Impulsivos [POV Rose]
Ferrou. Esse foi o meu primeiro pensamento logo após de ter dito aquilo. Bem, na verdade, a palavra em que pensei foi um pouco mais forte que essa. Mas, como sou uma menina de família, vou deixar como ''ferrou'' mesmo. Não que isso importe agora. Eu realmente não queria ter contado sobre eu e Scorpius daquela forma. Eu pretendia deixá-lo contar, havia sido um trato, ele contaria para a minha família se eu contasse para a dele, já que ele também não estava certo de que seu pai aceitaria ele estar namorando a filha de Ron Weasley, de quem ele também deixara claro não gostar. De fato, eu agira por impulso ao falar aquilo, minha mãe dizia que eu puxara a impulsividade do meu pai. Apesar de que ela também tinha seus momentos, como quando beijara meu pai, em meio à guerra. Enfim, isso prova que pessoas assim só poderiam gerar uma filha altamente impulsiva, como eu. Pena que, ultimamente, meus impulsos estavam mais para Ron Weasley do que para Hermione Granger, ou seja, só estavam piorando tudo.
Minha vontade ao contar cobre o namoro foi fugir dali, não sei como, já que eu nem mesmo poderia aparatar, por ser menor de idade. Mas, eu não poderia mesmo que tivesse um jeito, afinal eu era grifinória, deveria ter coragem. Encarei meu pai, que ainda tremia de raiva, sem conseguir me encarar.
-Não, ele não é seu namorado. Não mais.
-Mas... -tentei interferir, ele não podia me tirar Scorpius!
-Sem mas! Como pode fazer isso comigo?! Logo um Malfoy? Com tantos garotos pra escolher, não que eu concorde que namore qualquer um, mas, logo um Malfoy? -ele se apoiou na mesa, quase como se buscando apoio- Nos traiu na guerra, ofendeu sua mãe...
-Ron, querido, eu não me importo. –afirmou minha mãe.
-Como não se importa?! Hermione, ele quase nos matou!
-Ron, você esta falando de Draco Malfoy! Scorpius é apenas o filho dele, uma pessoa diferente! É de qualquer forma, Draco mudou, é ate auror agora! -minha mãe me defendeu.
-Minha filha não vai namorar um Malfoy! Ela só tem quinze anos, Hermione! Eu sei o que é melhor pra ela!
-Pois, bem, ela também é minha filha e também sei o que é melhor para ela! E sei que ela já tem idade o suficiente para decidir quem vai namorar ou não!
-Ótimo! Você nunca me apóia mesmo. Escolha o Malfoy! -meu pai então saiu pela porta da frente, o rosto mais vermelho do que nunca.
-Ron, eu não escolhi ninguém! Ron!- minha mãe chamou, uma lagrima já escorrendo pelo seu rosto- Ronald Weasley não se atreva a desaparatar!
Mas, meu pai não ligou, e assim que ela terminou de falar desaparatou. Minha mãe, que parecia estar mais do que nunca segurando as lagrimas, desabou numa cadeira próxima.
-Ah, querida. Não se preocupe, ele vai voltar, você sabe como meu filho é. -confortou vovó Weasley, enquanto meu tio Harry dava tapinhas no ombro de minha mãe.
O restante da Toca parecia pasmo diante daquela cena, meus pais costumavam brigar bastante quando eu era pequena, mas, sempre por bobagens, e há anos não tinham uma briga dessas. Dava pra sentir a tensão no ar, e logo os parentes perceberam que não era uma boa hora para comemorações. Tio Rolf e Tia Luna já haviam ido embora mais cedo, com Lorcan e Lysander, e por isso perderam a discussão. Tia Angelina tratou de levar embora o marido e os filhos, calando rapidamente os protestos de Fred e Roxy de que queriam ficar, e com eles foram os Jordan. Tia Andrômeda e Tio Percy também foram rapidamente, com Molly e Lucy e Tio Gui e Tia Fleuma com Victoire, Dominique e Louis, e ate mesmo Teddy se foi. Logo ficaram na Toca apenas meus avós, eu, minha mãe, Hugo, Scorpius, os Potter, e Alice, que fora deixada ali mais cedo por Tio Neville, que não pode ficar por ter que se preparar para sua primeira aula do ano em Hogwarts no dia seguinte.
A culpa me preencheu. Lagrimas insistiram em cair, teimosamente, pelo meu rosto também. Eu conseguira magoar a todos, um dos preços a se pagar pela impulsividade. Na voz do meu pai havia dor alem de raiva e minha mãe obviamente se magoara pelo que ele disse.
-Mãe –comecei com minha voz já rouca- eu sinto tanto...
-Tudo bem, querida- ela limpou as lagrimas de seu rosto- eu sei que não foi sua culpa. Você é seu pai são, os dois, muito...
-Impulsivos -completei, sorrindo melancolicamente- é eu sei.
Lily me abraçou, por trás. Olhei para Scorpius, ele olhava para baixo, ainda sentado onde eu o deixara. No meio de toda essa confusão eu quase esquecera que ele estava ali, o motivo pelo qual eu brigara com meu pai. Ele sorriu tristemente para mim.
-Então, depois dessa confissão sua, parece que vou ter que contar sobre nós para meu pai eu mesmo.
-Não precisa fazer isso -assegurei- Foi erro meu. Talvez devêssemos ter mantido em segredo.
-Não, eu farei isso. Depois do que passou, é o mínimo que posso fazer. Você sempre me defende.
Eu me lembrei de quando o defendera de Alvo, no nosso primeiro ano. Cinco anos atrás, mas, parece ate que foi ontem.
Foi então que a campainha tocou.
-
*Lumus* Aos Leitores:
Olá! Sinto muito pela demora. Agradeço a paciência e os comentários. Tenho os melhores leitores do mundo. Aos novos leitores: Sejam bem vindos! Espero que tanham gostado.
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Comentários (3)
eitah..q a coisa so da uma pioradinha..shiiiiiiii...kkkk \0/
2012-07-31Você escreve muitooo bem!!!!! Porque não escreve mais nos seus capítulos? Eles são ótimos e iam ficar ainda melhores!!!!!!!!!!!!!!!!!! Você sempre para na melhor parte!
2011-12-21Ahh, tinha de parar justo agora? kkkkkkkkkk! Quem está chegando??? POsta logooo! Beijos
2011-12-12