Trio Inesperado
–Sai daí. –Gritou Natasha, criando um escudo para parar uma azaração. A garota correu, tentando sair da praça, quando estava perto do cercado uma explosão foi ouvida e logo após um estalo seco, preocupada com os professores ela se virou, novamente dando de cara com Voldemort, que estava apenas a alguns metros dela.
–Que desperdício, tsc. –Ele crispou os lábios e fez um gesto com a mão, uma ventania forte derrubou a morena, que bateu dolorosamente com as costas na cerca. Um brilho assassino tomou conta dos orbes vermelhos e Hermione soube o que estava por vim. –Avada Kedavra! –Urrou o Lord e um jato verde foi em direção de Hermione, que cerrou os olhos, mas antes conseguiu ver uma figura surgir em frente ao raio e gritar um feitiço:
–Protego Nerus! –Porém o feitiço já havia passado e atingiu Hermione no ombro direito.
Quando a luz sumiu só Natasha, Snape e os Granger estavam na praça, Natasha correu até Hermione, que estava inconsciente, e colocou a cabeça da garota em seu colo.
–Oh! Severo me ajude! –Pediu ao ver que ela ainda respirava.
–Ela está viva? –Perguntou assombrado.
–Por algum motivo, sim. –Afirmou e viu o homem vir em sua direção.
–Vamos leva-la para o St. Mungus? –Perguntou preocupado.
–Claro que não, Voldemort não pode saber que ela está viva. –Disse Natasha, fazendo a aluna flutuar e ir até seu carro.
–Ele vai descobrir logo. –Avisou Severo indo no banco traseiro junto com a grifinória.
–Mas não por enquanto. –Falou a mulher, começando a dirigir. –Avise Dumbledore. –Uma luz prateada irrompeu da varinha do mestre de poções e sumiu na escuridão. O homem abaixou a cabeça para Hermione e sentiu uma estranha presença vir dela, uma presença que ele não sentia há muito tempo.
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–O que houve Alvo? Mandou me chamar com urgência! –Papoula Pomfrey adentrava o escritório do diretor com pressa e deparava-se com o mesmo pálido.
–Prepare a enfermaria, Papoula. –Disse ele e em seguida foi até a janela, conjurando um Patrono.
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Cerca de cinco minutos depois, Natasha e Snape apareciam com Hermione, que foi colocada numa maca e Madame Pomfrey começou a tratar dela.
–Por que Voldemort não a matou quando estavam sozinhos? –Snape se perguntou.
–Ele gosta de uma caçada. –Esclareceu Natasha, ela estava indiferente ao que acontecia a poucos metros de si.
–Esse jogo é perigoso. –Constatou Snape.
–Só falta saber quem são os jogadores. –Completou a mulher e saiu.
–Algo me diz que muitas coisas vão mudar esse ano. –Murmurou Dumbledore, fitando a pele pálida da aluna desfalecida e indo até a garota, ao lado de Pomfrey, que abaixara um pouco a manga do vestido, permitindo que Alvo visse o mesmo que ela.
–Meu Merlin Alvo! –Exclamou apavorada olhando o diretor, que se mantinha calmo.
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Hermione se permitiu abrir os olhos com lentidão, sentia-se exausta e, com calma, sentou-se, podendo fitar o lugar onde estava. Estranhou. O lugar era totalmente branco e vazio. Se levantando com um pouco de esforço e observando seu redor pôs-se a andar e, conforme o desespero a invadia, correr. Estava tão preocupada que se assustou quando esbarrou em uma forma que havia se materializado ali.
–Oi. –Disse com simplicidade, fazendo-a arregalar os olhos.
–Quem é você?! –Perguntou assustada, olhando ao redor para constatar que estava sozinha com o homem.
–Isso é relevante? –Murmurou entediado. –Eu só sou o menino de recados da galera. –Respondeu e tirou um pequeno embrulho do bolso, entregando-a para a morena. –Tchau. –Falou antes de sumir tão de repente quanto apareceu. A morena estranhou e olhou o lugar irritantemente branco.
Suspirou e abriu o pequeno embrulho, um globo no tamanho de uma bola de gude flutuou em sua frente. Um brilho tomou conta do local e uma imagem foi “fabricada” pelo pequeno globo. Um beco escuro e um tanto macabro, apenas isso, depois a imagem tremeluziu e letras vermelhas berrantes apareceram. “MEIA NOITE” era o que dizia, antes de a morena fazer qualquer coisa, o lugar havia sumido e sua consciência se esvaia novamente.
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–Ela está acordando. –Murmurou Papoula, observando Hermione se remexer. –Achei que ela demoraria mais ou menos uma semana para acordar.
–Nunca subestime o poder de uma garota, como mulher você deveria saber, Papoula. –Comentou Dumbledore com um sorriso de canto, observando a enfermeira ir até a morena e levantar-lhe a cabeça, despejando um conteúdo roxo em sua boca, obrigando-a a engolir.
–Como se sente? –Perguntou de modo atencioso.
–Acho que o Expresso Hogwarts me atropelou. –Gemeu, deitando-se novamente. –Meus pais? –Perguntou de súbito, abrindo os olhos, mas se arrependendo em seguida.
–Estão bem, senhorita. –O diretor falou e viu-a relaxar. –Mas a senhorita tem que descansar agora. –Completou e observou-a concordar, sem demora pegando no sono.
–E agora Alvo? E quando você-sabe-quem souber? –A enfermeira indagou, preocupada.
–Isso só vai ser respondido pelo tempo, Papoula. –Disse com pesar, passando a mão na testa de sua aluna e depois fazendo o contorno de uma cicatriz em seu ombro. –Só o tempo.
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–Achei que Hermione nos mandaria uma carta. –Gina comentou, enquanto organizava algumas Gemialidades na prateleira da loja.
–Eu também. –Confessou Luna, que pegava alguns produtos que haviam caído no chão.
–Podem fechar! –Um dos gêmeos berrou do fundo da loja e logo Harry e Rony se adiantavam para fazê-lo.
–Ela estava cansada, provavelmente desmoronou na cama. –A loira concluiu, dando espaço para uma vassoura que varria a loja passar.
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Hogwarts estava escura e inacreditavelmente deserta, faltavam três semanas para o reinicio das aulas, o que era animador, já que o Castelo não parecia tão acolhedor sem as centenas de bruxos que andavam por ali durante o ano letivo.
Hermione se levantou lentamente, ajeitando a saia do vestido e pegando os sapatos na mão, assim como a varinha, ela saiu lentamente da enfermaria, andando pelos corredores, praticamente memorizados por sua mente, desertos da escola. Quando chegou ao Salão de Entrada, colocou os sapatos e andou calmamente, abrindo a porta do Salão, mas antes de atravessa-la, uma voz lhe assustou:
–Fujona não faz o seu estilo, sabia?
–Natasha! –Exclamou, sentindo o coração palpitar aceleradamente.
–Aonde você vai? –A mulher perguntou, andando calmamente até ela. –E nem tente mentir para mim. –Disse ao vê-la abrir a boca, Hermione fechou-a imediatamente. –OK, você pediu. –A mulher apontou a varinha para a garota, que se assustou. –Brincadeira garota, eu não vou invadir sua mente, fala logo.
–Eu tive um sonho. –Falou rapidamente.
–Ser amiga de Harry Potter não é o suficiente para te fazer não confiar em sonhos? –Perguntou rolando os olhos.
–Foi diferente. –Sussurrou e quando percebeu, já havia explicado o sonho para ela.
–É diferente mesmo. –Comentou e sorriu, puxando a aluna pelo punho.
–Quê...?
–Eu vou com você. –Disse dando de ombros e saindo dos terrenos de Hogwarts.
–Você sabe onde é esse lugar? –Perguntou surpresa.
–Beco Diagonal. –Disse e logo aparatou com a garota. Logo elas se encontravam na entrada do Caldeirão Furado, que estava completamente vazio, a não ser por Tom, o dono do pub, então seguiram sem problemas até a parede de tijolos que escondia o beco mágico. A Norman desobstruiu a passagem e logo ela e a Granger andavam pelas ruas parcialmente escuras, apenas iluminadas pelas luzes provenientes das vitrines das lojas.
–Seja mais específica na localização. –Hermione pediu e a mulher parou, colocando as mãos na cintura.
–Você que sonha e eu que tenho que saber onde é? –Perguntou irritadiça.
–Você disse que sabia. –Falou dando de ombros e viu a professora revirar os olhos, seguindo até a entrada da Travessa do Tranco. Elas atravessaram os becos escuros até que Natasha parou em um dos becos mais afastados. –Que horas são?
–11:58 p.m. –Natasha respondeu e observou ao redor. –Vou te esperar aqui perto, fica tranquila que eu te acho. –Avisou e saiu.
Os dois minutos seguintes se passaram de forma lenta e torturantemente para Hermione, que ponderava se realmente deveria estar ali, quando finalmente desistiu de esperar e já ia sair daquele beco macabro uma luz surgiu do nada e a engoliu, levando junto o grito que ficara no vazio.
A morena abriu os olhos e puxou o ar rapidamente, assim que sentiu seus pés baterem contra algo firme e sólido. Olhou ao redor e percebeu quatro tronos, todos com um tipo de esfera flutuante em cima, rapidamente Hermione identificou o da lateral esquerda como semelhante a uma tempestade de areia, o que estava ao seu lado parecia que a esfera imitava uma tempestade em alto mar, o trono seguinte tinha a esfera em um tom de lava, como se borbulhasse, o do canto direito tinha ondulações como um furacão. Antes que a bruxa pudesse processar qualquer coisa um estalo extremamente forte foi ouvido e quatro figuras apareceram em sua frente. A garota perdeu o fôlego imediatamente.
–Que brincadeira é essa?! –Exclamou olhando ao redor, procurando Natasha.
–Não é brincadeira, Hermione. –Uma voz suave falou.
–Eu sei quem são vocês! E vocês estão mortos! –Gritou sentindo a cabeça doer com o que via em sua frente: Sirius Black, Thiago e Lílian Potter e um outro, desconhecido.
–Acalme-se criança, temos pouco tempo antes que a conexão se encerre. –O desconhecido falou. –Tudo o que eles puderem te explicar, eles explicarão, confie neles e não desconfie de nada o que disserem, ou você terá que se entender com os deuses! –Avisou antes de sumir. Hermione sentiu as pernas amolecerem e só se deu conta de que caíra, quando seus joelhos se chocaram contra o chão.
–Acalme-se Hermione. –Sirius disse ajoelhando-se ao seu lado e afagando seu ombro.
–Acalmar? –Repetiu com a voz subitamente fraca. –Que merda que está acontecendo? –Rosnou.
–Ela é que nem você, Lily, odeia não saber das coisas. –Thiago caçoou e a esposa rolou os olhos, ajoelhando-se a frente da morena.
–Hermione, primeiramente eu gostaria de agradecer por tudo o que você fez pelo meu filho. –Começou a ruiva, segurando as mãos da adolescente entre as suas.
–Não precisa agradecer, o Harry fez mais por mim do que ele, ou qualquer outro, imagina. –Falou encabulada, sentindo-se estranhamente acolhida pelo gesto materno da ruiva.
–Primeiramente Hermione, nós precisamos te contar uma história e vai depender de você, só de você, a decisão sobre o que vai acontecer conosco. –Thiago falou, fazendo a garota olhar para ele.
–Harry se parece muito com você. –Disse como se estivesse hipnotizada.
–Eu sei! –Ele exclamou orgulhoso.
–Pontas, voltemos ao assunto. –Sirius disse e o Potter concordou. –Hermione, isso não é um sonho e você não está louca, é real e nós não somos espíritos ou algo do tipo. –Avisou sério, observando a morena concordar. –Não podemos revelar tudo, e também não sabemos sobre muita coisa, mas sabemos que nos foi dada uma segunda chance no mundo mortal. –Despejou e viu a grifinória abrir a boca surpresa.
–Antes que nos interrompa, querida, nós precisamos lhe avisar que você foi a escolhida para nos ajudar, nossa “ressuscitação” está em suas mãos. –Lílian disse e Hermione concordou.
–Eu vou ajudar! –Garantiu ansiosa.
–Nós sabemos. –Thiago disse calmamente. –Mas tem uma condição que será imposta desde o inicio: sigilo. –Completou.
–Como sigilo? Vocês irão se esconder?! –Perguntou, claramente não entendo a situação.
–De certa forma sim. –Sirius falou.
–Como assim “de certa forma”? Ou você se esconde ou não, fim. –A garota disse de forma prática e racional.
–Nós não iremos nos esconder, apareceremos em público. Mas disfarçados de outras pessoas. –O homem que era o pai tão famoso de um garoto ainda mais famoso explicou.
–Que?! Isso não é justo! Vocês sabem quantas pessoas choram a morte de vocês até hoje! –Ela exclamou, se levantando rapidamente.
–Claro que sabemos, mas não fomos nós que escolhemos assim Hermione! –Lílian disse enquanto ia até a garota e a segurava pelos ombros, fazendo-a fitar seus olhos verdes. –Você realmente acha que eu não gostaria de dizer para o meu filho que a mãe dele está sempre perto dele? –Continuou e viu a garota abaixar a cabeça. –Por favor, nos prometa que você não vai falar até que seja o momento certo. –Pediu aumentando o aperto nos ombros da Granger.
Ela pareceu ponderar um pouco, passando os olhos pelos três analiticamente, mas depois suspirou e agitou a cabeça afirmativamente.
–Eu juro. –Falou por fim e o chão em baixo de seus pés tremeu e quando ela reabriu os olhos fitou a expressão chocada de Natasha, de volta ao beco escuro.
–OK, eu preciso de um psiquiatra! Estou vendo mortos! –A professora disse atônita, Hermione olhou para os três em busca de ajuda, mas os marotos tinham um sorriso no rosto e Lílian possuía uma expressão azeda.
–Nat! –Os dois exclamaram, abraçando a mulher. A Potter fez uma careta e imitou sem emitir som algum “Nat!”.
–Norman, você não morre tão cedo mesmo. –Cuspiu com asco.
–Oh, bom saber que 15 anos não sei aonde serviram para melhorar seu humor! –Retorquiu sarcástica, largando o marido e quase cunhado da ruiva.
–Ela pode saber? –Hermione perguntou confusa.
–Essa garota passou muito tempo com Dumbledore, ela acaba descobrindo coisas que não deveriam ser descobertas. –Sirius comentou sorrindo.
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–Interessante. –Alvo falou, andando de um lado para o outro em seu escritório.
–Ah, é muito interessante essa ruiva encarnada ressuscitar. –Natasha caçoou e recebeu um olhar fulminante como resposta da mulher.
–Vocês tem absoluta certeza do que me propõem? –O diretor retomou a fala e observou seus três ex-alunos ex-falecidos (?) concordarem.
–Absoluta. –Ecoaram firmes.
–Vocês estão cientes das consequências que isso poderia acarretar, não é? –Continuou os analisando veemente por cima dos óculos de meia-lua. Lílian bufou impaciente e concordou.
–Sim, Alvo, temos absoluta certeza do que iremos fazer. –Ela disse e o diretor suspirou, concordando com a cabeça.
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Galera,
Estou escrevendo apenas para afirmar que estou muito bem, estava apenas cansada, por isso não entrara em contato antes. Não vou para A Toca, vou ficar por aqui mesmo. Só espero receber noticias regularmente.
Soube que vocês estão ajudando os gêmeos na loja! Espero que peguem algumas coisinhas para mim, afinal, depois dos últimos acontecimentos não sou mais a monitora-certinha Granger, certo?
Estou com saudades de todos aí. Mandem um abraço para o Sr. e a Sra. Weasley.
Ah, e Harry, não se esqueça de fechar a mente!
Beijos, Hermione.
Gina leu na sala da Toca e todos suspiraram.
–Pelo menos ela está bem. –Molly comenta, secando as mãos em seu avental.
–Ela diz que está bem. –Reformulou Harry, com o cenho franzido. –Vocês não acham que ela está meio evasiva? –Continuou olhando principalmente para Rony, que concordou lentamente com a cabeça.
–Parece que ela não quer contar tudo. –Continuou e em seguida passou a mão entre os fios ruivos.
–Isso está começando a me preocupar. –Gina confessou.
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N/A Pamy: Oi galera, desculpem-nos pela demora, o capítulo já está pronto há tempos, eu estava apenas esperando o “OK” do Paulo.
Mas então, gostaram do capítulo? Espero que sim! Não vou me alongar muito, mas prometo que o próximo capítulo vai sair... Só não sei exatamente quando.
Então vamos às respostas:
Cleber Knies: Obrigada, vamos ficar esperando você aparecer, então! Comenta quando puder.
Débora Granger Potter Malfoy: Não morre não, minha filha, ou eu te esgano. Bem, você só vai saber quem são os principais durante o decorrer da fic... Mas espero seus comentários, aqui! Beijos.
Bruna.Jean.Granger.Hale.Cullen.Potter: Atualizada! Comenta!
COMENTEM!
Beijos PamyPotter e Paulo Donizete.
Comentários (3)
OOOOOOOOOOI eu adorei a fic e ja estou esperando ansiosamente o proximo capitulo tchau ate la =))))
2012-07-23OPa amando a fic...
2012-06-23me deixou mais curiosa mulher! Q ue me matar do coração, fala logo!Serinho eu to confusa muito confusa e quero muito que vc post de novo(e não demore tanto), pra minha confusão ir embora(estranho eu sei).AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH(meus gritos tava com saudades deles kkk).Amei o Capitulo, serio!bjs
2012-06-23