Scorpius Malfoy, prazer.



SCORPIUS MALFOY, PRAZER!

(A partir daqui, a narração será aos olhos do meu lindo e perfeito Scorpius, esse capitulo serve mais para vocês entenderem a historia aos olhos dele, então eu realmente espero não decepcioná-los quanto a isso...)


 


N/A: Como a FeB vive ressaltando, deve-se dar os créditos as devidas pessoas, quando a Fic é inspirada em algum livro, filme ou algo do genero, então, antes de tudo devo dizer que esse capitulo foi, em grande parte, mas não em todo, inspirado no livro: “Diário de Anne Frank”. Espero que gostem... Vamos ao que interessa:




 


 


 


*


 


 


Quando penso em minha vida em Hogwarts, tudo parece irreal. O Scorpius Malfoy que desfrutava daquela vida perfeitinha, era completamente diferente do que ficou ajuizado e responsável dentro dessas paredes. Sim, era perfeito. Garotas que me admiravam em todas as casas, amigos incontáveis, preferido de muitos professores, mimado por mãe e pai, dinheiro para gastar a qualquer hora. Que mais eu poderia pedir?


Provavelmente você deve estar se perguntando como eu poderia ter conquistado todas aquelas pessoas. Harriet e Ofélia dizem que é por eu ser atraente, mas não é isso. Eu divertia as pessoas, sempre tinha uma resposta pronta na ponta da língua, fazia observações engraçadas, sempre sorria para tudo. Eu era isso, um namoradeiro compulsivo, alto astral e divertido, o melhor era que eu me dava bem com todo mundo, ou quase todo mundo.


Mas acho que toda aquela admiração, talvez tivesse me tornado confiante demais. Foi bom que no auge da minha glória, eu tivesse sido jogado na realidade. Demorei mais de um ano para me acostumar a viver sem admiração, me acostumar com a rigidez da Alemanha.


Como será que me viam no castelo? Como o comediante da turma, o eterno líder, nunca mal-humorado, nunca reclamando. Seria de espantar que todos queriam fazer parte do time de Quadribol junto comigo, ou então, me prestar certos favores?


Vejo aquele Scorpius Malfoy como um garoto agradável, divertido, mas superficial, que não tem nada haver comigo nos dias de hoje. Sabe o que Alvo Potter me disse semana passada, na “Reunião Anual dos Aurores no Mundo”?: “Sempre que eu te via, você estava cercado por um punhado de garotas e pelo menos cinco amigos, estava sempre rindo e era o centro das atenções”. Ele estava certo.


O que sobrou daquele Scorpius Malfoy? Ah, não esqueci dos risos e das respostas afiadas, continuo bom nisso, talvez até melhor, em deixar as pessoas pisando em brasas, ser divertido, ou conquistar qualquer garota, quando quiser, se quiser, o que eu quiser...


Mas aí é que estava o problema. Eu gostaria de ter aquela vida aparentemente descuidada e feliz durante uma tarde, alguns dias, uma semana. No final, estaria exausto, e agradeceria a primeira pessoa que conversasse comigo sobre algo sério e significativo. Sempre procurei me manter próximo a amigos, e não a admiradores, e me espanto ao pensar que Alvo tornara-se meu amigo nesses últimos quatro anos. Ele me respeitava pelo meu caráter e minhas atitudes, e não pelo meu sobrenome. O círculo de pessoas ao meu redor se tornou bem menor nos últimos anos, mas não me importo, pois sei que este é repleto por pessoas sinceras.


Apesar de tudo, não era totalmente feliz em Hogwarts, costumava sentir um vazio, e falta de alguma coisa a mais, mas como passava o dia inteiro na agitação, não pensava muito nisso. Eu me divertia ao máximo, tentando consciente ou inconscientemente preencher o vazio com piadas.


Olhando para trás, noto que esse período da minha vida terminou: meus dias de escola, felizes e despreocupados, se foram para sempre. Não sinto falta. Superei. Não posso mais ficar de brincadeira, porque meu lado sério sempre aparece.


 


Vejo a minha vida até o final do sétimo ano. Quando ficava em casa, os dias eram perfeitos, tinha tudo o que eu queria, sempre. Mas em Hogwarts as coisas mudaram, apesar de tudo, entrei em brigas, sofri varias acusações, das quais muitas foram injustas.


Mas era ela, aquela sabe-tudo, traidora de sangue, mestiça e irritante... Aquela ruiva, que me pegava sempre desprevenido, e o único jeito que encontrava de manter a individualidade era contra atacando.


Ela não sabia disso, mas a minha rivalidade com ela aconteceu muito antes dela me lançar uma azaração na nossa primeira viagem de trem. Por toda a minha vida eu escutei meu pai falando sobre sua família, e o quanto devíamos aos Weasley’s e Potter’s, não deveria causar confusão com eles, mas não deveria me aproximar tão pouco, porém, de algum jeito, aquela garota me chamara à atenção. Quando a vi na plataforma do Expresso de Hogwarts pela primeira vez, nossos olhares se encontraram, e algo estranho passou pelo meu corpo, uma sensação que poderia comparar a uma corrente elétrica, embora eu nem saiba ao certo o que é uma corrente elétrica.


Sem trocar uma única palavra com aquela menina, me senti atraído de uma forma que considerei impossível para os meus poucos onze anos de idade. E foi essa atração inexplicável que me fez roubar um beijo de seus lábios. Queria chamar sua atenção, mas ao mesmo tempo, queria tomar distância dela. Era tudo muito confuso e complicado para que eu pudesse entender, e foi isso que me incentivou a fazer aquilo mais uma vez. O que só me gerou mais dúvidas... O que estava acontecendo comigo? Dentro de mim?


Acho que senti raiva, deve ter sido isso, quando Harold me contou o que havia visto. Ela estava em uma sala escondida, beijando um garoto, um dos vários que a cercavam todo o dia. Harold nunca imaginou que eu pudesse gostar dela, ou me sentir atraído por aquela ruiva baixinha, mas eu não pude deixar de perceber seus olhares de cobiças quando falava sobre ela. Ele estava nervoso pelas coisas que teve que escutar Richard, o namorado, dizer, mas não entrou em detalhes por mais que eu perguntasse.


Então meu segundo ano chegou, e antes de entrar no trem, eu jurei me manter longe, e não olhar mais para ela, uma ótima desculpa para isso, foi quando escutei uma conversa em sua cabine, algo que eu já sabia, ou suspeitava. Era visível em seu olhar que ela não tivera culpa, que ela queria se explicar, mas eu não estava pronto para ouvir.


Acredito que nunca estive pronto para ficar ao seu lado, mesmo que para uma conversa civilizada. Quando descobri que ela estava namorando aquele babaca da Grifinória... Pior ainda descobrir que ela estava noiva dele... Levei as férias de verão inteiras do meu sexto ano para bolar uma idéia que chamasse sua atenção. Foi quando eu descobri que seria monitor-chefe da Sonserina, e a noticia não poderia ter vindo em melhor hora, sabia que ela, toda perfeitinha, também receberia esse cargo. Precisava beijá-la pelo menos mais uma vez, para tentar entender o que se passava dentro de mim quando eu a olhava. Nunca imaginei que chegaríamos tão longe...


Levei algumas garrafas de Bebidas dos Elfos para o castelo, se fosse pego fazendo isso, provavelmente receberia uma detenção ou perderia meu cargo na monitoria, mas não me preocupei com isso naquele momento, queria impressioná-la. Dei um galeão para Ogden e um para a Jobs, para que eles me deixassem sozinho com a Weasley, “Preciso conversar com ela em particular... Pedir um favor...”, irônico como as pessoas podem ser compradas por tão pouco quando queremos. Apesar de tudo estar devidamente combinado, não achei que a conversa que teria com ela, chegaria a tal ponto. Fiz de tudo para ela beber um pouco, e quem sabe ficar menos arisca e irritante, mas não previra que tanto eu quanto ela, ficaríamos bêbedos daquela maneira.


Não saberia explicar como consegui beijá-la, mas foi só assim que percebi o quanto eu gostava dela de verdade. Ela me deixou desesperado, ou talvez nem tenha sido ela, e sim a espera por aquele momento. Conheço-me bem o bastante para saber, que se ela não tivesse arrancado a minha camisa de tal forma, eu estaria muito mais controlado. Mas o desejo de tê-la me possuiu, como nenhuma outra garota foi capaz de fazer. Quando dei por mim, já estava arrancando suas roupas, em contra partida ela fazia o mesmo comigo. Não achei que a minha primeira transa seria assim, com ela, e por mais ridículo que isso soe, eu fiquei satisfeito por isso.


Um medo, porém, tomou conta de mim, quando percebi o que havíamos feito, ela dormia profundamente, mas quando acordasse, provavelmente gritaria comigo e me acusaria de ter feito isso com ela, algo que fizemos juntos... Tomei-a pelos braços e a levei até seu quarto, sem saber se deveria sair de lá ou não. Resolvi por fim apenas a cobrir e me retirar, antes que o desejo de deitar ao seu lado, mais uma vez, me dominasse. Falaria com ela depois, quem sabe ela precisasse de um tempo para si? Aquela noite, não consegui mais dormir, o cheiro dela estava impregnado em mim, e as imagens de seu rosto me assombravam terrivelmente.


Falaria com ela depois da primeira aula, mas foi apenas o sinal tocar que ela saiu correndo da sala, com seu primo atrás de si. Tentaria mais uma vez, na tarde daquele mesmo dia, resolvi esperar por ela no Salão Comunal dos Monitores, sabia que uma hora ou outra ela apareceria. Estava louco para beijá-la mais uma vez, e a loucura de me declarar tomou conta de mim, era a primeira vez que admitia para mim mesmo os meus sentimentos, pediria ela em namoro, que ficasse comigo, apenas comigo.


Sabia que ela viria, e por fim, depois do almoço daquele dia, ela apareceu, infelicidade a minha ela trazer a prima, mas eu esperaria ela ficar sozinha... Não era minha intenção bisbilhotar, mas a sua voz me chamou a atenção. “Lembra do bar que agente foi? Lembra que eu sumi por uma hora? Então, eu estava na área VIP com o... Phill... E agente deu uns amassos e... E agente transou”. Irônico eu pensar assim, mas eu me senti traído, quem sabe o único traído da historia tenha sido o namorado, noivo ou sei lá o que eles eram. Mas de certo modo ela traiu a minha confiança também...


VOCÊ PERDEU A VIRGINDADE COM O PHILL?”.


Quando Lílian, a prima da Rose, gritou isso, eu poderia jurar que o berro havia saído da minha boca, sem todo aquele entusiasmo, apenas a descrença que eu sentia. Não poderia ser verdade, se alguém me contasse eu não acreditaria, mas eu precisei escutar com meus próprios ouvidos para o galeão cair. Eu estava preste a fazer cena de idiota, admitir meus sentimentos por ela, enquanto ela sorria abobada falando da perfeição do tal Phill... Se eu soubesse quem era aquele cara, eu o mataria!


E como se quisesse me humilhar ainda mais, passou a me seguir todos os dias. “Eu preciso explicar...”, era a frase que ela mais gostava de usar. Como se tudo o que eu tivesse escutado precisasse de explicação. Passei a ignorá-la, e quando via seus olhos prestes a transbordar, isso me trazia uma felicidade estranha, um sentimento de vingança conquistada. Como se a dor que eu estivesse sentindo, transbordassem dos olhos dela... Como se ela estivesse pagando pelo sentimento que eu tinha por ela. Como se eu me sentisse vingado, por fim.


Procurei por alguém que a substituísse, e devo dizer que me tornei um tremendo pegador, mais do que eu já havia sido. Eu queria alguém que tirasse ela dos meus sonhos, da minha cabeça. Mas sempre que eu ficava com outra menina, não encontrava o que estava procurando. Onde estavam aqueles olhos sem malicia? O sorriso carinhoso? A expressão assustada e nervosa? Não havia nenhum outro par de mãos que parassem de tremer quando encostavam-se às minhas, apenas as dela.


Mas eu precisava arranjar um modo de esquecê-la, precisava disso desesperadamente. Arrependia-me de tê-la embebedado, nada disso estaria acontecendo se eu não tentasse desvendar meus sentimentos por ela, eu não estaria sofrendo, mesmo que escondido.


Embora um Malfoy nunca volte atrás, eu voltaria. Quando as férias de Natal haviam terminado, procurei por ela dentro do trem, mas não a encontrei em lugar algum. Havia decidido que a perdoaria, pois seria a melhor opção para a minha saúde mental. Segui para a cabine de monitoria, e ao invés de Rose, encontrei Alvo. “O que ele está fazendo aqui?” Perguntei para quem quisesse ouvir, e me desesperei com a resposta que ele me dera, “Sou o novo Monitor-Chefe da Grifinória.” Não precisei perguntar onde ela estava, o final de sua resposta me despertou de meus devaneios. “Rose está casada e foi terminar os estudos na Academia da Albânia, por vontade do marido”. E só então eu descobri o que ela queria me contar depois daquele jogo de Quadribol, ela se casaria e deixaria Hogwarts!


 


Foi nessa época que eu e o Potter nos tornamos algo próximo a amigos, passamos a estudar junto para as provas... Eu que não conseguia me concentrar nas aulas precisa rever tudo ainda no mesmo dia, e em uma de nossas conversas, ele admitiu que Rose sempre o ajudava, e agora ele estava um pouco perdido para fazer as coisas sem a prima. No final do nosso sétimo ano, descobri que, assim como eu, Alvo tinha o sonho de se tornar auror.


Após um ano estudando em casa, consegui finalmente entrar no Acampamento de Aurores de Londres. Era um curso dificílimo de se conseguir entrar, tinha uma duração de dois anos inteiros, podíamos sair apenas nas férias, para visitarmos nossa família, enquanto no resto do tempo, ficávamos “trancafiados”, estudando, duelando, fazendo testes de resistência. Eram treinos puxados, e no final, eram poucas as pessoas que persistiam em permanecer no curso.


O curso chegou ao fim. A pedido de minha avó Narcisa e meu avô Lucius, eu me mudei para a mansão da Alemanha, onde encontrei um estágio no Ministério Alemão e logo fui promovido, várias vezes. Gostava de pensar que era promovido pela minha eficiência, mas algo me dizia, que meu avô poderia estar mexendo sua varinha, para acelerar o processo.








***






N/A: A primeira que leu o capítulo foi a Ilana Sodré, então, aqui vai meu agradecimento a ela: Obrigada por elogiar este capítulo, e eu adorei conversar com voce, hauhauhaua (;


Próximo capítulo? Quem vai querer ler primeiro???

É só deixar o MSN nos comentários, que quem se justificar melhor, ganha esse direito... que tal?


Quero comentários...


Bjs a todos 

OBS: Mais uma vez, quero ressaltar que me inspirei muito no Diário de Anne Frank, um livro que por sinal eu sempre recomendo! (; 

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Comentários (13)

  • potter4ever

    ADOREI O CAPITULO *-* a narração do Scorpius fico mt boa, sempre que lia tentava ver o lado dele mas sempre faltava...alguma coisa e com esse capitulo fico bem explicado,fiqauei muito surpresa pela reação dele qauando a Rose falo que fico com o Phill e meio qaue consegui enterder pelo que ele passo. então nao vai demora muito pra postar neh ?! PARABENS PELA FIC SÓ COMPLETAMENTE APAIXONADA!! ps:é o meu primeiro comentario,entãoi desculpa se fico um pouco confuso(um pouco?),então parabens e ve se nao demora ouviu?! BEEIJOS

    2011-12-21
  • Lana Silva

    Nossa *-* Obrigada Ana, amei conversar com você flr *---* O capitulo simplesmente perfeito, amei a narração do Scorpius. Eu não pensei em momento algum que ele tinha tantos sentimentos guardados, começando por ter se apaixonado por Rose de cara, quem ia imaginar ? Ele guardou um sentimento forte desse por muito tempo imagino como deve ter sido duro pra ele. Ai ele descobriu que ela ficou noiva...Mais outra coisa ruim, e depois quando ele resolveu tomar atitude pra ficar com ela 'descobre' que ela ficou com o Phil isso deve matar qualquer um...E ele ainda foi tentar ficar com ela. Scorpius me surpreendeu, realmente eu pensei que ele não tinha tido motivos pra agir como agir mas a maneira como ele explicou no capitulo me fez entender que os dois foram vitimar do destino. Awww*-* ele falando dos sentimendo foi a coisa mais fofa do mundo! Amei!   Esperando anciosamente o proximo capitulo! 

    2011-12-21
  • Isabela_ksol

    adoorei!!!! tô torcendo pela rose e o scorpius!! quero novo capitulo!!kkkkk *-* obrigado!!!

    2011-12-21
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