Visita à Ala Hospitalar
-Espera, Kate – falei.
-O que foi, Rose? – a Katelyn respondeu.
-O que as duas estão fazendo aqui? – a Madame Crawley falou se aproximando de mim e da Katelyn.
-Eu tô com dor de garganta – a Katelyn falou – eu gritei muito hoje.
-Mais ainda não é nem a hora do almoço! – a Madame Crawley falou – mas venha cá, eu vou lhe dar uma poção que passa essa dor rapidinho – e olhando pra mim – e você? Só tá de acompanhante?
-É – falei – onde mesmo está o Malfoy?
-Ah, você veio visitar o seu namorado – a Madame Crawley falou.
-Ele não é meu namorado – falei quando chegamos a uma cama vazia e a Katelyn sentou – é só um amigo.
-Tudo bem então – a Madame Crawley falou – é a terceira a direita.
-Brigada – falei e fui andando até onde o Scorpius estava com a cortina fechada – Scorpius?
-Rose? – a voz do Scorpius parecia feliz e ansiosa.
-É, sou eu – falei.
-Peraí – ele falou e depois eu consegui ouvir ele se ajeitando – pode entrar.
Abri o cortinado e o Scorpius estava lá sentado na cama. Ele estava de pijama e com os cabelos loiros bem penteados, típicos de um Malfoy.
-Oi, Rose – ele falou olhando nos meus olhos – você tá linda.
-Brigada – falei entrando e fechando as cortinas.
-Vem cá – ele falou batendo a mão na ponta da cama – senta aqui.
-Scorpius, eu... – falei nervosa.
-Rose – ele falou com a voz mais linda que eu já tinha ouvido em toda a minha vida – senta aqui.
Nervosa eu fui andando até a cama, mas no meio do caminho tropecei no meu próprio pé e quase que levava uma queda.
-Rose – o Scorpius falou se levantando – você tá bem?
-Scorpius! – eu falei surpresa já em pé com tom de mandona – volta pra cama! Eu tô ótima!
-Eu também, Rose – o Scorpius falou rindo – não preciso mais ficar o dia todo deitado.
-Do que você tá rindo? – perguntei. Eu tinha essa mania. Sempre perguntava por que as pessoas tavam rindo. Ai que raiva! Odeio essa mania!
-Do seu jeito de mandona – o Scorpius respondeu me deixando vermelha.
-Não é de propósito, eu sempre tive essa mania – falei olhando pro chão.
-Não precisa olhar pro chão – o Scorpius falou tentando olhar nos meus olhos – eu adoro quando você fica vermelha de vergonha. Você fica ainda mais linda assim.
-Brigada – falei levantando a cabeça ainda mais vermelha e vi dois lindos olhos azuis me encarando.
-Senta aqui – o Scorpius apontou a ponta da cama.
Eu ainda tímida e vermelha me sentei. O Scorpius colocou a mão nos meus cabelos e aproximou o seu rosto do meu. Fechei então os olhos e nós nos beijamos. O Scorpius beijava muito bem. Aquele foi o melhor beijo de toda a minha vida. Se bem que eu só tenho 13 anos, então acho que ainda não vivi muito, mas enquanto eu beijava o Scorpius, eu desejava que aquele momento nunca mais acabasse.
-Rooooose! – a Katelyn gritou abrindo as cortinas e entrando.
Eu e o Scorpius paramos de nos beijar na mesma hora e olhamos para a Katelyn.
-Desculpa interromper, eu volto mais tarde – a Katelyn falou fechando as cortinas e saindo.
De novo, eu estava vermelha de vergonha olhando pro chão. Levantei a cabeça e olhei pro Scorpius. Ele estava olhando atentamente para os meus olhos azuis. Parecia um pouquinho hipnotizado. Eu senti minhas bochechas arderem. Olhei pro chão de novo com vergonha. Eu sei, eu sou a pessoa mais envergonhada do mundo!
-Não precisa ficar com vergonha, Rose – o Scorpius colocando a mão no meu queixo e levantando minha cabeça.
Eu fiquei olhando os olhos dele e ele os meus.
-Srta. Weasley, você ainda está aí? – a Madame Crawley falou por fora das cortinas.
-Tô – respondi.
-Acho melhor a senhorita ir logo para o salão principal, senão irá perder o almoço – a Madame Crawley falou.
-Já tô indo – falei para a Madame Crawley e depois me virei para o Scorpius – eu...
Mas antes que eu pudesse falar, ele me beijou. Um beijo rápido e leve, mas que significava muito. E que me fez ficar vermelha de novo. Quando afastamos o rosto, o Scorpius riu.
-Por que você tá rindo de novo? – perguntei sorrindo.
-De nada – o Scorpius respondeu ainda sorrindo.
-Vai, me conta – pedi.
-Tá bom, mas promete não ficar chateada.
-Prometo.
-Eu tava rindo de você – ele respondeu olhando pro chão.
-Tá bom, eu fiquei chateada – falei olhando pro chão.
-Eu não terminei de explicar – o Scorpius falou colocando a mão nos meus cabelos – eu tava rindo do jeito que você fica com vergonha. Você fica vermelha e eu acho isso muito fofo e engraçado.
-Fofo e engraçado? – falei confusa.
-É – ele respondeu – fofo e engraçado.
Eu dei uma risadinha e falei:
-Tenho que ir, senão vou me atrasar pro almoço
-Tá bom – ele falou – eu vou sair daqui hoje à noite, então a gente se vê por aí amanhã?
-Aham – respondi – a gente se vê.
Me levantei, fui até as cortinas e me virei de volta pra cama. Soltei um beijo pro Scorpius. Ele fingiu capturar o beijo e colocar no coração me fazendo dar uma risadinha.
-Tchau – falei.
-Tchau – ele respondeu.
Me virei e saí. A Madame Crawley estava parada olhando pra mim.
-Madame Crawley, a senhora sabe se a Katelyn já foi para o salão principal? – perguntei.
-Ela saiu, não sei pra onde – a Madame Crawley falou – mas eu acho melhor você ir logo, senão perde o almoço.
-Brigada, então – falei e saí andando.
Durante todo o caminho até o salão principal, minha cabeça estava a mil. Não consegui parar de pensar no Scorpius e no beijo que demos. E agora, como seria? A gente iria namorar ou alguma coisa do tipo? Como eu contaria pro meu pai? E como eu resolveria isso com o Scorpius do jeito que eu sou envergonhada? E agora, o que eu faço? Será que eu devia pedir conselho a alguém? Eu acho que deveria contar pra minha mãe primeiro, e pedir um conselho pra ela pra depois conversar com meu pai. Ou será que minha mãe também ficaria chateada ou algo parecido? E se eu falar com alguma das minhas primas? Talvez a Molly ou a Roxanne. Ou a Dominique. Não, com certeza não a Dominique. Victoire! É isso! Acho que eu deveria falar com a Victoire, quer dizer, ela já tem 19 anos, é quase uma adulta.
Só parei de pensar quando finalmente cheguei no salão principal.
Logo vi a Katelyn no meio da mesa da Gryffindor conversando com o Albus. Eu resolvi não interrompê-los e então fui me sentar do lado da Laylla.
-Oi, Laylla – falei me sentando.
Do ângulo onde eu estava, não dava pra ver a Katelyn. A Laylla acenou pra mim com a mão porque ela estava com a boca cheia de alguma coisa.
-O que você tá comendo? – perguntei.
A Laylla apontou pra um prato cheio de coxas de frango.
-Tá bom? – perguntei.
-Tá – ela respondeu pegando mais uma coxa de frango e mordendo.
Eu peguei uma coxa de frango e estava realmente uma delícia. Depois peguei alguns acompanhamentos e comi. Não conversei muito com a Laylla durante o almoço, porque ela parecia estar realmente interessada nas coxas de frango.
-Eu já vou, Lay – falei e saí andando pra sala comunal, que estava lotada de alunos fazendo deveres ou simplesmente conversando. O que era estranho, porque era outono, e o clima nos jardins estava maravilhoso.
Vi logo a Katelyn com a Hailey e a Jessica sentadas em uma mesa com livros abertos. Mas elas não estavam estudando, elas estavam rindo.
-Oi, gente – falei.
-Oi, Rose – elas responderam.
-Onde você estava? Nem te vi no salão principal – a Katelyn falou.
-Eu tava lá – respondi – posso falar com você rapidinho?
-Pode, claro – a Katelyn falou pulando da cadeira com os olhos brilhando e com um sorriso de orelha a orelha – pode demorar o tempo que quiser.
-Não vou demorar muito – falei puxando-a para fora da sala comunal. Os corredores estavam vazios. Ótimo.
-O que foi, Rose? – ela falou – o que aconteceu? Eu quero saber de tudo.
-Tá bom – falei e depois contei tudo que aconteceu. Desde que a gente tinha chegado na ala hospitalar até a hora do almoço.
-E porque você não falou comigo no salão? – a Katelyn perguntou.
-Porque você estava lá com o Albus – respondi.
-Pra falar sobre um assunto tão importante assim, você poderia ter interrompido.
-Ah, Kate, esquece isso, agora vamos entrar e terminar os deveres.
-Ah, não, Rose, me conta mais detalhes.
-Eu já contei tudo nos mínimos detalhes.
-Mas eu quero os máximos detalhes.
-Eu já contei os máximos também.
-Mas e agora? Vocês vão namorar ou algo do tipo?
-Sei lá – respondi olhando pro chão.
-Então quer dizer que é só isso? Vocês se beijam duas vezes e é só isso?
-Não sei, Kate.
-Então vai lá saber, criatura! – a Katelyn gritou e foi me empurrando.
-Espera, Kate – falei parando.
-Esperar o que?
-Ele me falou que ia sair da ala hospitalar hoje de noite, e pra gente se ver por aí amanhã.
-E?
-E que a gente vai ser ver por aí amanhã. Por exemplo, na aula de Trato das Criaturas Mágicas.
-Ah, não, Rose, eu não aguento mais esperar!
-Esperar o que, criatura?
-Não me chama de criatura!
-CRIATURA! CRIATURA! CRIATURA! – gritei e ri ao mesmo tempo.
-Rosalie! Rosalie! Rosalie! – a Katelyn gritou também rindo.
-Tá bom, parei, agora fala o que você não aguenta mais esperar.
-Você e o Scorpius.
-Como é que é?
-Vocês ficam nesse lenga lenga!
-Kate, a gente se beijou ontem e hoje, não tem nenhum lenga lenga!
-Se você diz – a Katelyn falou sarcástica.
-Se eu digo é porque é! – falei – agora vamos voltar lá pra dentro e fazer os deveres ou alguma coisa de útil.
-Falar com o Scorpius é útil – a Katelyn falou quando estávamos atravessando o buraco.
-Katelyn!
-Tá bom, não vou falar mais nisso.
-Espero mesmo.
-Ainda acho que você devia falar com ele.
-Katelyn!
-Tá bom, parei.
Nesse momento a gente chegou onde a Hailey e a Jessica estavam e então começamos a fazer alguns deveres.
N/A: Oi, gente. Aí está mais um capítulo. Espero que estejam gostando. Obrigada a todos que lêem e comentam, vocês realmente me deixam feliz, então, por favor, continuem lendo e comentando. Obrigada pelo comentário, Luana. Beijoos
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