Capitulo 9
9ª Capitulo
Eu corria entre as ruas de uma cidade que estava deserta. Corria com medo e desespero, sempre olhava para trás vendo se ninguém me perseguia. Continuei correndo, estava exausta, mais não poderia parar, tinha que continuar.
Quando um feitiço passou perto de minha cabeça. Rapidamente pequei a minha varinha. Eu estava cercada, a cada canto que eu olhava via um comensal. Desesperei ainda mais.
Um dos comensais apareceu ao meu lado, tirou a varinha de minha mão e me jogou no chão. Cai sentada na rua, ao tentar me apoiar acabei ralando os meus cotovelos e braços.
A minha frente os comensais deram passagem para um ser horrendo, branco feito papel, com olhos vermelhos e nariz de cobra.
__ Nancy! __ falou ele, logo depois dando a sua risada macabra.
Despertei ouvindo aquela risada fria, sem humor, sem vida. Uma risada de pura maldade. Parecia que estava dentro do meu quarto.
Olhei ao redor, mas como sempre não havia ninguém.
Levantei-me e fui ate a janela. O dia lá fora não estava muito bom, as nuvens estavam pesadas e nevava muito.
Olhei o relógio que marcavam sete horas, ainda era cedo e só poderia ir para Hogsmeade a partir das nove. Resolvi arrumar o meu quarto e guardar algumas coisas no meu malão, no dia seguinte eu iria para a casa dos Weasley passar o natal. A senhora Weasley havia me convidado e eu como não tinha para onde ir resolvi aceitar o convite.
Depois fui me arrumar, agasalhei bem e desci para o Salão Comunal. Este estava vazio. Resolvi ir para o Salão Principal tomar o meu café.
Os corredores estavam desertos. Caminhei vagarosamente por todo o percurso, pensando no meu sonho, porque minha mãe estava nele e porque eu era ela? Fazia-me essa pergunta varias e varias.
Quando entrei no salão principal não havia muita gente. Draco estava sentado olhando para seu prato, que estava vazio absorto em seus pensamentos.
Sentei-me ao seu lado e toquei em seu ombro. Ele com o meu toque deu um pulo, assustado.
__ O que esta acontecendo com você? __ perguntei preocupada.
__ Não e na...
__ Não vem dizer que não e nada, __ o interrompi __ porque eu sei que esta acontecendo alguma coisa. Pode me contar.
__ Eu não posso te contar...
__ E alguma missão para seu Voldemort, não é?
Ele arregalou os olhos, se levantou e saiu. Preocupei-me mais.
Ele acabou de afirmar que tinha uma missão. Mas que missão e essa? Perguntei-me.
Eu sabia que Draco era um comensal e que agora tinha uma missão. Precisava descobrir que missão era essa e o impedir o ele iria fazer.
No horário da saída para ir a Hogsmeade, encontrei com Harry e Hermione. Rony não iria com nós, pois, iria ficar com a namorada.
Partimos para a Villa, o tempo havia melhorado, mas olhando bem para o céu dava para ver que viria uma tempestade mais tarde.
Quando chegamos à pequena vila estava deserto, algumas lojas estavam fechadas e outras totalmente destruídas. A única loja que estava aberta era a loja de Fred e Jorge.
Quando entramos na loja nos surpreendermos, estava tão cheio que nem dava para andar direito de tão lotada que estava. Era gente olhando os produtos, testando os mata aula e conversando com seus amigos.
Separei-me de Harry e Hermione. Subi as escadas que levava para o segundo andar, onde estava mais tranqüilo.
__ Olá! Bela senhorita __ falaram Fred e Jorge em minhas costas, assim, dando-me um susto.
Virei-me para vê-los e sorri. Eu adorava esses dois garotos, faziam-me rir quase o tempo todo.
__ Ola!
__ E bom vê-la novamente __ falou um deles. Acho que era Fred ou era Jorge? Não sabia quem era quem de tão parecidos. Nem sei como à senhora Weasley consegue distinguir.
__ Oi Fred __ falou Harry aparecendo ao lado dos gêmeos, olhando o que estava a minha direita e que havia acabado de falar comigo.
__ Oi Jorge.
__ Ola! Harry __ falaram os dois.
Quando acabaram de falar ouvimos algo de vidro caindo no chão.
__ Ei! __ falaram os gêmeos, vendo um grupo de primeiranistas, olhando o objeto espatifado no chão.
Eles foram onde os primeiranistas estavam deixando eu e Harry a sós.
__ Quer conhecer a casa dos gritos? __ Perguntou Harry depois de um tempo.
Balancei a cabeça confirmando. Já havia ouvido falar das estórias dessa casa, falavam que era mal assombrada, mas não passava de superstições.
Eu e Harry saímos da loja quentinha para o vento gelado da manha de inverno. Caminhamos por uma trilha com bastante dificuldade por causa da neve.
Depois de alguns minutos, chegamos a uma casa velha que estava coberta de neve. Harry pegou a sua varinha e murmurou um feitiço apontando para uma grande pedra, fazendo a neve derreter.
Ele se sentou, logo em seguida batendo a mão ao seu lado para que eu me sentasse. Sentei-me e observei a casa que não tinha nada de assustador.
O silencio se instalou, olhei para o Harry que estava olhando um ponto qualquer absorto em seus pensamentos.
__ Não e tão assustador __ falei acabando com aquele silencio que começava a incomodar.
__ Não. Não é... __ falou ele sorrindo __ Foi dentro dessa casa que conheci Sirius.
__ No diário de minha mãe biológica fala muito dele __ falei lembrando-me do diário __ Ela estudou com ele, os dois eram da Grifinoria e ele era apaixonado por ela. Eles ate namoraram, mas depois minha mãe conheceu meu pai que trabalhava em uma lojinha no beco diagonal. Não sei se ele a amava, mas ela era apaixonada por ele.
__ Quem e seu pai? __ perguntou-me Harry curiosamente.
__ Não posso te contar, mas na hora certa você vai saber quem e ele.
__ E meus pais? Se sua mãe conhecia e estudou com Sirius ela conhecia meus pais.
__ Sim, ela fala muito de seus pais. Ela e Lilian eram muito amigas. Seu pai ajudou ela e Sirius a ficarem juntos.
Imaginei como seria naquela época, pensei em como seria se Sirius tivesse ficado com minha mãe. Sorri ao imaginar isso, como seria bom ter um pai que me amasse.
Olhei para Harry, que me observava. Ele pegou a minha mão que estava em cima da pedra e se aproximou para mais perto de mim. Nossos rostos estavam a milímetros de distancia. Nossos olhos não se desviavam em momento algum.
Harry soltou a minha mão e acariciou o meu rosto. Eu fechei os meus olhos com o toque. Senti os lábios dele roçarem os meus, iniciando um intenso beijo.
Eu passei meus braços em volta do pescoço dele, acariciando seus cabelos e nuca, enquanto sentia as mãos dele percorrerem minhas costas, embrenhando-se em meus longos cabelos.
Entreguei-me a aquele momento. Meus pulmões imploravam por ar, mas eu não queria que aquele momento acabace, queria continuar nos braços dele, continuar sentindo seus lábios nos meus.
POV NARRADOR
Alguém ali perto os observava com ódio em seus olhos azuis acinzentados.
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