Encontro inevitável



 




Galhos batiam em meu rosto enquanto eu corria apressada por aquela densa e escura floresta. Algum feitiço ali existente não me permitia encontrar o norte e tudo parecia tão igual...
Ok, você esta Perdida Hermione. Falou a minha consciência, e eu não podia negar, eu realmente estava perdida.
Eu estava sem fôlego e parei de repente para encontrar ar e conseguir respirar novamente.
Tum-Tum, Tum-Tum
Era o barulho do meu coração quando começou a se aquietar em meu peito e desistiu de sair pela minha boca. Eu olhei em volta, apenas árvores, aonde eu estava?
Tudo o que eu tinha que fazer era a coisa mais simples de todas. Eu tinha apenas que proteger um bruxo importante capaz de decidir a guerra que meu namorado, o Senhor Harry Potter, esta travando na nossa escola de Magia.
Eu queria estar lá, todos sabem que eu não gosto de trabalhos fáceis e eu realmente não nasci para ser babá de algum bruxo nerd e babaca que mal saiu das fraudas. Ele podia ter mandado qualquer um, Até a Minerva se ele quisesse, mais ele me mandou e sabe por que? Porque aquela cicatriz ambulante idiota pensa que eu sou uma garotinha frágil! Ora essa, você acha que eu sou Frágil? Me responda consciência dos Infernos! 
Frágil você? Pelas barbas de Merlin Hermione, Até Voldemort foi mais frágil
Sinceramente eu tenho vontade de jogar uma avada em minha consciência e tudo porque ela esta sintonizada na rádio você-é-um-saco e não tem como mudar. Mais é melhor não discutir, as vezes ela é útil.
Eu continuei a correr agora na direção que para mim era leste, cortando alguns galhos com feitiços para poder passar e as vezes tropeçando em raízes que não conseguia enxergar. Gotas grossas começaram a cair.
Claro, para completar meu dia.
E cada vez que a chuva Aumentava e se transformava em um temporal, mais era difícil enxergar. Água em meus olhos me impediam de enxergar e um tempo depois percebi que não era a água da chuva e sim as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Lágrimas de pavor, lágrimas de medo. Talvez eu fosse um pouco frágil mesmo
_Sectusempra! – uma voz aparentemente masculina gritou em meio a chuva, e o feitiço passou raspando pela minha orelha.
Fuja, Hermione. Salve essa sua bunda gorda antes que te matem!!
"Cala boca Consciência, eu não vou falhar agora."
_Expelliarmus – eu gritei em direção a uma forma invisível na chuva. O Feitiço não o acertou e ele começou a correr em minha direção.
Ok, hora de correr...
Eu fiz exatamente o que tinha que fazer, me afastei da árvore em que estava escondida e corri rapidamente pelo caminho que já tinha feito e comecei a traçar outro sem deixar vestígios de galhos quebrados e tentando não fazer barulho nenhum nas folhas.
_Glacius - Ele gritou e eu percebi que a voz era realmente masculina e que se não fosse pelo o desastre acontecendo eu até poderia dizer que era a voz mais grossa e Sexy que eu já tinha escutado. Mais o feitiço me acertou e eu cai no chão lamacento congelada, sem poder me mexer. Mais eu tinha que me levantar, porque mais a frente se via uma clareira com um lago e uma pequenina cabana, a cabana que eu deveria encontrar o meu bruxo importante, como se fosse um caso do FBI.
Tão perto de concluir minha tarefa e ao mesmo tempo tão longe...Ele ainda estava longe, andava de vagar até mim e eu podia sentir o feitiço se quebrando e eu conseguir mexer os meu dedos. Eu agarrei a minha varinha ainda mais forte e esperei ele chegar ao meu lado. Ele agarrou o meu cabelo como um morcego agarrado na crina do cavalo para beber o seu sangue e me puxou para trás para se desanimar ao ver meu rosto completamente sujo de barro e não poder me reconhecer. Um choque maior ainda passou por ele quando mentalmente eu mandei um feitiço nele que o cegou temporariamente, o que me deu tempo de fugir e correr em direção a um lugar seguro.
Eu corria, mais parecia que quanto mais corria mais distante a cabana ficava, eu contornei o lago e esperei a sombra lamacenta vir atrás de mim. Estava claro que ele não poderia entrar na roda de proteção do feitiço que havia ali. Apenas eu e o Baby-Boy, como eu gostava de o chamar mentalmente, poderíamos passar.
Mais tinha algo errado porque ele passou rapidamente pelo lago e veio em minha direção, sorrindo, um sorriso familiar, um sorriso de deboche. Mais o que...
Eu não pude terminar de me perguntar porque ele estava a um metro de mim e a cabana continuava distante. Eu voltei a correr e entrei desesperada na cabana procurando pelo bruxo poderoso que iria me salvar mais... ele não estava ali, e não tinha muito aonde procurar, Eram apenas duas peças, uma cozinha e um quarto.
Ótimo, se eu sobrevivesse nesses últimos dois minutos que me restavam eu ia ter que passar uma semana com um nerd e dormir na mesma cama com ele. Perfeito.
_Expelliarmus! – berrou a forma suja e nojenta enquanto abria a porta e fazia a minha varinha voar.
_Não! Seu imbecil inútil, você esta lutando com uma dama, precisava me desarmar? – eu gritei, pulando encima dele e tentando lhe dar uma chave de pescoço, mais aquele não era o meu dia.
_ Vamos fazer do meu jeito. Você fica quieta, eu mato você e quem sabe você irá encontrar Merlin. – falou aquela voz, e agora me parecia familiar também, Ele sorriu, aquele sorriso...
Ele me jogou de costas no chão e apertou meu pescoço contra o chão gélido. Minhas costas ardiam de dor e meu corpo tremia de frio. 
_Ultimas palavras?
_ pastilha-pro-bafo. Você precisa urgente de uma, pelo amor de Merlim! – falou ela enquanto sentia aqueles dedo gélidos e finos apertando o seu pescoço. Eu reuni todas as minhas forças e chutei a varinha que estava apontada pra mim, ela vôo no ar e caiu em minhas mãos. Eu sorri.
_ Ultimas palavras? – eu perguntei enquanto ele me soltava e eu ia pra cima dele com a varinha.
_ Duas:Sutiã novo. O seu esta rasgado. – Ele sorriu. Eu olhei involuntariamente percebendo que blusa era branca e estava manchada de lama, mais não rasgada. Até que uma lâmina passou por ela, rasgando minha camiseta e meu sutiã vermelho junto.
_Ele era novo Seu Babaca! – eu gritei em fúria tentando jogar feitiços nele mais a varinha não funcionava em minhas mãos. Eu a quebrei e tirando a adaga presa na minha perna, eu comecei a atacar.
Ele era rápido e ágil, recuava facilmente aos meus ataques, e tentava me acertar graciosamente, mais era impossível. Talvez nosso professor de espadas era o mesmo, não sei.
Ele tentou me acertar por cima e eu me abaixei o tentando o acertar por baixo e com sorte conseguindo. A lâmina da minha adaga perfurou a coxa do meu adversários e sangue fluía rapidamente pelo corto. Eu sorri para ele.
_Acabou, eu venci. – eu sussurrei em seu ouvido. Ele me ergueu lentamente a própria adaga me mostrando sangue e eu olhei apara a ardência em meu braço. Sangue.
_Empate. – declarou ele.
_Sem chance. – eu dei um soco nele com o meu braço bom e ele urrou de dor me acertando um soco no olho automaticamente.
Tudo doía, minhas costas, meu braço, meus rosto. Eu estava completamente exausta e o meu inimigo poderia me matar agora se quisesse, porque eu iria morrer com dignidade, mais acho que ele estava pior do que eu. 
Onde está o Baby-Boy? 
Perguntou o canal você-é-um-saco que até nesse momento de angústia e quase morte, vinha me perturbar. Mais ela estava certa. Eu e o meu inimigo mongolóide estávamos sentados desleixadamente no chão mais o Baby-boy não estava ali.
_ Você quer maça com caramelo? – Perguntou ele roucamente percebendo a mesma coisa que eu. Aquela era a senha.
_ Não, eu prefiro laranja caramelada... – eu sussurrei o olhando.
_ Desculpe. – falamos juntos.
_ Deixe eu cuidar disso baby-Boy – eu disse me arrastando até ele e amarrando um pedaço da minha blusa em sua perna para estancar o sangue. 
_ Desculpe pelo sutiã – ele sussurrou ainda ofegante. Talvez eu o tenha machucado mais do que ele me machucou. Mais isso não importava. Ele estava vivo, não era tão nerd e eu tinha que tomar conta dele por uma semana, Fácil.
Ele se virou para mim e tirou a camiseta, Sua pele branca dava contraste ao seu corpo tão bem definido.
_ Strip não por favor, estamos em Trabalho – eu dei um sorriso torto e observei enquanto ele estancava gentilmente o sangue do meu braço. Fiquei feliz por ser uma Bruxa e não uma vampira, porque se não eu e ele estaríamos lambendo o chão de madeira daquela cabana imunda.
Ele se levantou e mancou até um armário da onde tirou duas toalhas e jogou uma para mim. Nós começamos a limpar nossos rostos em sincronia e então nos olhamos para finalmente ver o rosto de cada um. Meu baby-boy era loiro, e um pouco de barro continuava em seus cabelos lisos, seus olhos acinzentados eram tão marcantes, tão mandões e nesse momento tão chocados. Ele estivera sorrindo mais seu sorriso foi morrendo cada vez mais, assim como o meu.
O Baby-Boy não nerd e com corpo de Deus Grego era a pior pessoa que podia ser e uma semana seria impossível de ficar. Completamente impossível de ficar perto de Draco Malfoy.
 





 


 

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