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CAPÍTULO 31 – ENFIM O FIM
Meus pais estavam um pouco deslocados na comemoração, havia tantas cabeças ruivas, que nossos cabelos se destacavam na multidão. E embora Sebastian os chamassem de tio Draco e tia Astoria, eles sorriam e se mantinham próximos ao neto, puxavam assunto com todos os novos parentes que havia ganhado a partir daquele dia, e em momento algum tentaram sair da festa que estávamos dando.
Acho que não seria um problema admitir que nossos familiares ficaram chocados com a notícia do nosso noivado. E mesmo que não tivéssemos certeza se Rose estava grávida, a notícia voou pelas bocas das pessoas. Para mim, o mais chocante foi ver Ronald Weasley me abraçar, embora seu abraço quase tenha deslocado minha coluna, em momento algum ele tentou me matar.
Minerva conseguiu com que minha dívida com ela só aumentasse, Rose havia sido permitida a prestar os NIEM’s, grávida ou não, o que fez com que ela entrasse em um surto de estudos que deixou a todos um tanto assustados...
Decidimos que enquanto Rose estudasse para os testes, moraríamos nós três na Gemialidades Weasley. Hermione, claro, foi quem tornou isso possível, pois Ronald não achava certo sua filha morar com o noivo e o filho em sua loja, até Hermione gritar: “RONALD BILLIUS WEASLEY! ROSE JÁ ESTÁ GRÁVIDA, O QUE MAIS VOCÊ ACHA QUE PODE ACONTECER?” – Tenho que admitir que aquele berro foi muito constrangedor, tanto por não ter certeza da gravidez quanto por estarmos dentro de um restaurante trouxa, em um dos testes de aproximação da família – Essa com certeza, não tinha sido idéia minha!
Em uma tarde, não muito depois do nosso noivado oficial, Rose chegou à decisão que seria muito melhor para sua sanidade mental se ela fosse estudar na biblioteca de Hogwarts...
Seu motivo, como fez questão de ressaltar, era que eu e o tampinha havíamos sentado em algum tipo de formigueiro e que ao invés de tomarmos uma poção para furúnculos, havíamos tomado a poção da risada, e que ela obviamente não conseguia prestar atenção em seus livros enquanto nós ríamos até da parede!
Claro que ela esqueceu de mencionar o fato de vomitar o tempo inteiro, e de adiar mais uma vez sua ida ao St. Mungus naquela semana, já que se recusava a ser atendida por um desconhecido e meu pai não podia tê-la como paciente por ela ser praticamente da família.
Sua desculpa era sempre a mesma, o fato de estar sentindo um pressagio, como se alguém acreditasse nisso. O problema foi quando Sebastian falou: ”Ela está com vergonha porque engordou um pouquinho...”. Rose olhou para mim sem palavras, por mais que ela tenha sido a primeira da turma e tenha se dado melhor do que eu no NOM’s, deixou as explicações por minha conta.
Eu encarei Sebastian enquanto tentava formular uma resposta, como eu explicaria que ela havia engordado mesmo que vomitasse todos os dias? Se eu dissesse gestação, ele me perguntaria o que era isso ou aceitaria a resposta? Se eu falasse que era por conta de estar grávida, ele me perguntaria de onde vinham os bebes? Como eles eram feitos? E se ela não estivesse grávida? Qual seriam suas perguntas?
- Hum. – Eu limpei minha garganta enquanto Rose me olhava com expectativas e o tampinha me encarava curioso. – Você sabe que sua mãe está grávida, não sabe? – Perguntei para ele que acenou afirmativamente com a cabeça. – E você sabe o que isso significa? – Ele balançou a cabeça negativamente, um pouco assustado. – Significa que você vai ter um irmão...
- Ou uma irmã... – Rose complementou incerta.
- E porque eu não posso conhecer? – Ele perguntou, esforçando-se para entender.
- Porque? – Eu perguntei encarando Rose que voltou a ficar muda. – Porque o bebe é muito pequeno e não pode sair de dentro da barriga da sua mãe.
- E quando vai poder sair? – Ele perguntou ainda assustado, encarando a barriga de Rose.
- Vai demorar um pouco... – Rose falou mais calma. – Alguns meses...
- Mas quando ele sair, filho, ele vai ser bem pequeno. – Falei tentando fazê-lo entender.
- E como ele vai sair? – Sebastian perguntou encarando a barriga de Rose.
- Um medibruxo vai tirá-lo de dentro da minha barriga. – Ela explicou.
Rose saiu aliviada depois que as perguntas terminaram, andou em direção a Hogwarts, onde Hagrid a esperava radiante. Peguei-me pensando se Rose não estivesse grávida, se Sebastian ficaria aliviado ou decepcionado... Porque Rose insistia em não ir ao médico? Aquilo estava me matando por dentro, mas não tinha coragem de dizer isso para ela. Tudo bem que o tempo parecia ter passado bem depressa, mas só fazia duas semanas desde que ela contara suas suspeitas. Meu filho me encarou preocupado e tentei sorrir para ele.
- Papai... – Ele falou, fazendo com que eu aumentasse meu sorriso por escutar aquilo. – Eu posso fazer um presente?
- Um presente? Pra quem seria?
...
E foi quando começamos a fazer barulho, Sebastian estava com medo que o bebê não fosse gostar dele, e queria fazer uma surpresa para quando seu irmão – “Ou irmã” – nascesse. Como não pude recusar, juntamos um monte de inutilidades que encontramos pela casa e juntos começamos a trabalhar.
Devemos ter ficado ali por horas, apenas nos divertindo, só parando quando a campainha tocou, Harry Potter apareceu na Gemialidades Weasley oficialmente para me contratar, mas não o fez...
- Malfoy, vim aqui porque sei que você será um ótimo auror, e acredito que... – Ele parou a frase no meio do caminho, encarando Sebastian sentado no chão ao lado de tudo o que havíamos feito durante à tarde. – Mas o que é isso? – Ele perguntou sentando-se no chão e encarando nossas obras de arte. – Quem fez isso?
- Ah! – Respondi a contragosto, ansioso para que ele terminasse de me contratar. – Um móbile para o berço do bebê, eu e o Sebastian que... Mas o que você dizia?
- O que o que? – Ele perguntou largando o móbile no chão, voltando sua atenção para mim. – Eu preciso ir! – Falou se levantando.
- Mas você estava dizendo... – Tentei fazê-lo voltar a falar, sem sucesso.
- Mudei de idéia! – Ele falou já descendo as escadas. – Até mais ver...
Sim, eu fiquei decepcionado quando isso aconteceu, cheguei até a cogitar voltar para a Alemanha, quando vi Sebastian erguer uma mini vassoura para mim rindo. Não conseguia me imaginar longe dele ou de Rose, mas se Harry Potter havia mudado de idéia, o que eu poderia fazer? O que eu vou fazer?
A resposta para minha pergunta foi dada no fim daquela semana. Era uma sexta feira à noite e Rose insistiu que devíamos ir para a casa geminada... Quando chegamos, descobri que toda aquela ansiedade dela era porque o Potter queria conversar comigo, na presença dos Weasley’s... Quais Weasley’s?
- Ainda bem que vocês chegaram. – Harry falou apontando um lugar na mesa. – Estava agora mesmo contando minha idéia para George e Rony, Scorpius.
- Que idéia? – Perguntei sentando-me na cadeira que me fora destinada.
- Uma bem absurda! – Ronald falou mal humorado encarando o cunhado.
- Uma idéia que você terá que provar se merece! – George falou sorrindo de forma absurda.
- Qual idéia? – Perguntei me preparando para a resposta.
- De você trabalhar na Gemialidades Weasley! – Harry Potter falou sorrindo, fazendo com que eu engasgasse.
- Viu só? – Ronald falou apontando para mim. – Eu não sou o único que acho isso um absurdo!
- Eu contei a eles o que você fez aquele dia... – Harry Potter parou de falar ao encarar Sebastian. – O que foi, Sê?
- Mamãe não pode escutar! – Ele falou desesperado, tirando uma confusa Rose da sala de jantar.
- O que foi isso? – George perguntou olhando para mim.
- É uma surpresa... Para o bebê!
- Para Rose, você quis dizer? – Ronald perguntou incerto. – Afinal a minha princesinha pode não estar...
- Não, é uma surpresa para o bebê... Sebastian acha que o bebê vai escutar se Rose escutar... – Falei orgulhoso da inocência do tampinha. – Mas ele já contou para ela quando o bebê dormia... – Todos deram boas risadas do que eu contara, só não pude ficar bravo, porque eu mesmo achava a forma do Sebastian pensar um tanto “inteligente” de mais.
- E então? – George perguntou. – O que você fez?
- Eu e o Sebastian... – Fiz questão de ressaltar. – Um móbile para berço...
- E como isso pode nos ajudar? – George perguntou para Harry.
- Oras... – Harry falou tentando fazer com que nós três entendêssemos. – Vocês vivem dizendo como gostariam de entrar no mercado trouxa!
- No mercado trouxa adulto, Harry! – Ronald falou um pouco nervoso.
- Eu gostei da idéia! – George falou fazendo com que eu ficasse mudo. – Não podemos fazer coisas que os trouxas não saberiam explicar como foram feitas... Uma linha para bebês?
- Ou móveis para casa? – Ronald perguntou para George. – Objetos de decoração?
- E então? – George perguntou para mim. – O que mais você sabe fazer?
Aquilo foi estranho! Estranho até de mais ao pensar que eu mesmo comecei a colaborar com idéias... Algumas coisas eram bem simples na verdade, outras eram tão complexas e absurdas que eu ficava pensando como poderia fazê-las. A discussão só parou quando Rose apareceu na sala com Sebastian dormindo em seu colo, eu olhei para meu relógio de pulso e vi que já passava da meia noite, levantei rapidamente e fui até eles.
- Continuamos os planos amanha? – George perguntou olhando para a cadeira onde segundos atrás eu estava, depois olhou novamente para a porta onde Rose me passava o tampinha dorminhoco.
- Claro! – Falei feliz, para o meu espanto. Sebastian abraçou meu pescoço ainda dormindo e eu o aninhei no meu colo. – Amanha na loja?
- Não! – Ronald falou fazendo com que todos olhassem para ele. – Amanha aqui mesmo, vocês podem dormir aqui!
- Eles podem? – George perguntou assustado com a atitude do irmão.
- Eles devem! – Ronald falou bravo, deixando claro que ninguém poderia contrariá-lo.
Rose sorriu satisfeita para o pai, ele parecia não entender as expressões de todos nós, que o olhávamos assombrados. Colocamos o dorminhoco para dormir no quarto que um dia foi de Hugo, e fomos para o quarto que um dia fora dela. Foi mais estranho do que dormir em cima da loja de logros, porque lá acordávamos com o barulho dos clientes entrando, algo que já estava ficando acostumado. Já na casa geminada, acordávamos com o som de muitas pessoas falando ao mesmo tempo, risadas, gritos de felicidade e o som das parafernálias trouxas.
Olhei para o lado e vi que Rose já estava acordada, ela me fitava de canto dos olhos e me peguei pensando se aquilo era um sonho. Ela selou nossos lábios e eu a abracei. Percebi naquele momento que sua mão estava pousada sobre sua barriga, coloquei minha mão sobre a dela e ficamos assim por um bom tempo.
- Eu estou com medo! – Ela admitiu ao olhar nos meus olhos.
- Do que? – Perguntei aumentando a força em nosso abraço.
- Estou tão feliz que sinto que algo ruim está para acontecer!
- É por isso que você não quer ir ao St. Mungus? – Perguntei vendo-a afirmar, não pude deixar de sorrir. – Você não tem que ter medo de nada, eu estou aqui com você, lembra? Para o que der e vier!
- Mas sempre que eu me sinto feliz, algo ruim acontece! – Ela falou corando. – Sei que é idiotice, mas e se eu chegar no hospital e falarem que eu não estou grávida? E então...
- E então eu farei questão de fazer você engravidar... – Não falei isso com segundas intenções, e graças a Merlin ela entendeu onde quis chegar com isso. Eu estava com ela e nada faria mudar minha decisão.
Levantamos depois de aproveitar a ligeira privacidade que tínhamos, Rose se trocou e desceu para tomar café da manha, disse a ela que desceria logo em seguida. Quando fiquei sozinho no quarto, tranquei a porta.
- Roman! – Falei para as paredes, um estalo se seguiu ao meu chamado, olhei para baixo e encarei o elfo que usava um avental surrado cor de rosa. – Preciso que dê um recado a uma pessoa!
Ele não perdeu tempo e desaparatou a seu modo naquele sábado ensolarado, destranquei as portas e fui tomar café da manha com a família. Sebastian já estava se empanturrando, e Rose encarava a comida com certo receio. Alvo sorriu ao entrar na cozinha, nos cumprimentamos e começamos a conversar de coisas corriqueiras. Bom, eu escutei na maior parte, já que minhas novidades eram contatas por Sebastian.
Ronald não falou muito enquanto comíamos, dava para perceber o quanto à refeição era sagrada para ele. Hermione começou mais um discurso com a filha, insistindo que elas fossem em busca de um medibruxo, Rose me encarava aflita, seu medo estampado em seu rosto, quando as desculpas começavam a terminar. Eu, Alvo, Sebastian e Harry discutíamos sobre times de quadribol, enquanto Gina segurava o tal do telefone e conversa com alguém que parecia importante. Todos assustaram quando a campainha tocou, exceto eu, que sorri satisfeito com isso. Sebastian correu para atender a porta, e embora eu soubesse quem tocava, fiquei aflito por ninguém falar nada sobre uma criança abrir a porta para estranhos.
- Bom dia. – Harriet falou constrangida. – Scorpius está?
- Meu pai está ali! – Sebastian apontou para a mesa, onde Weasley’s e Potter’s encaravam minha amiga, com rugas nas testas.
- Quem é essa? – Ronald perguntou me encarando, buscando explicações.
- Harriet, obrigado por ter vindo! – Falei sem responder a pergunta do meu futuro sogro. – Já conhece a todos? – Ela negou com a cabeça, ficando constrangida, encurtei as apresentações para chegar logo ao ponto. – Rose, você já conhece Harriet!
- Conheço... – Rose falou sorrindo para ela, sem deixar de me lançar olhares confusos.
- E sabe que ela é medibruxa? – Perguntei sorrindo para minha noiva que me encarou de olhos esbugalhados.
- E então Scorpius? – Harriet me perguntou impaciente, apoiando sua maleta sobre a mesa. – Pode explicar porque mandou um elfo me procurar?
- Roman. – Falei a corrigindo. – O nome do elfo é Roman. – Hermione me encarou satisfeita, assim como todos os outros. Harriet subiu com Rose até o quarto, voltando após minutos que mais pareciam horas.
- E então? – Todos perguntaram.
- Eu estou grávida! – Ela falou com as mãos tremendo. – A poção deu positiva.
- E? – Gina perguntou desligando o aparelho trouxa. – Já dá para saber mais alguma coisa? É menino ou menina?
- Ainda vamos descobrir! – Harriet respondeu, apontando o sofá para Rose.
Rose me encarou com aflição, olhando para a família e depois para Harriet, elas se sentaram no sofá e Harriet apontou sua varinha para a barriga de Rose, fazendo um som se propagar na sala. Apesar de ninguém ter combinado nada, todos se levantaram e se aproximaram das duas.
- O que é isso? – Perguntei sentando-me no chão, ao lado de Rose. Uma batida estranha fazendo coro em minha voz. – Porque está desproporcional? – Ambas sorriram para minha pergunta, e mesmo que elas mostrassem felicidade, não pude deixar de ficar preocupado. Ergui minha mão e Rose a alcançou, agora estava pronto para qualquer notícia.
- Porque são dois corações! – Harriet respondeu prontamente.
- O do bebê e o de Rose? – Alvo perguntou, e mesmo que sua pergunta soasse de forma idiota, fiquei feliz por ele ter feito.
- Não, o coração de Rose não pode ser escutado nesse feitiço. – Harriet respondeu, sorrindo para mim. – Parabéns, papai. – Ela falou contente ao me fitar. Eu havia entendido corretamente?
- O bebê tem dois corações? – Sebastian perguntou para minha amiga, sentando no meu colo, preocupado.
- Não. – Harriet respondeu sorrindo para a pergunta do baixinho.
- Não estou passando bem! – Ronald falou sentando na poltrona. – Mione, um calmante seria útil...
- São... São gêmeos? – Hermione perguntou, mesmo que parecesse saber a resposta antes de todos nós, ela sorria juntamente com os outros.
- São! – Rose falou com um tom de preocupação imprópria para o momento.
- Mione, o calmante! – Ronald falou fazendo cena.
- O que isso significa? – Sebastian perguntou ao ver a preocupação nos olhos de Rose. – São dois, mamãe, dois irmãos?
- Significa... – Não consegui terminar de responder, olhei para Rose que me fitava aflita. – Significa que tudo vai ficar bem. – Ela sorriu para mim, como se isso fosse exatamente o que ela precisava escutar. – Significa que a família vai aumentar. – Falei para Sebastian que imitando meu gesto, pousou a mão na barriga de Rose, cessando a batida.
Harriet só ousou sair da residência quando tirou todas as minhas dúvidas. Rose estava mais calma, já que já havia passado por isso, mas para mim, embora eu já tivesse um filho, a experiência era totalmente nova. Meus pais aparataram na casa a pedido de Hermione, e começamos uma comemoração familiar.
- Quando iríamos pensar que nossos filhos nos dariam três netos? – Minha mãe perguntou para Hermione. – Três netos! – Ela voltou a falar. – A mansão vai ficar tão alegre quando eles se mudarem para lá!
- Se mudarem para lá? – Ronald perguntou ameaçadoramente. – Eles vão vir morar com a gente!
- Mas a mansão é muito mais aconchegante! – Meu pai falou com tom de superioridade. – É claro que eles vão morar conosco.
- Não, nem pensar! – Ronald falou nervoso. – Eles vão...
- Nós vamos morar em nossa própria casa. – Falei roubando a fala de todos. – Como uma família deve ser.
- Mas vocês não têm dinheiro para isso! – Ronald falou me encarando. – O mais sensato é morar aqui em casa onde podemos ajudar a cuidar das crianças...
- Eu tenho dinheiro para isso! – Falei olhando para meu futuro sogro, com ar de superioridade.
- Você não pesquisou o mercado imobiliário... – Ronald falou iniciando uma briga. – Sabe quanto custa uma casa em Hogsmead? Godric’s Hollows?
- Posso não ter dinheiro para comprar uma casa em um vilarejo bruxo... – Falei a contragosto, chateado por admitir isso. – Mas os imóveis trouxas são mais baratos!
- Você não vai morar como trouxa! – Meu pai falou bravo. – Como espera que eu explique isso para os seus avós?
- Do mesmo jeito que eu estou explicando! – Falei a meio passo de me sentar ao lado da minha noiva. – Que nós dois... – Falei apontando para Rose e para mim. – Ou melhor, três! – Falei apontando para Sebastian. – Quero dizer, nós cinco... – Olhei para Rose e por alguns instantes perdi a fala.
- Você está bem, anjinho? – Minha mãe perguntou, fazendo eu sair do transe que havia entrado.
- Nós cinco! – Voltei a repetir, olhando para Rose. – Merlin, são gêmeos! – Não havia reparado que suava frio, até meu pai chegar perto de mim.
- Scorpius! – Meu pai falou, olhei para ele lentamente. – Scorpius, você está branco!
- Acho que um calmante cairia bem, agora. – Falei me sentando, Rose me olhou de canto, preocupada. – Eu nunca cuidei de uma criança, Rose! – Falei desesperado. – Como... Como eu vou... Gêmeos!
- Seu filho é meio lerdo, não acha? – Ronald perguntou para o meu pai. – Faz mais de três horas que recebemos a noticia e só agora o galeão cai?
- Você está com o pé atrás? – Rose sussurrou a pergunta preocupada.
- Onde você quer morar? – Perguntei para ela, ignorando sua pergunta. – Aqui ou na mansão? Vamos precisar de ajuda para cuidar das crianças! Gêmeos!? Como isso é possível?
- Bom, tecnicamente falando? Minha avó teve gêmeos... – Rose respondeu rindo do meu descontrole. – Vai dar tudo certo! – Ela garantiu, segurou minha mão, fazendo com que me acalmasse.
Voltamos para Hogsmead ao cair da noite, onde eu e Sebastian montamos um quebra-cabeça, enquanto Rose encontrava energia para estudar. Fomos ao St. Mungus na semana que se seguiu, apenas nós três, e nos encontramos com Harriet, que nos esperava radiante em seu consultório.
- Tenho que admitir que nunca achei que te veria sorrir tanto. – Falei para ela quando entramos em sua pequena sala. – Todo esse sorriso é porque mesmo? – Perguntei para ela, que encarou Rose.
- Alvo me pediu em namoro! – Ela falou sorrindo, ignorando minha presença enquanto se confidenciava com Rose. – Ele me mandou flores e tudo o mais... Até recebi sapinhos de chocolate!
- Esperai! – Falei com histeria. – Desde quando vocês têm se encontrado?
- Bom... – Ela falou envergonhada, enquanto sentava na cadeira atrás da escrivaninha. – Desde que fui na casa dos seus sogros...
- Mas só faz uma semana! – Eu falei preocupado. – Você não acha que está indo com muita sede ao pote? – Perguntei imitando Rose, que havia sentado, puxando Sebastian para o meu colo.
- Ah! Eu estou indo com muita sede ao pote, não é Scorpius? – Ela falou, fazendo com que eu corasse.
- Eu e Rose temos um longo passado! – Falei, fazendo com que Rose sorrisse para as preocupações que estava tendo com minha melhor amiga.
- Sei que isso não vem ao caso, espertinho! – Ela falou sem conter a felicidade. – Mas quando eu disse que gostava de um garoto de outra casa na época de Hogwarts, e que ele era um galinha...
- Alvo? – Perguntei sem entender. – Todo esse tempo foi o Alvo? Um Potter?
- Vamos mudar de assunto? – Ela perguntou encarando Rose. – Acredito que vocês queiram saber o sexo dos bebês...
- Sim! – Sebastian respondeu animado com a mudança de assunto.
- Então, Rose, já sabe onde deitar! – Ela falou apontando para uma cama esquisita.
Sebastian subiu em cima de um banquinho para poder ver seus irmãos na pequena imagem que se formava no ar, apesar de tudo ser colorido, era algo bem confuso de se ver. Rose tinha lágrimas nos olhos quando Harriet anunciou que seria um casal, antes que eu pudesse enxugar seu rosto, ela enxugou o meu, fazendo com que eu percebesse que também estava chorando.
- E então Sebastian? – Harriet perguntou para ele, já que era o único que não havia se pronunciado. – Está feliz?
- Um irmão e uma irmã! – Rose falou para ele.
- Eu pensei que ela fosse tirá-los daí de dentro! – Ele falou bravo.
- Vai demorar um pouco mais do que isso... – Harriet falou se contagiando com o sorriso que Rose abrira. – Mais alguns meses...
- E quanto tempo dá isso? – Ele perguntou nervoso.
- Porque você não pega esse calendário aqui? – Harriet perguntou entregando um calendário para ele. – Até daqui um mês. – Ela completou quando estávamos saindo de sua sala.
A idéia de dar um calendário para ele tinha sido maravilhosa, todos os dias quando acordava, ele riscava mais um dia, o que dava a ele algo para se basear no tempo que levaria para seus irmãos nascerem. Uma certa tarde, ele perguntou para Rose se podíamos riscar vários dias de uma vez, fazendo ela chorar e o deixar confuso, o que levou algumas horas de explicações, sobre o que seriam hormônios femininos.
O tempo passou depressa, ao contrário do que o tampinha gostava de afirmar. A barriga de Rose estava grande o suficiente para eu ter de ajudá-la a calçar os próprios sapatos, e foi assim que eu a levei até Hogwarts em uma tarde, ela entrou na sala que seria realizado os NIEM’s tremendo. Sebastian e eu desejamos boa sorte, respirando fundo ela entrou na sala sem olhar para trás. Ela voltou chorando da maior parte dos testes práticos, só se acalmou no dia do aniversário de Sebastian, onde pode relaxar um pouco na presença de todos os nossos familiares.
- Fico tão feliz de ter todo mundo com a gente! – Ela falou sentimentalmente após umas duas horas de festa. – Nem acredito que todos puderam vir... Até seu antigo chefe veio! Madame Rosmerta, John, Robert... Acho que vi até Melany que dividiu o quarto comigo em Hogwarts...
- Até sua antiga colega de quarto? – Perguntei procurando a garota na multidão de pessoas que se espremia do lado de fora da Toca.
- Sim! – Ela falou feliz ao olhar para os lados. – Acho que ela estava beijando Hugo, mas não tenho certeza... Até Thiago estava com uma garota! Não acredito que todos vieram... Normalmente era apenas minha família!
- Fico feliz que você esteja gostando...
- É claro que estou gostando! – Ela falou me puxando para um abraço.
- Então acertei na lista de convidados?
- Claro! – Ela sorria sem se conter. – Você viu o Sebastian? Ele está radiante... – Ela falou apontando para o nosso filho que se divertia com meus antigos colegas da Sonserina. – E ele nunca ganhou tantos presentes, sabia?
- É, tem mais presente do que convidado... – Falei tentando dar uma dica. – Posso apostar que tem o dobro!
- Eu também achei isso estranho! – Rose falou fazendo uma careta. – Tenho certeza que vi Madame Rosmerta com dois embrulhos na mão... – Segurei a risada para sua observação. – Mas pensando bem... Todos os convidados trouxeram dois presentes... – Ela me olhou de canto de olho, não pude esconder a culpa que senti. – O que você quer dizer sobre apostar que tem o dobro?
- Todos trouxeram dois presentes, amor. – Dei um beijo na ponta de seu nariz. - Presentes para o Sebastian e para nós dois...
- Não entendi! – Ela falou se afastando. – Porque presente para nós?
- É o nosso casamento, Rose!
- Não seja bobo! – Ela falou selando nossos lábios. – Esperai! O que quer dizer com isso!?
- Como você é lerdinha, amor. – Falei para ela, fazendo com que as pessoas que estavam ao nosso redor dessem risadas, afinal o lerdo na história sempre era eu. – Porque acha que comprei esse vestido branco para você?
- Você disse que gosta da cor em mim! – Ela falou caindo o galeão. – É por isso que meus avós trouxas estão aqui também? Hagrid, Minerva, Neville e a tia Luna? Até minha tia-bisavó Muriel está aqui... É por isso que ela fez questão que eu usasse essa tiara? – Ela perguntou apontando para a própria cabeça.
- E é por isso que Lílian fez questão de te maquiar quando chegamos e é por isso que ainda não cantamos parabéns para o nosso filho! – Falei apontando para a mesa de doces, onde um bolo branco de quatro andares estava parado.
- Porque você não contou? – Ela perguntou com lágrimas nos olhos, seus hormônios pregando peças. – De quem foi essa idéia?
- A idéia, meu amor... – Falei enxugando suas lágrimas de felicidade. – Foi das nossas mães, e acredite ou não, do seu pai!
- Do meu pai? – Ela perguntou procurando por ele, que ergueu uma taça em nossa direção.
- Agora o nosso filho quem teve a brilhante idéia de comemorar o aniversário dele junto com o nosso casamento...
- Sebastian já sabe disso?
- Você é a única que não sabia, Rose... Sebastian já contou até para os gêmeos! – Ela pousou a mão sobre a grande barriga, não pude me conter em abraçá-la mais uma vez.
- Era para ser uma surpresa? – Ela perguntou acanhada. – Se era uma surpresa, porque está me contando?
- Porque o juiz do ministério acabou de chegar... – Falei apontando para o jardim onde nossos pais recebiam o homem de bata preta. – E odiaria que você dissesse não achando que não se passa de uma brincadeira!
- Eu não seria capaz de dizer não, Scorpius, nem que fosse uma brincadeira!
Não posso dizer que todos aplaudiram após fazermos nossos votos, até porque alguns gritavam vivas e Alvo pateticamente gritava um solitário FINALMENTE. Minha melhor amiga abraçava meu melhor amigo, e sorria confidentemente para mim. Eu era sem dúvidas um homem de sorte.
Sebastian pousou para todas as fotos apontando para a gigantesca barriga de Rose, dizia que os irmãos estavam felizes como ele. O bolo branco de quatro andares surgiu com uma pequena vela com um número 6, a vela dançava uma valsa, embora emanasse uma música de aniversário.
- Foi você que fez, pai? – Ele perguntou após as palmas. – Você que fez a vela?
- Espero que tenha gostado! – Falei para ele que riu e a assoprou a vela sorrindo, a vela subiu até o céu e explodiu fogos de artifício. Acho que algumas pessoas podem até ter se assustado, mas deram boas gargalhadas da mágica. – Acho que estou pegando o jeito na loja... – Falei para meu sogro que confirmou com a cabeça, satisfeito quando viu um homem desmaiar de susto.
Estávamos oficialmente casados em um: “Felizes para sempre”, como manda a tradição. Mudamos para uma casa pequena na semana seguinte, apesar de meus pais insistirem que eu mudasse para a mansão e meus avós implorarem para que fossemos para a Alemanha, a casa ficava em um bairro trouxa, para ser bem realista, a dois quarteirões dos pais e tios de Rose. Não éramos bobos em pensar que não precisaríamos de ajuda... Sebastian já conhecia a casa e não ficou surpreso por ela parecer maior por dentro do que por fora, ao contrário de Rose...
- Scorpius... – Rose chamou no segundo andar. – Porque tem duas camas no quarto de Sebastian? – Ela perguntou confusa.
- Porque Roman precisa dormir em algum lugar...
- Roman? – Ela perguntou no pé da escada.
Mesmo que Rose não o estivesse chamando, o elfo aparatou no meio da sala vestindo roupas antigas e surradas que um dia pertencera a Sebastian. As roupas deram a Roman um ar de humano, com seus quatro anos aproximadamente, suas orelhas escondidas em um chapéu e seus pés vestindo um sapato velho. Qualquer um que olhasse para ele, sendo bruxo ou trouxa, diria que ele era uma criança feia, mas ainda assim uma criança. Rose não se conteve e sorriu, deu um sorriso tão grande que pude ver a satisfação que ela sentia ao ver o elfo com roupas ao invés de trapos.
As notas dos NIEM’s chegaram naquela semana, Rose estava chorando antes mesmo de abrir a carta, Roman, Sebastian e eu incentivamos para que ela abrisse a correspondência. Temerosa ela abriu e começou a chorar duas vezes mais, peguei a carta de suas mãos e comecei a ler assustado.
- Você passou! – Eu gritei de felicidade. – A mãe de vocês passou! – Rose engoliu o choro e me encarou sorrindo.
- A mãe de vocês passou? – Ela perguntou. – Quantos filhos eu tenho mesmo?
- Temos quatro! – Eu falei rindo juntamente com ela, que acariciava a barriga inconscientemente. – Sebastian, Roman e os gêmeos!
- Hum, Scorpius, isso me faz pensar em uma coisa... – Ela falou abraçando o elfo e ao filho que pulavam de alegria. – Nós não escolhemos os nomes dos bebês...
- Bom, eu andei pensando nisso... – Falei para ela. – Que tal Vulpecula?
- Tia Lílian teve um gato que chamava Vulpecula! – Sebastian falou rindo. – Jane? – Ele perguntou. – Que nem no filme Tarzan mamãe!
- Não! – Eu e ela respondemos juntos.
- Certo, não é um bom nome! – Ele falou sentando-se ao lado de Roman.
- Wendy! – Roman falou interrompendo o silêncio. – Roman teve uma amiga que se chamava Wendy! Aí ela roubou os seus donos e eles a mataram...
- Melhor não Roman... – Falei para ele que deu de ombros e continuou sussurrando as peripécias da elfa morta. – Serpens, o garoto poderia ser Serpens...
- Sabe o que meu pai falaria se colocássemos o nome do nosso filho de Serpens?
- Antes de você continuar, Rose, saiba que eu ia me chamar Serpens!
- Meu pai nunca vai admitir um nome de uma constelação que significa Serpente!
- Talvez seja melhor não... Eu odiaria chamar Serpens... – Falei pensando melhor.
Fomos para a casa dos nossos sogros para um almoço de domingo, meus pais e avós foram convidados e chegaram antes de nós. Como morávamos perto, fomos andando, já que Rose precisava fazer algum exercício. Quando terminamos de almoçar, Roman gritou chamando atenção de todos.
- Ocrísia!
- Merlin, é por isso que não permitimos elfos a mesa, Scorpius! – Minha avó falou apontando para Roman. – Eles são loucos!
- O que seria Ocrísia, querido? – A avó de Rose perguntou para Roman ignorando minha avó.
- O nome para a menina... – Rose respondeu. – Estávamos tentando decidir os nomes...
- Continue pensando, Roman! – Ronald falou para ele. – Que tal Cherry?
- Cherry? – Meu pai falou rindo. – Columba é bem melhor!
- A minha neta não vai ser uma constelação de pombas! – Meu sogro falou irritado.
- Muito menos uma fruta! – Meu pai se justificou. – Daqui a pouco esse louco diz Dendron!
- Eu não ia dizer Dendron! – Ronald falou bufando. – Não quero que meu neto seja uma árvore!
- Pelo menos isso! – Minha mãe e Hermione falaram juntas.
- Serpens! – Meu avô falou.
- Meu bisneto não vai ser uma constelação! – O avô de Rose falou irritado.
- Corvus é um nome lindo... – Minha mãe falou brincando, tentando descontrair as pessoas.
- Apus é bem melhor... – Minha sogra falou entrando na brincadeira, pois ambos os nomes eram terríveis e envolviam astrologia.
- Eu gosto de Jason! – Sebastian falou de repente.
- Mãe, nós temos algum parente com esse nome? – Rose perguntou preocupada.
- Não que eu me lembre... – Hermione respondeu olhando para a sogra.
- Não, não estou me lembrando... – Molly respondeu pensativa olhando para Arthur.
- Nenhum Jason! – Arthur respondeu com firmeza.
- É um bom nome... – Minha mãe falou séria. – Jason então?
- Todos aprovam? – Meu pai perguntou como se fosse matar quem discordasse.
- Scorpius? – Rose perguntou para mim. – Você gostou?
Todos me encaravam enquanto eu ficava imaginando a cena na minha cabeça... Jason! Ótimo, só falta o nome da minha filha. Rose me fitava preocupada, eu me levantei e fui até onde ela estava sentada, a abracei por trás despreocupadamente, depositei um beijo no topo de sua cabeça vendo-a sorrir.
- Agora só falta o nome da menina... – Falei para todos os presentes, vendo uma nova discussão surgir.
- Abnara? Acácia? Acalântis? – Minha avó perguntou pensativa.
- Em que século essa mulher vive? – A avó de Rose perguntou. – Acéi, Acemira, Achila?
- Açucena! – Ronald falou olhando para todos nós.
- Chega de nome de plantas! – Meu pai falou nervoso. – Áries?
- Outra vez as constelações? – Meu sogro falou irritado.
- Blanck? – Minha sogra perguntou tentando apaziguar o ambiente. – Certo, é terrível!
- Delfina! – Arthur falou pensativo. – Era para Ginevra se chamar Delfina!
- Agora eu entendo porque do nome Ginevra! – Gina falou entrando na sala. – Delfina é bem pior!
- Eu gosto de Ginevra, amor. – Harry falou vindo logo atrás. – Que tal Cho?
- Harry! – Gina falou dando tapas no marido. – Essa brincadeira não teve graça antes e não tem graça agora! – O marido ria enquanto apanhava.
- Sally! – Roman falou enquanto tirava a mesa. – Roman gosta de Sally!
- Sally? – Perguntei para Rose. – Eu gosto de Sally!
- Parabéns, Roman! – Rose falou para o elfo que sorriu por ser útil. – Sally e Jason?
- Perfeito para mim. – Falei beijando-a, fazendo meu sogro e nossos avós pigarrearem incomodados.
O sol nasceu sem ser chamado, poderia dizer que estava com raiva por isso, indignado por ter acabado de deitar na cama e ver minha esposa acordar cantarolando para mais um dia. Eu estava cansado, exausto para ser mais exato, havia trabalhado em um projeto para a loja Gemialidades Weasley’s & Malfoy durante a noite, junto com meu sogro e seu irmão, aquilo era cansativo e só desistimos quando as idéias acabaram.
- Você precisa dormir um pouco. – Ela falou quando eu me joguei de roupa sobre os lençóis. – Acho que meu pai e meu tio querem te matar aos poucos...
- Se é isso que eles querem, eles estão conseguindo. – Falei abraçando o travesseiro.
- Ah, mas eu não vou deixar! – Ela falou voltando a se sentar na cama. – Sebastian está dormindo profundamente e Roman está brincando no vídeo game que compramos no natal, os gêmeos vão começar a chorar daqui uma hora e...
- Então temos uma hora antes dos gêmeos acordarem! – Falei ao abraçá-la. – Uma hora a sós...
- E você dizendo que quer mais filhos... – Ela falou rindo da idéia. – Como se quatro já não desse trabalho o suficiente!
- Eu quero mais filhos, Rose. – Falei desanimado. – Quando piscarmos os olhos os gêmeos já estarão em Hogwarts e nós estaremos sozinhos nessa casa!
- Os gêmeos ainda nem completaram dois anos, Scorpius! – Ela riu mais uma vez. – E Sebastian só vai para Hogwarts daqui três anos!
- Você não quer? – Perguntei para ela sério. – Você realmente não quer?
- Pára de brincar, Scorpius. – Ela falou emburrada, prestes a se levantar.
- Eu não estou brincando, Rose! – Falei chutando meus sapatos para longe.
- Você não está brincando? – Ela perguntou segurando a risada. – E onde você colocaria mais um filho? – Bufei para evitar a mesma discussão da noite anterior.
- Quando os gêmeos vieram para casa e choraram a noite inteira, você lembra? – Perguntei em meio a um bocejo.
- Lembro. – Ela falou pensativa. – E você ficou todo desesperado...
- Foi à primeira vez que troquei uma frauda, Rose. – Falei irritado. – Deveria receber um prêmio por ter feito isso sem te chamar.
- Você sujou todo o quarto de talco. Eu e Roman...
- Lembra quando Sebastian caiu da vassoura? – Perguntei quase dormindo.
- Isso foi ontem, amor. – Ela falou massageando meus cabelos. – Você realmente precisa dormir.
- O tempo passa rápido de mais, Rose. – Falei levantando a cabeça e a encarando. – Eu não estou brincando quando falo que quero ter mais filhos!
- E eu não estava brincando quando estava parindo os que nós já temos...
- Prefiro ignorar aquele momento...
- Aquele momento ainda está muito vívido para mim...
- Você não quer? – Perguntei mais uma vez, tentando lutar com o sono que pregava peças.
- Eu não sei, não tinha pensado nisso desde ontem quando o assunto surgiu.
- Eu penso nisso todos os dias... – Falei sentando na cama. – Minha família é pequena e eu sempre admirei sua avó por ter tido sete filhos...
- Sete é um exagero, até minha avó admiti isso!
- Nós já temos quatro... Paro de insistir quando tivermos cinco!
- Graças a Merlin você considera Roman como um filho...
- Isso é um sim? – Perguntei esperançoso.
- Sim... – Ela respondeu se levantando finalmente. – Quando quer começar a tentar? – Ela perguntou brincando, olhando sem paciência para minha seriedade.
- Nós ainda temos quarenta e dois minutos antes dos gêmeos acordarem...
- Você quer dizer agora, agora? – Ela levantou as sobrancelhas.
- Como eu disse, o tempo passa rápido de mais... Não custa nada aproveitá-lo!
* FIM *
*_____*
N/A:
- Lumus!
Espero não ter decepcionado a nenhum dos meus leitores, sei que não é um final muito bom, mas espero que tenha sido satisfatório... Quase um ano escrevendo essa fic e até hoje nunca havia pensado em um final para ela... Nunca pensei que teria que me desprender dessa história.
Acho que posso dizer que com a Lavando Roupa Suja, conheci pessoas incríveis, pude conversar de perto com as poucas leitoras que me adicionaram no MSN ou que me mandaram e-mail’s, e espero não ter decepcionado ninguém quanto ao quesito qualidade e acima de tudo à amizade.
Dando adeus a essa história, espero reencontrar a todos na minha próxima fic – Incarcerous – Acorrentados – não é uma continuação, mas admito que a idéia está muito original... É uma parceria com a Nikki W. Malfoy e espero que todos gostem do primeiro capítulo – que pretendo postar nesse final de semana.
Agradecimentos especiais para:
Lana Sodré – O que seria de mim sem você? Além das capas, elogios, conversas, críticas, lamentações e todo o resto que ainda dividimos em longas noites no MSN!? Mesmo sem te conhecer pessoalmente, sei que se um dia cair de pára-quedas na sua cidade farei questão de te dar um longo abraço apertado;
Caroline Miller – Leitora nova, obrigada pela capa;
Nikki W. Malfoy - Parceira da Incarcerous e amiga especial, onde críticas e elogios sempre andaram lado a lado, assim como suas dicas e idéias para a LRS – e que betou sem nenhuma censura meus erros ridículos de gramática;
Marcela Weasley Malfoy - Que um dia trocamos muitas mensagens por MSN – e continuamos trocando e-mail’s mesmo que pequenos;
Bárbara Aguiar Azevedo que além de ter sido a primeira leitora, foi à primeira pessoa que fez um comentário na LRS implorando pelo 1º capítulo ;)
Vitória Weasley Malfoy – Tenho uma leve impressão que te tenho como amiga no Facebook, obrigada pelos comentários;
Vanessa Grendene – Que já leu capítulo com prévia e fez comentários incríveis;
Potter4Ever – Obrigada pelo voto no Torneio de Fic’s
Thalissa Hedlund Lazaroto – Amiga de infância, vizinha e confidente, que sempre vai ter um espaço na minha vida, e que mesmo rindo e falando “só você mesma, né Ana!?” nunca deixou de acreditar em nossa amizade – Amo! ;)
Ana Potter Weasley Malfoy, Anne W G M, Babs Malfoy, Keriane, Láh Jane Weasley, Letícia Franciele Borghi, Luana Gabriela, Luhna, Mimi Potter – Os vários comentários que me inspiraram sempre :)
AJGV, Analuu, Anee Frank..., Anne Grynffindor Potter, Barbara03, Carlaqc, Clara S.S.F. Santos, Emms Charlotte Grint, Helena e Charlotte, Isabela_ksol, IsaBlack, Izabelly M., Jheni Weasley, Juliana Aparecida Chudo Marques, Juliana Vieira, Keylla Thalita, Laly Malfoy, Lari_sl, Larissa Almeida, Laura Weasley Malfoy, leleticia Le Parckinson, Luana de Almeida., Luanna Matos, Luciana Moura, Luiza Klein, Marcela Black Weasley, Maria Clara CP Duarte, Mariah Dorta, Mayara_15, Michelly Malfoy, MiSyroff, mpds, Naylla, sa142, startuetas, ViqPutz Malfoy, Vitória Lovegood – Leitoras antigas e novas, que em vários momentos fizeram com que seus comentários me fizessem sorrir animadamente.
Desculpem se esqueci de citar algum nome - fiz tudo na correria - espero realmente que tenham desfrutado da fic
Com lágrimas, ergo minha varinha nessa despedida.
Beijos a todos, e até depois.
- Nox!
Ana CR
Comentários (15)
amei amei amei amei amei , que fim perfeito, tudo foi perfeito cada cap. , cada dialogo awwwn *-*
2013-07-03SIMPLISMENTE P-E-R-F-E-I-T-O ESSE CAP. A-M-E-I *.*#MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.*CHOREI AQUI :)Q FINAL LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOO *.* PARABENS :))))))))))))))))
2013-01-31O final perfeito para um fic perfeita *o*fiquei até emocionada com os agradecimentos!Obrigada a você por ter feito essa fic tão incrível que me prendeu e me apaixonou do começo ao fim!Você é uma autora incrível (:
2012-08-11O final perfeito para um fic perfeita *o*fiquei até emocionada com os agradecimentos!Obrigada a você por ter feito essa fic tão incrível que me prendeu e me apaixonou do começo ao fim!Você é uma autora incrível (:
2012-08-11Ainnn *-* adorei a fic, muito PERFEITO!
2012-08-09Amei! Final perfeito!
2012-08-09Bem, só tive coragem de ler o capítulo final hoje... e meu nome está nos agradecimentos! *emocionada* Então, vamos comentar por partes:1. achei ótimo o final, Ana, vc está de parabéns! Não podia imaginar que fosse mais perfeito! Lindo mesmo!2. Rose e Scorpius... meu Deus, qual é o PROBLEMA deles? Cada encontro é uma gravidez, é? Acho que a próxima vai ser de trigêmeos. huahuahauahua3. O Sebastian é realmente um fofucho! Conversar com os irmãozinhos e fazer presente para eles não é qualquer criança que faz!4. Scorpius trabalhando com o Ron? SURPREENDENTE!5. Ron abraçando Scorpius de quebrar as costelas? UAU! As pessoas mudam mesmo.6. E os possíveis nomes das crianças? Deus, acho que nunca vi tanto nome esquisito junto. o.O7. Casamento surpresa? Essa foi realmente demais! Nunca imaginei nada assim... super criativo!8. Roman como um filho? Outra surpresa! Sempre pensei nele como o BFF do Scorpius, mas tudo bem.9. AMEIAMEIAMEIAMEIAMEIAMEI! Pena que acabou...10. Esperando Incarcerous ansiosamente!
2012-08-03Linda!!! Amei, o capitulo estava maravilhoso *-* O final foi perfeito!!! beijossssss
2012-08-03parabéns pela fic, o final se não ficou perfeito ficou muito perto disso, viu?amei a discusão dos nomes, o draco com as constelações e o ron com as plantas... morri de rir!a hermione e a astoria eu sempre imaginei como se não amigas próximas, algo muito perto disso, pois para mim elas devem ser as mães sensatas que fazem os pais não se matarem na relação do scorpius e da rose, que no fim acabam se dando muito bem...a coisa mais fofa foi o Romam sendo considerado como filho pelo malfoy (sorte da rose)enfim parabéns pela fic linda, nos encontramos em incarcerous...Beijos
2012-08-02Pera ai que eu tenho que lembrar de td antes dde começar... hsuahsuasuahshaus Vamos comentar td! O Ron é doido! Primeiro ele não quer e depois quer! Esse Ron... e tbm teve aquela cena td quando descobriram que seria gêmeos... tenho que confessar que mori de rir com o "Mione, o calmante!" hahahaha.Ah! Fiquei tão feliz em ver que o Roman voltou e como parte da família! Claro que ri horrores no "Merlin, são gêmeos!" essa foi... nossa! E achei lindo o Alvo e a Herriet, foi tão fofo! "Alvo?... Todo esse tempo foi o Alvo? Um Potter?" Magnifico, magnifico!Ah, o Scorps chorando no ultrassom... quanse chorei junto com ele!Adorei a ideia do "Aniversário-casamento" mt original...Sério, da onde vc tirou tanto nome... ruim?! hsauhsahsuahsu. E....Jason! (esse nome rendeu mt em. suahsuahsu) "Outra vez as constelações?" hahahha, mas o que eu ais ri mesmo foi com o "Delfina é bem pior!" Essa até minha mãe perguntou se eu tava bem...E agora por ultimo... Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... ACABOU!!! E eu estou chorando, de tristeza e alegria, por ter feito parte disso, por ter acompanhado ela até o final, por estar corrigindo seus erros e discutido os prós e os contras e por estar contigo na nossa proxima fic, que eu espero do fundo do coração que seja tão boa quanto essa...Vou sentir falta, mas ao mesmo tempo estou feliz... parabéns por ter termina esse projeto.Te adoro, e nos vemos na Incarcerous!
2012-08-02