Mudando o destino



Todos os alunos estavam ansiosos pelo passeio. Logo viriam as provas e eles estavam precisando dar uma relaxada. Draco e Hermione estavam de mãos dadas em um canto enquanto os outros alunos se aglomeravam perto da porta.
Eles não se importavam mais com os olhares tortos e as fofocas sobre os dois. A única coisa importante era q eles estavam juntos e nada e nem ninguém poderia separá-los. Pelo menos era o que eles pensavam.
No caminho ao vilarejo de Hogsmeade, alguém os observava a distância, ele tinha que falar com Draco, mas não tinha coragem, não tinha moral para falar com ele.
- Draco...
-Hm?
-Eu acho que tem alguém observando agente... To com uma sensação ruim...
-Pare com isso, amor... Nada de ruim vai acontecer.- Draco a abraçou e lhe deu um beijo. Os dois entraram no 3 vassouras e lá ficaram.




Ron e Luna andavam vagarosamente por Hogsmeade. Olhavam vitrines, faziam piadas, riam. Estavam felizes.
-Ron to com fome.- Disse Luna colocando a mão na barriga. - Sabe, com a fome que eu estou sou capais de comer um pudim do tamanho de Hogwarts, e sozinha!
-Você é muito exagerada! Não agüentaria comer tanto pudim...
-Quer apostar?-Luna levantou uma sobrancelha e ficou esperando a resposta de Ron.
-Apostado!
Os dois correram para a sorveteria e cravaram uma disputa de quem comia mais sorvete em uma hora. Quem perdesse pagava toda a conta.




Draco estava entretido com Hermione. Estavam tão felizes juntos. Se amavam, nada mudaria aquilo.
A porta se abriu e um homem alto entrou. Ninguém deu importância, entrava e saia gente do estabelecimento todo o instante. Draco estava no meio de uma frase e, quando viu o homem entrar, ficou pálido. O homem percebeu que Draco já o havia reconhecido, estava na hora.
-Filho...



Faltava apenas 5 minutos para a disputa acabar e, para a surpresa de Ron, Luna estava muito na frente dele. Com toda a certeza do mundo, esse tinha sido o melhor dia de sua vida. Luna poderia comer igual uma vaca, mas seu coração valia mais do que ouro. Ele ficou a observá-la. Como ela podia comer tanto? Era divertido vê-la comer. Toda vez antes de terminar um sorvete, ela mexia o nariz e partia para o próximo pote. Seus grandes olhos azuis claros o deixavam tão intrigado. Ela parecia uma criança cheia de superstições e brincadeiras estranhas e, principalmente, um apetite feroz! Ele riu.
-Pare de me olhar comer, Ron... Me deixa com vergonha. - Luna limpou a ponta do nariz de Ron, que estava sujo de sorvete.
-Acho que você ganhou...
-Você acha? Eu tenho certeza! UHAUSAHS
Os dois riram. Ron levantou e pediu para ela esperar um pouco, que ele iria pegar seu dinheiro com Harry e já voltava. Ron entrou no 3 vassouras e não encontrou Harry, mas viu Hermione sentada sozinha numa mesa, enquanto Draco conversava com Lucio num canto.
-Hey, Mi...
-Oi Ron...
-Mi me empresta 50 galeões?
-Tudo isso!? Pra que!?
-Pagar o sorvete... Assim que eu achar o Harry eu te devolvo...
-Vem, vamos pegar ali com o Draco...
Hermione e Ron se aproximaram de Draco, que parecia aflito conversando com o pai.
-Você não entende, Lucio... Não vou embora daqui.
-Faça isso por ela, Draco, não por mim...- Os dois olharam para Ron e Hermione que estavam se aproximando.
-Draco, preciso do meu dinheiro.
-Pra que?
-Vou emprestar pro Ron...
Draco deu um sorriso sem jeito para Ron. Pegou o dinheiro no bolso e entregou para Hermione. Lucio não entendeu o que estava acontecendo.
-Você vai emprestar dinheiro pra um traidor do puro sangue? Draco, você o odeia!
-Lucio, me dê um motivo pra mim não emprestar, sendo que ele é amigo da minha namorada.
-E ainda por cima está namorando uma sangue ruim!?? Você está louco? Perdeu o juízo!? Termine agora mesmo!
-VOCÊ NÃO MANDA EM MIM!
Draco segurou Hermione pelo braço e a puxou para fora do 3 vassouras. Eles seguiram para a sorveteria e depois os quatro juntos voltaram para o castelo.
Entre o grupo reinava um silencio mortífero. Ron e Luna ficaram no jardim, enquanto Draco e Hermione subiram para o dormitório dele.


-Ron...
-Diga, Luna...
-Acho que vou passar mal.
Os dois riram.
-Também! Depois de tanto comer sorvete!
Ela se encostou nele e os dois ficaram vendo o sol se pôr.
-Melhor agente entrar antes que o sol encoste na água.
-Por que?
-Bom, os duendes me disseram que no que o sol encosta na água você sente as borboletas no estomago, sabe...
-Você realmente acredita nisso?
-Acredito.
Ela sentou e ficou olhando-o seriamente. Ele se aproximou dela e a beijou. Assim que eles abriram os olhos, viram o sol encostar na água, e sentiram as borboletas no estomago. Luna acreditava que era pelo sol, mas Ron sabia que era pelo sentimento... Ele gostava de garotas que tinham apetite, tinha descobrido hoje, e o mais importante que ele descobriu, foi que ele gostava dela...




Hermione estava sentada na cama, Draco havia acabado de sair do banho e estava com a toalha enrolada na cintura.
-Draco... O que aconteceu?
-Shhh... Nada, Mi.., Só, me abrace, por favor, apenas me abrace.
Ela tinha medo, ele estava aflito. Ela o abraçou por que ele pediu. Ela ficou em silêncio por que ele disse para ela ficar. Se ele pedisse para ela ir embora ela iria por que ele quis. Não sabia para onde a dança levaria os dois, sabia apenas que, se ela quisesse prolongar aquele momento, deveria fazer o que ele queria, o que ele falasse. Ela começou a chorar em silencio, sabia o que estava acontecendo, sabia que não era a verdadeira paixão dele, sabia que na manha seguinte ele não estaria ao seu lado no que ela acordasse. Os dois estavam deitados abraçados. Os dois choravam, nenhum admitia ou compartilhava os motivos. Ela entendia, mesmo não querendo entender. Ela o perdoara, sem nem antes ele ter cometido o erro. Talvez por que fosse a coisa certa a fazer. Ela sentia o sofrimento dele, ele sentia o dela. Eles eram um, agora somos um. Ele iria partir, ela sabia, não queria dormir, queria apenas ficar um segundo a mais com ele, queria ter a capacidade de falar pra ele o quanto o amava, mas sua boca não correspondia às sinapses que o cérebro mandava. Afogada em seus pensamentos, nos seus sofrimentos, nas suas duvidas, nada a tiraria de lá, nada mudaria o final. E ela sabia desde o começo que seria assim. Ele era dela, Mas não completamente. As lagrimas secaram, mas a dor continuava forte, sempre continuaria, até o dia em que ele voltasse para ela, mas talvez ele nunca voltasse, talvez ele nunca mais fosse dela. Em meio aos turbilhões de pensamentos adormeceu, mesmo sabendo que não devia.
Ele não estaria mais lá na manhã seguinte.

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