Vou ou não?
-Rose, conta de novo como vocês se beijaram – a Katelyn pediu.
-Kate, eu já te contei essa história um bilhão de vezes! – falei impaciente – vamos terminar de fazer os deveres.
-A gente pode terminar amanhã, Rose. Agora me conta de novo, vai, por favor!
-Tá bom, mas essa é a ultima vez – cedi e contei a história.
-Ah, Rose, que romântico – a Katelyn falou com os olhos sonhadores – queria que isso acontecesse comigo e com o Albus.
-Vai acontecer um dia, Kate, não se preocupa.
-Mas vai demorar muito, Rose.
Neste momento, a Hailey e a Jessica entraram no dormitório rindo.
-Oi – a Hailey falou parando de rir quanto percebeu que eu e a Katelyn já estávamos no dormitório – Rose e Katelyn.
-Oi – eu e a Katelyn respondemos.
-Tchau – a Hailey falou e saiu do dormitório puxando o braço da Jessica.
-O que será que ela tem? – a Katelyn perguntou.
-Eu não faço a menor ideia – respondi – tô cansada, vamos dormir.
-Ah, não.
-Ah, sim.
-Ah, não.
-Então pode ficar acordada porque eu tô cansada.
-Ah não, Rosie!
-Boa noite, Katelyn – falei indo para o banheiro me arrumar. A Katelyn resolveu fazer o mesmo.
Deitei, fechei o cortinado e tentei dormir, mas não consegui. Não consegui parar de pensar no Scorpius. Como seria agora? A gente tinha se beijado, mas e agora? Como seriam as coisas? Como eu vou contar para a minha família? E para o meu pai? Se eu esconder, algum dia eles vão descobrir e vai ser pior.
Ai meu Merlin, o que eu vou fazer?
Perdida em meus pensamentos, peguei no sono.
No dia seguinte, acordei e olhei o relógio. 8:46. Olhei ao redor e as meninas ainda estava dormindo. Levantei, fui no banheiro, lavei de rosto e troquei de roupa quando percebi que tava com fome e fui para a Sala Comunal.
Não havia quase ninguém, apenas poucas pessoas conversando. Olhei pela janela e vi um lindo outono com folhas caindo. Resolvi dar uma volta. Fui até os jardins e fiquei por lá passeando e pensando. Sobre o quê? Isso mesmo! O Scorpius!
Já estava cansada de pensar nele, mas estava cedo, todos estavam dormindo e eu não sabia mais o que fazer. De repente então, uma coruja veio até mim. Pude perceber que era a coruja do Albus. A coruja que eu havia enviado a carta pros meus pais. Abri, e li:
“Rosie,
Nós também sentimos muito a sua falta e a do Hugo. Ele ainda não escreveu, por favor, diga a ele que estamos muito felizes por ele ter entrado na Gryffindor. Estou muito feliz por você ter escolhido Runas Antigas. Nós estamos ótimos, continue sempre escrevendo.
Beijos,
Mamãe e papai”
Depois que li a carta, resolvi voltar para a Sala Comunal e ver se alguém estava acordado. O Hugo estava lá com uma amiga. Acho que era a Hannah, irmã da Laylla.
-Oi, Hugo – falei chegando perto dele.
-Oi, Rose – ele respondeu sorrindo.
-Papai e mamãe responderam a minha carta e disseram que estão muito felizes por você ter entrado na Gryffindor.
-Legal – ele falou não muito empolgado.
-Qualquer dia escreve pra eles, eles vão ficar felizes.
-Tá bom.
-Tchau, então.
-Tchau.
Subi para o dormitório para ver se alguma das meninas estava acordada. A Laylla estava sentada escrevendo.
-Oi, Laylla – falei.
-Oi, Rose – ela respondeu.
-Quer vir para o Salão Principal comigo? Eu tô morrendo de fome.
-Tá bom.
A Laylla se levantou, trocou de roupa e quando a gente tava saindo, a Katelyn acordou.
-Rose, onde você tá indo? – ela perguntou.
-Vou pro Salão Principal com a Laylla. Você não precisa ir agora, ainda tá cedo – eu falei e a Katelyn se virou e voltou a dormir – vamos, Laylla.
O Salão Principal estava praticamente vazio. Afinal, ainda era cedo e era domingo.
-Rose, você vai fazer alguma coisa hoje – a Laylla perguntou.
-Não – falei pensando em visitar o Scorpius. Mas será que era mesmo uma boa ideia? Ele não ia me achar muito oferecida? Mas se eu não fosse, ele não ia achar que eu estava evitando-o?
-Rose, você tá aí? – a Laylla falou.
-An? – falei acordando dos meus pensamentos.
-Rose, você quer ir à biblioteca comigo hoje estudar? – a Laylla perguntou.
-Eu não posso, Laylla, eu tenho compromisso – falei.
-Mas você acabou de dizer que não tinha?
-Desculpa, Laylla, eu tenho que ir – falei me levantando e saindo do Salão Principal.
A verdade é que eu não tinha ouvido quase nada que a Laylla tinha falado. Eu me senti um pouco mal por ela, mas também queria muito ver o Scorpius. Olhei o relógio. 9:24. Resolvi voltar pra Sala Comunal e terminar os deveres. Eu poderia ir visitar o Scorpius mais tarde.
Quando entrei na Sala Comunal, fui direto ao dormitório pegar os deveres. A Katelyn, a Hailey e a Jessica estavam sentadas na cama da Katelyn. Quando eu entrei, a Jessica gritou:
-VOCÊ BEIJOU O SCORPIUS!
-O que? Como? Katelyn! – gritei.
-Eu não agüentei, Rose, eu tive que contar pra alguém – a Katelyn falou.
-Eu não acredito que você beijou ele! – a Jessica falou.
-Como foi? – a Hailey perguntou.
-Foi legal – respondi.
-Legal? – a Jessica falou.
-Só legal? – a Hailey completou.
-Foi ótimo, tá? – falei – vocês não tem que ir no Salão Principal pra comer, não?
-É mesmo! – a Katelyn falou e correu pro banheiro.
-Vocês vão perder o café-da-manhã – falei e a Jessica e a Hailey foram se arrumar.
Sentei na minha cama e comecei a fazer os deveres. Comecei pelo mais chato, Poções. As meninas saíram. Quando elas voltaram, eu ainda não tinha terminado o dever de Poções. A verdade é que eu não conseguia parar de pensar no Scorpius de jeito nenhum.
-Rose, você ainda tá fazendo o dever de Poções? – a Katelyn perguntou quando voltou – você tá bem?
-Tô. Tô ótima – falei.
-Tem certeza?
-Tenho.
-Você não quer dar uma volta, passear por aí?
-É melhor a gente acabar esses deveres primeiro – falei – a gente já não fez eles ontem, se não fizer hoje a gente vai ficar atolada de coisa e a minha mãe vai me matar!
-Calma, Rose. Vamos fazer os deveres e depois a gente dá uma volta por aí, tá bom?
-Tá – falei. Eu realmente queria me concentrar e terminar os deveres, mas não consegui. Eu não conseguia parar de pensar no Scorpius. eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas eu simplesmente não conseguia parar de pensar nele.
-Rose. Rose. ROSE! – a Katelyn berrou.
-AH! Pra que gritar, menina? – falei quando percebi que a Katelyn estava falando comigo.
-Rose, eu já fiz uma pergunta mais de 100 vezes e você ainda não respondeu, a única maneira de você prestar atenção é gritando.
-Desculpa, Kate, é que eu realmente não consigo me concentrar – falei – mas eu vou tentar o máximo.
-Tá bom – a Katelyn falou.
-Se eu não tiver prestando atenção, grite! Tá bom?
-Tá.
-É pra gritar de verdade!
-Tá bom.
Depois de umas duas horas, meus ouvidos e a garganta da Katelyn estavam doendo de tantos gritos que ela deu. E a gente ainda nem tinha acabado os deveres.
-Rose, minha garganta tá doendo, muito, eu acho que eu vou lá na Ala Hospitalar – a Katelyn falou – vem comigo. Aí você aproveita e fala com o Scorpius.
-Tá bom – falei sem pensar – peraí, eu vou só pentear o meu cabelo.
Corri pro banheiro, penteei o cabelo e lavei o rosto.
-E aí? – perguntei.
-Tá ótima, Rose – a Katelyn falou – igual a sempre.
-Mas “igual a sempre” é ruim – falei.
-Relaxa, Rose, você tá ótima – a Katelyn falou – vamos logo.
-Tá bom – falei e nós fomos.
No caminho para a Ala Hospitalar, comecei a pensar. Pensar e pensar. Será que era certo mesmo eu ir visitar o Scorpius? Eu ainda não sabia se essa era a coisa certa a fazer. Ai meu Merlin! Agora eu tô com dor de cabeça de tanto pensar! Ainda bem que a gente tá indo pra Ala Hospitalar.
-Chegamos – a Katelyn falou e abriu a porta.
N/A: Oi, gente! Desculpa a demora, mas aí está um capítulo novinho em folha. Comentem, por favor. Obrigada Ana e Lisa pelos comentários, tô muito mais feliz agora.
Comentários (1)
Ameii, você me deixou na curiosidade!!! kkk' #continue bjss*** Amando a fic
2011-12-18