Interrogatório
Interrogatório.
Harry olhava para o teto deitado em sua cama, em sua casa, a antiga Mansão Black, que hoje era a Casa dos Potter, com um suspiro resignado o patriarca se levantou e olhou para sua linda e ruiva esposa que ainda dormia.
O homem saiu do quarto em silêncio e foi em direção a cozinha, não sem antes cumprir sua tradição de olhar os filhos, mesmo com as suas crianças não sendo mais tão crianças. Tiago já tinha 19 anos e tinha resolvido que não iria seguir a carreira do pai, ele estava se especializando em feitiços e era muito bom no que fazia. Seguindo para o quarto ao lado ele viu Alvo com seus 18 anos, tinha resolvido seguir a carreira do pai, e estava no curso para aurores do ministério, e se esforçava muito para não ser comparado a Harry e não ficarem achando que ele só estava ali por ser filho do chefe dos Aurores. No último quarto, um quarto que deveria ser rosa,estava sua amada e protegida filha, Lilly tinha 16 anos e provavelmente deu a Harry alguns fios de cabelo branco nos ultimos dias, desde que chegara da escola e lhe contara que tinha um namorado. Um namorado!! Sua princesa só tinha 16 anos, com essa idade ele.... “Droga” pensou Harry, “com 16 anos comecei a namorar a Gina, e mais com essa idade a Gi já liderava uma revolução na escola... Mas não importa, Lilly é um bebê! Como posso suportar que algum homem vá desejá-la como eu.... Argh, TRESTÁLIOS SANGRENTOS! Não quero pensar nisso.” Fechando a porta do quarto da filha Harry Potter desceu as escadas em direção a cozinha, e chegando lá se deparou com Monstro já preparando o café da manhã, ele desejou um bom dia ao elfo e se sentou pegando o jornal que já estava em cima da mesa, como em todas as manhãs. Alguns minutos depois Gina apareceu enrolada em seu penhoar negro cobrindo sua camisola também negra.
-Bom dia Monstro! Bom dia meu amor! - ela exclamou dando um beijo rápido nos lábios de Harry antes de se sentar.
-Bom dia, minha senhora. - o elfo respondeu servindo Gina que agradeceu e tomou um gole de seu suco de abobora.
-Que cara é essa Harry? - perguntou.
-Como assim que cara é essa? Você esqueceu que o namorado da Lilly vem jantar aqui em casa hoje? Não posso estar tranquilo sabendo que o cara que está tentando colocar as mãos na minha Lilly vem aqui hoje.
-Por Mérlin, Harry Potter! Quanto drama! - a ruiva riu do marido e se levantou sentando no colo dele em seguida. - Meu amor, em algum momento nossa filha iria se apaixonar, assim como eu me apaixonei por você, Mione se apaixonou por Rony, sua mãe por seu pai... Ele não vai roubar a Lilly de você, querido! E outra, não me lembro nem de papai ficar tão enciumado assim, nem mesmo quando começamos a namorar depois da Guerra.
-Seu pai já me conhecia, e sabia que eu não iria te magoar nunca. - Se defendeu.
-Potter, você está sendo bem hipócrita! John não vai magoar nossa filha, tenho certeza, pelo que ela me contou ele gosta dela desde o primeiro ano, mas seus filhos o proibiam de tentar uma aproximação.
-Claro que proibiam, e preciso agradece-los mais tarde por isso. - disse e a esposa riu, seu amado menino de olhos verdes sempre seria ciumento, e o instinto de proteção Potter sempre iria falar mais alto quando o assunto era a pequena ruiva que dormia no andar superior.
-Tudo bem, querido. Mas hoje seja educado, já que a sua tentativa de mante-lo longe de Lilly foi frustrada você precisa conhecer o menino. E não se esqueça que se você fizer algo que magoe a nossa filha terá duas punições, além de ver a Lilly te ignorando pelo resto do verão, por você mesmo te-la magoado, o senhor irá ficar sem a sua linda esposa, que irá te punir da maneira que mais te afeta, e acho que já sabe do que estou falando. - comentou e deu um selinho no marido, que a olhava perplexo, e voltou para a sua cadeira.
-Ah, Gi! Não acredito que você está dizendo que se eu tentar defender a honra da minha filha de um cara que eu posso julgar errado você vai fazer greve - disse dando bastante enfase na palavra e viu Gina assentir, ele bufou. - Ok, senhora Potter. Sabe bem como me convencer. - disse.
-Claro que sei, querido. Agora termine de tomar seu café, precisamos ir até o beco diagonal. Preciso fazer algumas compras e bem que você poderia me fazer companhia, inclusiva, a companhia poderia começar no banho... - ela disse e o marido sorriu malicioso. Largando a xícara de café e as panquecas que comia pela metade e levantando junto com a esposa que subia as escadas.
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Com um mau humor crescente, Harry se arrumava no quarto de frente para o espelho. Ele observou Gina aparecer ali já vestida com um vestido preto. Com um sorriso enviesado, o homem se lembrou dos bons momentos que passaram antes de sairem para as compras.
-Amor, o Rony e a Mione já chegaram. Ted e Vic também. - a mulher disse, Ted e Vic tinham se casado a alguns meses.
-Uhm e aquele garoto?
-Lilly marcou com ele as sete, e ainda faltam alguns minutinhos. Rose virá com o Scorpion, então Rony também esta nesse mau humor. - disse e Harry compadeceu com o cunhado.
-Sei como ele se sente. - reclamou e desceu as escadas atrás da ruiva, e viu o afilhado com a esposa, o garoto que usava no momento cabelos azuis turquesa viu o padrinho e o abraçou, a loira também lhe abraçou. Ele falou rapidamente com Scorpion e abraçou a afilhada, Rose, e também Hugo. Nesse momento Tiago apareceu com Jane que falou com o sogro e depois se juntou as mulheres na cozinha.
Pontualmente as sete horas da noite, John Scott tocou a campainha da casa a qual ele já ouvira muitos boatos. Quem não iria querer conhecer a casa de Harry e Gina Potter? Quando sua pequena ruiva abriu a porta ele sorriu. Quando ela o abraçou, John relaxou e abraçou a namorada pela cintura. Alguns segundos depois ouviu um pigarro, Harry Potter estava atrás de Lilly com uma cara nada agradável, e depois dele, seus cunhados, Tiago e Alvo. Estava perdido, pensou o garoto de cabelos castanhos e olhos azuis.
-Papai, esse é John Scott.
-Sr. Potter, é um prazer conhece-lo. - estendeu a mão e o pai da namorada da pegou com firmeza.
-Uhm, vamos ver se poderei dizer o mesmo. - disse e Lilly exclamou um “papai” e puxou o namorado para dentro.
-Esses você já conhece, Ti e Al, uhm, venha, vou te apresentar a mamãe. -a ruiva puxava o namorado pela mão, ao chegar na sala ela apresentou os dois homens ali sentados. - Esses são o Tio Rony. - falou e John apertou a mão do homem que o olhou da mesma maneira que Harry Potter. - E esse é Ted, meu querido irmão mais velho, e maridinho da Vic, minha prima, filha do Tio Gui. - ela apresentou e o cara sorriu para ele. Hugo apareceu na sala e sorriu falando com ele rapidamente. Quando finalmente chegaram a cozinha, ele se viu entre Gina Potter, Hermione Weasley e uma loira que não conhecia.
-Mamãe, esse é John! - disse e a ruiva sorriu para ele e o puxou para um abraço.
-Bem vindo John! Espero que meus meninos tenham sido simpáticos com você! - exclamou.
-É um prazer conhece-la Sra. Potter. - depois de apresentado a todos, Gina resolveu quer seria melhor servir logo jantar, para ver se amenizava o mau humor do irmão e do marido. Quando todos se sentaram na mesa estratégicamente posicionada no quintal da casa, como quando todos jantavam nA’Toca. Todos se serviam e a conversa seguia leve entre os adolescentes, exceto John que comia tímido ao lado de Lilly. Antes que pudessem terminar o primeiro prato, Harry começou.
-Então John, posso te chamar assim não?- perguntou e o garoto assentiu rapidamente. - Você é da Grifinória? Seus pais estudaram em Hogwarts também?
-Sim, sou sim senhor, e meus pais estudaram também lá. Meu pai foi da Lufa Lufa e mamãe foi da Grifinória.
-Me lembro de Melaine, ela era um ano mais nova do que eu! - Gina comentou.
-E você é filho único?
-Não, meu irmão mais velho trabalha na Embaixada Bruxa na Alemanha. - respondeu.
-Você tem dezesseis anos?
-Sim, senhor. Farei dezessete dentro de dois meses.
-E o que pretende fazer depois de acabar a escola?
-Pretendo me tornar Auror. - respondeu firme e Harry até perdeu um pouco da implicancia com o garoto, ele teria que se corajoso e bravo o suficiente para querer essa carreira.
- Nunca pensou em fazer outra coisa?
-Não Senhor, talvez quando tinha cinco anos, pensei em ser jogador de quadribol, isso aconteceu quando fui assistir a final da copa mundial e vi a Inglaterra vencer, quis ser artilheiro, mas isso já faz muito tempo.
-Uhm, intessante. E como conheceu a Lilly?
-Nós estudamos o mesmo ano. E a alguns meses eu a convidei para ir comigo a Hogsmead, ela aceitou.
-Você joga no time da Grifinória?
-Sim, senhor.
-Artilheiro, não? Entrou no time só por causa dela?
-Papai! -Lilly se intrometeu no interrogatório. - Pare! Você não está deixando o John comer, e ele não entrou no time por minha culpa, ele já jogava antes mesmo de eu me tornar capitã ou algo assim. - Harry assentiu, se calando momentaneamente. Quando já estavam acabando a sobremesa John pediu para falar a sós com Harry, eles seguiram para o escritório.
-Sr. Potter, me desculpe. Sei que deveria ter feito isso antes de começar a namorar Lilly, mas estávamos no colégio. Mas queria pedir que aceitasse nosso namoro. Eu a amo.
-Sim, compreendo. Eu aceito com uma condição, se você imaginar, pensar, cogitar magoar minha filha, eu te caçarei e farei você querer encarar um dragão sem a ajuda de uma varinha, e depois te mandarei para Askaban. - ameaçou e viu o garoto assentir freneticamente. - Fora as azarações que permitirei que meus filhos te lancem.
-É isso aí, papai! - Tiago falou entrando no escritório. -Scott, se você magoar minha irmã um pouquinho só que seja, irá conhecer o instinto protetor dos Potter e não será de uma maneira agradável.
-Nunca magoarei a Lilly, tenham minha palavra. - os três homens saíram do escritório e voltaram para a sala. Harry observou John e Lilly sairem em direção ao quintal junto com os outros, e Harry voltou sua atenção para a esposa.
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Deitados na cama após terem desfrutado da maior intimidade possível, Harry e Gina estavam abraçados e ele passava os dedos entre os fios de cabelo rubro que tanto amava, enquanto a mulher traçava desenhos abstratos em seu peito.
-Eu gostei do John...- Gina comentou.
-Sim, ele parece ser um bom rapaz.
-Harry, você fez um interrogatório com o menino! Eu devia cumprir minha promessa e fazer greve! - exclamou.
-Uhm, nem você aguentaria querida! - disse presunçoso. -Claro que fiz, precisava saber se ele bom para minha menina!
-E a que conclusão chegou?
-Que ele é o mais próximo de “bom o suficiente para minha filha” que podemos encontrar. - respondeu.
-Sei, Senhor Potter. Bom o suficiente para minha filha. Agora que tal, você ser bom o suficiente para mim e me beijar mais algumas vezes? - ela nem precisou falar duas vezes e o marido já a beijava John foi esquecido, pelo menos momentaneamente. Afinal das contas nunca, para pai nenhum um garoto vai ser bom o suficiente para sua filha, muito menos para um Potter.
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Oioi gente! Como vão? Espero que tenham curtido o capítulo! Deixa eu compartilhar com vocês, PASSEI PARA A UFRJ! E espero conseguir conciliar tudo, e não deixar de postar meus (raros) capítulos. Bem, é só, não esqueçam de comentar, e volto em breve com mais. XOXO
Comentários (1)
Capitulo muito legal!!!! Espero qie nao demore com o proximo!!! P.S.: Parabens pela sua conquista, espero que voce tenha muito sucesso naquilo que voce deseja!!
2013-08-09