomar o seu café – Só preciso escovar os dentes e vou pegar a minha mala.
Em menos de dez minutos, Hermione e o pai estavam saindo de casa. O aeroporto ficava um pouco longe da casa dos Granger, mas o transito estava bom naquela manhã de sábado, então chegaram ao local rapidamente.
- Muito obrigada pela carona pai! - respondeu a morena abrindo a porta do carro e indo retirar a sua bagagem do porta-malas.
- Tem certeza de que posso ir embora? - perguntou incerto – Não quer que eu fique aqui esperando o avião sair?
- É claro que não precisa, vou ficar muito bem aqui sozinha – garantiu – Não tenho mais onze anos de idade e não estou indo pela primeira vez pegar o trem para o colégio.
- Certo, minha filha! - deu um beijo no rosto dela – Boa sorte na Itália, ligue assim que estiver instalada no hotel.
- Pode deixar! - garantiu.
Hermione foi fazer o Check-in e ficou andando pelo aeroporto antes de chegar a hora de embarcar no avião. A viagem de Londres a Roma dura quatro horas e quando finalmente chegou a capital italiana, ficou aliviada, pois estava cansada.
Pegou um táxi e passou para o taxista o endereço do hotel, ele a deixou na porta e ainda a ajudou a levar a bagagem até o saguão.
- Boa tarde! - disse para a mulher que estava atrás do balcão da recepção – Eu tenho uma reserva em nome de Hermione. Hermione Jane Granger.
- Um minuto! - começou a mexer no computador que estava a sua frente – Aqui está, Granger. Pode preencher esse papel, por favor.
A morena pegou o papel e a caneta e começou a preencher com os seus dados, em seguida, devolveu para a recepcionista, que voltou a mexer no computador.
- Quarto 1480! - avisou entregando a chave para Hermione – Precisa que alguém carregue a sua bagagem.
- Não, obrigada! - respondeu – Consigo levá-la até lá em cima.
Pegou o elevador e subiu para o 14º andar e caminhou em direção ao seu quarto. Havia uma cama de casal e duas mesinhas de cabeceira, uma televisão e uma escrivaninha bem em frente a janela, além disso, a porta do banheiro ficava bem ao lado da cama.
A primeira coisa que vez foi ligar para os seus pais e dizer que estava tudo bem, em seguida foi descansar, já que a viagem foi bem cansativa. Quando acordou já estava de noite, então decidiu ligar para falar com a filha. Se Rony a tivesse levado para a casa dos seus pais, já teriam voltado a essa hora.
- Alô! - o ruivo atendeu depois que o telefone tocou três vezes – Residencia de Ronald Weasley.
- Rony, sou eu, a Hermione – disse em seguida – Eu queria falar com a Bonnie. Ela está muito ocupada?
- Ela está lá dentro brincando esperando eu terminar de preparar o nosso jantar – explicou – Mas eu já vou chamá-la.
- Quer dizer que você está preparando o jantar para vocês – ela não pode deixar de rir – Aposto que está fazendo aquela macarronada, a única receita que você conseguiu aprender com a sua mãe.
- É exatamente isso que eu estou fazendo – respondeu – Mas eu aprendi outras coisas, mas é que a macarronada é a mais fácil de fazer.
Ficou esperando até o ex-marido ir chamar a filha. Não demorou muito até ouvir o som do telefone sendo movimentando.
- Oi mãe! - ouviu a voz da sua garotinha, parecia totalmente animada – Eu estou com saudades.
- Também estou com saudades suas minha pequenininha! - disse – Como foi o seu dia hoje? Seu pai te levou na Toca?
- Sim! - respondeu, totalmente animada – Eu e a Isabele brincamos bastante hoje e a vovó faz aquela torta de carne moída que eu adoro.
Isabele Weasley é a filha mais velha de Gui e Fleur, que é um ano mais velha que Bonnie, além dela, o casal também a pequena Sophie, de dois anos. Já o filho de Percy e Penélope, Josh, tem a mesma idade que a filha de Rony e Hermione, sendo somente alguns meses mais novo.
- Que maravilha! - Hermione exclamou quando a filha terminou de contar, detalhadamente, como foi o seu dia – E você está obedecendo ao seu pai direitinho, não mesmo?
- Sim! - garantiu – Já falou com o ministro da magia? Ele gostou do seu projeto da F.A.L.E?
- Ainda não falei com ele! - riu levemente, pelo jeito, Bonnie achava que as coisas eram mais fáceis do que são – Só vou falar com ele na segunda-feira, ninguém costuma trabalhar no fim de semana.
- Certo! - pareceu satisfeita com essa explicação – Não se esqueça de me trazer um presente.
- Pode deixar! - concordou – Amanhã mesmo vou comprar a boneca mais bonita que eu conseguir encontrar.
- Ótimo! - completou – Espera um minuto que eu vou chamar o meu pai para vocês poderem conversar.
- Espera, Bonnie! - tentou dizer que não tinha necessidade de chamar o Rony, mas já era tarde demais.
- Oi Mione! - ouviu a voz do ruivo mais uma vez – O que mais você tem para falar comigo?
- Só queria saber se está tudo bem mesmo? - perguntou, por fim – Sabe que se ela te der muito trabalho você pode falar com os meus pais e eles vão buscá-la.
- Está tudo sobre controle! - tinha certeza de que Rony estava revirando os olhos nesse momento – Na verdade, só tem uma coisa que eu queria te avisar.
- O que? - ela não pode evitar ficar ligeiramente preocupada nesse momento.
- Você sabe que eu tirei férias da loja essa semana para poder ficar com a Bonnie, não é mesmo? - Hermione confirmou que sim – Acontece que Jorge teve que viajar para a Irlanda para uma reunião com fornecedores e o Fred precisa da minha ajuda na loja na segunda-feira por que vai chegar mercadoria. Será que haveria problema eu levar a Bonnie comigo.
- É claro que não tem problema! - respondeu – Só não tire os olhos dela por nenhum minuto e não a deixe sair sozinha pelo Beco Diagonal.
- Quanto a isso, não se preocupe! - garantiu – Vou fazer tudo isso que você está me recomendando.
- Agora eu preciso desligar! - avisou – Quero dar uma lida nos papéis sobre a F.A.L.E que vou entregar ao ministro na segunda-feira.
Os dois se despediram antes de desligar o telefone. Hermine abriu a sua mala e pegou as folhas de pergaminho que estavam bem por cima, começou a ler e corrigiu algumas coisas que estavam erradas.
No dia seguinte, Hermione usou o dia para dar uma volta pela cidade e fazer algumas compras.
Na manhã de segunda-feira, acordou bem cedo e tomou café da manhã no hotel mesmo antes de sair para o ministério. O ministério da magia italiano, assim como o inglês, ficava em um lugar bem distante que não costuma ser frequentado pelos trouxas.
Passou pela entrada dos visitantes antes de seguir para o andar aonde ficava o gabinete do ministro.
- Bom dia, sou Hermione Granger e trabalho no ministério da magia da Inglaterra – explicou para a mulher que deveria ser a secretária do ministro – Vim para uma reunião com o ministro da magia.
- O ministro já está te esperando no gabinete dele - explicou – Pode entrar senhorita Granger.
- Muito obrigada! - disse caminhando em direção a enorme porta que ficava no final do corredor.
No momento em que entrou na sala viu a enorme mesa, aonde tinham várias coisas em cima. O ministro estava virado para a janela, provavelmente olhando a paisagem do lado de fora, a parte de trás da cadeira era bem alta, por isso não dava para ver nem o topo da sua cabeça.
- Olá senhor ministro, eu sou Hermione Granger! - estava meio sem jeito nesse momento – Acho que o senhor deve ter ouvido falar de mim, eu vim mostrar o meu plano sobre a liberdade dos Elfos domésticos.
No momento em que ele se virou e a olhou, Hermione tomou um grande susto e chegou a dar dois passos para trás. Não era possível que fosse mesmo ele, depois de tantos anos sem a menor notícia.
- Olá senhorita Granger! - o homem tinha um sorriso maroto nos lábios.
- Harry! - foi tudo que ela conseguiu dizer nesse momento, sua voz saiu bem fraca – É você mesmo?
- Sim, Hermione, sou eu mesmo! - respondeu – Por que você não se senta um pouco, tenho certeza de que você vai se cansar de ficar em pé.
Então ela se sentou sem conseguir retirar os olhos de seu antigo melhor amigo.
- O que é que você está fazendo aqui? - foi tudo que ela conseguiu perguntar depois de alguns minutos em total silêncio.
- Acho que isso parece óbvio! - apontou o local a sua volta – Sou o ministro da magia da Itália.
Harry esperou que a morena falasse alguma coisa, mais ela continuou em silêncio, então ele continuou.
- Como eu disse naquela época, fiquei seis meses viajando pelo mundo e quando vim para Roma conheci a parte bruxa da cidade, é claro que todos me reconheceram na mesma hora – deu um pequeno sorriso – É me convidaram para trabalhar no ministério daqui e resolvi aceitar. No ano passado, fui nomeado ministro.
- Isso é mesmo maravilhoso Harry – ela estava mesmo muito feliz com isso tudo – Mas, por que foi que você não mandou notícias.
- Eu disse que precisa de um tempo sozinho! - para absolver tudo que tinha acontecido naquela época.
- E agora você conseguiu pensar em tudo aquilo? - resolveu perguntar, não era possível que ele ainda estivesse triste por causa da gravidez.
- Já pensei muito em tudo! - concordou com a cabeça – E é mesmo maravilhoso rever os amigos da Inglaterra. Senti muita falta de tudo aquilo.
Hermione ficou encarando as próprias mãos, que estavam pousadas sob o colo naquele momento. Não era exatamente isso que queria ouvir depois de todos aqueles anos.
- Aqui está tudo sobre o meu projeto da F.A.L.E! - colocou a pasta em cima da mesa dele – Fui eu mesma que escrevi esse relatório.
- Não preciso ler isso! - avisou devolvendo o objeto para ela – Ainda me lembro de quando você criou o projeto, quando estávamos no 4º ano de Hogwarts, sei muito bem como é que funciona.
- Mas a F.A.L.E teve muitos progressos desde aquela época! - explicou – Acho que vai querer tudo que fizemos pelo Elfos na Inglaterra antes de implantá-lo aqui.
- Tenho certeza de que foram coisas maravilhosos, você não costuma desistir de nada fácil – ela não pode deixar de rir também com esse último comentário.
- Como você sabe que eu não desisto de nada fácil, deve imagina que eu vou insistir até você ler o relatório! - falou – Pode fazer com que isso seja fácil ou difícil.
- Tudo bem, você me convenceu! - revirou os olhos antes de pegar a pasta de volta – Vou ler isso hoje e conversamos mais tarde. O que acha de um jantar?
- Achei que você fosse me chamar para vir aqui novamente amanhã! - comentou, achando aquilo tudo um pouco estranho.
- Normalmente faço isso, mas acho que poderíamos aproveitar para colocar o papo em dia – deu de ombros – Mas, se você preferir vir até aqui amanhã, tudo bem. Só pensei que se sentiria mais a vontade em um restaurante.
- Acho que tem razão! - concordou, por fim – Eu aceito jantar com você hoje de noite.
- Perfeito! - deu mais um sorriso – Em qual hotel você está hospedada, passo lá para te buscar assim que sair daqui.
- Prefiro te encontrar no restaurante! - avisou – Assim você não precisa perder tempo, pode ir direto para lá.
- Tudo bem! - pegou um papel e escrever algo bem rápido – Aqui está o endereço, é o restaurante preferido, e em baixo está o meu celular, qualquer coisa, você pode me ligar.
- Tudo bem! - acenou com a cabeça antes de se levantar – Já estou indo, leia mesmo o meu relatório, por favor.
- Pode deixar que eu vou ler! - garantiu enquanto a viu caminhar em direção a porta – Espera, Mione.
Ela se virou totalmente surpresa, foi a primeira vez que ele a chamou pelo seu antigo apelido, desde que se reencontraram.
- O que foi? - perguntou, tentando parecer o mais indiferente possível.
- Foi muito bom te ver! - admitiu – Você não sabe o quanto é bom te ver aqui na Itália;
- Também gostei muito de te rever! - disse antes de sair e fechar a porta.
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