Início do Campeonato de Quadri

– Capítulo 15 –

Início do Campeonato de Quadribol

 

“Eu já devia saber que a minha sorte havia mudado. Sinto que deixei meu coração para sempre. Você sabe que sou forte, mas eu nunca sobreviveria ao que está por vir. Antes que seja tarde demais eu preciso começar a esquecer, começar a me proteger, porque se meu coração se partir vai doer demais, e eu não suportaria a outro adeus”

Jennifer Potter.

 

- Como está se sentindo Almofadinhas? – perguntou Remo na manhã seguinte.

Sirius ergueu de seu malão com um sorriso debochado no rosto.

- Lembra quando o Pontas levou o primeiro fora da Lily e na manhã seguinte ele acordou dizendo que teria aquela ruivinha custando o que custasse? – Remo acenou com a cabeça – Pois então... é exatamente assim que estou me sentindo.

Ele entrou no banheiro com suas roupas para depois do banho, enquanto Remo e Clark (que eram os únicos que sobraram no dormitório) trocavam um olhar alarmado.

- Vale à pena lembrar a ele que faz três anos desde aquele dia e o Pontas ainda não conseguiu conquistar a ruiva? – perguntou Clark.

- Deixe ele sonhar um pouco – Remo não admitiu, mas estava preocupado com o amigo. Tiago podia aceitar Sirius apaixonado por Jenny e um beijo ao acaso, mas não aceitaria os dois ficarem juntos nunca.

 

 

- HARRY! JÁ É QUASE HORA DO ALMOÇO! NÃO PODEMOS ENCERRAR POR HOJE, NÃO?! – gritou Jenny, revoltada.

- O PRIMEIRO JOGO SERÁ DAQUI A DUAS SEMANAS! PRECISAMOS TREINAR! – respondeu Harry.

- VOCÊ É UM CAPITÃO OU UM SARGENTO?! – irritou-se Gina.

- ESTÁ BEM! VAMOS PARAR! MAS QUERO TODOS DE VOLTA DEPOIS DO ALMOÇO!

O time saiu para os vestiários, gratos a Jenny e Gina por terem sido liberados.

- Você tem que pegar mais leve, Harry – reclamou Mark, descendo da vassoura.

- Isso é uma exploração da nossa boa vontade – concordou Rony.

- Vocês querem vencer ou não querem? – Harry perguntou entre dentes.

Ninguém retrucou quanto a isso. Todos queriam muito vencer para jogar contra a casa vencedora do passado, que eles contavam que seria Grifinória. Um jogo contra Tiago e Sirius era tudo o que eles queriam.

- Jenny – chamou Gina – Tem uma pessoa que quer falar com você.

Jennifer virou-se para ver quem era. Sirius atravessava o campo em sua direção.

- Esperamos você nos vestiários – disse Harry, puxando os outros.

Jenny aguardou a aproximação de Sirius onde estava.

- Não acredito que perdi você jogando! – ele exclamou ao chegar perto o suficiente para ela ouvir.

- É um treino secreto! Pode ser que vocês joguem contra a gente. Não podemos mostrar a vocês nossas táticas.

Ele agora estava na frente dela, com um sorriso maroto no rosto.

- E por acaso você com esse shortinho, e com a roupa colada no corpo é uma tática para distrair o adversário? – perguntou.

Ela devolveu o sorriso.

- Acha que funciona?

- Com toda certeza.

- Acabamos de adotá-la, então.

- Espero que Tiago não demore a pegar o pomo. Não conseguirei me concentrar com você assim.

- Não se preocupe com isso. Sua distração não demorará muito. Harry pegará o pomo antes que eu deixe você tocar na goles.

- Convencida!

- Tive a quem puxar.

Eles riram.

- Queria falar com você, Jen – falou Sirius ficando sério.

- Pensei que já estivesse falando.

- Quero falar sobre outra coisa... Sobre ontem.

Jenny também ficou séria.

- Já disse que aquilo foi um erro...

- Não diga isso, Jen! Por favor, pare de dizer que foi um erro! Se realmente acha isso, então olha nos meus olhos e diz que foi apenas um beijo pra você!

Jenny fechou os olhos e respirou fundo ‘feche sua mente, feche sua mente’. Abriu os olhos novamente e o encarou.

- Foi apenas um beijo – disse friamente – Não significou nada para mim. Eu estava até pensando em Cedric quando te beijei.

- Mentira!

- Não é mentira.

- Você e Cedric terminaram. Por que estaria pensando nele?

- Talvez eu estivesse errada quando pensei que não gostasse dele.

- Você não pode dizer isso – disse ele inconformado – Não pode dizer isso agora. Depois de ontem...

- Não ouve nada ontem, Sirius! Aquilo não foi nada!

- Pelo contrário! Aquilo foi muita coisa! Foi muito mais do que um beijo pra mim!

‘Não está funcionando, pensou Jenny, tenho que usar uma tática melhor do que essa...’

- Mentira! – exclamou por fim – Você sai com uma garota por dia e até dorme com a maioria delas. Como pode dizer que um simples beijo significou muito pra você?

Sirius a olhou estático e Jenny percebeu que funcionou. Sem dar chances a ele de continuar a discussão, lhe deu as costas e foi para o vestiário.

 

 

- Onde estamos indo, Pontas? – perguntou Remo mais tarde naquele dia.

- Procurar o Almofadinhas. Se ao menos Filch não tivesse nos tomado o mapa!

- Por que Sirius não apareceu para o almoço? – perguntou Clark.

- Essa é a pergunta de 10 mil galeões – respondeu Tiago.

Eles entraram em várias salas, passagens secretas e banheiros... Foram à cozinha e nada de Sirius. Quando estavam voltando para a torre da Grifinória passaram pelo 3º andar resolveram checar os cômodos ali. Para seu alívio, Sirius estava no banheiro masculino daquele andar. Estava apoiado na pia, com a cabeça baixa e parecendo nada bem. Várias garrafas de whisky de fogo estavam espalhadas ao seu redor. Algumas até quebradas.

- Almofadinhas...

- Oi! – ele saudou cambaleante – Vieram participar da minha festinha?

- Almofadinhas, o que você está fazendo? – perguntou Remo exasperado.

- Ué Aluado, será que você é cego? Num tá vendo não? – perguntou Sirius ainda cambaleando e caindo em Tiago que o segurou – Ô Pontas, o que aconteceu com o Aluado? O que vocês deram pra ele beber?

Clark riu e Tiago lhe lançou um olhar feio.

- Almofadinhas, por que você está bebendo desse jeito, há essa hora e sozinho no banheiro? O que deu em você, cara?

- Ah, eu sou um inútil, Pontas – respondeu Sirius balançando a cabeça tristemente – Sabia que eu sou capaz de levar qualquer garota dessa escola para a cama?

- E qual a sua inutilidade nisso? – perguntou Clark confuso – Vai dizer que você sofre de impotência?

Sirius soltou uma gargalhada que surpreendeu os amigos. Tiago ainda o segurava, com dificuldade, uma vez que ele não parava quieto.

- Isso tudo é inveja, né, Clark? – zombou Sirius – Mas fique sabendo que eu sou muito bom de cama! Eu faço as garotas fazerem o que eu quiser e elas nem reclamam! Fazem com boa vontade ainda por cima! Todas elas se apaixonam por mim, sabia? Você sabia disso, Pontas? – perguntou Sirius se virando para Tiago e se soltando dele cambaleando e se agarrando na pia – Sabia que eu faço qualquer garota se apaixonar por mim?

- Sabia Almofadinhas, sabia – respondeu Tiago olhando para Remo, como quem pergunta ‘o que a gente faz?’

- Então... – continuou Sirius – Qualquer uma... Menos a ruiva que eu sei que é sua... E a Anninha que é do Remo... e... e... – então Sirius para o desespero dos amigos começou a chorar.

- Almofadinhas, cara, o que aconteceu com você? – perguntou Remo se aproximando com Clark e Tiago, para tentar apará-lo.

- Quem não se apaixona por você? – perguntou Tiago.

-É a Jenny? – perguntou Clark.

Tiago olhou surpreso para Clark, depois confuso para Remo que não foi capaz de explicar, e então sério para Sirius.

- Está tentando fazer Jenny se apaixonar por você, Sirius? – perguntou.

- Pontas – alertou Remo – agora não é hora para isso. Ele está bêbado.

- Então vão buscar uma poção pra ele, porque eu quero acertar isso, e é agora!

- Com quem o Pontas quer brigar, Aluado? – perguntou Sirius, enquanto se encostava à parede e escorregava até o chão.

- Sirius, cara, o negócio aqui tá sério. É melhor você calar a boca e...

- Não! – retrucou Tiago – Sirius, me diga agora: quem não se apaixona por você?

- Ah, Pontas... A única, única por quem eu me apaixonei não me quer pelo galinha que sou... E ainda me disse que me beijou pensando no ex dela! Aquele Diggory vai se ver comigo...

Ele tentou se levantar para ir para a porta, mas Tiago o segurou, o empurrando novamente para o chão.

- Fique quieto, Almofadinhas! – ordenou – Você precisa parar de beber para afogar mágoas!

- Mas, mas...

- Cala a boca, Almofadinhas – mandou Remo, olhando preocupado para a cara de Tiago.

- Mas eu amo aquela garota, Aluado! Você tá me entendendo?

Tiago suspirou, esfregando fortemente o rosto com as mãos. Quando voltou a olhar para Sirius, parecia sentir pena.

- Jennifer te pegou de jeito, meu amigo – disse derrotado.

- É que ao contrário das outras ela me pegou pelo coração...

- Eu vou lá buscar a poção – disse Clark – Já tá até falando em coração...

Clark saiu e logo retornou com a poção, despejando garganta abaixo de Sirius.

- Sente-se melhor, Sirius? – perguntou Remo.

- Depende do que você chama de melhor – respondeu sóbrio, mas parecendo acabado.

- O que aconteceu hoje? – perguntou Tiago.

- Eu fui conversar com a Jenny...

- Sirius, é para você ficar longe da Jenny! – disse Tiago exasperado – Entendo que esteja apaixonado por ela, que vocês se beijaram “sem querer”, mas ela é do futuro e você não pode mudar isso! Não vai fazê-la sofrer! Almofadinhas, estou te dizendo isso porque você é meu melhor amigo e não vou me esquecer disso, a não ser que você se esqueça que Jenny é minha filha. Sem falar em Harry e Mark que vão acabar com você. Escuta o que eu to te falando! Fica longe dela!

- É, Almofadinhas, eu te dei aqueles conselhos, mas reconheço que essa garota é problema demais só pra uma garota – disse Clark.

- E eu acho que não vale à pena perder a amizade de Tiago, Harry e Mark pra ficar com Jenny por apenas um ano até ela ir embora e ainda ter aquelas conseqüências de Dumbledore.

- O que foi que ela te disse, Almofadinhas? – perguntou Tiago vendo que o amigo ficava em silencio.

Sirius balançou a cabeça, segurando as lágrimas.

- Ela acabou comigo... Disse que nosso beijo não significou nada... que estava pensando em Cedric... não acredita em mim porque sou um galinha... – Sirius suspirou – Quando eu estava voltando pro castelo eu não sabia nem o caminho pro salão comunal... Eu to ferrado com a sua filha, Pontas.

 

 

- Isso é tão exagerado! – questionou Jenny no dormitório masculino – Por que estou sofrendo assim? Nos conhecemos há um mês, nos beijamos uma única vez... Não era para eu estar assim. Não era pra nenhum de nós dois estarmos assim!

- É uma profecia, Jennifer! – disse Harry impaciente, sem tirar os olhos do livro que lia – É claro que vai ser profundo! Lembra-se da nossa? Era completamente exagerada. Até um poder diferente ela deu à gente.

- Mas você não pode se reder a isso, Jenny – disse Mark – Sirius é do passado. Não queremos que você sofra as tais conseqüências.

- Eu sei disso, então colaborem pra que ele pense que eu o desprezo.

- Vocês dois têm certeza disso? – perguntou Harry pondo o livro de lado – Não seria mais fácil se explicássemos à Sirius sobre a profecia...

- E vamos dizer o que? – perguntou Jenny – “Ah, Sirius, desculpe, mas é que eu e o Harry matamos Voldemort no futuro e precisamos da sua ajuda para lidar com ele aqui no passado, porque a louca da Trelawney fez uma profecia sobre a gente, mas para que se concretize preciso que você me ame, pode ser?”.

- Ridícula sua idéia, Harry – concordou Mark.

- Não estou falando disso! Estou falando para simplesmente contarmos a história para Sirius, para darmos a ele mais um motivo para ficar longe de Jennifer, já que o fato de serem de tempos diferentes não fazer diferença para ele...

- E o fato dela ser a filha do melhor amigo dele.

- Ele não vai saber da profecia – avisou Jenny – Vamos ignorar essa porcaria idiota. Quero dizer... olhem para nós! Estamos em Hogwarts novamente! Nossos pais estão aqui, Remo, Rony, Mione, Gina, Mark, Sirius... está tudo perfeito pela primeira vez em nossas vidas! Só está faltando Teddy! Não quero passar por tudo o que já passamos novamente.

Harry suspirou e trocou um olhar com Mark.

- Tudo bem, vocês é quem sabem.

Jenny sorriu e os abraçou.

- Vou voltar para meu dormitório – disse – antes que Sirius apareça aqui. Vejo vocês no jantar.

 

 

Jenny e Sirius passaram o domingo em seus dormitórios. Seus amigos ficaram também em solidariedade a eles. Lílian e Alice também ficaram por causa de Anna que tinha brigado com Rony por tê-la deixado na casa de Hagrid e ele, insensivelmente, como disse Gina, terminou com ela.

As meninas chegavam à porta do salão principal, onde os meninos que as esperava para o jantar, quando ouviram a fria risada debochada.

- E então, Potter? – Draco dirigia-se a Harry acompanhado por sua Gangue – Acha que vai dar conta da Lufa-Lufa ou vai sair chupando dedo?

- E você, Malfoy? – perguntou Mark desafiadoramente – Descobriu um jeito de implantar braços na sua vassoura, antes do jogo da Corvinal? Eles poderiam pegar o pomo pra você.

Ouviu-se uma explosão de risadas de todos que estavam próximos. Draco ficou vermelho de raiva, mas logo o sorriso debochado voltou ao seu rosto.

- Vocês ainda não me contaram como é ter seu papaizinho vivo.

O riso presente nas expressões de todos apagou-se e eles arregalaram os olhos.

- Estávamos esperando você nos dizer como é ter seu papaizinho fora de Azkaban – devolver Harry.

O olhar de pavor de todos recaiu sobre Lúcio Malfoy que estava branco feito papel. Os amigos de Harry, Mark e Jenny exibiam expressões de espanto.

- Potter! Malfoy! Queiram me acompanhar imediatamente! – ouviu-se a voz zangada de Minerva.

Harry e Draco seguiram a professora sem questionar. Ambos vermelhos de raiva. Harry lançou um ultimo olhar a Mark e Jenny antes de deixar o saguão de entrada e os dois exibiam olhares horrorizados.

Chegaram à porta da sala da Prof.ª McGonagall e entraram. Ela deu a volta na escrivaninha e os encarou tremendo de raiva. Só então eles perceberam que era a McGonagall do futuro.

- Então? A regra era não dizer nada sobre o futuro além de suas paternidades e vocês se exibem diante de todo o salão principal sobre o futuro de seus pais! Expliquem-se!

- Malfoy começou – disse Harry rapidamente.

- E por que você continuou? – gritou a professora batendo na mesa com muita força – O que pode ter acontecido para um bate-boca chegar tão longe?

- Mark Potter me provocou – disse Malfoy formalmente.

- Te provocou? – seu rosto estava lívido agora – É claro que te provocou! Estão próximos da temporada de quadribol! E pelo que vi foi o senhor quem tocou no assunto, Sr. Malfoy! Vocês dois têm idéia do que fizeram? Serão 100 pontos descontados de cada uma das casas e vocês terão um mês de detenção! E não me olhem assim, foi merecido! E se um dos dois voltar a soltar mais alguma coisa que não devem, ganharão uma passagem só de ida para o futuro, fui clara? Agora voltem para seus dormitórios e pedirei a seus amigos que levem algo para vocês comerem lá.

 

 

O café da manhã na manhã seguinte foi em silêncio. Nem os marotos, nem as meninas tocaram no assunto da briga, nem questionaram sobre Malfoy ir para Azkaban e Tiago estar morto. Talvez porque sabiam que Harry e Malfoy haviam passado dos limites ao dizer aquilo, mas nenhum deles pressionaram a tecla para saber o que houve com Tiago, embora fosse inevitável não pensar no assunto. Sirius estava pálido naquela manhã e Lílian não dissera uma única palavra desde que acordara. Os demais amigos conversavam baixinho, mas todos com expressões tristes. Tiago era o único que tentava levantar o animo de todos.

A atmosfera foi melhorando com o passar dos dias, mas nem isso trouxe a aproximação da turma novamente. Hermione, Lílian, Remo e Anna passavam horas na biblioteca estudando para os NIEM’S. Harry, Jennifer, Mark, Rony e Gina só pensavam em treinar quadribol. Frank pedira Alice em namoro e eles passavam todo o tempo livre juntos. E Tiago, Sirius e Clark voltaram a ser os marotos de sempre.

Sirius voltou a ser o mesmo galinha de antes, talvez até pior, para o ciúme de Jenny, que parou de falar com ele. Por outro lado ela tentava evitar Cedric de todas as formas possíveis, desde que beijara Sirius. Como Mark também vivia fugindo de Gabriely, eles passavam a maior parte do tempo juntos e, como marotos, se divertiam com suas fugas criativas.

Tiago voltara a pressionar Lílian para sair com ele, e ela negava incansavelmente para a tristeza do maroto. Ele a convidara para ir ao baile, mas ela recusara, embora também recusasse o convite de outros garotos e isso o dava esperanças.

Remo e Hermione tiveram uma conversa franca e decidiram não levar à diante o que não teria futuro e por isso terminaram amigavelmente. Logo, para a felicidade de Mark, Remo convidou Anna para ir ao baile e ela aceitou feliz da vida. Hermione não tivera tanta sorte com Rony, que não a convidara, então ela aceitou ir com o ex de Gina, Miguel Corner.

O dia em que Rony confessou não ter convidado ninguém por vergonha, os amigos ficaram incrédulos.

- Não acredito, Rony! – exclamou Tiago – Não é possível! Vem aqui que eu vou te ajudar! Vou te mostrar como se faz.

Rony sorriu animado, se aproximando com os outros meninos que riam da situação. Tiago os levou até Lily, Jenny, Anna, Hermione e Gina paradas conversando no saguão de entrada.

- O que está fazendo? – perguntou Lily desconfiada da cara de Tiago.

- Lily, colabore, vou ensinar Rony a chegar em uma garota e você vai ter o privilégio de ser minha cobaia.

Jenny e Gina riram, Hermione corou e Anna murmurou um: “ele já sabe como chegar em uma garota” irritada.

- Não serei sua cobaia, Potter – disse Lily irritada.

- Tem razão, você é o amor da minha vida, então considere essa encenação verdadeira – ele disse piscando para ela – Rony, venha até aqui ver! O primeiro passo para se chegar em uma garota é ser gentil, e ter tato. As garotas são invocadas com esse negócio de tato.

Rony anotou mentalmente isso.

- Então, você está andando tranqüilo pela escola, quando você vê uma rodinha de garotas conversando, e entre elas a garota que faz seu coração disparar – Tiago sorriu com uma piscada para Lily – Você se aproxima dela, demonstrando segurança – Tiago segurou a mão dela – Olha em seus olhos e manda: Posso saber o que esse bombom está fazendo fora da caixa?

Todos começaram a rir. Sirius e Clark choravam de rir. Lily que alterara a expressão como se fosse sorrir, conseguiu se segurar.

- Como você é idiota, Potter – disse revirando os olhos.

- Não fale assim, meu Lírio! Não magoe esse pobre ser vivo que só quer sua companhia no baile.

- Eu não vou com você, desista!

- Não mesmo? Mas nada me faria mais feliz do que ter sua companhia. Vai mesmo me negar isso? Porque eu seria capaz de morrer se você recusar. Eu faço tudo por você, ruivinha. Eu até bebo o mar de canudinho, eu atravesso o pólo norte de shortinho e entro descalço em um vulcão em erupção.

Lily revirou os olhos.

- Tenho uma idéia melhor – disse – por que você não vai sozinho e vestido de bobo da corte? Seria a fantasia perfeita!

Todos começaram a rir. Tiago virou-se, rindo também, para Rony.

- Sabe por que ela não aceitou, Rony?

- Porque eu não gosto de você? – Lily respondeu com uma pergunta.

- Não, você me ama, ruiva – Tiago respondeu – Só não aceitou porque garotas não gostam de homens melosos demais. Você deve apenas ser carinhoso, sem muito grude, Rony. Vou mostrar pra você agora do jeito certo, que não tem erro. Sirius, Clark! Vem me ajudar! Hermione e Jenny, vocês duas se juntam à Lily agora.

Eles obedeceram, enquanto algumas pessoas se juntavam percebendo a cena ali presente. Sirius, Clark e Tiago aproximaram-se das garotas, descontraídos.

- Pontas, hoje está até parecendo Halloween, não acha? – perguntou Sirius – Tem tanta gostosura aqui que eu to até pensando em fazer travessura!

As meninas os ignoraram, fingindo conversar, mas eles não desistiram.

- Sabe, algumas pessoas até brincam de serem bonitas, mas dá pra ver que vocês levam bem a sério, não é? – disse Clark.

- Vocês deviam levar também – respondeu Hermione.

- E por que vocês estão nos rodeado? – perguntou Lílian para Tiago – Vocês por acaso foram abutres em outra vida? O que querem aqui?

- Resposta simples e prática: queremos levá-las ao baile – respondeu o maroto.

- Podem ir sonhando. Isso não vai acontecer nem nos nossos piores pesadelos – disse Jenny.

- Você teria coragem de matar uma pessoa? – perguntou Sirius, se fingindo de incrédulo – Porque se você não for ao baile comigo, eu morro!

Jenny olhou para Sirius e sentiu seu coração palpitar. Além de ser a primeira vez que ele dirigia a palavra a ela em duas semanas, era a primeira vez que seus olhares se encontravam também. Mesmo não sendo legilimente, ela sabia que Sirius estava pensando a mesma coisa.

- Você não me faria falta alguma – ela respondeu.

Aquelas palavras doeram em Sirius e ele não sabia mais se ela estava encenando ou não, então decidiu descobrir. Aproximou-se dela, com os olhos ainda fixos nos dela. Ela foi recuando até a parede oposta e Sirius gostou de perceber que ao menos ele mexia com ela o suficiente para ela recuar. Ou talvez fosse porque ela não o queria por perto por não gostar dele mesmo. Isso o deixou frustrado, mas ele disfarçou.

- Preciso de um mapa – disse em um sussurro para só ela ouvir – Eu me perdi em seus olhos e não consigo achar o caminho para sua boca.

- Por uma questão de higiene, mantenha a sua boca longe da minha – pediu Jenny, não conseguindo resistir a olhar para os lábios de Sirius – Se não, o mapa que vou te mostrar o levará direto para a Ala Hospitalar.

Sirius sorriu marotamente. Percebia Jenny olhando para seus lábios e suas mãos se segurando na parede as suas costas. Ela estava quase subindo por elas para resisti-lo. Só podia ser isso.

- Preciso de uma pena e um pergaminho, Pontas – disse Sirius, voltando a falar em voz alta para todos escutarem – Seu pai pediu para eu escrever contando quando eu achasse a mulher da minha vida.

Muitos que assistiam riram. Tiago e os outros se perguntavam se aquilo ainda era uma encenação. Harry e Mark trocaram um olhar preocupado.

- Você me dá náuseas! – disse Jenny.

- Ela está parecendo a Lily agora – Anna sussurrou, alheia a preocupação dos amigos.

- Você ainda não me respondeu se gostaria de ir ao baile comigo – disse Sirius, com um olhar conquistador.

- Mas é claro que eu não gostaria! Por que iria querer a sua companhia? – perguntou desviando-se dele e voltando para perto de Lily e Hermione.

Sirius, para a surpresa dos amigos, não tirou o sorriso do rosto.

- Porque eu sou o cara mais legal que você vai encontrar. E pra te provar isso vou te dar mais uma chance. Quer ir ao baile comigo?

- Continuo com a mesma opinião! Não!

Ele aproximou-se dela e pegou sua mão. Tiago remexeu-se, inquieto. O corpo de Jenny inteiro se arrepiou com aquele pequeno toque, e para seu horror, Sirius percebeu já que ela estava de manga curta e com seus braços a mostra. Ele sorriu maliciosamente para ela.

- Eu acho que você quer.

- Não, eu não quero.

Ele aproximou-se mais dela, soltando sua mão e pegando sua cintura. Todos estavam alheios às sensações que eles dividiam. Jenny sentiu suas pernas bambearem como nunca fizeram antes, e Sirius a segurou firmemente, para que ela não caísse. Ela o olhou irritada, por ele perceber a forma como a deixava.

- Tem certeza disso, mesmo? – perguntou Sirius, ainda sorrindo divertido com a situação.

- É claro que tenho! – ela respondeu com a voz entrecortada.

- Certeza absoluta? – ele insistiu, trazendo o corpo dela para perto do dele.

Jenny respirou fundo o perfume do maroto, aproveitando o momento. Queria aproximar mais seus corpos, mas não daria esse gostinho a ele. Tinha que manter a fachada de que o odiava, embora ela parecesse estar indo por água abaixo.

- Absoluta – respondeu se sentindo fraca.

Então, para sua surpresa, ele a abraçou, e enterrou o rosto em seus cabelos negros, sentindo seu doce perfume.

- Mas é só por uma noite – disse em seu ouvido – Vai comigo?

- Sirius...

Foi aí que ele beijou seu pescoço. Por isso ele escondeu seu rosto entre os cabelos dela. Para que ninguém percebesse o que ele ia fazer. O corpo dela estremeceu. Em seu estomago haviam milhares de borboletas que não paravam de voar. Sua pele no pescoço estava em chamas. No restante do corpo estava arrepiada. Ela sentiu um calor entre as pernas. Para surpresa de Sirius e a geral também, ela passou os braços pelas costas dele e sussurrou:

- Eu vou...

- HÁ! – interrompeu o grito de Rony, despertando Jenny que se soltou rapidamente – Essa é infalível mesmo! Nunca vi um cara conseguir esse tipo de controle sobre a Jenny...

- Sirius Black NÃO TEM nenhum tipo de controle sobre MIM! – ela gritou lívida de raiva – Esse foi o jeito mais ridículo que eu já vi alguém chegar em uma pessoa!

- Ridículo, mas que funcionou – respondeu Sirius sorrindo, mas no fundo desejando que Rony tivesse morrido um minuto antes para que ele pudesse ter mais alguns segundos com Jenny em seus braços – Pode confessar que gostou, Jenny – disse em um sussurro só para ela ouvir – Eu sei que é difícil resistir a mim – brincou para os outros ouvirem.

- Sei não, Sirius – disse Clark rindo – Ou você está enferrujado, ou a Jenny que é muito difícil. Nunca vi você levar tanto tempo para convencer um garota...

- Ele não me convenceu! – gritou Jenny.

- E o que era o seu “eu vou”? – perguntou Sirius de sobrancelhas erguidas.

- Significava: Eu vou é passar longe de você!

- Não sei por que não me convenceu...

- Aí, Sirius Black! Deixe de ser irritante!

Todos deram gostosas gargalhadas. Harry e Mark juntaram-se a elas, deixando-se convencer que era apenas uma encenação.

- Agora que já acabou, podemos jantar? – perguntou Hermione, puxando os amigos para dentro do salão.

Sirius afastou-se um pouco para perto de Clark e Remo e longe de Tiago.

- Jenny vai ser minha – sussurrou para os amigos – Ela gostou da nossa reaproximação, eu tenho certeza. É uma questão de tempo até eu ter ela pra mim.

- Cuidado, Almofadinhas – alertou Remo.

 

 

Os dias foram passando mais rapidamente com a animação de todos para o inicio do campeonato de quadribol e o baile do dia das bruxas. Logo, já estavam no fim da segunda semana de outubro e no dia do jogo das casas do futuro que abririam o campeonato. Grifinória x Lufa-Lufa.

Os marotos e as meninas desceram para tomar café da manhã juntos. Todos eles, exceto Lily e Hermione, pareciam achar que as Firebolts de Harry, Mark e Jenny mereciam uma espécie de guarda de honra. Quando chegaram ao salão principal, todas as cabeças se viraram para as vassouras. Parecia o dia em que eles as ganharam. Todos faziam comentários excitados e olhavam para a perfeição do modelo das Firebolts do futuro. Harry viu, para sua satisfação, o olhar de assombro dos alunos da sonserina que juntaram suas cabeças em Draco que fazia um aceno com a cabeça, confirmando alguma pergunta deles.

- Mal posso esperar para vê-los jogando hoje – disse Tiago se sentando à mesa e olhando ansioso para as Firebolts – Quando vão me deixar dar uma volta em uma delas?

- Quando quiser- respondeu Jenny sorrindo.

- Eu também quero! – disseram Clark e Sirius.

- Vocês também podem dar uma volta depois – concordou Mark.

Às quinze para as onze, todos os alunos desciam para o campo e os jogadores iam para os vestiários.

- Vocês sabem o que temos que fazer – disse Harry quando o time se preparava para deixar o vestiário – Se perdermos essa partida, corremos o risco de estar fora do campeonato. Vocês só têm que jogar como fizeram nos últimos treinos, e a vitória estará no papo!

Os jogadores saíram dos vestiários debaixo de tumultuosos aplausos. As arquibancadas estavam duas vezes maiores para receber os alunos do futuro com os do passado. O time da Lufa-Lufa já estava parado no meio do campo vestidos de amarelo. Harry ficou frente a frente com o capitão do time adversário e as suas costas Jenny, Gina e Cátia Bell tomaram as posições de artilheiras, Rony a de goleiro e Mark e Jaquito Peakes as de batedores.

- Potter, Smith, apertem-se as mãos – disse Madame Hooch, e Harry apertou a mão do capitão da Lufa-Lufa – Montem nas vassouras... e quando eu apitar... três, dois, um...

Ela apitou e todos deram o impulso para voar. Harry sobrevoou o estádio e começou a procurar pelo pomo, prestando atenção nos comentários feitos por Clark.

“Foi dado o início à primeira partida do Campeonato de Quadribol desse ano, e as grandes atrações são as Firebolts que Harry, Jennifer e Mark Potter estão montando. Olhem para o equilíbrio desse modelo...”

- Clark, você se importa de nos situar do que está acontecendo no jogo? – interrompeu a voz da Prof.ª McGonagall.

- Certo, tia... digo professora, eu só estava mantendo os ouvintes informados.

“As Firebolts, alias, têm um freio automático e...

- Clark!

“Ok, ok! Grifinória com a posse das goles, Cátia Bell toca para Gina Weasley que está voando em direção à baliza, mas Zacarias Smith a bloqueia, ela tenta passar a goles para Jennifer Potter, mas... Aí... Ufa, um dos batedores da Lufa-Lufa tentaram acertar um balaço nela, mas ela se esquivou com facilidade... ela pegou a goles, as balizas estão a sua frente, o goleiro Cadwallader mergulha, não chega a tempo e... PONTO PARA GRIFINÓRIA! E a torcida da Grifinória vai à loucura!”

Jennifer aproximou-se de Mark rapidamente e Harry parou para escutar:

- Smith está me marcando! Está tentando me impedir de pegar a goles!

- Acerta ele, Mark! – gritou Harry.

- Deixa comigo, Jenny!

- O que eles estão conversando? – perguntou Lily tomando o binóculo de Sirius para observar.

- Devem estar combinando alguma coisa... – disse Remo.

“E os irmãos Potter estavam tendo uma conversa e agora voltam ao jogo... Mark Potter dispara em direção a um balaço que por pouco não acerta Gina Weasley e o rebate para... aí, essa deve ter doido, Mark Potter acerta um balaço na nuca de Zacarias Smith.”

- Eles estão se defendendo – surpreendeu-se Tiago tirando o binóculo de Lily – O Smith estava marcando Jenny e agora Mark está marcando ele. Eles não são incríveis?

Harry sobrevoava o campo, procurando por algum sinal do pomo, mas não o via em parte alguma. Olhou para o apanhador do time adversário e viu sua expressão de preocupado. Ele também não vira o pomo ainda.

“Grifinória lidera por oitenta a zero e o time da Lufa-Lufa parece estar se revoltando... Ah! Olhem para isso! Jennifer Potter toma posse da goles novamente, meu Merlin, que jogadora é essa garota... e bonita também, muito bonita e...”

- CLARK! – berrou a Prof.ª McGonagall

- Foi só uma gracinha, professora, não que eu esteja mentindo...

- Clark está querendo apanhar, só pode – murmurou Sirius.

Lily e Hermione riram.

“Jennifer Potter toca para Cátia Bell que... FALTA!”

Toda a torcida da Grifinória gritava em protesto agora. Um dos batedores da Lufa-Lufa bloquearam Cátia de propósito quase a derrubando da vassoura. Madame Hooch começou a gritar com ele e mesmo depois dos jogadores voltarem ao ar e tudo estar resolvido, Clark estava achando difícil se manter neutro na história.

“Então, depois dessa falta obvia e repugnante...”

- Clark! – ralhou a professora.

“Quero dizer, depois dessa falta clara e revoltante...”

- Clark, estou lhe avisando...

- Ninguém narra melhor do que ele – riu-se Alice.

“Muito bem, muito bem. O dito cujo da Lufa-Lufa, o qual eu não quero pronunciar o nome, quase matou uma das artilheiras da Grifinória, portanto uma penalidade a favor dos leões, e agora continuamos o jogo.”

- Jenny! – chamou Harry aproximando-se – Avistei o pomo! Vamos fechar o jogo com chave de ouro! Marque um gol com estilo ao mesmo tempo que eu pego o pomo!

Jenny deu seu melhor sorriso maroto.

- E ao mesmo tempo que o Mark acerta o Smith, de novo! – disse.

Mark que estava próximo ouviu e riu. Voou rapidamente atrás de um dos balaços.

“Olhem o desempenho daquela Firebolt! Mark Potter está realmente mostrando o que ela é capaz de fazer, vejam como muda de direção...”

- CLARK, VOCÊ NÃO ESTÁ GANHANDO PARA ANUNCIAR FIREBOLTS!

“Ah, sim, perfeitamente... Smith toma a goles de Gina Weasley...E é atingido no rosto por um balaço de Mark Potter! E que balaço! Espero que tenha quebrado o nariz... é brincadeira, tia Minerva, e Jennifer Potter consegue pegar a goles...”

- Eles estão armando alguma coisa – disse Sirius – Olha o sorriso maroto da Jenny.

- E eu acho que Harry viu o pomo – observou Tiago apontando o borrão que devia ser Harry.

- Não dá pra negar como ele é melhor do que você, pontas – disse Remo com um sorriso.

Tiago bufou baixinho, fazendo ou outros rirem.

“E parece que Harry Potter avistou o pomo!”

O pomo estava a poucos metros acima do gramado do campo da Lufa-Lufa, então Harry mergulhou...

“Gina Weasley pega a goles e passa para Cátia que desvia de um balaço e... mas o que é isso! Jennifer Potter atravessa o campo como uma bala de canhão e ela está em pé na vassoura! Cátia passa a goles para ela... e Harry Potter parece que vai colidir com o chão... Mark Potter defende Jennifer Potter de um balaço... meu Merlin, quantos Potter! E Jenny aproxima-se veloz das balizas e ela salta no ar”

- Ohhhhhhhh! – exclamou a torcida.

“vai arremessar pela direita, Cadwallader mergulha e... ela arremessa pela esquerda, enquanto Mark Potter atira outro balaço contra Zacarias Smith, o impedindo de se aproximar de Jennifer... e, ah, vejam! Harrry Potter pega o pomo de ouro e se recupera de um mergulho de 20 metros! VITÓRIA DA GRIFINÓRIA!!! Merlin! Jennifer Potter está caindo no ar! Ah! A Firebolt apareceu, Jenny segurou em seu cabo, deu um 360º no ar e voltou a montar a vassoura! Merlin do céu! Esses Potter são incríveis!”

Em completa desordem o time voltou ao campo e se abraçavam, urravam e berravam em meio à comemoração, enquanto os torcedores das arquibancadas invadiam o campo.

- Harry! Aquele mergulho foi incrível! – gritou Clark.

- Onde aprenderam a voar daquele jeito? – perguntou Tiago gritando também – Jenny, você tem que me ensinar a ficar em pé na vassoura!

- Parabéns! – gritou Remo comemorando.

- Merece até um beijo! – gritou Sirius, próximo ao ouvido de Jenny.

- Já te expliquei da questão de higiene, né? – ela gritou em resposta.

Sirius riu.

- Você foi incrível, Jen!

- Você foi perfeita como sempre, Jenny! – gritou Cedric, tentando sem sucesso chegar até ela no meio da bagunça de pessoas.

- Obrigada! – gritou em resposta antes de Sirius pegar sua mão e afastá-la dele com cara amarrada.

- Volte para o seu dormitório e se arrume. Eu, Clark, Tiago e Remo estamos organizando uma festa de comemoração na sala precisa. Todos estão convidados! Te vejo mais tarde! As meninas já foram para lá.

Ele lhe deu um beijo na bochecha e foi em direção a Tiago.

- Quem é que ele pensa que é pra mandar e mim desse jeito?

- Revoltada? – perguntou uma voz em seu ouvido.

Ela virou-se para Régulo e pulou em seu pescoço em um abraço apertado.

- Pensei que estivesse me evitando! – exclamou a morena.

- Eu estava. Achei que seus irmãos não iam gostar de me ver depois deu tê-la deixado bêbada.

- Você não me deixou bêbada. Eu me embebedei!

- Não teria se embebedado sem uma influencia.

- Sou dois anos mais velha do que você, portanto eu sou a influencia, não a influenciada.

- Sei – disse Régulo rindo – Agora, Jenny, se não se incomodar... está me sufoando com seu abraço...

Ela riu, mas se afastou.

- É que é tão fácil de estar com você que esqueço que é um sonserino incapaz de demonstrar sentimentos.

- E que sentimentos você queria me demonstrar agora?

- Que você é um grande amigo e que senti sua falta.

- Também senti sua falta – confessou e percebeu que estava sendo sincero.

Jenny sorriu e eles começaram a andar de volta para o castelo.

- Tenho um convite para você – disse Jenny – Sirius, Clark, Remo e Tiago darão uma festa hoje à noite na sala precisa para comemorar nossa vitória. Vá também!

- Já fui convidado, mas só irei com uma condição.

- Qual?

- Se me deixar dar uma volta na sua vassoura.

Ela riu.

- Tudo bem, mas não conte a ninguém. Tiago me mataria se soubesse que te deixei voar nela antes dele.

Ela entregou a vassoura a ele que montou e a puxou para se sentar na garupa. Juntos eles voltaram para o castelo.

 

 

Jenny chegou ao dormitório feminino vazio e encontrou um bilhete em cima de sua cama:

 

‘ Fomos ao escritório da Prof.ª McGonagall ver fantasias para o baile. Não se preocupe com a sua, pois estou fazendo ela junto com a minha. Só acompanhei as meninas porque me obrigaram a dar opinião.

Beijos. Lily.”

 

Jenny sorriu. ‘O que será a fantasia que Lily está fazendo para mim?’ pensou. Olhou para o relógio e viu que ainda tinha tempo até começar a se arrumar. Sentou-se então em sua cama com as pernas esticadas e puxou o violão para si, começando a tocar algumas notas.

 

It's always been about me myself and I

I thought relationships were nothing but a waste of time

I never wanted to be anybody's other half

I was happy saying that our love wouldn't last

That was the only way I knew till I met you

Tudo sempre foi sobre mim, eu e eu mesma

Eu pensava que relacionamentos não eram nada além de um desperdício de tempo

Eu nunca quis ser a outra metade de alguém

Eu estava feliz dizendo que nosso amor não ia durar

Esse era o único caminho que eu conhecia até te encontrar

You make me wanna say I do, I do, I do, do do do do do do doo

Yeah, I do, I do, I do, do do do do do do doo

Você me faz querer dizer sim, sim, sim, sim sim sim sim sim sim sim

Yeah, sim, sim, sim, sim, sim sim sim sim sim sim

Cause every time before it's been like

Maybe yes and maybe no

I could live without it, I could let it go

Ooh, what did I get myself into

Porque todas as outras vezes foram algo como

Talvez sim e talvez não

Eu posso viver sem isso, eu posso deixar pra lá

Ooh, no que foi eu me meti

You make me wanna say I do, I do, I do, I do, I do, I do

Você me faz querer dizer sim, sim, sim, sim, sim, sim

Tell me is it only me

Do you feel the same?

Diga-me, sou só eu?

Você sente o mesmo?

You know me well enough to know that I'm not playing games

I promise I won't turn around and I won't let you down

You can trust I never felt like I feel it now

Baby there's nothing, there's nothing we can't get through

Você me conhece bem o suficientemente para saber que não estou fazendo joguinho

Eu prometo que não vou voltar atrás e que não vou te magoar

Você pode confiar que eu nunca me senti como eu me sinto agora

Meu amor, não há nada, não há nada que não possamos aguentar

 

Jenny olhou para a janela assustada e viu Sirius descendo da vassoura de Harry e olhando para ela com um sorriso. Assustada, Jenny parou de tocar. (N/A: toda a parte em itálico anterior e próxima é cantada por Sirius)

- Continua, Jen, por favor – pediu aproximando-se para sentar de frente para ela na cama.

- O que está fazendo aqui?

- Toca, vai.

Ela voltou a tocar ainda o olhando assustada.

So can we say

I do, I do, I do, do do do do do do doo

Oh baby, I do, I do, I do, do do do do do do doo

Então podemos dizer

Sim, sim, sim, sim sim sim sim sim sim sim?

Oh baby, sim, sim, sim, sim, sim sim sim sim sim sim

Cause every time before it's been like

Maybe yes and maybe no

I won't live without it, I won't let it go

Wooh can I get myself into

Porque todas as outras vezes foram algo como

Talvez sim e talvez não

Eu não vou viver sem isso, eu não vou deixar pra lá

Wooh eu posso fazer parte disso?

You make me wanna say

Me,my family, house a family

Ooh, can we be a family?

And when I'm many years old and sitting next to you

And we'll remember when we said

Você me faz querer dizer

Conhecer minha família, como é sua família?

Ooh, podemos ser uma família?

E quando eu for bem velhinha, vou estar sentada ao seu lado

E vamos nos lembrar de quando dissemos

I do, I do, I do, do do do do do do doo

Oh baby, I do, I do, I do, do do do do do do doo

Sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim

Oh baby, sim, sim, sim, sim, sim sim sim sim sim

Cause every time before it's been like

Maybe yes and maybe no

I won't live without it, I won't let us go

Just look at what we got ourselves into

Por que todas as outras vezes foram algo como

Talvez sim e talvez não

Eu não vou viver sem isso, eu não nos deixarei passar

Olha só no que foi que a gente se meteu

You make me wanna say I do, I do, I do, I do, I do, I do

Love you

Você me faz querer dizer sim, sim, sim, sim, sim, sim

Eu te amo

 

 Eles se olharam intensamente. Sirius sentia sua boca seca e com uma enorme necessidade dos lábios dela. Desviou seus olhos para a boca dela. Eles estavam próximos. Muito próximos.

- Mas o que... OPA!

As meninas entraram no dormitório e pararam ao ver o casal sentado na cama, inclinados para um beijo. Hermione e Gina estavam estáticas, Lílian pedia desculpas com o olhar e Anna e Alice estavam de olhos arregalados e boca aberta. Jennifer empurrou Sirius com força.

- Oi meninas – disse – Encontraram fantasia pra vocês?

- Encontramos sim – respondeu Gina tentando acabar com o silencio constrangedor – Foi uma sorte termos sido as primeiras a chegar lá, porque assim tínhamos mais opções.

- Como entrou aqui, Sirius? – perguntou Alice recuperando a voz.

- Pela janela – respondeu o maroto apontando a vassoura.

- Por que está aqui? – perguntou Anna.

- Vim falar com a Jen.

- Quer que a gente saia? – perguntou Hermione.

- Não, podem ficar, vai ser rápido – ele olhou para Jenny parecendo ansioso – Eu só queria saber se... você gostaria de ir ao baile do dia das bruxas comigo?

Hermione e Gina levaram as mãos a boca, Anna e Alice ergueram as sobrancelhas com caras de “perdi alguma coisa?” e Lílian sorriu olhando ansiosa para Jennifer que esquecera-se como respirar. Ela olhou para Sirius surpresa e sem jeito.

- Ah... isso? – perguntou tentando enrolar a resposta – É que... sabe... é que eu... eu já... já... eu tenh... te... – ela tentava, mas as palavras não saiam.

- Pode parar de enrolar, Jen? Estou ficando nervoso.

- Desculpe, Sirius, mas... É que eu já combinei com outra pessoa.

Sirius a olhou incrédulo e as amigas a olharam sem entender. Jenny não havia dito para elas que já tinha um par.

- Você está brincando, não é? – perguntou Sirius – Ouvi dizer que vários garotos te convidaram, mas não que você aceitou.

- Sinto muito, mas não estou brincando.

- Quem é então?

- Você não está acreditando, né?

- Me diga quem é e talvez eu acredite.

Jenny sentia os nervos a flor da pele. As amigas olhavam dela para Sirius sem parar.

- Quer mesmo saber?

- Já disse que quero.

- Irei com Cedric.

Houve um momento de silencio.

- O que disse? – perguntou Sirius.

- Eu disse que irei ao baile do dia das bruxas com Cedric. Satisfeito?

Sirius fechou os olhos, a respiração ofegante. Não podia acreditar no que estava ouvindo. Abriu os olhos.

- Não brinque comigo – disse.

- Não estou brincando.

- Por que ele e não eu?

- Porque ele me convidou primeiro.

- E se eu tivesse te convidado primeiro, você iria comigo?

- Não – ela respondeu rapidamente.

- Por quê? O que tem de errado comigo?

- Sirius Black em uma crise de insegurança? – debochou Jenny.

- Responda minha pergunta!

- Você é do passado, Sirius!

- Sou do passado, mas você me beijou! – ele gritou.

- Eu não te beijei...!

- Mas correspondeu meu beijo à altura!

- Não era para aquilo ter acontecido, Sirius! – ela gritou – e quantas outras você já beijou...

- Não fiquei com nenhuma outra depois do nosso beijo – ele se sentiu envergonhado por admitir aquilo, mas não se importava mais com isso. Jenny ia com Cedric ao baile.

- Sirius...

- Chega! Eu vou embora – disse virando-se para a janela.

- Sirius...

- Me deixa, Jennifer.

- Por favor...

- Por favor, o que? – ele virou-se para ela, e ela estava próxima demais, novamente. Mergulhou em seus olhos verdes. Viu eles se enxerem de lágrimas enquanto em sua mente ela travava uma importante batalha.

Jenny engoliu em seco. O que ela queria? Por que não queria que ele partisse? Por que se importava tanto com o fato de deixá-lo magoado?

- Você nem sabe o que quer – Sirius a acusou – Me conte quando decidir. Só toma cuidado pra não ser tarde demais.

Ela abriu a boca para responder, mas não encontrou sua voz. Viu Sirius sair pela janela montado na vassoura de Harry e sumir de vista. Virou-se para as amigas que a olhavam com expressões indecifráveis com uma mistura de pena e incredulidade. Foi para sua cama e fechou a cortina, segurando o choro. Nunca chorara por nenhum outro garoto antes e estava percebendo que já era a segunda vez que chorava por Sirius.

 

 

- Mudaremos o plano, Bella – disse a voz fria e aguda – O prazo de Régulo está acabando. Muito em breve estarei fora por alguns dias para resolver assuntos pessoais e quando isso acontecer quero que coloque seu plano em prática. Não admitirei falhas.

- Sim, Milorde.

- Aviso aos outros sobre a mudança. Agora vá antes que Dumbledore de por sua falta.

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Oiiiii Gente!!!!!!!!!!!
Primeiro eu quero agradecer à lily pelos coments!!!!!!!!!! Obrigadinha, viu?
E agora quero fazer um apelo às outras meninas que naum comentaram: COMENTEM PLEASEEEE!!!!!

Espero realmente que estejam gostando! Esse capítulo eu fiz baseando no que a J.K. escreve nos livros dela, pq eu naum conseguiria escrever um jogo de quadribol sozinha!
Ah, e com relação às músicas dos capítulos quero saber se vcs estão jogando as letras no google pra ouvir a música, pq eu acho que seria mais legal se vcs a ouvissem enquanto leem. Eh que eu não sei colocar as músicas direto neles, mas se alguém quiser me ensinar eu começo a postar!

O próximo capítulo se chamará: A Marca Atinge a Verdade

Espero encontrar com vcs nele e please comentem nesse!!!!!!!!!

Bjoos

Chris
 

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