Pesadelo
Capitulo 11. Pesadelo.
“A beleza da mulher deve avaliar-se não pelas proporções do corpo, mas pelo efeito que estas produzem.” Anne Lambert.
“As mulheres coram por ouvirem falar daquilo que não receiam de modo algum fazer.” Michel de Montaigne.
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Hermione arrastou Ariana a força para o dormitório e começou a se arrumar. Ariana, vendo a amiga conversando animadamente com as outras garotas, decidiu tomar um banho bem demorado. Quando saiu, Hermione era a única no quarto. A garota usava um belo vestido, com o cabelo preso. Ariana sentou-se e abriu seu malão, Hermione suspirou ao ver um vestido azul claro no meio de outras roupas.
-Você vai ir ao baile, não é?-Hermione perguntou, se sentando ao lado de Ariana.
-É, e vou passar a noite inteira ouvindo as Sonserinas se gabando de seus acompanhantes. Eu vou ser a única garota sozinha, Hermione!-ela falou, olhando para Hermione, seus olhos brilhavam. Hermione, que nunca a tinha visto assim, se levantou, estava abrindo a porta, mas parou.
-Você é quem sabe, Ariana, mas depois vai se arrepender – ela falou, antes de sair do quarto.
Ariana suspirou, se levantando. Olhou para o vestido, ouviu o eco da voz de Hermione. Suspirou, tirando o roupão. Algo lhe dizia que não deveria estar fazendo aquilo.
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Harry e Rony estavam sentados lado a lado, observando todos dançarem na pista. Harry acompanhava Cho e Cedrico, Rony, Hermione e Vítor. Harry tirou os olhos de Cho por alguns instantes, percorrendo o resto do salão, mas pararam na porta, onde uma garota de cabelos dourados estava. Usava um simples mais mesmo assim bonito vestido, era azul claro, acompanhado de um colar. O cabelo liso estava solto. Harry não foi o único a perceber a chegada de Ariana, logo estava rodeada de garotos, que conversavam com ela, empurrando uns aos outros. Ela foi convidada para dançar por um garoto de Durmstrang.
Depois de alguns minutos, Harry não soube quanto, ela se separou do garoto e se sentou ao lado de Rony.
-Olá Rony – ela o cumprimentou, cordialmente. Depois, se virou para Harry, seus olhos antes brilhantes perderam toda a cor – olá, Potter.
Os dois disseram um “oi” rápido e voltaram a olhar para a pista de dança. Harry não pode evitar observar Ariana, de esgueira. A garota nunca esteve tão bonita. Seus olhos brilhavam, como há muito tempo Harry não via. Ainda estava pálida, mas parecia feliz. De repente, ela se virou para ele e os seus olhos azuis se encontraram com os verdes.
-Quer dançar?-Harry se viu perguntando. Ariana confirmou com a cabeça, parecia chocada. Num minuto, os dois estavam dançando pela pista, acompanhados de outros casais.
Harry não pode deixar de dar um suspiro de contentamento quando Ariana colocou a cabeça em seu ombro, a musica era lenta. Pode sentir o cheiro de seu cabelo, ouvir a batida de seu próprio coração e o do dela. Pareciam bater no mesmo ritmo. Depois que a musica acabou, foram até o jardim.
-A onde está o seu par, senhor Potter?-Ariana perguntou, descontraída, enquanto se sentava em um banquinho. Harry se sentou ao seu lado.
-Lá dentro, dançando com algum outro garoto – ele respondeu, simplesmente. Ela riu.
-E você não se importa com isso?-ela perguntou, olhando fundo para os olhos verdes de Harry.
-Não – ele falou, sincero – só convidei Parvati por que...
-...por que não conseguiu convidar Cho Chang antes de Cedrico – ela completou antes que ele pudesse dizer algo. Ela observava a Lua, por isso não viu a surpresa com que Harry a observou.
-Como você sabe?-ele perguntou, um pouco vermelho.
-Ouvi você convidando a Cho para o baile, no corujal. Não tinha intenção, é claro. Fiquei chocada quando ouvi – ela completou. Parecia não ter notado o que falara.
-Por que?Pensei que você não gostasse de mim!-ele explodiu, se levantando, lembrava-se muito bem do dia em que Ariana havia terminado com ele.
-Eu sei no que você está pensando, Potter!-ela disse, se levantando – você não me deixou falar naquele dia, mas agora eu irei falar, e é melhor você me ouvir!Eu sempre, sempre, amei você!Desde a primeira vez que eu te vi!Você parecia tão família...era como se eu conhecesse você há muito tempo.
-Então por que terminou comigo, Ariana, se me ama?-Harry, teimoso, só queria saber a razão.
-Pelo seu próprio bem!E não faça palpites sobre de quem eu posso amar ou não, porque você não pode saber o que eu sinto!-a garota guinchou.
-Você está querendo me dizer que se você não houvesse terminado comigo, eu estaria correndo perigo?-Harry perguntou, sarcástico. Não ia deixar Ariana enganá-lo com aquela conversa.
-Se você não acredita em mim, Harry, tudo bem. Espero que tenha uma boa vida. Adeus – a garota disse, se virando. Varias lagrimas haviam caído enquanto a garota falava.
Harry correu atrás dela, não queria ter a magoado. Mas ela logo o despistou. Rony, que havia acabado de chegar, o puxou para o outro lado do jardim.
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Ariana chorava, sentada no chão. Não sabia onde estava, não queria saber. Sua cicatriz queimava, mas ela mal percebia. De repente, a lembrança do terrível pesadelo que tivera há muito tempo voltou com força total.
Escuro. Tudo a sua volta era escuridão. Fechou os olhos. Os abriu de novo. Não estava mais na escuridão, mas num cômodo. Parecia ser uma cozinha, estava cheia de poeira, do chão ao teto. A casa deveria ser abandonada. De repente, ouviu um silvo. Quando olhou para o chão, viu que uma cobra enorme se arrastava perto de seus pés. Teve a impressão de ouvi-la falar “siga-me”. Decidiu fazer o que lhe fora mandado.
Subiram a escada, Ariana sempre seguindo a cobra. Logo chegaram num corredor cheio de portas. O ultimo aposento tinha a lareira acessa, Ariana pode ver. Encaminhou-se diretamente para lá, sem precisar de qualquer ordem da cobra, que a seguia.
“Ela está aqui, mestre” a cobra sibilou, parecia satisfeita do que havia feito.
-Obrigada, Nagini – uma voz fria disse. Ariana olhou para frente. A única coisa que havia, alem da lareira, era uma poltrona velha.
-Olá...-Ariana sussurrou. Da poltrona, um riso frio e cruel pode ser ouvido.
-Ariana Dumbledore?-A voz perguntou. Ariana sentiu um arrepio passar por sua espinha, mas respondeu firmemente.
-Sim.
-Ótimo...-a voz começou a falar, Ariana a interrompeu.
-Posso saber o por que de eu estar aqui?-ela perguntou, sem se importar com um sibilo auto da cobra, que estava enroscada na poltrona.
-Você não quer saber quem eu sou, minha jovem?-a voz perguntou, após uma pausa. A pessoa parecia estar se divertindo.
-Não. A única coisa que quero saber é o que você quer de mim. O seu nome não mudara as circunstancias – ela respondeu. O homem na poltrona não riu, como ela achou que faria, ele ficou em silencio, parecia ter se impressionado.
-Você é igual ao seu pai – ele disse, por fim. Ariana, que nunca havia ouvido isso, ficou chocada.
-Eu não acho. Meu pai é tão importante, todos acham que ele é o maior bruxo que já existiu...-ela começou, medindo suas palavras.
-Mas você é importante, minha querida – a pessoa a interrompeu. Sua voz deixara de ser fria, agora era apenas cruel – é importante para meus planos. Você me ajudara muito, querida Ariana, muito...
-E por que eu o ajudaria?-Ariana perguntou, tirando o homem de suas contemplações.
-Se – sua voz era colérica – quer ver o Potter sofrer, eu entendo...
-Como assim?-Ariana perguntou, desesperada. Do que aquele homem estava falando?
-Eu sei que gosta do Potter, Ariana, e muito. Você o “ama”. Se você me ajudar, Harry Potter não sofrerá nenhum arranhão. Se você se voltar contra mim, irei matá-lo de uma forma lenta e dolorosa.
-Por que?-ela perguntou.
-Eu sou Lorde Voldemort, e preciso de sua ajuda. O resto não importa. Se afaste de Harry Potter, e tudo ficara bem.
Esse pesadelo ainda a atormentava. Ouviu um rosnado vindo de uma moita, mas não teve tempo de se assustar com isso. Olho-Tonto a observava, com fascínio e admiração. Estava tão próximo que Ariana podia ver suas cicatrizes detalhadamente.
-Professor, o que está fazendo aqui?-Ariana perguntou, secando suas lagrimas com suas mãos rapidamente.
-Apenas vim buscar você – o homem respondeu.
-Nós vamos para onde?-Ariana perguntou, queria gritar, sua cicatriz estava doendo de uma forma bárbara.
-Meu mestre quer vê-la – ele disse, simplesmente, dando um paço na direção de Ariana. E então ela entendeu tudo.
Antes que tivesse tempo de pegar sua varinha, da moita mais próxima um cachorro negro pulou, caindo em cima de Olho-Tonto. O bruxo imediatamente fez um feitiço, que fez o cão voar a metros de distancia. Em um segundo Olho-Tonto estava de pé. Pegou o pulso de Ariana e a puxou para longe. Ariana gritava, mas logo eles desapareceram na escuridão, onde ninguém ouviria seus lamentos.
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Comentários (1)
To amando a fic!!!*-*Posta logo que eu estou muuuito curiosa!!(Pra variar um pouquinho!!)Esperando ansiosamente!!Bjs e Até +
2011-05-29