Uma longa viagem [EDITADA]



 


               Aquilo não poderia acontecer. Talvez se acontecesse Alvo seria o melhor bruxo da Sonserina, segundo seu pai. Entretanto, Alvo, não desejava isso.


 


                 Rose, com certeza não faria parte entre os alunos de vestes verdes e prateadas da Sonserina. Ela era a única amiga que ele conhecia até o momento embarcando no luxuoso Expresso de Hogwarts, se ela realmente fosse para qualquer outra casa além do dele, teria de se conformar tristemente com seu futuro horário de aulas que os separariam. Tiago nunca fora o tipo de irmão mais velho que se importava com ele (pelo menos isso, Alvo acreditava), e quando se lembrava que tinha um irmão, eram o caos no Largo nº 12, moradia dos Potter.


 


                 Ao longe, um pontinho que podemos identificar como Harry Potter acenava seu último adeus a seu filho na plataforma – que agora se esvaziará quase por completo – e aumentando cada vez mais o som de correria e cochichos nos corredores apertados do vagão vinham Tiago, Eriberto, João e Golias com gostosas risadas, transitando o corredor com uma tentativa (inútil, resultando em empurra-empurra) de um ficar ao lado do outro, com os braços jazendo seu armamento de Fogos Filibusteiros que, metade, fora gastada contra a cabine dos alunos sonserinos cujo revidavam (entre tosses e gritinhos femininos) com xingamentos de deixar o último pelo das costas eriçado e alunos do quinto e sexto anos em uma busca desenfreada pelos garotos travessos.


 


            Será que Alvo, seria alvo de tormento e desgosto do irmão ao longo dos futuros seis anos que frequentaram juntos Hogwarts, caso ele realmente ser um membro da Sonserina? Não que Tiago pudesse ter desgosto e sim alvo de chacota, mas... Seria ele, o único da família a pertencer à Sonserina, famosa pela quantidade exuberante de futuros alunos se tornarem maldosos bruxos pertencentes ao lado das trevas?


 


               O Expresso corria para fora da estação de King’s Cross cada vez mais, assim como seu temor, apreensão e certa ansiedade invadia seu coração, que coitado do jovem e inocente Al estava-o atormentando!


 


               Seu rosto estava grudado ao vidro da janela e já não vira seu pai, nem sua mãe, muito menos seu padrinho e madrinha, Ron e Hermione. Sim, teria que se conformar com aquilo, querendo ou não! Já era tarde, a menos de poucas horas ele estaria, possivelmente, junto aos seus futuros colegas na mesa da Sonserina, longe de Rose ou Tiago, expressando olhares de frieza e decepção a ele...


 


               - Al? – perguntou Rose, balançando seu ombro – Al? Está se sentindo bem? Quer algo? Talvez eu pudesse comprar alguns doces. A moça das guloseimas esta logo ali e...


 


               - Não! – Alvo se assustou com Rose – Não, Rose. Esta tudo bem.


 


              - Caso esteja sentindo algo pode me contar, peço ajuda a alguém.


 


               - Estou bem! – vociferou Alvo. Rose afundou no seu assento – Eu estou ótimo... Ah, desculpe, Rô.


 


               - Sei o que você sente – começou Rose, com a voz calma olhando suas mãos se entrelaçando acima de um caderno cor esmeralda jazendo em seu colo, demonstrando sua apreensão. Seu medo – Sei que é difícil, nosso primeiro ano em Hogwarts, não só por estarmos distantes dos nossos pais, mas...


 


                Ela expressou uma enorme dificuldade para acrescentar e terminar sua frase causando alguns longos segundos de quietação, só com o barulho do trem correndo rapidamente batendo contra o vento.


 


               - Talvez, sejamos de casas diferentes. Não que seja possível... Claro. Seu pai contou-me que o Chapéu Seletor leva em consideração as nossas escolhas e...


 


               - É – disse Alvo com a voz fraca, porém algo se iluminou dentro de si, algo que seu coração pudesse ter um pouco mais da chama de esperança – Sabe para qual Casa você gostaria de entrar?


 


               - Não – respondeu a garota, olhando para a paisagem que retratava na janela. Indo cada vez mais ao norte – Mamãe contou-me que ela por pouco não entrou para a Corvinal. Quem sabe eu entre para a Grifinória ou talvez para a Corvinal. Segundo papai, temos a mesma inteligência, mamãe e eu... – mais risos e correria e junto, gritos e xingos emergiam novamente. O caos se instalava, principalmente, nos vagões Lufanos e Sonserinos promovidos pelo quarteto de garotos - Seu irmão não realmente não aprendeu a aderir o momento em que se deve parar. Verão passado ele quase me jogou na toca do Monstro!


 


              E foi inevitável segurar a gargalhada. Monstro com o passar dos anos tornou-se mais velho do que aparentava ser, entretanto menos rabugento, com exceção a Tiago. Soltava um grande e feio, que podemos chamar de sorriso tímido quando alguém lhe apontava ou direcionava o olhar, acreditando que estava sendo um bom elfo. Caduquinho, caduquinho, coitado!


 


              O tempo decorria com tal velocidade como as montanhas que formavam do lado de fora da cabine, grandes lagos e junto com as florestas de um verde escuro. Aquela tarde de primeiro de setembro de outono estava agradável. Nem frio nem calor. Rose tinha como passatempo seu diário, enquanto Al vislumbrava a paisagem. E como estavam longe de casa.


 


              - Alguém aí pode me dar uma ajudinha?  

                            ---*--*--- 



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Comentários (3)

  • Vinnícius Santos Granger

    Muito obrigado. (:

    2011-11-11
  • jully potter

    comecei a ler agora, mas a fic ja me pareceu muito boa

    2011-11-09
  • Din Malfoy

    oi vinicius vc comentou minha fic... valew e eu toh acompanhando a sua tah? está ótima garoto!! continua assim e lê minhas outras fics tah? bjão .... Din Malfoy

    2011-08-08
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