Sonhos Realizados



- Ah, Remo, aceita, vai! – Mary fez um sorrisinho de menina e piscou os olhos, como uma criança pedindo um doce para a mãe.

Dumbledore sugerira que os dois se casassem no dia da festa do final do semestre, em Hogwarts. Ele próprio presidiria a cerimônia. Juntariam as duas festas numa só, com toda a pompa e circunstância que ambas as ocasiões exigiam, principalmente tendo eles partipado na derrota do Lorde das Trevas.

Sempre discreto, porém, Lupin recusara amavelmente a proposta do diretor. Não queria dar trabalho e não queria ser alvo das atenções de Hogwarts em peso.

- Mas num casamento, os noivos sempre são alvo de todas as atenções! – Mary tinha adorado a ideia de Dumbledore e estava empenhada em mudar a cabeça do noivo. – Ah, vai… por favor, aceita…

Remo sorriu. Olhou por um momento aqueles olhos que brilhavam ao olhá-lo, aquele olhar maroto de “cachorrinho pidão”, aquele sorriso que ele adorava… e não pode deixar de soltar uma gargalhada.

- Pronto! – Ele exclamou. – Eu me rendo.

Mary soltou um pequeno guincho de felicidade e se lançou nos braços dele, cobrindo o seu rosto de beijos, enquanto ele ria da sua alegria.

- Pára, Mary! – Ele pediu, divertido. – Assim você me deixa sem ar.

- Desculpa. – Ela disse, sem perder o sorriso nem o brilho nos olhos. – Agora, tem certeza que está preparado para ser estrela dessa festança toda?

Ele continuou sorrindo e replicou:

- Você merece essa festança toda, principalmente depois da surpresa que deu em todo mundo, com toda aquela coragem na batalha… Menina, o que foi aquilo? Lutou até contra Comensais!

Mary corou e olhou-nos olhos, respondendo:

- Eu fiquei louca por encontrar aquele verme nojento na minha frente. Ele queria te matar, depois de ter traído a sua amizade, sua e dos seus amigos, e a confiança do Rony… Me deu uma coisa aqui dentro, um aperto na boca do estômago… eu não aguentei, perdi a cabeça e me joguei em cima dele… Aí, com todo aquele horror acontecendo, eu não tive nem tempo para pensar em perigo ou em coragem, eu só pensei que tinha que me defender… e que você estava ali, mostrando toda sua coragem… e que eu tinha que fazer por te merecer.

Ela corou mais ainda e desviou os olhos. Lupin não desviou os seus. Continuava a olhá-la, encantado, não sabia bem com o quê. Mary estava superando os seus medos, as suas inseguranças e tudo em prol do amor que os unia. Ela continuava precisando dele, continuava sendo uma mulher frágil e cheia de defeitos, mas até os defeitos dela ele amava… porque, acima de tudo, ela fora a única mulher que o aceitara e amara do jeito que ele era, que precisava dele imensamente, que o deixava cuidar dela com toda entrega e carinho… Eram tão diferentes em tanta coisa, mas se encaixavam tão bem em outras… Se completavam como um quebra-cabeças perfeito... e sabiam que seriam muito, mas muito felizes juntos.





O Grande Salão de Hogwarts estava enfeitado com todas as cores possíveis e imaginárias e, no teto, se via um enorme arco-íris, num céu muito, muito azul.

Dumbledore presidira à cerimónia de casamento, durante o qual Molly e Tonks não pararam de chorar, comovidas, e Gui aproveitara para pedir a Fleur que fosse ela a próxima noiva.

Mary estava muito bonita, num vestido azul-celeste, com reflexos cor-de-rosa e Lupin parecia dez anos mais novo, com um manto azul-escuro novinho e o cabelo muito bem penteado.

Os pais de Mary compareceram à cerimónia, apesar do ar apreensivo. Pelos vistos, Lupin conseguira convencê-los de que tudo faria para garantir a felicidade dela.

-Cuide bem da nossa menina, sim? - Pediu a Srª Hollow, chorosa.

-Não se preocupe. - Respondeu Lupin, abraçando Mary carinhosamente. - Vou protegê-la com a minha própria vida. Para além disso, a poção que o Snape inventou vai ajudá-la muito.

Snape tinha sido convencido por Sarah a investigar uma forma de ajudar Mary a lidar com o seu problema… e, em pouco tempo, o Professor de Poções conseguira elaborar uma, poderosíssima, com a qual Mary se viu habilitada a controlar o vampirismo e não ser mais escrava da lua.

Perto de Harry, Rony e Hermione dançavam, com ar muito feliz.

-Pelo menos, dessa vez, você não me convidou para uma festa como último recurso. - Brincou Hermione, com uma careta. Rony riu e a calou com um beijo.

-Vamos dançar? - Perguntou a voz de Gina, que estendia a mão para Harry.

Ele abriu um enorme sorriso e, pegando na mão dela, se levantou e respondeu:

-Claro, Senhorita Weasley.

Harry não sabia dançar. Contudo, nos braços de Gina, nada parecia ter importância. Junto deles, Neville e Luna dançavam, agarradinhos, e Harry não pode deixar de sorrir. Sorriu ainda mais ao ver Dumbledore puxar a Professora McGonnagall para dançar.

Dumbledore voltara para Hogwarts. Era, de novo, o diretor, cargo que, afinal, sempre lhe pertencera por direito. O novo Ministro da magia era, agora, Artur Weasley e Percy teria que se esforçar por agradar ao próprio pai, de quem tanto havia desdenhado. Umbridge fora demitida e desaparecera sem deixar rasto. Os Dementadores voltaram para Azkaban, retomando o seu posto de guardas.

Todos aqueles que haviam participado da batalha final contra Voldemort eram, agora, heróis e mitos no mundo mágico, o que significava que o preconceito contra Lupin e Mary se transformara numa grande admiração e respeito. Essa mudança o levou Remo a aceitar o convite de Dumbledore para reassumir o posto de Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts, onde trabalharia junto da mulher, que continuaria ensinando Adivinhação ao sétimo ano.

Mary e Lupin estão juntos até hoje e são o casal mais feliz que o mundo mágico já viu.



FIM



N/A – Ok, eu sei, está cor-de-rosa demais, parece final de novela da Globo (ainda por cima, mais auto-plágio de “Harry Potter e a Batalha Final), mas eu gostei, confesso. :)

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