Capitulo 7

No capítulo Anterior…

 

O garoto aproximou-se rapidamente do professor, guardando sua própria varinha nas vestes. Tiago pegou a varinha de Iwan, que havia caído perto de si e de seus amigos. Sorriu maroto e quando ia guardando a varinha no bolso de sua calça olhou para Lílian, que o advertia com apenas o olhar. Resolveu então devolver a varinha ao professor.

 

Harry esperou mais alguns segundos, com o pensamento de que logo Vincent Iwan acordaria. Mas o minutos passaram, e o Professor de Defesa Contra a Arte das Trevas não acordou.

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Capítulo 7

 

Tiago se aproximou do ‘primo’, no intuito de entregar a varinha ao homem desacordado, mas Harry o impediu.

 

— Me dê a varinha. — o de olhos verdes murmurou para Tiago, que o fez, olhando desconfiado para o outro e se afastando logo em seguida. Harry tomou o objeto em mãos e se aproximou do homem inconsciente, apontando a varinha para o pescoço do mesmo. — Fim de jogo, Iwan. Pode parar de fingir.

 

O homem permaneceu imóvel por mais uns segundos, e então, repentinamente, se levantou, tentando tomar a varinha, mas Harry foi mas rápido:

 

— Immobilus! — sussurrou o garoto, e o homem sentiu suas articulações travarem no mesmo instante. — Alguém duvida de quem é o vencedor? — o rapaz perguntou aos demais alunos, que o encaravam boquiabertos. Após receber acenos negativos da maior parte da sala, ele se virou para o professor. — Eu vou te soltar, mas você vai ficar paradinho quando eu te devolver sua varinha, ou eu te mando para a enfermaria, entendeu? Finite Incantatem.

 

Iwan ajeitou seu corpo, e sorriu para o garoto, estendendo sua mão para o mesmo. Harry devolveu o objeto e se virou, no intuito de se juntar aos Marotos.

 

— Muito bem, senhor Potter. Admito que estou impressionado. — Iwan riu. — Mas não cante vitória antes da hora. Bombarda!

 

— Protego! — Harry gritou, se virando rapidamente, fazendo o feitiço do mais velho se chocar contra um poderoso escudo. O moreno riu — Desculpe, professor, não foi dessa vez.

 

Quando as palavras do garoto foram proferidas, pôde-se ouvir o sinal que indicava o fim da terceira aula.

 

— Accio mochila. — Harry murmurou, e seu material voou ao seu encontro. — Até mais, Iwan. — riu-se o garoto, saindo da sala em seguida, deixando muitos alunos impressionados com a audácia dele.

 

Ao se recuperar do ‘choque’, o professor sorriu.

 

— Mais dez pontos para a Grifinória pelo duelo. Alunos, dispensados. Ah, sim... Será que alguém poderia levar o Sr. Snape à enfermaria?

 

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— Hey! Harry! Espera! — a voz de Tiago se fez ouvir.

 

O moreno dos olhos verdes se virou e viu os Marotos correndo em sua direção, Remo e Sirius carregando Lily e Marlene — respectivamente — em suas costas, enquanto Tiago e Pedro carregavam as mochilas dos quatro.

 

Harry riu com a cena e parou de andar. Os Marotos chegaram ofegantes, e Lily e Lene desceram das costas de seus ‘transportadores’ risonhas, e a segunda se abraçou ao moreno.

 

— O que foi? — perguntou o ‘novo’ Potter, circundando os ombros da morena com um braço, pegando a mochila dela com Tiago.

 

— Como você fez aquilo? — Lily arregalou os olhos para ele.

 

— Aquilo o quê? — perguntou ele fingindo inocência.

 

— Atacar, ameaçar e provocar o professor, e ainda conseguir Dez pontos para a Grifinória — esclareceu Remo, bestificado.

 

Harry apenas deu de ombros e continuou seu caminho pelo Castelo rumo à sala de Transfiguração, ainda ‘abraçado’ a sua suposta namorada.

 

— Ah, qual é, Sósia! — disse Tiago. — E que feitiço foi aquele no Ranhoso? Eu nunca tinha visto esse.

 

— Ranhoso? — o de olhos verdes se fez de desentendido. — Por acaso é aquele que teve a cabeça transfigurada em abóbora? O de nariz grande e cabelos nojentos?

 

Tiago riu e assentiu.

 

— Ah. — disse Harry. — Melafors. É só uma coisinha que eu aprendi há algum tempo. Mas... O que aquelas pessoas queriam no  café da manhã? Eles não estudam aqui, estudam? — o garoto perguntou, mesmo tendo conhecimento da resposta. Só de pensar em Belatriz já sentia seu sangue ferver, assim como quando via Pedro tão próximo de seus pais.

 

Sirius fechou a cara com a menção da refeição.

 

— Acho que você já percebeu, mas a loira e a morena que você azarou são, infelizmente, minhas primas. — explicou o moreno de olhos cinzentos. — O loiro é o noivo da loira, Narcisa, e se chama Lúcio Malfoy; a morena é a Belatriz, e está quase noiva de um dos caras de lá, Rodolfo Lestrange. Todos  eles saíram da escola há alguns anos, mas eram insuportáveis, e já foram muitas vezes alvos dos Marotos — Sirius riu com isso, acompanhado dos amigos. — Mas eu não faço ideia do que eles queriam.

 

Harry assentiu, desconfiado, e eles seguiram para a aula em silêncio.

 

Na metade do caminho, Harry foi abordado por um grupo de garotas risonhas da Lufa-Lufa, fazendo Lene fechar a cara.

 

— Oi, Harry. — sorriu uma loira, Christine Aniston — Sabe... Nós ficamos sabendo do que você fez na aula do Vince há pouco, e, sabe...

 

Lily revirou os olhos e se aproximou de Marlene, que ainda se encontrava envolvida pelo braço do moreno.

 

— Lene. — sussurrou a ruiva risonha para a amiga. — Te aconselho a dar uma crise de ciúmes. O Harry, para todos os efeitos, é o seu namorado. Vai mesmo deixar essas ‘lambisgóias’ darem em cima do seu suposto homem?

 

Marlene riu da outra e, fingindo estar raivosa, seguiu o conselho da amiga, se pondo à frente do moreno.

 

— Com licença, garotas, mas eu, meu namorado, e nossos amigos estávamos querendo ir para a aula. — a morena disse com falsa educação, e Harry escondeu um sorriso com a ‘posse’ demonstrada pela garota.

 

— A conversa não lhe diz respeito, McKinnon, então não se meta. — a loira retrucou acidamente.

 

— A conversa não diz respeito a mim, querida, mas diz ao meu namorado, então pode tirar os olhos porque o Harry aqui já tem dona. — Marlene retorquiu com aspereza.

 

— Eu ainda não acredito que vocês estejam juntos. — a garota Lufana tornou a dizer.

 

— Pouco me importa o que você acredita ou não, Aniston. — Lene disse friamente. — Harry e eu estamos juntos, e isso é tudo o que você e suas amiguinhas precisam saber.

 

— Estão mesmo juntos? Então provem. — desafiou a loira.

 

— Não precisamos provar nada a ninguém. — a morena retrucou com superioridade.

 

— Oras, McKinnon, — bufou a outra — com medo de todos descubram sobre sua farsa? Eu te desafio a beijar o Potter aí se ele realmente for seu namorado.

 

Marlene encarou a colega com fúria, virou-se para o moreno atrás de si e puxou sua gravata, trazendo o corpo dele a seu encontro, beijando-o fervorosamente. Harry retribuía o gesto com a mesma intensidade, sem perceber o olhar angustiado que Sirius tentava disfarçar.

 

Após alguns minutos, o ‘casal’ se separou ofegante, e Lene se virou para encarar as Lufanas, que olhavam para Harry com cobiça.

 

— Felizes agora? Ótimo, agora espalhem para os outros urubus desse castelo que Harry Potter já está comprometido, sim? — a morena se exaltou. — Agora sumam da minha frente antes que eu azare todas vocês.

 

O grupo de garotas a encarou com medo e inveja, e saiu dali rapidamente. Marlene deu um risinho debochado e continuou andando, puxando a mão de Harry.

 

Lily, James, Remo e Pedro seguiram atrás deles, rindo e brincando, rumo à sala de Transfiguração, enquanto Sirius andava pensativo atrás deles, sem saber o exato motivo por ter ficado tão abalado com a cena do beijo, afinal Marlene era sua amiga desde pequena, e ele tinha consciência de que ela tinha tantos encontros quanto ele próprio, mas o moreno nunca desgostara tanto de vê-la com algum garoto, mesmo que este fosse seu amigo.

 

“Se controle, Almofadinhas” repetia o garoto para si mesmo em pensamento. “É tudo uma farsa. Tudo uma farsa. Eles não se gostam. E, por Merlin! Lene é sua amiga, e nada além disso!”

 

O moreno respirou fundo e aderiu à conversa dos amigos animadamente, como se não travasse uma batalha interna por parte de si não saber o porquê de ficar tão... Frustrado com o relacionamento, mesmo que fantasioso, de Harry e Lene.

 

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O dia se passou rapidamente, e Harry, Lene, Lily e os Marotos já se encontravam jantando quando Sirius se pronunciou:

 

— Hey, Pontas! — chamou ele — Já sabe quando vai refazer os testes?

 

— Ainda não, Almofadinhas. — respondeu o outro. — Eu estava pensando em marcar para sábado de manhã, aproveitando que não tem ronda da monitoria para a Grifinória. Eu realmente espero conseguir algo dessa vez. Se um mês a mais de preparação não foi o suficiente para os que quiserem se candidatar se prepararem, então estaremos perdidos, e lá se vai a chance de ganharmos a Taça pelo oitavo ano consecutivo... A menos que um de nós mude de posição, e façamos testes para outra vaga.

 

Harry comia em silêncio enquanto ouvia a conversa do pai e do padrinho. Lily e Lene discutiam sobre algum assunto relacionado às notícias do Profeta Diário, Remo se atentava à conversa de Sirius e Tiago, e Pedro... Bem, Pedro comia como se sua vida dependesse dos alimentos ali jazidos.

 

— Hey, Harry! — chamou Remo, atraindo a atenção do morenos de olhos verdes. — Você joga?

 

— Jogar? — perguntou Harry, um tanto confuso.

 

— Quadribol. — explicou o Maroto, atraindo a atenção de Tiago e Sirius, que encaravam o outro Potter com expectativa e curiosidade.

 

— Ah. — fez o de olhos verdes. — É... Eu costumava jogar em minha escola. Cheguei a ser o capitão do time no sexto ano.

 

Harry olhava para o grupo rindo internamente com suas meias-verdades. Tiago o olhou de cima a baixo, como se o avaliasse.

 

— Em qual posição você jogava? — perguntou o de olhos avelã.

 

— Apanhador — Harry deu de ombros.

 

Sirius se engasgou com o suco de abóbora que bebia.

 

— E por que você não disse antes? — perguntou o moreno Black, incrédulo. — Bem vindo ao time, Pontitas!

 

— Pontitas? — perguntou Harry, risonho. — E... Eu não vou entrar para o time.

 

— O quê? Por que não? — perguntou Tiago frustrado.

 

Harry deu de ombros.

 

— Sei lá... Ano dos NIEMs... Quero ter tempo para me adaptar às matérias daqui — o de olhos verdes inventou rapidamente. Ele adoraria jogar Quadribol, mas não queria criar falsas expectativas por não saber quando voltaria para seu tempo.

 

— Ah, qual é! Pelo menos faça os testes! — exclamou Sirius.

 

Harry concordou relutante, mas logo o assunto foi deixado de lado, e, algum tempo depois, o moreno se encontrava deitado em sua cama, mergulhado no mais profundo sono.

 

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O sábado chegou rapidamente, e, no dormitório masculino, podia-se ver uma agitação descomunal para tal dia da semana às sete e meia da manhã.

 

Três morenos se arrumavam com roupas leves para a agradável manhã de outubro. Harry, Sirius e Tiago vestiam uma calça de moletom e camisas regatas, enquanto desciam as escadas para o Salão Comunal, os dois últimos carregando belas vassouras nos ombros. Remo seguia os amigos vestido em roupas simples, enquanto carregava um livro qualquer. Pedro ainda dormia.

 

Os garotos caminharam em silêncio até o Salão Principal para o café da manhã, e os quatro se jogaram no banco. Sirius e Harry encheram seus pratos e comiam com entusiasmo, Remo comia mais educadamente e Tiago apenas olhava nervoso para a comida. Logo, uma ruiva e uma morena se aproximaram do grupo.

 

— Bom dia, Marotos — disse a ruiva, enquanto uma Marlene mal humorada se jogava sobre o banco entre Harry e Sirius e enchia rapidamente seu prato.

 

— Bom dia, Lils. — disseram os quatro.

 

— O que houve com ela? — perguntou Harry, confuso, indicando a ‘namorada’ com a cabeça.

 

Lily respirou fundo e se sentou entre Remo e Tiago.

 

 — Não ligue pra isso. — disse a ruiva. — Ela fica assim com qualquer assunto relacionado ao Quadribol... Principalmente quando ela tem que acordar cedo num sábado — ela revirou os olhos, e Marlene bufou.

 

Harry riu e beijou a testa da morena.

 

— Se acalma, garota, é só um teste para os apanhadores. — disse o de olhos verdes. — E mais tarde você pode dormir de novo, afinal, hoje é sábado.

 

— Tá, que seja. — Lene bufou novamente. — Mas é bom você passar nesse teste, viu, Potter?

 

— Pode deixar, gata. — ele riu galante, dando uma piscadela a ela e se levantando. — Eu terminei e estou indo para o campo. Alguém mais vem?

 

Sirius se levantou sorrindo, jogando sua vassoura por cima do ombro, e Tiago fez menção de acompanhar o amigo, mas Lilian o interrompeu, segurando seu pulso.

 

— Não vai comer nada, Tiago? — perguntou a ruiva, seus olhos muito verdes analisando o prato intocado do moreno ao seu lado.

 

— Er... Não estou com fome, Ruiva. — ele disse, dando um sorriso forçado.

 

— E daí? — ela perguntou. — Nem pense em ir para aquele campo sem comer. Sente-se. — ela ordenou, e ele obedeceu.

 

Logo a ruiva já enchia o prato do moreno sob as risadas de Remo, que assistia a cena do outro lado de Lilian, e de Sirius e Harry, que se afastavam em direção às portas do Grande Salão.

 

— XXX —

 

— Tá legal, há um mês nós fizemos estes testes, mas não obtivemos resultados favoráveis — disse Tiago, sério, já vestido em seu uniforme de Quadribol da Grifinória com o distintivo de Capitão brilhando imponente em seu peito. —, então eu e os demais integrantes do time nos decidimos por esperarmos mais um tempo, para dar a todos uma segunda chance de entrarem para o time. O Campeonato começa em duas semanas, então não temos mais tempo de esperar.

 

Ele fez uma pausa e encarou os concorrentes. Era um grupo grande, de exatamente 25 pessoas, garotos e garotas, amontoadas na expectativa de ouvirem as palavras do Capitão.

 

— A única vaga que nos resta é a de apanhador*, então os que estão aqui para as outras, por favor, se retirem. — Tiago tornou a falar, e quatro pessoas se afastaram cabisbaixas em direção às arquibancadas.  — Como dizem as normas da escola, apenas alunos do segundo ano em diante podem participar. Primeiranistas, por favor, deixem o campo. — seis alunos muito baixos saíram de perto do grupo entre resmungos. — E, obviamente, este é o time da Grifinória. Os alunos das demais casas, por favor, se retirem. — cinco alunos de diferentes anos e Casas saíram do campo com sorrisos amarelos. Tiago, por fim, se virou para as dez pessoas restantes — Ótimo. Podemos começar com testes simples de voo, enquanto o resto do time se posiciona para começarem a treinar enquanto vocês fazem o teste.

 

{*N/Katie: “No primeiro filme, é dito que Tiago era um apanhador, mas JKR afirmou que Tiago era um Artilheiro na segunda entrevista da Scholastic. Sim, os editores estão cientes de que num dia de verão, aos 15 anos, ele estava andando por aí com um Pomo de Ouro – o que impressionaria muito mais as garotas do que um Balaço – o que, é claro, não é algo que defina sua posição na qual ele realmente jogava. JKR falou na segunda entrevista com a Scholastic que ele era um Artilheiro, e, até que ela diga o contrário, essa é a posição de Tiago.” Aqui na fic, Sirius será um Batedor, assim como Marlene, mas não há indícios de que ambos tenham realmente jogado Quadribol durante sua estadia em Hogwarts}

 

Sirius riu abertamente enquanto montava sua vassoura e alçava voo segurando o pesado bastão, assim como Marlene. Frank Longbottom se dirigiu aos aros, enquanto Guideão Prewett e Jackeline Beddle, os outros artilheiros, tomaram posse da Goles e passaram a trocar passes e atirar a bola nos aros. Frank defendia os aros dos artilheiros, e Lene e Sirius atiravam um balaço um para o outro ou nos artilheiros, que desviavam rapidamente. Tiago sorriu para o trabalho do time, e se voltou para os candidatos, apontando algumas vassouras no chão.

 

— Montem — o moreno ordenou, e o grupo se moveu e obedeceu. — Vamos começar com vocês desviando de alguns obstáculos. Os que passarem por essa etapa poderão participar da próxima. Podem dar impulso, e comecem a dar voltas ao redor do campo. Periodicamente, eu colocarei alguns obstáculos à frente de vocês. Além de se desviarem ou se livrarem dos obstáculos, vocês deverão ficar atentos aos movimentos dos batedores, que tentarão acertá-los. Quando eu apitar, vocês podem descer.

 

Algumas garotas soltaram gritinhos com a possibilidade de serem acertadas, e deixaram as vassouras que seguravam no chão, saindo dali rapidamente. Logo, o grupo de 25 fora reduzido a seis integrantes. Tiago sorriu.

 

— Podem começar. — ordenou o moreno.

 

Harry montou a vassoura velha e começou a fazer o que seu pai ordenara. O dos olhos verdes sorria com o vento e com a sensação de liberdade proporcionada pelo voo. Sentira falta daquilo.  A velha vassoura da escola não chegava aos pés de sua Firebolt, mas o moreno não ligava. Voava majestosamente, e se desviava tranquilamente dos obstáculos e balaços que tentavam atingi-lo, alheio ao andamento dos outros concorrentes.

 

Após algum tempo, um apito soou, e Harry voltou ao chão junto a outro garoto. Tiago lhe sorriu.

 

— Muito bem. Sobraram apenas vocês dois. — o capitão alargou o sorriso e mostrou um Pomo de Ouro em sua mão coberta pela luva de couro de dragão. — Eu vou soltar o pomo e, quando eu apitar, vocês podem ir atrás dele. O primeiro que pegar está no time.

 

Harry sorriu, e viu Tiago soltar a bolinha de ouro e o outro concorrente assisti-la desaparecer.

 

— Preparem-se. Quando eu apitar, vocês podem ir em busca do Pomo. Mas lembrem-se — disse Tiago alargando o sorriso. —, o resto do time está treinando, e eu me juntarei a eles. Os batedores tentarão lhes acertar, como se estivéssemos num jogo normal. Boa sorte aos dois. — quando essas últimas palavras foram proferidas, o apito soou mais uma vez, e Harry e o outro garoto alçaram voo em busca do resultado.

 

O moreno dos olhos verdes se entregou novamente ao prazer que o voo lhe proporcionava, e ficou dando voltas ao redor do campo em busca da bolinha dourada. Sirius e Marlene tentavam acertá-lo com o balaço, embora sorrissem, mais isso não o atrapalhou. O moreno pôde ver seu ‘oponente’ olhando nervoso para os lados, enquanto se desviava dos ataques com dificuldade.

 

Ficaram mais alguns minutos nisso, até que Harry avistou um lampejo dourado rente ao gramado. O moreno pensou em ir direto atrás da bola, mas viu que o outro garoto desistira da busca e lhe encarava, como se esperasse que ele encontrasse o pomo para tentar ultrapassá-lo.

 

Harry sorriu largamente e voou, controlando sua velocidade, na direção das balizas que Frank defendia, e pôde ver o garoto lhe seguir. Sentiu os olhares de todos sobre si, e desviou rapidamente de um balaço mandado por Marlene. O moreno viu pelo canto dos olhos que o pomo continuava no mesmo lugar em que estava da última vez que fora visto.

 

Quando o outro concorrente passou voando em alta velocidade por si, Harry sorriu e desviou discretamente o rumo da vassoura, indo atrás da bolinha, que brilhava como se lhe chamasse. Em alguns segundos, a distância entre o Pomo de Ouro e o moreno se dissipou, e Harry sentiu seus dedos se fecharem sobre o objeto.

 

O garoto Potter sorriu e diminuiu a velocidade, desmontando agilmente da vassoura, ouvindo as comemorações do Time e das arquibancadas, e as vaias de alguns sonserinos que se aventuraram para assistir o treino dos Leões e de um pequeno grupo de Grifinórios, provavelmente amigos do outro concorrente.

 

Em alguns segundos, Lene apareceu ao seu lado e pulou nele, abraçando-lhe com força. Tiago e Sirius se aproximaram rindo. Os dois morenos encararam o outro Potter com sorrisos vitoriosos e disserem em uníssono:

 

— Bem Vindo ao time, Harry.

 

 

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