Capitulo 5
5ª Capitulo
-- Sonserina! – Gritou o chapéu, alto o suficiente para todo o salão ouvir.
É, mais uma semelhança entre mim e meu não-amado pai, pensei. Assim que o Chapéu Seletor decidiu para onde eu iria, Minerva tirou o chapéu da minha cabeça. Levantei-me e fui para a mesa da casa que eu acabara de ser selecionada. Mesmo os sonserinos não aplaudiram. Todos pareciam estar chocados. Avistei Draco com seus amigos e fui me sentar com eles.
-- Pensei que você fosse para a Grifinória, para ser outra heroinazinha no Trio de Ouro. – Disse Draco com desprezo ao tocar no nome da Casa dos Leões e de seus integrantes.
-- Só porque minha família, e principalmente o meu avô, são grifinórios não quer dizer que eu também seja. Não preciso seguir os passos deles. Não sou nenhum tipo de heroína, não sou eles. E... Malfoy, se eu ajudasse o Potter e os amigos dele, o Trio de Ouro como você mesmo disse, não seria mais um trio.
Não resisti. Eu tive que finalizar com isso. Blásio deu uma risadinha quase imperceptível, mas foi o suficiente para notarmos que ele também tinha gostado do que eu disse. Depois que o jantar acabou, meu avô se levantou e começou o seu discurso.
-- Sejam bem vindos! – Ele começou – Antes, quero dizer que a Floresta Proibida, como o próprio nome já diz, é extremamente proibida. Dou esse recado porque, às vezes, me parece que alguns alunos ainda não entendem o porquê desse nome. Agora, como vocês sabem, Voldemort voltou...
Ao ouvir esse nome alguns tremeram ou sussurraram perguntando como ele tinha coragem de dizer o nome de Você-Sabe-Quem. Meu avô esperou um ou dois segundos e, quando todos estavam mais calmos, continuou:
-- Tempos difíceis estão por vir e quero que todos vocês estejam preparados – Tive certeza de que essa mensagem era para mim e para Harry – Mas agora temos outros assuntos a tratar: Este ano o cargo de Defesa Contra As Artes das Trevas será ocupado pelo Professor Snape – Este último, ao ouvir seu nome sendo pronunciado, se levantou. Toda Sonserina bateu palmas bastante animadas enquanto as outras casas, principalmente a Grifinória, resmungavam baixinho – Já o cargo de Poções será ocupado pelo Mestre em Poções Horácio Slughorn. É só. Já podem ir para os seus dormitórios. Uma boa noite.
Terminado o discurso, os alunos se levantaram e, cada um, se dirigiu ao seu Salão Comunal. Acompanhei Draco pelos corredores, mas nós dois permanecemos calados.
- Onde fica o Salão Comunal? – Perguntei. É claro que eu sabia onde o salão ficava, meu avô é o diretor da escola! Mas eu tinha a necessidade de acabar com aquele silêncio, já estava ficando incomodada.
- Nas Masmorras. – Disse ele, simplesmente. Minha tentativa de começar uma conversa foi falha, pois, depois disso, nós continuamos a andar sem dirigir uma palavra ao outro. Quando estávamos enfrente a uma parede, a entrada para o Salão Comunal da Sonserina, Draco disse:
- Arte das Trevas. – Uma passagem se abriu, revelando uma sala mal iluminada. Então, Draco se virou para mim e disse – Venha.
Quando passei pela passagem essa se fechou. Observei a sala, a qual era grande de teto baixo. Em um canto havia uma lareira. Em frente à mesma havia um sofá de couro preto, um tapete felpudo verde no chão e varias poltronas de cadeiras esverdeadas. Em outro canto, também havia uma mesa enorme de estudos, com abajures para iluminar caso o aluno fosse estudar a noite.
Draco se dirigiu a uma poltrona, perto de seus amigos que pareciam estar a sua espera. Fiquei meio perdida. Não os conhecia direito e não queria conversar, então resolvi ir para o dormitório.
Subi a escada que levava aos dormitórios e segui o corredor. Nele era possível ver varias portas e, ao lado dessas, tinha um pergaminho na parede com três nomes. Fui seguindo pelo corredor, quase no final encontrei o pergaminho com meu nome. Observei a porta imaginando como seria agora em diante, como seria a minha vida.
Sai de meus devaneios e abri a porta adentrando o meu novo quarto. Não havia ninguém. Parei para observar o quarto; ele era escuro, mas ao mesmo tempo aconchegante. Tudo era decorado com verde e prata, desde as cortinas à roupa de cama.
Avistei o meu malão ao lado de uma das três camas, esta ficava em frente a uma janela. Troquei de roupa, pondo o meu pijama, me deitei e adormeci.
Pov Narrador
Quando viram que Helena havia ido para seu dormitório, começaram a falar a respeito da missão que o Lorde das Trevas os havia dado.
- E ela? – Perguntou Pansy para Draco – É a filha do mestre?
- Sim, é ela. – Respondeu Draco olhando as chamas consumirem a madeira dentro da lareira.
- Temos vamos trazê-la para o nosso lado. –Falou Blásio.
- Vai ser fácil, pelo o que ela disse no jantar. Parece que ela não quer ser mais uma na família e que não concorda com tudo o que eles acreditam. Vocês viram como ela falou com o Draco? O brilho nos olhos dela? Parecia o próprio Mi lorde.
- Claro Pansy. Afinal, nós estávamos lá. – Disse Blásio revirando os olhos e, em troca, recebeu uma almofada na cara. – Ei!
-Parem vocês dois! Você pode estar certa, Pansy, mas não sei se concordo com você em uma parte: Não vai ser fácil. Ela pode pender um pouco para o lado das trevas, mas ela, dificilmente, passaria para o nosso lado.
- Temos que achar uma maneira. Mas qual? – Perguntou Blásio.
- Não sei. Ela esconde alguma coisa, precisamos descobrir o que é. Isso me parece um bom começo. O que acham? – Perguntou Draco olhando para cada um de seus amigos.
- Também acho que é uma boa idéia. Mas e a sua outra missão? Talvez nós possamos ajudar. – perguntou Pansy
- Já disse que não posso contar! E o que vocês poderiam fazer? – Depois de dizer isso, Draco levantou e foi para o seu dormitório.
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