Acordando

Capitulo 12. Acordando.

 

“Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte” Arthur Schopenhauer.

 

“A dor é tão necessária como a morte” Voltaire.

 

*~*~*~*~*~*~*

   Acordou. Não sabia onde estava. Não conseguia se levantar, nem ao menos mexer o dedo. Sua visão estava embaçada, não conseguia ver nada em volta. A única coisa que a conformava era de que Harry estava bem, a quilômetros dali, no castelo, com Dumbledore. Todos diziam que a única coisa que Voldemort temia era Dumbledore, seu pai. Será que estavam certos?

   O cansaço a invadiu. Ouviu o murmúrio de água, o pio de uma coruja. Onde estaria?Não conseguiu mais lutar contra o sono, e logo adormeceu.

*~*~*~*~*~*~*

 

   Harry e Rony acordaram mal-humorados na manhã após o baile. Saíram da sala comunal e foram para o salão principal. Hermione já estava lá, parecia preocupada.

   -O que foi, Mione?-Harry perguntou, com um bocejo. Rony se manteve em silencio, ele e Hermione haviam brigado na noite passada.

   -Bem...ontem à noite, quando subi para o dormitório...-ela começou, vendo Harry se servir de torradas – Ariana não estava lá. Eu achei normal, então fui dormir. Acordei as quatro da manhã, olhei em volta, e a cama de Ariana continuava do mesmo jeito. Até agora não a encontrei.

   Os três trocaram olhares preocupados. Harry sentiu a culpa o corroendo. Se não tivesse confrontado Ariana, ela ainda estaria ali, tinha certeza disso. Logo a culpa virou preocupação. Onde ela estava?Será que estava machucada?Empurrou seu prato para longe. Não conseguiria comer se não tivesse respostas para as suas perguntas.

   -Vamos falar com Dumbledore, ele talvez saiba onde ela está – ele falou, finalmente. Rony e Hermione concordaram.

   Foram diretamente para a gárgula que dava para o escritório de Dumbledore. Ficaram surpresos ao verem o diretor saindo da sala.

   -O que vocês três estão fazendo aqui?-ele perguntou, calmamente.

   -Viemos falar sobre Ariana...-Hermione começou, hesitante.

   -Por que não conversamos sobre isso no meu escritório?-o professor perguntou. Os três confirmaram e subiram a escada. Enquanto Rony, Hermione e o professor Dumbledore se sentavam, Harry continuou em pé, nervoso.

   -Não vimos Ariana desde ontem a noite, no baile – Harry começou, antes que Dumbledore pudesse falar algo – Hermione não viu ela entrando no dormitório das garotas e ela não apareceu no café.

   Alguns minutos se passaram em silencio depois da revelação. Dumbledore observava Harry com os olhos azuis brilhando.

   -Não se preocupem. Irei cuidar de tudo – o diretor disse, se levantando. Vendo que Harry iria protestar, acrescentou – você deve estar muito ocupado com a segunda tarefa, Harry, não se preocupe.

   Contrariado, Harry saiu do escritório acompanhado de Rony e Hermione. Dumbledore saiu logo após eles, indo em direção a sala de defesa contra as artes das trevas.

...

   Já fazia algumas semanas que Ariana estava desaparecida. Todos no castelo haviam a procurado. Os fantasmas, juntamente com os professores, fizeram uma varredura por toda a escola. Dumbledore, Snape e o professor Moody procuraram nos terrenos e Hagrid na Floresta Proibida. Poucos alunos souberam disso. Não haviam achado nenhum sinal de Ariana.

   Com a segunda tarefa se aproximando, Harry se desesperou. Não sabia se conseguiria pensar em um jeito de ficar uma hora debaixo da água enquanto sua cabeça se concentrava apenas em Ariana.

 

*~*~*~*~*~*~*

   Ariana abriu os olhos após ouvir o “crak”, som habitual de aparatação. Pedro Pettigrew estivera com ela há poucos minutos. Sentou-se, apressada. Havia planejado e praticado aquilo há muito tempo. Sentia um frio na barriga. Só lera sobre o assunto, nunca havia tentado virar uma. Chegara à hora.

   “Você não deveria fazer isso!” sua consciência a avisou, enquanto se levantava, espanando a terra que havia em seu vestido. Olhou em volta, a floresta escura e sombria. “E você tem uma outra opção para dar, gênio?” pensou, irritada. “Bem...você podia ficar aqui até alguém te salvar!” sua consciência respondeu. “É, vou ficar aqui e ajudar Voldemort, que é inimigo do meu pai e de...Harry.” Pensou, irônica.

   Tinha que sair dali. Voldemort precisava dela, não sabia o por que, e nem queria saber. A única coisa de que tinha certeza era de que depois de ser usada por ele, iria morrer. E o pior de tudo, estaria ajudando Voldemort. “Será que sou tão poderosa assim?” pensou, olhando para o céu, as estrelas pareciam brilhar mais, encorajando-a. Suspirou, fechando os olhos. Iria conseguir. Concentrou-se com a maior força que pode, e de repente, sentiu a mudança ocorrer por seu corpo. Ficava menor. Abriu seus olhos, olhando-se por uma poça de água. Depois se lançou ao céu.

   Uma linda coruja branca voava veloz, mas silenciosa pelos ares.

*~*~*~*~*~*~*

 

   Harry não podia acreditar. Cedrico estava morto, presenciara sua morte. E agora, acabava de descobrir que o professor Moody era um impostor. Olhava, atônico, o diretor pingando algumas gotas de poção Veritaserum na boca do Moody impostor. Depois de fazer varias perguntas a ele, Dumbledore perguntou calmamente:

   -Onde Ariana está?-Harry e os professores o olharam, estarrecidos.

   -Não...sei – o homem falou, lentamente.

   Se ficara surpreso com o diretor antes, Harry ficou chocado quando Dumbledore pegou o homem pelo colarinho das vestes. Os professores não tentaram impedi-lo, apenas observavam.

   -Onde Ariana está?-ele repetiu, lentamente.

   -Não sei!Eu apenas levei-a para meu mestre – o homem falou.

   -O que Voldemort fez com Ariana?-o professor perguntou, sua voz não estava mais tão calma, parecia preocupado.

   -Ele ordenou que Pedro á levasse a um lugar isolado e de fácil acesso, caso precisasse da garota.

   Dumbledore relaxou, soltando as vestes do homem e se afastando. Deu poucas ordens aos professores e então, acompanhado de Harry, saíram da sala. Harry repassava a conversa, em sua mente, perguntas se repetiam: “onde ela está?Será que está bem?”

   Quando entraram no escritório de Dumbledore, suas perguntas foram respondidas. Ariana estava sentada em uma poltrona, Sirius ao seu lado. Os dois se levantaram quando a porta se fechou. Harry não notou que havia se mexido, só quando sentiu suas mãos em volta da cintura da garota, a cabeça dela apoiada em seu ombro. Suspirou baixinho quando o cheiro do cabelo da garota o invadiu. Sentira muita falta dela. Finalmente, ela havia voltado.

PS:desculpem pela demora!

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