Capitulo 6



No capítulo Passado...


 


— Deixa isso pra lá, Almofadinhas. — disse Tiago, se sentando novamente à mesa, assim como Harry e Remo. — A Narcisa é esperta. Cedo ou tarde ela vai ver que isso não passa de um bando de besteiras da família.


 


— Eu só espero que não seja tarde demais. — o de olhos cinzas comentou, sombrio.


 


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Capítulo 6


 


O silêncio pairou sobre o grupo, até que Tiago se pronunciou novamente.


 


— Ei, Harry! — chamou o de olhos avelã — Você ainda não disse como veio pra Hogwarts. E não disse por que é um Potter... E por que eu não te conhecia.


 


O moreno de olhos verdes encarou o outro e respirou fundo.


 


— Meus pais eram primos de segundo grau de Charlus Potter, seu pai. — explicou Harry da maneira mais convincente possível. — Eles morreram há alguns dias, numa missão para o QG dos aurores, e meus avós já estavam mortos quando eu nasci, então meu parente mais próximo que o Ministério Búlgaro encontrou foi seu pai. O Ministério mandou uma carta pro seu pai, e cá estou eu! O problema é que, de acordo com Dumbledore, todos os meus pertences extraviaram, assim como meu dinheiro e material escolar. Agora eu vou ter que esperar até que cheguem novos livros e roupas.


 


— Uau. Eu tenho um primo e nem sabia?! — comentou Tiago, de olhos arregalados.


 


— Sinto muito por seus pais, Harry. — disse Lily, lançando-lhe um sorriso de conforto.


 


— Então quer dizer que você é parente do Veado? Caramba. — resmungou Sirius.


 


— É CERVO, SEU... — porém o maroto de olhos avelã não pôde continuar, pois uma voz atrás do próprio garoto, o interrompeu:


 


— Controle-se, Sr. Potter. — era Minerva McGonagall. O garoto se calou imediatamente, e ela continuou, se referindo à Harry. — Sr. Potter, o Diretor que vê-lo em sua sala imediatamente, creio que seja para receber seus pertences.


 


O garoto esperou os outros assentirem e então acompanhou a Professora de Transfiguração até a sala do diretor.


 


— Olá, Harry. — cumprimentou o diretor. — Não esperava que viesse tão cedo. — e riu sozinho.


 


— Olá, diretor. Me avisaram que... — começou o garoto, com um singelo sorriso no rosto, mas o diretor o interrompeu.


 


— Oh, sim. Os seus pertences não? — perguntou Dumbledore, e Harry apenas assentiu; logo depois, com um gesto de varinha, um grande malão surgiu em frente a Harry, com as iniciais ‘H.P’ escritas. — Charlus mandou uma porção de dinheiro, que creio seja mais do que suficiente, para o próximo passeio à Hogsmeade.


 


O garoto dos olhos verdes assentiu para o diretor e em seguida, pegou a alça do malão, segurando-a. Olhou para o diretor, como se pedisse permissão para sair.


 


— Vá, meu jovem. As aulas já devem estar começando, e o seu primeiro horário é poções. — Alvo sorriu para o mais novo, e indicou a porta com a cabeça. — Boa sorte. — desejou, antes do garoto sair.


 


O garoto sorriu e desceu as escadas da gárgula, encontrando Minerva McGonagall ao lado de uma garota loira de rosto bem conhecido, usando vestes da Corvinal. Ao ver a expressão de interrogação no rosto do garoto, a professora proclamou:


 


— Sr. Potter, está é Anne Hardwick, da Corvinal, ela irá lhe acompanhar até a sua primeira aula. Bom, com licença. — explicou McGonagall, e logo após saiu para sua aula com o primeiro ano da Sonserina e Lufa-Lufa.


 


O garoto sorriu amarelo para a Corvinal, e perguntou com certa incerteza:


 


— Você é a garota... Que eu... Que eu beijei no café da manhã?


 


— Ah, sou sim! Pode me chamar de Anne, Harry. — disse a garota, lançando um sorriso de orelha a orelha.


 


— Hãn. Então tá, Anne. — ele disse, sentindo as bochechas arderem. — Mas... Eu sinto muito por aquilo, é que a Lene me desafiou, e...


 


A fala do garoto foi interrompida quando a loira pulou nele e capturou seus lábios com os dela. Harry arregalou os olhos, e sentiu a garota pedir passagem com a língua, mas ele não concedeu. E tratou rapidamente de se separar da garota, que perguntou confusa:


 


— Ahn... O que houve, amor? Pensei que nós... — mas a fala da garota fora interrompida pela de Harry, que afirmou:


 


— Olha eu não posso ficar com você.


 


— Mas... Mas por quê? — ela perguntou com a voz chorosa.


 


— Porque... Porque... — o garoto olhou para os lados à procura de uma desculpa, e viu os Marotos, Lene e Lily virando o corredor, rindo de alguma coisa que Sirius tinha dito. — Porque eu estou com a Marlene!


 


— O que?! — exclamou a garota um pouco alto, chamando a atenção dos marotos e das duas garotas. — A McKinnon?!


 


Marlene se aproximou, ao ouvir seu nome, perguntando:


 


— O que tem a minha pessoa? — com as sobrancelhas arqueadas.


 


Harry se engasgou, e a loira olhou raivosa para a morena. O moreno de olhos verdes nada respondeu, o rosto ficava cada vez mais vermelho por conta da vergonha assumia. A loira então resolveu dizer:


 


— Fique longe do MEU Harry, McKinnon! Você pode não gostar das conseqüências.


 


— Mas eu não... — começou Marlene, mas a garota logo a mandou calar a boca e indo embora murmurando:


 


— Aproveite esse namoro enquanto pode, McKinnon!


 


Marlene olhou pra Harry, confusa, enquanto o garoto corava mais do que é possível.


 


— Do quê ela estava falando?! — perguntou, olhando para o garoto.


 


— Ah... É q-que... Eu... Eu disse pra ela que você era minha namorada. — murmurou Harry, com a cabeça abaixada, envergonhado.


 


— O que?! — exclamou Sirius, com os olhos arregalados.


Marlene apenas o olhava com uma sobrancelha erguida, exigindo uma explicação.


 


— Ah... Eu conheço garotas como ela, e sei que ela não ia largar do meu pé. Então, pra me livrar dela, eu disse que eu estava com você. — explicou o Potter de olhos verdes.


 


— Ah. — murmurou Marlene.


 


— Mas pelo que eu a ouvi falar, vocês vão ter que fingir durante um bom tempo. — afirmou Lily, ao lado de Tiago.


 


— É... Espero que você não se importe, Lene. — murmurou Harry.


 


Marlene deu um enorme sorriso e correu até Harry, laçando o pescoço do garoto.


 


— Ah, vai ser um prazer, Sr. Potter!


 


#♥#♥#♥#


 


A notícia de que o novato Potter estava namorando Marlene McKinnon, e que Lily Evans e Tiago Potter agora mantinham uma amizade saudável se espalhou por Hogwarts num piscar de olhos, e quando chegaram à terceira aula do dia, Defesa Contra as Artes das Trevas, todos já se viravam e cochichavam entre si, apontando o novo 'casal'.


 


— Eles não têm vida própria, não?! — comentou Marlene, raivosa pelos olhares direcionados ao seu ‘   suposto namorado    ’.


 


— Calma, Lene. — sussurrou Lily para a amiga. — Lembre-se de que tudo isso é uma farsa, sim? Você e o Harry não estão realmente juntos.


 


A morena suspirou e assentiu, seguindo ao lado de Harry até uma das carteiras do fundo. Contudo, no meio do caminho, ambos se viram impedidos de continuar por um grupo de garotas Sonserinas que se puseram em frente aos dois.


 


— Parem de fingir que estão juntos. — disse uma morena que parecia ser a ‘líder’ do grupo, Violet Hunter. — Vocês se conheceram ontem, e é impossível que vocês gostem tanto assim um do outro para manter um namoro.


 


Marlene revirou os olhos. Os Marotos, ela e Lily sabiam que seria assim: sempre que um dos garotos arranjava uma namorada, as demais garotas da escola se revoltavam e exigiam explicações. Por isso os garotos, Lene e Lily estariam um passo à frente, se perguntassem algo sobre o namoro. Eles já haviam inventado toda uma história sobre o falso relacionamento, e contaram as coisas básicas de um para o outro.


 


— Não enche, Hunter. — Lene revirou os olhos mais uma vez. — Os McKinnon e os Potter são amigos há gerações. Harry e eu nos conhecemos desde crianças. Chegamos a namorar nas férias do quinto para o sexto ano, quando eu, James e Sirius fomos com nossos pais para a Bulgária, mas nós preferimos terminar tudo por causa da distância. Como agora o Harry se mudou pra cá permanentemente, não vimos mais pontos em continuar separados.


 


— Então por que ele estava agarrando a Hardwick hoje de manhã? — perguntou uma outra garota, loira, também Sonserina, chamada Amélia Booth.


 


— Porque estávamos brigando, e ela apostou comigo que eu não conseguiria arranjar nenhuma outra garota se nós terminássemos. — disse Harry calmamente, fazendo as garotas suspirarem. — Os Potter nunca declinam em uma aposta; o beijo foi só pra mostrar que eu posso conseguir quem eu quiser a qualquer momento. — concluiu ele, convencido, muito parecido com Sirius.


 


— Mas agora já estamos bem de novo, não é, meu amor? — Lene perguntou a ele falsamente, mas sem que qualquer uma daquelas garotas notasse o tom irônico de sua voz.


 


Harry apenas sorriu para ela, e a puxou pela mão até o fundo da sala, onde os dois se sentaram juntos numa das mesas, sem notar a cara emburrada de Sirius atrás deles.


 


Dentro de segundos, a porta foi aberta com um estrondo, e um moreno alto e corpulento, de olhos negros como breu, com músculos bem torneados e aparência assustadora, porém simpática.


 


— Bom dia, alunos. — disse ele com uma voz grossa. — Levantem-se, por favor. Ouvi dizer que temos um novo aluno na Grifinória, vindo de Durmstrang. — ele encarou Harry com um sorriso misterioso. — O que acham de um teste para conhecermos as habilidades em duelo do nosso novo... Amigo? — ele perguntou para os demais alunos presentes, sem tirar os olhos de Harry.


 


Lúcio Malfoy e seus amigos soltaram risinhos desdenhosos. Os adolescentes se levantaram, formando um largo círculo ao redor do professor, e, com um aceno de varinha do mais velho, as mesas e cadeiras se empilharam rente às paredes.


 


— Então, senhor... — disse o professor, se dirigindo a Harry, chamando-o para o centro do ‘espaço’ aberto pelos alunos.


 


— Potter, senhor. — disse Harry respeitosamente — Harry Potter.


 


— Potter. Que ótimo termos mais um em nossa sala. Sou Vincent Iwan, seu novo professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. — disse o homem. — E, como não é... De praxe... Termos alunos novos após um mês de aula ter se passado, Sr. Potter, creio que devamos, no mínimo testá-lo da melhor forma possível para uma aula de Defesa. E, para isso, por que não um duelo? — o professor disse em tom de desafio.


 


Harry sorriu confiante. Gostara da perspectiva de duelar, mas sabia que deveria se controlar, dependendo do oponente.


 


— Claro, por que não? — o rapaz disse com um ar maroto, se parecendo muito com Tiago. — E quem seria o sortudo a perder para mim? — riu-se o moreno, convencido.


 


— Ora, se está tão confiante, Sr. Potter, não vejo por que não ser eu a te enfrentar. — o professor Iwan dizia calmamente, sem se abalar.


 


— Como quiser, professor — Harry sorriu largamente, se adiantando e se ponde em frente ao homem. — Quais são os termos? Acredito que o senhor não queira um duelo de verdade dentro das propriedades da escola.


 


Vincent sorriu.


 


— É claro que não. — disse o de olhos negros. — Como não estamos demonstrando nada, estamos apenas procurando uma base do seu nível, apenas desarmar não será o suficiente. Em Durmstrang, feitiços mais... Avançados são ensinados aos alunos. Admito que estou realmente interessado em saber de sua... Capacidade, Sr. Potter. — o mais jovem assentiu, e empunhou a varinha despreocupadamente — Preparado?


 


Harry apenas sorriu e se curvou, virando as costas para Vincent com a varinha pronta em sua mão direita, sendo prontamente imitado por Iwan.


 


Quando se viraram novamente, se vendo frente a frente um com o outro, com um espaço de aproximadamente cinco metros entre si, ambos se posicionaram e, sem mais palavras, Vincent Iwan atacou.


 


— Incarcerous! — berrou o Sr. Iwan.


 


Cordas surgiram da varinha do Professor, indo em direção a Harry com o objetivo de prendê-lo. Mas o garoto não perdeu tempo, em contra partida, murmurou:


 


— Evanesco! — e as cordas que vinham em sua direção, simplesmente desapareceram. O professor arregalou os olhos levemente, um tanto surpreso, porém sem demonstrar realmente. Harry continuou. — Melafors. — respondeu o garoto.


 


Contudo, o feitiço não atingiu o professor em cheio. O Sr. Iwan desviou do feitiço lançado pelo garoto Potter, fazendo com que o mesmo acertasse Severo Snape; que naquele mesmo instante, teve a cabeça deformada em uma abóbora.


 


Harry queria rir muito naquele momento, assim como os Marotos, sua mãe e Marlene estavam fazendo junto aos outros alunos. Mas não podia, pois caso o fizesse, se desconcentraria do duelo com o professor. Então concentrou novamente sua atenção em Vincent Iwan, que estava prestes a pronunciar um feitiço de espinhos quando foi acertado pelo garoto:


 


— Expeliarmus! — um feitiço comum, mas que foi proferido com tanta intensidade, que fez o professor ser jogado contra a parede da sala, caindo no chão, inconsciente.


 


O garoto aproximou-se rapidamente do professor, guardando sua própria varinha nas vestes. Tiago pegou a varinha de Iwan, que havia caído perto de si e de seus amigos. Sorriu maroto e quando ia guardando a varinha no bolso de sua calça olhou para Lílian, que o advertia com apenas o olhar. Resolveu então devolver a varinha ao professor.


 


Harry esperou mais alguns segundos, com o pensamento de que logo Vincent Iwan acordaria. Mas o minutos passaram, e o Professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, não acordou.


 


 



 


Tradução da Imagem:


 


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