Cap 4



           Os dias foram passando, nos quais Rose não parava de pensar no seu primo e torcer para Sábado chegar logo. Só tinha um lugar que Rose se esquecia do James, pois ela via que seus problemas não eram nada...


           Assim que Rose entrou na faculdade, ela fez seleção para um estágio voluntário no Instituto do Câncer Infantil de Londres, onde além de auxiliar as enfermeiras, ela passava um tempo com as crianças, contando histórias e brincando...


-Tia Rose!- chamou Emily, uma menina adorável de apenas 4 anos de idade, que ficou radiante ao vê-la entrar no seu quarto- Você veio contar uma história para mim?


-Sim Emily, mas só depois que você tomar essa poção- disse Rose entregando a poção para a pequena


-Ela é ruim tia- reclamou Emily


-Mas é ela que te deixa forte- sorriu Rose


-É filha, essa poção vai te ajudar a voltar para casa- interveio a mãe


            Emily assentiu, tomou a poção e entregou o seu livro favorito para Rose ler para ela...


-Esse é meu livro favorito, papai trouxe para mim- sorriu Emily


-Histórias para dormir- leu Rose lembrando-se imediatamente do James


-Está tudo bem?- questionou Emily curiosa


-Sim, meu anjinho- respondeu Rose iniciando a leitura do livro


            Enquanto isso, James estava no seu escritório da faculdade quando alguém bateu na sua porta...


-Posso entrar?- questionou Elise


-Claro- respondeu James- Em que posso ajudá-la?


-Você chegou cedo, a sua aula é às 18 horas, não?


-É, estou resolvendo algumas coisas- respondeu James que tinha chegado duas horas mais cedo- Então?


-Hoje é sexta, então pensei que seria interessante sairmos depois do expediente- disse Elise sedutora se aproximando do James o suficiente para ele sentir o seu perfume


-Eu agradeço o convite, mas tenho um compromisso- respondeu James firme- Agora, preciso voltar ao trabalho- acrescentou James indicando a porta


-Até logo- disse Elise piscando para o James


-Até...


            James voltou ao trabalho, até que recebeu uma coruja que mexeu muito com ele. O diretor do Instituto do Câncer Infantil de Londres o convidava para visitar o hospital e ler o seu livro para as crianças. A palavra “câncer” o fez pensar imediatamente na Clair, principalmente, no período em que ela estava doente...


“Meu Deus, o que eu faço? Não sei se posso ir...”- pensou James desolado


            Naquele instante, James decidiu que precisava conversar com seus pais e escreveu uma carta para eles, dizendo que os visitaria depois do seu trabalho.


 


Na Mansão dos Potteres...


-James!- disse Gina abraçando o filho sendo seguida por Harry


            James e seus pais sentaram-se na sala...


-Então, James está tudo bem com você e com a Sophie?- questionou Harry preocupado


-Sim, pai- respondeu James que estava pálido- O problema é essa carta- disse James entregando a carta para seu pai


            Minutos depois...


-Não entendi qual é o problema- disse Harry surpreso- Não se pode dizer não a uma proposta dessa- disse Harry firme


            James suspirou e contou sobre o período que Clair estava com câncer, deixando seus pais surpresos.


-Por que você não nos contou? Deve ter sido uma época muito difícil para vocês- disse Gina indo até o filho e o abraçando


-Mas isso não justifica- disse Harry firme- James você mais que qualquer pessoa sabe o que as crianças desse hospital estão passando e, principalmente, os pais delas!


            James fitou o pai e compreendeu o que ele disse.


-Mas pai, eu não sei se eu consigo- suspirou James chorando logo em seguida


            Lembrar-se da Clair, ainda mais naquela época, mechou muito com James. Sem contar que depois de tanta luta, quando tudo paricia que ia bem, ela partiu...


-Você tem que ser forte James- disse Gina firme- Seja um verdadeiro grifinório- sorriu Gina- Como você sempre disse que era e se orgulhava de ser...


            Harry se aproximou do filho, abraçou-o e entregou uma pena.


-Já passou da hora de você responder essa carta- disse Harry enxugando as lágrimas do filho e beijando a sua testa


            James assentiu. Foi até a mesa da cozinha e respondeu a carta.


-Você fez a coisa certa filho- disse Harry assim que James enviou a carta


            Quando o relógio bateu 23 horas, Alvo chegou em casa e ficou surpreso ao ver o seu irmão conversando na sala com seus pais.


-Quem é vivo sempre aparece!- riu Alvo abraçando James


-Engraçadinho- sorriu James- Como está na faculdade?


-Bem, eu acho- riu Alvo- Recebi uma bolsa para poder dar andamento na minha releitura do livro de poções- sorriu Alvo recebendo felicitações da sua família- Mas, eu estou feliz com a conquista da Kate


-O que tem ela?- questionou James


-Ela se tornou estagiária do Instituto do Câncer Infantil de Londres- respondeu Alvo- A Rose quase explodiu de tanta felicidade, pois as duas vão trabalhar no mesmo horário- sorriu Alvo- O meu orientador é o atual diretor do hospital, logo devo encontrá-las também- sorriu Alvo- Quanta coincidência, né?- riu Alvo coçando a cabeça


-Pelo jeito devo encontrá-los também- sorriu James


-Como?- questionou Alvo


-O seu orientador me convidou para ler o meu livro para as crianças do hospital- respondeu James


-Sério?- disse Alvo surpreso


-Sério- sorriu James


            James conversou um pouco com Alvo e depois foi para sua casa, onde encontrou a sua filha chorando aos prantos no seu quarto...


-PAPAI- berrou Sophie que não se conformava com ideia de dormir sem ver o seu pai


-Sr. Potter que bom que o senhor chegou- disse Helen aliviada- A pequena se recusa à dormir, acredito que por sua culpa- sorriu Helen


-Sophie, se acalma, eu estou aqui- disse James tirando a filha do berço e aninhando-a em seus braços


            Sophie parou de chorar e sorriu para seu pai, ela estava com saudades e se acostumara com James pondo-a para dormir. Helen deixou James com a sua filha, mas ao sair do quarto, deixou a porta aberta e assim pôde ouvir a explicação dele por seu atraso.


-Entendeu Sophie?- questionou James que sempre acreditou que a sua filha o entendia perfeitamente


“Sim”- pensou Sophie com um pequeno sorriso


-Vamos dormir então- sorriu James colocando a filha no berço


            James contou uma breve história para a filha, depositou um beijo em sua testa e cobriu-a.


-Boa noite meu anjinho- sorriu James para a pequena que dormia tranquilamente


            James foi para a cozinha onde encontrou Helen cantalorando de alegria.


-Ah- disse Helen surpresa e envergonhada- Aqui está o seu jantar


-Obrigado- sorriu James


-Então, James como foi seu dia?


-Foi interessante- respondeu James relatando sobre a carta que recebera e sobre o que Alvo lhe contara


-Então, há chance de você encontrar a Rose?- questionou Helen com um pequeno sorriso


-Sim, talvez- respondeu James estranhando a pergunta- Por que?


-Porque seria bom para vocês conviverem um pouco, não?


-É, pode ser sim- respondeu James pensativo- Quem sabe nos tornaríamos amigos


-É, amigos- riu Helen


            No sábado, James acordou decidido à faltar o tradicional almoço da Toca, pois sabia que a doença da Clair estaria em pauta... Assim, ele escreveu uma carta para seus avós com uma desculpa qualquer por sua ausência.


-Pronto, Sophie- sorriu James para a filha depois de enviar a carta


            Assim, James passou o sábado no jardim com a sua filha, onde eles fizeram um piquenique, regaram as plantas juntos e plantaram flores.


-Boboleta!- disse Sophie sorridente tentando pegar a borboleta que tinha asas azuis  


 -Borboleta- sorriu James ao ver a filha correndo desajeitada


            James foi até a filha que acabou caindo no chão, que ria do ocorrido.


-Caiu, bum- riu Sophie para o pai que a ajudou a se levantar


-Venha Sophie, vamos entrar agora


-Não- reclamou Sophie que olhou emburrada para o pai


            James ignorou a cara fechada da filha e pegou-a no colo.


-Não, não!- gritou Sophie começando a chorar


-Para!- mandou James firme fazendo Sophie engolir o choro- Seja boazinha, se não te coloco no cercadinho até o final da tarde!


            Sophie parou de chorar e ficou quieta no colo do pai.


-Al!- disse Sophie apontando para o portão animada


-Eu sabia!- gritou Alvo rindo da cara de assustado do irmão- Posso entrar maninho?


-Tenho escolha?- brincou James


-Nenhuma- disse Alvo abrindo o portão e cumprimentado o irmão- Sabia que você tinha mentido, trabalho, sei... Ainda mais depois que nossos pais contaram a grande revelação do dia...


-Por isso que o senhor está aqui?- questionou James abrindo a porta da casa e deixando Alvo entrar na sua frente- Sente-se, fique a vontade- sorriu James para o irmão


-Não- respondeu Alvo rindo- Só estou com saudades da minha afilhada- disse Alvo pegando Sophie no colo


-Sei- riu James


-Na verdade- disse Alvo pensativo- Encontrei com a Kate ontem à noite... Aí, ela me contou sobre você e a Rose...


-Como?- disse James surpreso


-Sabe, eu já desconfiava... Mas cara, pensa um pouco, já faz tanto tempo... Acho que todos merecem uma segunda chance! Seria ótimo para os dois se vocês namorassem!


-Isso está fora de cogitação!- disse James nervoso


-Por que?


-Porque eu não sou qualquer pessoa Alvo! Eu tenho a Sophie!


-A Rose adora a Sophie e acredito que isso é recíproco pelo que fiquei sabendo ultimamente...- disse Alvo olhando para Sophie que estava em seu colo atenta à conversa- Você ama a tia Rose, não ama?


-Sim- respondeu Sophie com um belo sorriso


-Não coloca a Sophie na conversa!- gritou James nervoso


-Você que colocou- disse Alvo calmamente- E por que está nervoso, maninho? Só estamos conversando...


-Eu não estou nervoso!


-Sei...


-Para!


-Com o que? Estou fazendo nada...- riu Alvo- Seu pai está bravo, Sophie, acho melhor deixá-la no seu quarto- disse Alvo se levantando deixando um James furioso na sala


            Alvo deixou Sophie no berço e voltou para a sala, encontrando seu irmão andando de um lado para o outro.


-Quem ele pensa que é?!- questionava-se James transtornado


-Sou seu irmão e me preocupo com você- disse Alvo calmamente- Já faz um ano Jay e você continua o mesmo... Você ainda usa aliança... Só se veste de preto... Foi a Clair que morreu, não você...


-Você não sabe o que está falando- disse James com lágrimas nos olhos


-Sei, sim James- disse Alvo firme- Você precisa seguir em frente! Já passou da hora!


-Eu segui em frente, estou aqui não estou? Estou cuidando da Sophie, estou trabalhando! O que mais preciso fazer?!


-Você precisa sair desse seu luto interminável! Você precisa sair, namorar!


-Eu não posso- disse James firme- Seria como se eu tivesse a traindo...


-James, você acha que a Clair ia querer que você vivesse da forma que você está vivendo? Esse luto interminável... –disse Alvo com firmeza- Você mudou e para pior, acredite! Olha-se no espelho e você vai ver... Seus olhos são sem brilho, tristes...


            James permaneceu em silêncio, pensativo...


-Que bom que você está me ouvindo- disse Alvo aliviado- Pensa no que eu falei- pediu Alvo- Espero ter o meu irmão de volta- completou Alvo aparatando logo em seguida


            James foi até o banheiro mais próximo e olhou-se no espelho.


-Isso é ridículo!- disse James saindo nervoso do banheiro e indo até o quarto da sua filha, assim que ele a viu se acalmou- Ei, como está? Vamos tomar banho, ficar cheirosa...


            Depois de dar um banho na filha e colocá-la no berço para ela dormir, James foi para seu quarto e segurou uma foto da Clair.


-Clair, eu queria tanto que você estivesse aqui comigo... Você era meu anjo da guarda... Você me ajudava sempre que eu precisava... O que eu faço?


            James beijou a foto da Clair, depois foi tomar seu banho. Posteriormente, foi para a cozinha preparar um chá, até que...


-Uma coruja- disse James olhando para a bela coruja que entrara na cozinha com uma carta


 


Prezado Sr. Potter,


Aguardo o senhor na próxima terça feira às 8 horas na minha sala da Universidade de Londres para conversarmos sobre a sua visita ao Instituto do Câncer Infantil de Londres. Estou aguardando a sua confirmação.


 


Att.


Becker, David


 


            James respondeu a carta, dizendo que podia comparecer a essa reunião. Nesse instante, ele começou a se questionar se era uma coincidência a Rose e a Kate serem estagiárias daquele hospital, do orientador do seu irmão ser o Sr. Becker...


-Eu preciso mesmo ir ao Instituto do Câncer Infantil de Londres- disse James pensativo- Não é coincidência...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.