Suspeitas



    No dia seguinte, Snape foi irredutível, e Dária ficou sem a nota da poção que deveria entregar, por causa do último ataque. Ela pensava, pensava e pensava, mas não chegava à conclusão alguma de quem teria feito isso.
    Isso já estava cansanso-a, porque dessa vez não tinha nenhum suspeito, apenas Shannon. Mas elas haviam feito as pases, e Shannon era doce e totalmente meiga, uma coisa que ela não faria seria roubar as coisas de Dária. Mas, ela já havia duvidado de Luna e Felix antes... E tudo era muita coincidência. A primeira vez em que suas coisas foram roubadas foi no dia em que ela e Shannon se conheceram, e quando foi atacada por trás, a lufana era a única que se encontrava atrás dela.
    Dária havia voltado à frequentar as reuniões da AD, e agora já sabia executar feitiços avançadíssimos, que só aprenderia no 7° ano. Estava confiante quanto aos N.O.Ms que prestaria no ano seguinte, pois nesse ano(e talvez no próximo, se as coisas não melhorassem) a Prof. Umbridge só estava ensinando coisas "aprovadas pelo Ministério".
    Como Felix era um ano mais velho que a namorada, eles ficaram um tempo sem se falar por causa dos N.OM.s e do tanto que ele estava estudando.
    Luna continuava a mesma pessoa divertida de sempre, mas Shannon havia se afastado delas, e ficava sozinha, porque não tinha amigos em sua casa. Quando tinham horários livres, sempre procuravam conversar com a garota, mas ela se afastava e nunca queria conversa. Cada dia mais estranha, Shannon virou a suspeita principal de Dária, que quis tirar isso a limpo.
     Pediu para a colega de quarto de Shannon, Náiade, prestar atenção nela quando estivesse no dormitório, mas fazendo isso discretamente.
    Foi até os jardins com Felix, quando ele estava num período livre (os únicos momentos, além do almoço, que ele tinha para ela), e ficaram conversando sobre muitas coisas: férias, família, escola, as casas de Hogwarts... Até chegarem em um assunto mais constante:
   -Quem você acha que foi?-Perguntou Dária, repentinamente.
   -Foi o que?- Ele disse, fazendo uma cara falsa de desentendimento.
   -Pára com isso! Sabe que eu estou preocupada!
   -Eu sei, mas você fala nisso toda hora, já está me chateando!
   -Mas, porque não quer falar disso?
   -Por nada, Dária, só não quero- Disse ele encerrando o assunto.
   Por alguns segundos, o clima entre eles ficou tenso, e Dária achou a grama muito interessante.
***
   Era o dia em que o 5° ano estava prestando suas N.O.Ms.
    Indo em direção ao Salão Principal, Náiade entrou no caminho de Dária, para o "boletim diário".
   -Bom, eu sei que nunca havia conseguido nada antes, mas, ontem à noite, Shannon falou coisas bem estranhas durante o sonho, que eu acho que eram relacionadas à você.
   -Prossiga-Disse Dária em um tom levemente interessado
   -Bom, primeiro de tudo, ela fica planejando coisas contra uma tal de D., que eu acho que é você, fora que enquanto está dormindo, sempre fala coisas do tipo "Bem feito para ela, devia ter todas as coisas roubadas e jogadas no esgoto!" e outras coisas assim.
   -Obrigada, Náiade, e aqui estão seus nove sicles- acrescentou revirando os olhos.
   Contou até dez mentalmente, para não explodir no meio do Salão Principal, e procurou por Shannon, para ter uma "conversinha" com ela. De repente, fogos de artifício começaram a aparecer no céu de Hogwarts, e papéis voaram, pessoas gritavam animadamente, e duas pessoas idênticas e ruivas voavam em vassouras.
   Eram os gêmeos Weasley, que já estavam famosos por seus produtos sendo contrabandiados na escola, e que agora estavam atrapalahdno a "Prof. Sapa" a continuar a aplicação dos N.OM.s. Mas Dária não desistira e quis continuar procurando por Shannon.
   "Uma assistidinha não mata ninguém" pensou ela, se dirigindo à entrada da escola, onde o show principal acontecia.
    Quando se passaram mais ou menos 5 minutos, ela foi continuar sua busca.
    Ouviu Murta-Que-Geme chorar agoniada, mas o que saía, de debaixo da porta do banheiro feminino, além de água, era sangue. 
    Correu para dentro de lá, e viu Shannon inconsiente, no chão, com cortes profundos por todo o corpo. 

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