Verdade



Estava desesperada por ver o corpo da amiga daquele jeito, inconsiente, jorrando cada vez mais sangue. Correu para carregá-la até a Ala Hospitalar, mas, de repente, a porta se trancou sozinha.
   -Alohomora!-Ela gritava, as lágrimas escorrendo abertamente por seu rosto.
   Ouviu-se "Crucio" e de repente ela estava jogada no chão, se contorcendo descontroladamente, sentindo uma dor lascinante, mas, de onde ela vinha? A nascente do sofrimento era desconhecida, mas a dor se espalhava por todo seu corpo. Tão inesperadamente quanto surgiu, a dor se foi. Alguém saiu das sombras, e ela o rconheceu: Felix
   -Felix, alguém mais está aqui, vai embora antes que te torture também!- Disse Dária abraçando o namorado.
   Ele apenas riu debochadamente.
   -Como você é tola, ainda não se tocou? Era eu quem estava te tortutando.
   -Não, não pode ter sido, você não...- Mas foi interrompida por mais uma dor, como a outra, porém mais forte. Ela gritava e esperneava, Felix parecia se divertir com isso.
   -Você achava que ela era a culpada não?- Dária não conseguia ouvir direito, tamanha era a dor que sentia e o volume dos gritos que dava. Parou.
   -Assim você me ouve melhor!- Esbravejou o garoto, para logo continuar- Ela não tinha NADA a ve com isso, e com o número de sectumsempras que lancei nela, logo logo vai morrer. Bom, voltando à história: Eu estava por trás de todos os ataques e roubos, mas, para não dar na cara fingi que me importei com você, pra não suspeitar de mim.
  -Isso é mentira! Não quero mais ouvir isso!-Interrompeu-o Dária, agora aos soluços.
  -Não me interrompa sangue-ruim!- Gritou Felix, lançando um sectumsempra na garota.- Como eu ia dizendo... Voltamos a nos falar, e então eu contava mentiras sobre você para a Shannon, e que dizia que ela era patética, que a odiava e preferia a gente, etc. E ela com ciúmes, acabou explodindo com você, fazendo com que fosse a suspeita número um. E, como gosto de desfechos grandes, resolvi matá-la para matar você depois.
  Um arrepio correu a espinha de Dária quando ele terminou a frase.
  -Mas, os lobisomens... Você estava possuído pela Maldição Im..
  -Há! Claro que não, tola! Eu fiz tudo por vontade própria! Trabalho para o Lorde das Trevas, se você ainda não percebeu-E mostrou sua Marca Negra, fazendo com que o coração de Dária acelerasse- Era para vocês terem morrido, mas, como eu adoro causar sofrimento antes da morte, resolvi fazer todo esse teatro.
   -Mas, e, Luna? Por favor, deixe-a fora disso!
   -Ela foi com o Pottinho e seus amigos, mas se não fosse, adoraria ver o sangue em contraste com aquela pele pálida!
    A crueldade de Felix assustava Dária cada vez mais.
    -Claro que podia ter te matado antes, mas queria que você se apegasse mais a mim, assim seria mais divertido.- Finalizou com outra Maldição Cruciatus, por alguns segundos. Fez isso por umas 10 vezes seguidas, até que Dária não tivesse mais forças.-Alguma pergunta?- Finalizou ele, como se estivesse fazendo uma palestra.
    -Por que comigo, Felix? Eu te amava!
    -Ah, Dária, querida- Disse para logo dar um beijo na corvina- Você não entende nossos objetivos? Nós queremos acabar com a ralé de sangues-ruins e mestiços, que imundam o mundo bruxo! Inclusivevocê, que foi meu alvo principal durante todo esse tempo. Achei ridícula a ideia da "Armada de Dumbledore"-Disse o nome do grupo com um tom de deboche na voz.-Mas, acho que estou enrolando muito, não vou te matar, ah, não, vai ser bem pior, queridinha, mas acho que antes seria legal praticar umas maldições imperdoáveis. Imperius
    Ela sentiu seu corpo amolecer de repente. Ela ouviu uma voz, a voz de Felix, que ecoava muito alta em sua cabeça "Pegue a varinha" dizia a voz. Seu braço começou a se mover lentamente, contra sua vontade, e foi até o bolso onde ela guardava a varinha. "Agora, quero que faça um feitiço na sua amiguinha, quero que tente Avada Kedavra, a Maldição da Morte" sua varinha foi em direção à Shannon, mas Dária resistiu e conseguiu controle sobre si, se livrando da Maldição.
   -Esperta, mas, não por muito tempo-Disse Felix, com um quê de raiva na voz. 
   E ele começou a falar uma língua estranha, ofidioglossia.
   As pias começaram a se afastar, e um buraco se expôs entre elas. De lá, um frio enregelante começou a sair, e a sensação de tristeza eterna dominou o coração de Dária. Um dementador saiu da Câmara Secreta.
   Fraca, e triste demais, Dária não conseguira produzir seu patrono. O dementador se aproximou, e ela viu sua mão podre saindo da capa, e seu "capuz" caindo, revelando seu rosto sem olhos, e podre, assim como sua mão. Ela tentava se desvencilhar, em vão. O monstro foi se aproximando cada vez mais. Pensava em um modo de escapar, mas era tarde. A escuridão dominou a vista de Dária, o beijo já havia começado, as esperanças estava perdidas.
   Ela ouviu a porta escancarar, e um brilho prateado interrompeu a escuridão, o dementador voou para longe, tudo se aliviou, os membros da Ordem da Fênix agora pisavam no chão sujo de sangue e água. De repente, ela se lembrou à que veias o sangue pertencia.
   -Shannon! Vocês tem que salvá-la!- Disse, desesperada Dária.
   -Nós vamos tentar, levaremos as duas à Ala Hospitalar- Disse a voz ressonante de Quingsley Shacklebolt, antes que o sono a dominasse, e ela caísse no sono, o sono profundo.

 
***
N/A: Genteee, tomara que tenham gostado do meu final emocionantes(ou não) demorei pra pensar nesse capítulo, e o próximo, será o epílogo, aguardem! :D   

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