"O seu fim"? [EDITADA]

 

               Um garoto louro, de olhos cinzentos carregava uma enorme pilha de livros em seus braços (cujos livros saltavam loucamente de seus braços), sua mochila escorregando dos ombros. Rose rapidamente deixou de escrever e Alvo correu para ajuda do garoto.

 

               - Obrigado – agradeceu o menino, fazendo outra pilha de livros saltitantes em cima da poltrona.

 

               - Quem fez algo tão bárbaro...? – perguntou Rose.

 

                - Não sei muito bem – o garoto respondeu, ainda amontoando sua pilha de livros ao lado de Alvo – Sei bem que fui ao banheiro, na volta, encontrei minha cabine com quatro outros garotos do segundo ano... E me deram esse livro (o que na realidade era apenas um), e me expulsaram... – Rose e Alvo se entreolhavam - Sei que arranjaram encrenca durante toda viagem, até agora.

 

                 - Qual é o seu nome? – perguntou Alvo.

 

                 Alvo perguntou o nome daquele garoto, que rapidamente respondeu educadamente sendo chamado de “Scorpius, Scorpius Malfoy”, estendendo sua mão aos garotos, que por algum motivo, um muito feio, Rose se recusou a aperta-lá. Alvo, apenas, lhe lançou um olhar de desaprovação. 

 

                     Scorpius perguntou se realmente, Alvo e Rose eram filhos de Harry Potter e Ronald Weasley, e descreveu-os como os maiores aurores da atualidade no Ministério da Magia, sendo o próprio pai de Scorpius, Draco Malfoy, admirá-los secretamente e que antigamente, os três estudaram juntos em Hogwarts, assim como Hermione Weasley.

 

                      Scorpius era um garoto educado e divertido, Al realmente gostou dele, afinal, juntos compartilhavam os mesmos gostos. Diferente de Rose que ficará ao canto com sua antipatia e não se manifestava na conversa, e quando Scorpius, em tentativas inúteis de chamar a atenção da garota, apenas respondia um “não” ou um “sim” revirando os olhos e continuava a escrever freneticamente em seu diário.

 

                      Era o primeiro ano, também, que Scorpius frequentaria em Hogwarts e contará que seu pai, depois de muita discussão com sua mãe, matriculou-o. Queria que seu filho estudasse em Durmestrang, na Bulgária, mas a mãe não aguentaria tão longa distância longe do filho. Já que sua vontade fora recusada, contará ao filho que estudaria em Hogwarts, e que pertenceria à Casa Sonserina. Casa da qual, toda uma árvore genealógica pertencerá em seus tempos de estudantes. Acreditava que o pai mais queria que o filho fosse um sonserino por dignidade ao nome da família... coisa que, bem ele sabia, existia, porém pouca coisa ainda prevalecia como antigamente. Bem antes dele nascer.

 

                    - Acho bom nós vestirmos os uniformes, Hogwarts está perto – garantiu Scorpius e rumou fora da cabine.

 

                    O silêncio invadiu a cabine de Al e Rose. Al continuava a olhar para a janela:

 

                     - Poderia ser mais gentil da sua parte, Rose.

 

                     - Mais do que eu deveria? – perguntou Rose fechando o diário.

 

                     - Sim, muito mais!- Al deu um pulo do assento, mas Rose nem percebeu.

 

                     - Papai – começou a garota – disse que não gostaria que eu fizesse amizade com ele. Você o ouviu na Estação.

 

                     - Sim, ouvi – Al nem se lembrará que Scorpius era aquele garoto da qual, o seu padrinho se referia – Mas ele disse que não gostaria que nos “juntássemos” a ele e não para sermos mal educados! E aliás, do que importa? Temos um ao outro aqui, diferente dele! Ele é legal, Rose você viu.

 

                     Rose viu o seu erro, mas não queria admitir, e voltou a escrever no seu diário. Enquanto os minutos passavam, a mulher dos doces passou, mas nem ele nem ela quiseram algum doce. Scorpius chegou, e Rose se retirou para se vestir.

 

                     Podemos descrever a viagem como longa, cansativa e muito, muito tediosa.

 

                     O sol ia se escondendo atrás das montanhas até que a apenas o vagão estivesse iluminado. A noite cairá.

 

                     Al se apressou e trajou seu uniforme de Hogwarts. Voltou à silenciosa cabine ocupada por Scorpius e Rose, e o Expresso deu um solavanco e parou ao mesmo tempo em que as portas das cabines abriram e saiam de dentro todos os alunos.

 

                     - Vamos? – perguntou Rose de costas, sem olhar para os garotos. Pegou sua mochila e abraçou o diário. Foi a primeira a sair do vagão, sem sequer esperar Al.

 

                      - Ela realmente tem tudo contra eu. Eis a questão, “o que?” – falou inesperadamente Scorpius ao ver Rose ao longe, perto de Hagrid.

 

                      Sim Rose não gostava de Scorpius, mesmo sem algum motivo concreto. Al acenou para Hagrid, seu grande amigo meio-gigante e junto de Scorpius, rumaram ao encontro de Hagrid que se localizava ao lado do seu cachorrão, Canino, perto de uma clareira, segurando uma lamparina e berrava “Alunos do primeiro ano! Alunos do primeiro ano, formam uma fila aqui, perto de mim!”.

 

                      - Rose e Al! – berrou Hagrid de felicidade abraçando os dois – Finalmente, em Hogwarts! Vocês irão adorar aqui! Como estão os seus pais? Que felicidade ver vocês de novo e em Hogwarts!

 

                      Hagrid realmente sabia expressar, muito bem, sua alegria em ver os garotos que tanto ele amava.

 

                    - Hagrid! – chamou Rose sufocada. Al e ela estavam constrangidos com aquilo – Estamos ótimos, papai e mamãe também. Hagrid, nós nos vimos à duas semanas atrás!

 

                       - Oh – Hagrid soltou-os, ainda com um grande sorriso escondido pelas enormes barbas – Sim, estão ansiosos?

 

                      - Muito! – começou Rose, tentando se reconstituir – Al e eu estivemos conversando sobre isso a viagem inteira e...

 

                         - Quem é esse? – interrompeu Hagrid olhando para o garotinho louro se esquivando em Al.

 

                          - Oi – falou Scorpius timidamente – Sou Scopius Malfoy.

 

                          - Oh, Malfoy!– disse Hagrid – Conheci seu pai. Espero que esteja bem - Hagrid deu meia volta e berrou:

 

                          - Todos os alunos do primeiro ano, formam uma fila aqui – e apontou para trás de Alvo, Rose e Scorpius que eram os primeiros da fila. Canino do lado de Hagrid soltou um uivo – Todos os alunos do primeiro ano, aqui!

 

                          Vários calouros formaram uma fila atrás dos três garotos impressionados com o tamanho enorme só do pé de Hagrid. Hagrid se pôs a frente de Rose e mandou todos os seguir.

 

                          Afim, chegaram à margem de um lado negro e se dividiram em cinco entrando em barquinhos. Hagrid navegou em um barquinho próprio.

 

                           O caminho era calmo, o barquinho flutuava serenamente nas águas e em frente, formou-se Hogwarts. Um castelo, com torres grandes e pequenas com pontinhos amarelos. Muitos ofegaram de excitação. Ao longe, ouviam-se muitos “Uau!” ou “Que demais!” sendo Scorpius um dos alunos mais impressionados com o castelo.

 

                            Depositaram seus barcos na Casa de Barcos e subiram a escadaria que daria para o pátio de entrada do castelo. E lá, ao portal de carvalho, um homem gorducho e careca, trajando vestes de seda, esperava-os.

 

                            - Muito bem. Sejam todos muito bem-vindos! Obrigado, Hagrid – falou o homem, sorrindo para todos e fez um aceno de cabeça amigável a Hagrid, que fez igualmente – Sou o professor Horácio Slughorn e ensino Poções. Agora todos entrem em fila e por ordem chamarei seus nomes para usarem o Chapéu Seletor que dissera qual Casa pertencerá cada um de vocês. Aliás, não se esqueçam de que sua Casa será sua família e que como igual, ganhará pontos. Agora, em fila atrás de mim!

 

                   Era ali e agora, seu medo estava por um fim. Alvo teria que superar aquilo.

 

                  Majestosamente, o portal para o Salão Principal se abriu. Quatro enormes mesas tinham e um era ao lado da outra, alunos de todas as idades de vestes azul, vermelha, verde e amarela olhavam a procissão de novos alunos, ao fim do Salão uma enorme mesa virada à frente dos alunos era ocupada pelos professores e a centro na cadeira mais majestosa e confortável, a diretora McGonagall já bastante velhinha. O teto abobado exibia a visão do céu lá fora (que estava um belo azul marinho com um manto de cintilantes estrelas), os archotes estavam todos acesos e deixava o Salão bastante iluminado e morno, assim como as famosas velas que flutuavam.

 

                  Tiago estava junto com seus colegas na mesa da Grifinória e olhou com um olhar de gozação para Al, deixando-o mais apreensivo. Faltava pouco.

 

                 O Salão era grande e longo, depois da Batalha entre Harry Potter e Lorde Voldemort, reconstruíram Hogwarts bem maior. Subiu o único degrauzinho de pedra ao fim do Salão e ficou parado. Rose era a primeira enquanto Al e Scorpius eram os penúltimos, pois, ao subirem a escadaria, muito alunos correram para chegarem ao Saguão de Entrada apostando corrida (algo que enfureceu Hagrid, porém, não se aguentou a soltar uma risadinha) e os dois garotos não se esforçaram tanto.

 

                  O Chapéu Seletor começou a cantar. Alvo não dera a mínima para aquela canção, já conheci a história dos fundadores de Hogwarts, mamãe lhe contará todas as noites antes de dormir, e isso com certeza a canção dele se referia.

 

                   Após a canção ignorada por Alvo que murmurava “Sonserina, não!”, Rose se adiantou e sentou-se no banquinho bambo, e o professor Slughorn lhe pusera o Chapéu em sua cabeça. Normalmente a lista era por ordem alfabética, resumindo; Alvo seria o primeiro, mas devido à desobediência à ordem e a mentalidade já velhinha que o professor tinha Slughorn não chamou pela ordem correta, chamando Rose a ser primeira ao exame do Chapéu Seletor.

 

                  - Ah! – berrou o Chapéu Seletor depois de um minuto de silêncio – Você será muito bem sucedida na Corvinal, mas creio que sua atuação lá não lhe caia tão bem como, talvez na Lufa-Lufa... Enfim, Grifinória!

 

                  Todos da mesa da Grifinória aplaudiam e soltavam assobios de felicidade, ela rumou para lá excitada.

 

                  - Parabéns a ela – comentou Scorpius.

 

                 Quanto mais alunos passavam pelo Chapéu Seletor, mais perto Al se aproximava dele. Metades dos alunos tornaram-se alunos para a Lufa-Lufa, poucos rumaram para a Sonserina, um bom número de calouros foram para a Corvinal e Grifinória e...

 

                  - Malfoy, Scorpius – chamou o professor Slughorn.

 

                  Scorpius era o penúltimo aluno a ser entrevistado pelo Chapéu e Alvo era o único em pé.

 

                  - Grifinória!

 

                  Scorpius soltou um grande sorriso e foi em direção a mesa da Grifinória que o aplaudia fervorosamente.

 

                  - Potter, Alvo Severo – chamou o professor por último, soltando um risinho.

 

                  Tudo acabava ali; seu medo, apreensão...

 

                  O garoto andou serenamente, com os olhos verdes vidrados no banco. Sentou-se e fechou os olhos, enquanto o velho Slughorn colocava o Chapéu na sua cabeça.

 

                   - Admito – começou o Chapéu – da última vez que interroguei um Potter foi uma decisão difícil e com você é a mesma coisa... Porém não impossível para mim...

 

                   Al pensava, suando frio “Sonserina, não!”.

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.