Potter e Moseley.

                                  

Nota: Olha eu de novo aqui. Quero finalizar essa fic e pra isso vou ter que lutar muito. Então, vou aproveitar o feriado. Obrigado pelos comentários e boa leitura.

 

Era hoje. Aniversario da “tia Ast”, como dizia os garotos. Não sabia muito bem o que comprar; fiquei na duvida entre um livro de receitas ou uma espátula de bolo, mas Lily disse que não seria uma boa ideia. Então comprei um gato – com o cartão do papai é claro – Romeu é um filhote cinza persa que encontrei na loja, era o ultimo e de alguma forma especial. Astória iria gostar.

   Naquela final de semana eu e meu irmão fomos liberados e seguimos direto pra casa. A casa estava cheia de parentes chatos, titias intrometidas, primas fofoqueiras e tios que curtiam um truco. Claro que eram da minha mãe, já que por parte de pai só havia a vovó; era o que bastava se quer saber, quem precisa de mais quando se tem Narcisa Malfoy ao seu lado?

Quando ela vem pra cá geralmente me segue pra todo lugar, assistimos malhação, comemos pipoca de micro-ondas e falamos mal da família.

- O que você tem querida?

- Não entendi.

- Conheço quando minha neta está com problemas.

Suspirei e pensei no que havia acontecido há uma semana na torre de astronomia. Naquela noite eu perdi totalmente minha sanidade, mas não conseguia me arrepender. Apenas sentia uma sensação vazia.

- Vamos Kathy – incentivou ela – você não costuma guardar segredos de mim.

-Não é nada vovó é só que... Tem um menino que me confunde muito.

Ela sorriu pra mim e pegou minha mão.

- Deixe me ver; um garoto popular de olhos verdes, isso tá me cheirando a... Potter.

Fiquei em silencio por um instante sentindo a vergonha e o medo invadir meus sentidos. Não queria que ninguém soubesse que eu gostava dele; eu sempre fui tão independente e agora mais pareço uma idiota.

- Qual é seu medo Katheryn? – disse ela – acha que seu pai ira questiona-la por ser um Potter?

- Não é bem isso – olhei pra baixo nervosa e coloquei os cabelos atrás da orelha – sabe, às vezes acho que ele gosta de mim de tanto que me incomoda, mas tem vezes que demonstra totalmente o contrario.

- Como?

- Ficando com outras meninas. Se ele gosta tanto de mim, por que ele faz isso?

Ela suspirou e me abraçou. Senti seu perfume frágil invadindo minhas narinas e rapidamente me senti bem.

- Tudo em seu tempo meu amor.

E se foi sem nada dizer. Mas que porra foi essa?! Volte aqui e me de um conselho melhor que esse já! Derrotada fui para meu quarto, esperando o almoço ficar pronto.

 

 

POV James Sirius.

No salão comunal curtindo um som com a Lilian pentelhando minha cabeça por causa da Kathy.

- Mas que porra Lilian! Vai encher o saco do Albus cacete.

- Não acredito que fez isso com a Kathy, James! Você é sem juízo.

Suspirei entediado e deitei no sofá.

- Ela me contou tudo. O que fizeram na torre e agora ela esta ficando maluca.

- Bom pra ela – foi o que eu pensei e falei.

E bom mesmo. Era bom manter uma pessoa como ela pensando em mim constantemente. O que rolou naquela noite foi... Bem, foi estranho e diferente, mas essas coisas acontecem o tempo todo não é mesmo? Ainda sou jovem de mais pra me amarrar dessa forma.

- Por favor, James – continuou Lily – não magoe Katheryn. Eu sei que ela não demonstra, mas ela gosta muito de você.

Pera ai?! Gosta?

- Gosta?

- Mas é claro babaca – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo – ela só não admite porque não quer se machucar.

Pensei sobre o assunto e fiz uma nota mental pra depois mandar uma carta pra ela, convidando para o baile. Nada de mais é claro, só não quero ir com qualquer uma.

 

 

POV Kathy

Acordei com papai em meu quarto me observando da cadeira em que estava sentado. Assustada fiquei de pé.

- Algum problema?

- Na realidade não – respondeu – sinto falta de te ver dormindo.

- Hm.

Ele estava estranho todo caladão daquele jeito. Geralmente Draco fazia piadinha sem graça ao meu respeito.

- O que foi pai?

- Anda saindo com o Potter?

- Como é? Da onde tirou isso, porque não tem...

- Não tente me fazer de idiota Kathy.

Sentei na cama novamente sentindo seus olhos sobre meu rosto.

- Como você sabe?

- Você fala dormindo – deu de ombros.

- Não se preocupe papai; não é nada de mais. Logo ira terminar.

- Não me preocupo com isso Kathy, mas consigo cheirar uma burrada de longe.

Ele saiu do meu quarto parecendo zangado, mas não liguei, pois se tratava de Draco Malfoy – a pessoa mais instável do mundo.

Naquele mesmo dia recebi uma carta de James, o que fez meu coração acelerar claro. Nela ele dizia que sentia minha falta e perguntava se eu gostaria de lhe acompanhar ao baile. Finalmente aceitei, sem nem pensar duas vezes; talvez as coisas entre a gente ficasse séria dessa vez.

Mamãe amou o Romeu e anda com ele pela casa cantarolando em seu ouvido; já papai não gostou da ideia e diz que se sente abandonado. No domingo vovó me levou á uma loja de vestidos franceses muito chiques e compramos uma para o próximo sábado.

Já era noite quando tomei banho e decidi pintar as unhas do pé; botei uma calcinha, acendi um cigarro e comecei a pinta-las de vermelho. Romeu estava deitado na minha cama lambendo as patas e a radio trouxa estava tocando uma música muito boa de um cara que eu curtia muito.  Skrillex – First Of The Year.

 - Mas o que...?!

 Escutei a voz de Scorpius e quase cai da cama. Eu costumava andar nua pelo meu quarto, ou até mesmo sem sutiã. Qual é! Era o meu quarto, mais privacidade, por favor!

 - Scorpius! Mas que porra. O que foi isso?

 - Cacete, desculpe. Desculpe-me eu não...

Já havia vestido minha camiseta e agora o encarava furiosa.

 - Você fica nua no seu quarto?

 - Mas é claro! É o meu quarto. O que você quer?

 Ele olhou meio sem graça coçando a cabeça.

 

- Eu queria conversar com você sobre o James.

James?

- Entre.

Ele entrou e sentou em minha cama.

- Você tem que tomar cuidado Kathy – comentou – eu sei que ele é meu amigo, amo muito aquele demente, mas além de tudo o conheço muito bem. E tenho certeza que ele pode te machucar perfeitamente bem.

- Do que esta falando?

- Você já é bem crescida, mas talvez um pouco ingênua. Eu quero chegar no ponto em que você sai machucada dessa historia.

- Hm. Machucada...

- Sim. As meninas que se metem com ele, acabam se machucando muito.

Aquilo era estranho. Por que diabos meu irmão me informando disso? O normal seria ele me mandar ir se foder.

Fiquei remoendo aquilo a noite inteira e nem pude dormir direito durante a noite. Na manha seguinte retornei a escola e senti o clima festivo na escola. As meninas com seus belos vestidos pendurados em cabides, espalhados por todo o dormitório. Já os meninos, nem ligavam.

- Sentiram minha falta?

 Estavam todos tomando café e conversando sobre algo engraçado.

- Kathy!

Escute a voz de Lily antes de ela se jogar em mim e começar a me beijar.

- Francamente – comentou Rosa me abraçando – vocês duas são duas bichas.

Dei abraço em todo mundo e quando cheguei no ultimo deles, ao invés de um beijo no rosto e um abraço, fui premiada com um beijo na boca.

- Wow, tem gente se amando por aqui.

Fiquei sem graça com o comentário de Domi e me sentei com eles.

- Vocês estão namorando? – perguntou Rosa.

- Não! Mas é claro que não...

- E por que não?

- Rosa seja menos intrometida, por favor – respondeu James aborrecido.

O clima ficou meio chato, mas logo contornei a situação.

- Mas e ai, como foi o fim de semana de vocês?

- Foi bom. Aconteceu varias coisas... Interessantes  - comentou Ary que até agora não tinha se pronunciado, o que é estranho já que ela ama falar o tempo todo – eu queria comentar uma coisa com vocês. É importante.

Notei a troca de olhares entre ela e Albus e logo saquei o que era.

- Eu e  Albus estamos namorando.

 

 

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