Cap. Único

“9 Anos”

9 anos era o número que marcava a diferença de idade entre eles.

Ela não o perdoava.

Mesmo sabendo que Sirius Black não tinha culpa, mesmo assim, ainda o culpava.

Pelo o quê? Pelo fato  dele ser 9 anos mais novo que ela, impedindo assim, o casamento arranjado entre eles.

 

“Normal”

Normal era o casamento entre primos arranjados por seus familiares na família Black. Fora assim com os seus tios Órion e Walburga. Com certeza seria assim com eles. Talvez seus pais e seus tios não se importassem com a diferença de idade. Claro que eles não se importariam, afinal, tinham que manter a linhagem de sangue-puro dos famosos Black’s.

 

“Nunca”

Nunca iria esquecer o dia em sua mãe, Druella, levou-a junto com suas irmãs, Andrômeda  e Narcisa, para a casa de seus tios, Orion e Walburga, para conhecer o seu primogênito.

Seus olhos ficaram vidrados naquele pequeno ser que se perdia no meio de tantas mantas verdes e pratas. Seus cabelos tão pretos, que herdara da da família Black, combinavam perfeitamente com os seus olhos cor de mel.

Não esqueceria também o dia em que chegou ao tão famoso largo Grimmauld, nº 12, junto de sua irmã Andrômeda e de seus pais e recebera a notícia de que seu “amado” primo tinha sido selecionado para a casa da grifinória.

 

“Decepção”

A maior decepção que teve foi quando o primo voltou de Hogwarts para as férias e começou a demonstrar  o nojo que sentia por seus parentes. Vieram também junto com ele Potter, Lupin e a rebeldia que estavam coladas nas paredes de seu quarto em cores vermelho e ouro. E com o tempo, também vieram os hormônios adolescentes que só o fizeram bem, pois suas feições não expressavam mais uma criança e sim de um homem “feito”.

 

“Irritação”

Como era bom ver a irritação presente nos olhos do primo. Simples gestos que ela fazia o irritava profundamente, como por exemplo, em um jantar de família, vê-lo aborrecido pelo fato dela pedir para ocupar o lugar favorito dele a mesa e ele ser obrigado a lhe conceder. Ainda estava fresca em sua memória a frase que a tia Walburga sempre dizia “Ela é visita! Temos que tratá-la bem!” 

“Inveja”

Sempre escondeu a inveja que sentia de sua irmã, Andrômeda, por ela ser a preferida dele. A melhor prima em sua opinião. Como ele poderia sequer dizer que Andrômeda era melhor que ela ou Ciça? Vê-los sempre juntos, conversando, unidos e alegres. Era simplesmente demais para ela. Deve ser esse o verdadeiro motivo de Bellatriz odiar  tanto Andrômeda, nunca a perdoaria. Também nunca admitiria para si mesma que sentia ciúmes. O orgulho nunca deixaria.

 

“Confusão”

A confusão estava expressa nos olhos dele. Estava claro para ela, que ele sentia uma certa atração por ela. E tudo se confirmou quando em mais um jantar, ele sentou ao lado dele e ele, que estava tão relaxado conversando com Andrômeda, instantaneamente ficou rígido e imóvel, fazendo de tudo para não tocá-la. Ela riu internamente.

 

“Beijo”

O primeiro beijo entre eles ocorrera em um dia em que ele estava na cozinha tão bem cuidada por monstro, o elfo da família Black, sozinho, quando ela chegara  e tentara irritá-lo mais uma vez. Já estavam quase aos gritos quando simplesmente ele a agarrou, prensando-a contra a parede e  beijando-a. É claro, ela o correspondeu, deixando-o espantado, porém, feliz.

 

“Dias”

Os dias passavam e eles  já não conseguiam ficar longe um do outro. Sempre que se amavam, o vermelho do grifinório se encaixava perfeitamente no verde da sonserina. Quando estava nos braços dele, Bellatriz era feliz.

 

“Diferenças”

Com a ascensão do Lord das trevas, as diferenças entre eles ficavam mais claras.  Ignorar já não era mais possível. Ela queria seguir a vida de comensal da morte ao lado de Voldmort. Ele, como bom grifinório que era, lutaria ao lado da ordem da fênix e de Tiago Potter.

 

“Eu te amo”

“Eu te amo Bella”. Ele a surpreendeu com essas palavras. Sabia que seus próprios olhos estavam brilhando de excitação, afinal, ele havia dito que a amava. Por quanto tempo desejou ouvir isso? E por fim, ele o tinha dito. Ela também disse as palavras que a muito tempo queria dizer, “Eu te amo Sirius”. Beijaram-se e em meio aos beijos, uma noticia acabaria com tudo: Ele iria embora de casa, deixaria a própria família  para trás e queria que ele fosse junto. Mas ela não poderia! Ela tentou de todas as formas convencê-lo de fazer o contrário, mas foi tudo em vão.   

 

“Embora”

Ele decidiu ir embora. Foi embora para sempre. Iria morar com os Potter’s. Viraria um traidor do próprio sangue para se juntar a Lily Evans e Tiago Potter. Jamais o perdoaria. Para ela não haveria nada pior do que um traidor do próprio sangue. Então, observou-o indo embora do topo da escada. Sentou-se, entregando-se as lágrimas teimosas que insistiam em cair.

 

“Lestrange”

Pouco tempo depois, Bellatriz Black virou Bellatriz Lestrange. Ela não gostava de Rodolfo, fato! Mais se casaria com ele por que lhe era formidável. Agradaria a família e aumentaria a sua fortuna. Amor ela não sentia por ele. Só havia uma única pessoa que ela amava e ele era Sirius Black, mas ele perdera a chance de recebê-lo no dia que foi embora.

 

“Insana”

Então Bella Black morreu, dando origem a Bellatriz Lestange, a comensal da morte mais temida. Insana, louca, cruel e assassina: Esses eram os adjetivos que a formulavam agora. Usava maldições imperdoáveis como se fossem um serviço convocatório. Odiava os trouxas e adorava matá-los. Com a queda do Lord, foi para azkaban, onde passou os piores anos de sua vida, mas sem nunca esquecê-lo.

 

“Anos Depois”

Anos depois, Voldemort retornou e junto com ele, Bellatriz também. Foi  convocada para a batalha no ministério da magia e em um de seus momentos de loucuras, foi a responsável pela morte dele, Sirius Black.

 

“Tormento”

Nunca mas se perdoou. Arrependeu-se amargamente do feito e todas as noites choravam pela morte do amado. Era um completo tormento lembrar-se das noites juntos e depois recordar a noite no ministério. Mais só a noite se permitia lembrar-se dele, por que de dia tinha que esconder os verdadeiros sentimentos de seu mestre.

 

“Finalmente”

Finalmente a luz verde vinha em sua direção. Finalmente alguém tinha tido a coragem de matá-la. Molly Weasley lhe lançara o Avada Kedrava final e agora, sentia a vida lhe escapando como um tecido fino que estivesse caindo de suas mãos. Não pode deixar de sorrir. Finalmente o veria de novo.

 

 “Pela Eternidade”

Abriu os olhos e deu de cara com os seus olhos cor de mel que tanto a encantavam. Sirius lhe estendia a mão. “Como você demorou!” Falou ele rindo enquanto a puxava para um longo beijo. “Você será minha!” “Ficaremos juntos!” Dissera ele. “Pela eternidade” Completou Bellatriz o beijando mais uma vez.

 

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