Memories and Good Decisions
Gina estava sentada observando as quatro crianças brincarem no jardim do Largo do Grimmauld 12. Lilly que era a menorzinha estava pendurada nas costas de Teddy Lupin e ria alto das peripécias dos irmãos. Ao olhar a mais velha das crianças a ruiva não conseguia não pensar em Tonks, afinal seu “afilhado” lembrava muito a mãe. Durante os meses da II Guerra bruxa Ninfadora foi uma das únicas pessoas que conseguiu fazer com que a caçula dos Weasleys conseguisse se sentir melhor, o casal Lupin foi extremamente importante para ela, assim como ela sabia que também tinham sido importantes para Harry, já que eles haviam lhe dado o título de padrinho do filho deles, e para os bruxos isso é uma grande honra. Ela lembra-se da Guerra e pensava em como eles dois haviam lhe trazido esperança de que no final de tudo, as coisas ficariam bem. E que Harry e ela poderiam ser felizes e bem, lá estavam eles. Infelizmente sem Tonks e Remo para serem testemunhos.
Com os olhos nas crianças mas os pensamentos em outro lugar Gina foi levada para praticamente 15 anos antes, onde não se tinha certeza de nada.
FlashBack
A menina estava deitada em um dos quartos da casa da Tia Muriel olhando para a janela, como se na esperança de algo acontecer, em suas mãos sua única maneira de contato com a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, seu galeão de contato da Armada de Dumbledore. Frustrada e entediada, ela pegou um Profeta Diário que estava jogado no chão ao seu lado.
“Caça aos Nascidos trouxas continua, faça sua parte.”
A manchete já deixou a ruiva enjoada, ela virou as páginas tentando encontrar algo que prestasse naquele jornal, mas pelo visto Aquele-que-não-deve-ser-nomeado causava bastante pavor nas pessoas e o Profeta era totalmente partidário dele. Irritada com as notícias que leu a ruiva jogou a bola de papel que fez com o jornal na porta com toda a força que tinha, e era bastante. Logo depois alguém abriu a porta fazendo com que Gina voltasse seu olhar para o lugar e até sorriu quando viu a grávida parada ali.
-Tonks! – ela chamou animada e levantou-se abraçando a mulher. – Ual! Você está ótima, pra quando é esse bebê?
-Pra breve. E não me diga que estou ótima, estou me sentindo uma hipogrifo prenha. –Gina gargalhou. – Mas me diga, como você está? Fiquei sabendo que Gui e seus pais acharam melhor você não voltar pra Hogwarts.
-Frustrada, e me sentindo uma inútil. Pelo menos na escola eu podia fazer algo, resistir de alguma maneira.
-Não se sinta assim, querida. Tenho muito orgulho de você Gina. Mesmo com tudo o que aconteceu não deixou se abater e ainda está disposta a lutar.
-Claro! Você acha que eu ia ficar parada? Isso não é pra mim, sou uma Weasley, lutar está no meu sangue. – falou e Tonks sorriu.
-E é por isso que o Harry te ama.
-Oi?
-Pelo amor de Merlin , Gi. Todo mundo sabe que vocês dois namoraram, e de qualquer maneira Hermione me contou o porque dele ter terminado com você no dia do enterro. E Remo falou que era o Instinto de proteção dos Potter’s aflorando nele.
-Tonks, você estrunchou quando estava vindo pra cá? Deixou seu cérebro em casa? – Gina perguntou olhando para a mulher a sua frente.
-Claro que não, Gi. Eu só estou enxergando o que você, como envolvida no caso não consegue. Mas não vim aqui para isso, vim pra te convidar a ficar um pouco comigo e com o meu bebe. – ela acariciou a barriga. – Remo anda ocupado com as coisas da Ordem e eu fico sozinha.
-Se a minha mãe deixar, eu vou. – sorriu.
-Ela já deixou! A casa da minha mãe tem a mesma proteção daqui, o fiel segredo é o Remo. – comentou e se levantou. – Vim aqui só pra te convidar. – riu. – Vamos?
-Mas já?
-Sim! – Gina se levantou e pegou uma bolsa jogando algumas peças de roupas dentro e depois olhou para Tonks, era engraçado, pensar que no meio de toda aquela guerra uma vida estava prestes a nascer, e todos esperavam que tudo acabasse bem e que o futuro bebe tivesse uma vida melhor do que a que eles viviam agora.
As duas foram para a casa de Tonks e os dias se passaram de maneira bem melhor com companhia, elas passavam a maior parte do tempo pensando em coisas para o bebê e dando conta do enxoval. Gina sorria todas as vezes que Lupin vinha com notícias, saber que Harry com toda a certeza ainda estava vivo era um alento para o seu coração. A barriga de Tonks estava a ponto de explodir e Gina já havia voltado para casa. Harry estava se hospedando na casa de Gui, o que havia deixado a ruiva muito mais calma, saber que ele estava bem, apesar de estar tramando algo. Dia 23 de abril quando ela estava na cozinha com a mãe ajudando a preparar o jantar um patrono da Sra Tonks chegou assustando a matriarca dos Weasleys.
“TONKS ESTÁ TENDO O BEBÊ, ELA FALOU QUE QUER QUE VOCÊ E A GINA VENHAM PARA CÁ.”
Gina deu um salto da cadeira e a mãe não podia estar mais feliz, rapidamente as duas avisaram aos outros e chegaram à casa dos futuros papais. Assim que as duas ruivas entraram na sala viram um Remo Lupin nervoso e ansioso.
-Harry está na casa de Gui e Fluer. – falou para Gina. – Eles estão bem, apesar de Hermione ainda estar meio abatida.
-Gui nos avisou, e disse que ele está planejando algo. – falou e o ex professor sorriu levemente.
-Claro, ele ainda tem problemas para resolver. – respondeu e os dois se olharam e Lupin soltou um suspiro. – Mal posso esperar para ver meu filho.
-Ele vai ser lindo, tenho certeza. E ah, obrigada pelas coisas que você falou pra Tonks.... sobre meu namoro com o Harry. Absolutamente me fizeram bem. – sorriu. – E também mal posso esperar para ver seu filho.
O tempo parecia se arrastar ali naquela sala, enquanto Molly e Andrômeda estavam no quarto com Tonks, Lupin andava de um lado pro outro da sala enquanto Gina estava sentada no sofá olhando para o relógio a cada cinco minutos, ou menos. Com os olhos cheios de lágrimas Andrômeda saiu do quarto e sorriu para os dois que estavam na sala.
-Nasceu, é um menino lindo. – ela falou emocionada e Lupin se levantou e em um ímpeto abraçou a sogra que se surpreendeu.
-Já sei que nome vamos botar nele, Andrômeda. – e dizendo isso entrou no quarto para ver a esposa e o bebê. Gina, mais contida parabenizou a vovó e disse que iria esperar um pouco para que pudesse ver a amiga e seu filho, Molly saiu em seguida dando ao casal um momento mais íntimo e as duas senhoras começaram a conversar como é difícil ver os filhos crescerem e a ruiva deixou escapar que apesar da Guerra mal podia esperar por ter seus netinhos, mas sabia que Gui só iria se sentir seguro de ter um filho depois de tudo acabado, e que esperava sinceramente que nenhum de seus outros filhos, que não eram casados lhe dessem essa surpresa. Gina não pode deixar de rir, aquela era a sua mãe, e apesar de estar apavorada com tudo o que estava acontecendo ela esperava ansiosamente pelo crescimento da família, dizia que queria ver crianças correndo pelo pátio d’A toca novamente.
-Gina, Tonks está te chamando. – o maroto apareceu com um sorriso no rosto. – Andrômeda, o que achas de seu neto se chamar Ted Remo Lupin? – a mulher sorriu e lágrimas correram por seus rosto, ela se sentiu feliz por ver seu genro e sua filha homenageando seu falecido marido. Gina saiu da sala e entrou no quarto, vendo a amiga com os cabelos rosa segurando um embrulho azul, assim que chegou perto e viu o bebê sorriu.
-Ele é lindo, Tonks. Parece um anjinho. – A ruiva disse emocionada ao ver aquela criança, nascida de um amor antes dito improvável.
-Eu sei. Estou tão feliz Gi. Te chamei aqui pra dizer que vamos chamar o Harry para ser padrinho dele, e isso quer dizer que automaticamente,a partir do momento em que vocês ficarem juntos, você também terá responsabilidades com o meu filho, ok? –Gina arregalou os olhos e deixou uma lágrima cair.
-Obrigada. – murmurou.
-Obrigada a você. Sei que deu uma forcinha para que eu Remo ficássemos juntos. Não estou fazendo nada demais. – ela respondeu sorrindo e olhando para o filho. – e sei que você vai amar meu filhote.
Xxxxx
-MAMÃE! A GENTE PODE VOAR? – as lembranças de Gina foram interrompidas por um Tiago que veio correndo em sua direção. –Por favor, prometo que não vou implicar com o Al. – ele fez biquinho e ela riu, sabia que aquela era uma mentira deslavada, Tiago Sirius nunca pararia de implicar com o irmão.
-Ok, mas só se você prometer voar bem baixinho e não brigar com o seu irmão mais tarde. – ela riu. Ted veio com Lil no colo e se sentou ao lado da mulher, vendo os dois “irmãos” brincarem. – Ué querido, não vai voar com os meninos? – perguntou pegando a filha e a colocando no colo.
-Não, to meio cansado. Tia Gi, você se importa se hoje mais tarde eu for pra casa do Tio Gui? É que eu e a Vic temos que terminar um trabalho enorme. Mas prometo que volto antes da hora de dormir.
-Claro que pode querido. – ele sorriu.
-Tia, você é a melhor. – ele deu um beijo na bochecha da mulher. – tenho certeza que meus pais fizeram a melhor escolha tendo você e o tio Harry como meus padrinhos. – sorriu e resolveu que já tinha descansado o suficiente pegou a vassoura que estava ali perto e foi voar, para a inveja de seus filhos, mais alto do que os dois. E ela ficou ali sorrindo em meio a imagens do presente e do passado, realmente, Tonks e Lupin não tinham errado.
~~
n/a: hey guys! Alguém aí ainda lê essa bagaça? ahaha, tanto tempo que eu não atualizo.... mas confesso que fiquei um pouco ausente de tudo. mas agora estou de volta e prometo postar se vocês prometerem comentar ~o que acho que será impossivel~ahaha, mas enfim, espero que gostem do capitulo e até mais
xoxo
Mariana
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