Mais acontecimentos ruins
Acordei sozinho em minha cama. Como eu havia parado ali? Minha última lembrança da noite era da vizinha vindo pedir desculpas a mim. Pensando bem, como era o nome daquela senhora que tanto me lembrava Hermione? Eu devia estar ficando doido, porque, como aquela mulher poderia parecer com ela? A vizinha era velha, Mione não. Definitivamente, eu tenho que esquecê-la, se ela me esqueceu, eu com certeza consigo fazer o mesmo, sempre consegui, com qualquer pessoa.
Levantei-me e fui procurar algo quer comer. Não havia nada, olhei no relógio e vi que era oito da manhã. Resolvi, então, ir ao supermercado mais próximo enquanto a fome não chegava.
Tomei banho calmamente, peguei uma blusa em v branca, uma calça jeans preta e um tênis igualmente branco, fui para a porta de casa. Percebi que eu precisava de um carro. Todos os trouxas tinham um carro, e eu não podia simplesmente aparatar por aí, algum dia um trouxa ia notar, e provavelmente não só um, mas vários, do jeito que é raro um trouxa andar sozinho na rua. Nunca entendi o porquê, uma vez, minha mãe havia me falado que existem vários trouxas que furtam as coisas mais preciosas dos outros. Ladrões. Se for assim, eu também era um quando estava em Hogwarts. Mas, minha mãe também havia me dito, que os trouxas fazem drama com qualquer coisa.
Minha mãe. Por um momento, senti falta do seu abraço, de seu sorriso, de seu modo carinhoso de ser, e de estar sempre ao meu lado quando mais ninguém estava. Nem meu próprio pai.
No mesmo instante, livrei esse pensamento da minha cabeça.
Olhei para a casa vizinha e vi que um homem, provavelmente com quarenta anos estava saindo de casa para entrar em sua garagem. Corri até ele.
- Hm, senhor, com licença. Você sabe onde fica o supermercado mais próximo? Eu sou novo aqui. – Perguntei, cauteloso. Se os trouxas fossem parecido com os bruxos, alguns não gostavam de ser perturbados.
- Ah, é apenas daqui a dois quarteirões, seguindo reto. – Ele riu, apontando para a frente.
- Hm, obrigada. – Dei um pequeno sorriso e voltei pra casa, havia esquecido o dinheiro. E não ia pegar o dinheiro do modo bruxo com um trouxa ao meu lado.
Voltei andando um pouco mais rápido para dentro de casa e pegar o cartão de crédito que meu pai e minha mãe haviam me dado quando eu me tornei um comensal da morte. Eles falaram: Para emergências se o Lorde quiser que você faça algo no mundo trouxa. Ele nunca quis. Agora, já que a poupança de meus pais, automaticamente foi para mim assim que eles morreram, eu não precisei fazer nada, o Banco já sabia de tudo, o cartão iria ser retirado de mim.
Fui andando até onde o homem havia me falado para ir. Quando eu saí de casa, o homem, que estava dentro do carro, olhou para mim e sorriu. Ele também me lembrava a Granger. Eu devia estar ficando doido.
Cheguei no supermercado, ele era todo azul e vermelho, seu logotipo estava em letras muito visíveis, me pergunto como não vi esse supermercado antes, pois todas as casas daqui eram sempre todas iguais, só isso era diferente, eu devia ser cego mesmo.
Saí procurando tudo o que eu queria, eu nunca havia entrado em algo assim antes, todos me encaravam, primeiro porque eu não sabia andar em um supermercado, de primeira deviam achar que eu estava perdido, mas eu era muito velho, e segundo, eu era muito diferente, quase ninguém possuía os cabelos tão louros brancos e a arrumados como o meu. Pelo menos, eu sabia me vestir como um trouxa.
Eu estive pensando e percebi que faltava pelo menos 2 meses para meu aniversário de 19 anos. Mas, quem liga? A ‘ guerra ‘ se pode-se assim dizer, havia acabado um mês depois de eu fazer dezoito anos. Já havia passado um pouco menos de um ano. Como o tempo passa rápido. Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem, o dia que eu estava em casa, um mês depois de tudo ter acabado, pensando no porquê de meus pais terem morrido.
Fui ao caixa, estava esperando o homem passar todas as compras. Paguei, e fui embora.
Cheguei em casa, já estava na hora do almoço. Fiz qualquer coisa e fui sentar-me no sofá, para começar minha rotina de sempre, comer, beber, assistir televisão.
*****
Percebi que eu não tinha encontrado nenhuma resposta para o que estava acontecendo com Rony. Estava terminando as coisas do Ministério e depois eu poderia ir embora almoçar, como eu já havia terminado tudo que tinha pra fazer nesse dia, eu não precisava voltar, a não ser que algo muito grave acontecesse, o que não seria normal.
Ainda não tinha visto Gina hoje, e eu acho que nem a veria, a não ser que ela resolvesse ir em minha casa. Aparatei.
No mesmo instante, ouvi alguém batendo em minha porta. Harry.
- Oi, posso almoçar aqui? Hm, a Gina não veio hoje... – Isso era uma qualidade que Harry nunca teve e nunca vai ter. Cozinhar. Normalmente, quando Gina não ia em sua casa almoçar, ou ele não ia para a casa dela, ela vinha aqui, ele não gostava de comer fora, pois todos ficavam em cima dele.
- Eu também não a vi no Ministério. – Algo muito sério havia acontecido. Gina sempre era dedicada tanto ao trabalho quanto ao namorado.
Botei o almoço para cozinhar e ouvi o som de uma porta batendo, fui ver quem era. Jorge. Sua expressão era triste, mais triste que o normal.
- Gente, o Ron tá no hospital. – Falou ele, olhando para baixo, sem conseguir nos encarar.
- O que aconteceu?! – Perguntamos eu e Harry ao mesmo tempo.
- Eu não sei, não sou médico. – Falou ele.
- Por Merlin! Temos que ir visita-lo, agora! – Falei, olhando para Harry. Só existia um hospital pelas redondezas, ele só podia estar lá.
- Não dá, não é permitido.
- É tão grave assim? – Perguntou Harry, tentando demonstrar calma ao meu lado, sem sucesso.
- Não sei, não sou médico. – E com essa frase, Jorge desapareceu por entre nossos olhos.
Olhei para Harry e chorei, desabando no chão, literalmente. Algo estava acontecendo que não queriam nos contar, era isso. O que aconteceria com Ron depois? Ele ficaria bem, ou não?
- Shh, vai tudo ficar bem. – Falou Harry, sem convicção. Sentou-se ao meu lado e abraçou-me.
- Tem certeza? – Perguntei, cautelosamente.
- Não.
E foi isso, o resto do dia.
*****
Algo errado acontecera com Hermione. Eu pude sentir. Algumas vezes, quando a tristeza ou a felicidade de Mione era muito grande, eu podia sentir. E eu estava começando a perceber que esse sentimento de agora, era tristeza. Eu só queria poder abraça-la e dizer que tudo está bem. Era impossível.
Eu já tinha bebido muito pelo resto do dia, se bem que, o dia já estava acabando. Eram três horas da tarde.
Fui cambaleando para a minha aconchegante cama, e adormeci, ali mesmo.
*****
Harry tinha ido embora, ele precisava trabalhar, diferente de mim. Andei, tentando entender tudo que acontecera nesse último ano. Parei em Draco, lembrei-me de seu sorriso idiota, de seu modo arrogante, de tudo. Ele era o imperfeito mais perfeito que eu já vi. Tá, isso foi meio clichê, mas e daí? Era verdade.
Subi para o meu quarto e dormi, com meus olhos totalmente vermelhos.
*****
Gente, nos últimos capítulos que vocês vão entender o porquê de o tempo ter passado rápido, e tudo o mais. *-*
Comentários (2)
vai ter mais?
2011-11-30Não vai ter outros cápitulos não? A propósito estou adorando a fanfic...
2011-09-27