Das Primeiras Impressões
N/A: Vocês certamente vão reparar como meus capítulos variam quanto ao tamanho! ^_^0 Sei lá, simplesmente mudo de capítulo quando acho que chegou a hora, de acordo com o assunto, sem me importar muito com os números... ^_^0 Se eles estiverem ficando curtos demais, por favor, notifiquem isso no review que eu prometo prestar mais atenção nos próximos! :)
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O dia amanheceu ensolarado no antigo castelo. Lunare, ambas, acordaram à hora do café da manhã e dirigiram-se ao salão principal.
Aurea trajava o uniforme da Sonserina e Lacrima trocara as roupas trouxas por um belo vestido de veludo verde, modelo medieval, ornado com bordados em prata. Após o generoso repasto matinal, deu-se início às aulas e cada uma das irmãs tomou um rumo distinto: Aurea seguiu para as masmorras onde teria sua primeira aula de Poções e Lacrima se dirigiu à sua sala de aula, onde lecionaria História da Magia para os quartanistas.
O Mestre de Poções, professor Severus Snape, se mostrou um tanto hostil perante a classe, segundo Aurea pode perceber, e sua aula piorou quando, atendendo ao professor, os alunos formaram duplas e elesnão conseguiu ficar com seu novo amigo. Pansy fora mais rápida ao juntar-se à Draco. Provavelmente era o mesmo que Crabbe e Goyle sentiam, pois ambos pareciam suficientemente aparvalhados para necessitarem seriamente a presença de Draco e acabaram por ficar apenas um com o outro. Pensava nisso quando sentiu um toque suave no ombro direito e ouviu um "Com licença" em voz baixa. Um Sonserino muito pálido e um tanto alto demais para a idade lhe pergunta, tímido:
- Ah, posso me juntar à você?
- Sim, claro! - Respondeu Aurea, um pouco atrapalhada.
- Obrigado. Meu nome é Allard Blake Warrick. Você é...
- Aurea Augusta Lunare. Só Aurea, por favor. - Completou com um risinho tímido.
Durante a aula, Aurea percebia uma enorme semelhança entre seu colega Warrick e o professor... A pele era igualmente clara, os olhos, profundos, do mesmo negro, assim como os cabelos que ostentavam inclusive o mesmo corte. O único ponto importante que os diferenciava era o nariz, que, contrário ao aquilino de Snape, o do garoto era pequeno e gracioso.
- Warrick... Desculpe a minha intromissão, mas não pude deixar de reparar como você é parecido com o professor Snape. Vocês são parentes?
- Bem, não... Não que eu saiba.
- Hmmm... Sua família é inglesa mesmo?
O garoto parecia muito encabulado e corara fortemente, tendo respondido num fio de voz:
- Sim...
Percebendo a reação de seu colega, Aurea achou que não devia mais tocar no assunto, mas ficou curiosa para saber o motivo de tal atitude... Será que a família dele tinha algum segredo?
"As coisas estão correndo melhor que o esperado", pensava Lacrima. Após algum questionamento sobre o sumiço do professor Binns - ao que ela respondeu que nada sabia - começou a aula de acordo com o que planejava desde que começara o curso...
A professora sentou-se sobre a mesa, segurando uma harpa e começou a entoar uma canção sobre a guerra dos gigantes. Imediatamente o ambiente da sala se tornou um campo de batalhas. Um encantamento mostrava imagens virtuais conforme a narração musical da professora, algo parecido com o que se vê em uma penseira.
A nova professora e seu método de ensino eram o assunto do dia nos corredores...
- Ninguém dormiu, acredita?!
- É a primeira aula de história que consigo assistir inteira!
- Cara, pelo menos ela é gostosa...
Lunarw estava um pouco perdida no almoço, sendo observada com curiosidade pelos alunos e sentindo-se imensamente sozinha na mesa dos professores. Não sentia vontade de comer e estava um tanto incomodada com a presença de Snape a seu lado. Tinha uma impressão muito ruim dele... Estando em tal situação, a professora Lunare não levantou os olhos do prato de comida durante toda a refeição, exceto quando cumprimentava rapidamente alguém ou observava de leve sua irmãzinha.
Aurea, por sua vez, vencera a timidez inicial e conversava distraidamente com os colegas sonserinos e ficava constantemente tentando colocar Allard na conversa, já que ele parecia um bocado deslocado, mas logo percebeu o erro que havia cometido, quando Draco soltou a pergunta:
- Warrick? Estranho, nunca ouvi falar de sua família... De onde vocês são?
O garoto engasgou com a comida e sentiu o chão ruir sob seus pés...
- Provavelmente é porque são um clã muito discreto, Malfoy - Aurea tentava salvar a situação, dando um risinho supostamente displicente - não vê como nosso amigo é quieto?
- Decerto... - Respondeu Draco com uma certa desconfiança.
- Ah... Somos... do interior. - Falou, por fim, Allard.
Draco ia fazendo menção de perguntar algo mais específico quando Aurea o interrompeu:
- Allard, vejo que já terminou sua refeição, será que poderia ajudar-me a levar estas coisas até a sala comunal?
- Sim... claro...
- Muito obrigada!
Saíram, deixando na mesa da Sonserina muitas especulações sobre a origem do jovem Warrick.
- Você não parece gostar de falar sobre sua família... O que há, afinal? - Perguntou Aurea com delicadeza enquanto seguiam para os subterrâneos, ao Salão Comunal.
- Não é nada, não... Coisas minhas...
- Pode me contar, Allard, estou tentando te ajudar...
- Eu sei... Bem, obrigada, eu agradeço mesmo, mas realmente não há nada especial, só que gosto de ficar sozinho! - dizia ele irritado.
Aurea tomou aquilo como uma indireta e murchou imediatamente. Ficou muito chateada e só voltou a abrir a boca para soltar um fraco "Obrigada" quando o garoto finalmente deixou os objetos que carregava no local indicado.
E assim, as aulas correram normalmente até o fim do dia. Na hora do jantar, conforme havia sido por toda a tarde, Allard, receoso da súbita frieza de sua colega e dos questionamentos dos outros, isolou-se em um canto. Aurea, afastando as preocupações, conversava animadamente com os amigos do primeiro ano.
Draco estava inquieto com sua curiosidade a respeito de Allard, achava-o muito estranho e, criando as mais diversas hipóteses sobre a origem do garoto, decidiu mandar uma coruja para o pai, que, pensou, o apoiaria em suas intenções de selecionar bem as amizades. Porém, não mencionou nada diante dos colegas, tendo agido na surdina, mais tarde.
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