S.O.S. Snape



N/A- Capítulo grande, mas necessário, com a colaboração preciosa (salvadora, mesmo, em todos os sentidos!) de Regina McGonagall… e, claro, mais um capítulo de auto-plágio… não se preocupem, vai ser o último capítulo de auto-plágio… ou penúltimo, ainda não sei direito.

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-Bem... - Disse Voldemort, olhando, com desprezo, o corpo imóvel de Severo. - Menos um. É uma lástima... O Snape poderia ser um bom aliado... se não tivesse sido traído pelo coração! - Soltou uma gargalhada fria. - O coração! O coração é um empecilho! Bom... nada que uma boa Maldição Imperius não resolva. Weasley?

Rony estremeceu ao ouvir Voldemort chamá-lo. Muito pálido, se deixou ficar no seu lugar.

-Weasley! - Voltou Voldemort a chamar. - Venha cá.

Mary sentiu mais um arrepio na espinha. A sua visão…

Apavorado, Rony deu um passo em frente. O senhor das trevas o olhou de alto a baixo, inquirindo:

-Me diga uma coisa, Weasley: o que você faria se eu mandasse você matar os seus amigos?

Rony não respondeu. Estava demasiado assustado.

-Weasley! - Chamou Voldemort, impaciente. - Eu lhe fiz uma pergunta! Responda! Se eu mandasse você matar os seus amigos, você os mataria?

-N...não! - Gritou Rony, olhando Voldemort nos olhos vermelhos, com toda a sua coragem e retidão. - Nunca!

Voldemort soltou uma gargalhada:

-Tem certeza?

-Absoluta! - Exclamou Rony, com a voz trêmula. - Eu jamais mataria os meus amigos! Jamais me passaria para o lado das trevas!

-Oh, mas você não vai precisar disso! - Riu Voldemort, lhe apontando a varinha. - Imperius!

Imediatamente, Rony assumiu um ar ausente, quase sonhador e Harry percebeu, com horror, que o amigo estava sob a Maldição Imperius.

Avançando sobre Harry como um autómato, Rony lhe apontou a varinha, dizendo:

-Avada Kedavra. - Contudo, a luz verde bateu na bolha de vidro mágico inquebrável que envolvia Harry e se desfez.

-Idiota! - Berrou Voldemort, impaciente. - Eu sei que o Potter é o seu melhor amigo, mas ele tem que ficar para último, para assistir a tudo! Que tal você matar a Granger?

Horrorizado, Harry viu Rony se aproximar de Hermione, de varinha em riste. A amiga começou a chorar, pálida e trêmula. Rony avançava, com ar ausente. A pouco e pouco, foi se aproximando de Hermione, até que, ao chegar mais perto, murmurou:

-Avada... - Algo o impedia de concluir o feitiço. - Avada... Avada... - Harry se lembrou fortemente dos antigos discos riscados do tio Válter e foi com enorme espanto que viu uma grossa lágrima escorrer pelo rosto de Rony, que baixava a varinha e se deixava cair, desmaiado, no chão.

-Raios! - Praguejou Voldemort, furioso. - O que foi que houve, dessa vez?

-Foi a força do amor, Tom. - A voz de Dumbledore ecoou no meio deles, enquanto ele se aproximava e, apontando a varinha a Harry, fazia desaparecer a bolha em redor dele.

O senhor das trevas fez sinal aos Comensais da Morte que, imediatamente, avançaram sobre os amigos de Harry e os membros da Ordem de Fênix, que logo os enfrentaram heroicamente.

A batalha começara, de verdade.

Harry empunhou a sua varinha. Estava, finalmente, livre e frente a frente com Voldemort, que exclamou:

-Accio Varinha! - Imediatamente, a varinha de Harry foi parar às mãos do senhor das trevas e se juntou à dele.

Ambas as varinhas se fundiram numa só, muito brilhante, soltando faíscas de várias cores.

E foi então que Mary viu: Sarah acabava de aparatar junto de Snape. Estava pálida, com o rosto desfigurado por uma dor e aflição que ela nunca havia presenciado antes. Viu que a amiga sussurava alguma coisa no ouvido dele… e Snape fez um gesto com a mão, como se quisesse segurá-la. Estava vivo! Moribundo… mas vivo. Sarah parecia alheia a tudo… e ninguém mais parecia ter prestado atenção nela.

Os Dementadores se aproximavam de novo. Por todos os lados se viam clarões de várias cores e gritos de dores e de feitiços sendo pronunciados.

Moody Olho Tonto cair junto de Harry, após um grito de "atordoar", seguido de um pequeno clarão. Crabbe apontou a varinha a Luna Lovegood e Lupin segurando, com ar de dor, o braço direito, segurou a varinha, apontando-a a Crabbe e gritando:

-Expelliarmus! - Imediatamente, a varinha do Comensal da Morte voou para a mão de Lupin.

-Atordoar! - Exclamou Luna Lovegood, ao mesmo, fazendo Crabbe cair, inanimado, no chão. Lupin lançou um sorriso a Luna e piscou o olho a ela, que sorriu para ele, grata.

Do outro lado, Gina, Tonks e Mary se debatiam com os Comensais da Morte Rookwood, Goyle e MacNair (o mesmo que quase matara o hipógrifo Bicuço no terceiro ano), parecendo um campeonato de esgrima, enquanto Neville e Hagrid se acercavam de Harry.

Sarah, por seu turno, continuava alheia a tudo em seu redor. Semblante carregado, concentrada com se estivesse longe, debruçada sobre o marido inconsciente e quase morto. Não podia ser tarde! Tinha que dar tempo. Não podia se desesperar. Ela sabia o que estava fazendo e não podia deixar que a emoção a traísse.

Do outro lado da rua, a batalha continuava.

-O senhor das trevas concluiu a profecia, porque escolheu você, Harry! - Exclamou Neville, olhando para Harry, com uma espantosa firmeza na voz. - Mas poderia ter sido eu no seu lugar! Por causa dele, os meus pais estão internados em São Mungo! -

Surpreendentemente, Neville apontou a varinha a Voldemort.

-Não se preocupe, Harry. - Bradou Hagrid. - Eu não vou deixar que nada lhe aconteça!

-Acabou a brincadeira! - Exclamou Voldemort. - Já me diverti o suficiente por hoje. Agora, está na hora do final apoteótico! - Rindo, com a sua gargalhada terrível, apontou a varinha faiscante a Harry, dizendo:

-Avada Kedavra!

Ao mesmo tempo, Neville proferia o mesmo feitiço, apontando a varinha a Voldemort, enquanto Hagrid se colocava na frente de Harry. Uma enorme explosão de cores foi seguida da escuridão total.





A pouco e pouco, a escuridão foi se dissipando e Harry viu, com enorme desgosto, Hagrid caído ao seu lado. Estava morto.

Do outro lado, Voldemort se desfazia em cinzas, enquanto os Comensais da Morte jaziam no chão, mortos, com as Marcas Negras nos braços desaparecendo. As Marcas que os ligavam a Voldemort os haviam levado à morte, como sempre os levavam para junto do Senhor das trevas. Ele morrera e eles com ele.

Não havia sinal de Dementadores.

Sara continuava debruçada sob o corpo do marido, como se nada tivesse acontecido. Segurando as mãos de Snape, com a cabeça dele no colo, se debruçou mais ainda sobre ele e, em torno de ambos se expandiu

um escudo lilás tão claro e brilhante que ofusca a todos em seu redor, que tentaram fixá-lo… Só Harry continuava parado, olhando Hagrid morto, com horror, sem prestar atenção a mais nada.

Abrindo de novo os olhos, Mary viu Sarah aproximar seus lábios dos de Snape, e sussurrando alguma coisa. Era a sua prece por ele.

Seu anel brilhava intensamente, os dois “S” cravados nele se projetaram e dançaram à sua volta, provocando lampejos de luz dourada que seria impossível ignorar.

Foi então que Sarah beijou Snape, insuflando-lhe seu hálito quente, a mão pousada sobre seu coração. A luz e o calor que se irradiaram e penetraram seu peito, fazendo com que o coração voltasse a bater.

Ao mesmo tempo, Luna abraçava Neville, no chão. Hermione levantava Ron, que acabava de acordar. Tonks desatordoava Moody e Mary ajudava Lupin a conjurar uma tala no braço partido.

Dumbledore não fazia nada. Harry olhou para ele, desesperado:

-Dumbledore... ele... ele matou o Hagrid!

-Eu sei... - Respondeu o velho feiticeiro, com tristeza.

-E o senhor... o senhor não fez nada! - Lágrimas de dor, raiva, revolta e choque escorriam pelo rosto lívido de Harry.

- Eu não podia fazer nada. - Disse Dumbledore, tristemente. - Estava escrito que eu não poderia interferir. Só você podia levar o Voldemort à completa destruição.

-Mas não fui eu que o matei! - Exclamou Harry, confuso. - Foi... foi o Neville!

-Não exatamente. - Corrigiu Dumbledore. - Na verdade, o Neville só ajudou. Foi necessário, sim, mas o que destruiu o Voldemort não foi só a coragem do Neville. Acima de tudo, foi o poder das duas varinhas juntas, fazendo ricochete no feitiço do Neville e aliadas ao grande carinho que o Hagrid tinha por você.

Harry baixou os olhos, com um nó na garganta:

-Como... como a minha mãe? A história se repetiu? O Hagrid deu a vida por mim?

-Sim. - Foi a resposta. - Mas nada teria sido conseguido sem a sua varinha...

Harry não ouvia mais nada. Ele se sentia extremamente infeliz. Hagrid dera a vida por ele. As únicas coisas positivas de toda aquela tarde sangrenta era que tudo havia, finalmente, terminado e que ele, Harry, não precisara matar ninguém... Mas vira Malfoy, Crabbe e Goyle morrerem às mãos dos próprios pais, o Ministro da Magia morrendo por ser justo... e Hagrid... Hagrid dera a vida por ele...

Uma enorme dor de estômago o invadiu. Harry viu tudo escurecer em seu redor e desmaiou

Aos poucos Snape despertava, abrindo os olhos e vendo o rosto de sua Sarah, sentindo-se confuso.

Depois de alguns minutos, pareceu recordar exatamente o que aconteceu, e quis se erguer, mas ela não permitiu.

- Você está muito fraco, não poderá ajudá-los agora. Não se preocupe, vai dar tudo certo. Você... já fez a sua parte. Vamos.

Sem que ele tivesse forças ao menos para retrucar, ela o abraçou, beijou-o mansamente e...Desaparatou instantaneamente, após mandar um pequeno recado mental para Harry:

- Ele está vivo. Vou cuidar dele.

Só então Harry despertou do seu transe e olhou em volta: Luna abraçava Neville, no chão. Hermione levantava Ron, que acabava de acordar. Tonks desatordoava Moody e Mary ajudava Lupin a conjurar uma tala no braço partido.

Dumbledore não fazia nada. Harry olhou para ele, desesperado:

-Dumbledore... ele... ele matou o Hagrid!

-Eu sei... - Respondeu o velho feiticeiro, com tristeza.

-E o senhor... o senhor não fez nada! - Lágrimas de dor, raiva, revolta e choque escorriam pelo rosto lívido de Harry.

- Eu não podia fazer nada. - Disse Dumbledore, tristemente. - Estava escrito que eu não poderia interferir. Só você podia levar o Voldemort à completa destruição.

-Mas não fui eu que o matei! - Exclamou Harry, confuso. - Foi... foi o Neville!

-Não exatamente. - Corrigiu Dumbledore. - Na verdade, o Neville só ajudou. Foi necessário, sim, mas o que destruiu o Voldemort não foi só a coragem do Neville. Acima de tudo, foi o poder das duas varinhas juntas, fazendo ricochete no feitiço do Neville e aliadas ao grande carinho que o Hagrid tinha por você.

Harry baixou os olhos, com um nó na garganta:

-Como... como a minha mãe? A história se repetiu? O Hagrid deu a vida por mim?

-Sim. - Foi a resposta. - Mas nada teria sido conseguido sem a sua varinha...

Harry não ouvia mais nada. Ele se sentia extremamente infeliz. Hagrid dera a vida por ele. As únicas coisas positivas de toda aquela tarde sangrenta era que tudo havia, finalmente, terminado e que ele, Harry, não precisara matar ninguém... Mas vira Malfoy, Crabbe e Goyle morrerem às mãos dos próprios pais, o Ministro da Magia morrendo por ser justo... e Hagrid... Hagrid dera a vida por ele...

Uma enorme dor de estômago o invadiu. Harry viu tudo escurecer em seu redor e desmaiou.

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