A historia dos Potter
Harry estava caminhando tranquilamente por uma pequena rua de chão batido. O vento carregava e bagunçava ainda mais os seus cabelos já desarrumados. Ele estava em um pequeno vilarejo cercado de arvores imensas e volumosas, mas as casas mostravam que outrora aquele lugar havia sido habitado por pessoas de grandes riquezas. Todas eram grandes, tinham um segundo andar e algumas até mais que isso e formas imponentes dignas de grandes bruxos. Mas o tempo já se fazia presente e a maioria delas já apresentava grandes tufos de grama que encobriam imensos jardins. As pinturas já a muito haviam caído e agora só restavam alguns pontos ponde ainda era possível ver alguma cor.
O vento praticamente carregava Harry para o norte do vilarejo e quanto mais ele andava, menor a rua ficava e maiores ficavam as casas. Até que ele chegou bem no centro da cidade. Nele havia uma praça com muitas árvores gigantescas. Bancos comidos pelo tempo e águas contaminadas por anos sem tratamento. Mas uma coisa chamou a atenção dele. No meio da praça havia uma estatua de ouro puro. Era um grande homem. Tinha um olhar passivo, mas de muita coragem. Estava montado em cima de um imponente leão dourado e as costas dele uma mulher muito bela. Ele segurava uma espada levantada para os céus e sorria enquanto ela segurava um arco com a mão direita e uma flecha na esquerda. Sorria também. Ele se aproximou e leu a pequena placa.
“Aqui jaz Godric Maximo Gryffindor e Rowena Gienete Ravenclaw; lutaram até o fim por um amor que superou todas as dificuldades. O guardião e a Herdeira”. Harry olhou novamente para a estatua e se perguntava o que queria dizer “Guardião e Herdeira”. Então ele sentiu novamente a brisa o puxar para o seu lado esquerdo. Ele seguiu caminhando a passos lentos. As casas já haviam desaparecido a mais ou menos 10 minutos e só havia arvores a sua frente. Mas então surgindo do meio do nada. Uma imponente casa dourada apareceu praticamente a sua frente. Harry estava maravilhado. Era uma casa diferente das outras, esta não estava totalmente comida pelo tempo. Estava como se houvesse sido construída no dia anterior. Havia um imenso jardim com lírios de todas as cores e bem no centro um pequeno caminho de pedras vermelhas. O portão era feito de madeira e bem pequeno, batia na cintura do garoto. No lado esquerdo do jardim havia uma grande arvore e nela havia algumas palavras gravadas. Era uma casa de dois andares, com janelas de madeira com uma fina cortina de seda na parte interna. Harry olhou para a porta que se abria devagar. Ele fez menção de se mover, mas não conseguiu, ficou imóvel ao ver o homem branco, de cabelos negros e muito arrepiados, olhos azuis por trás de um par de óculos redondos, porte atlético e com um sorriso que derreteria qualquer garota. Harry piscou varias antes de reconhecer aquele homem. Ele tentou sorrir, mas as lagrimas começaram a correr pelo seu rosto. O homem então sorriu e voltou-se para a porta aberta e disse.
“Ele está aqui Lily. Harry chegou” e voltou-se novamente para o garoto. Ele sorriu mais uma vez para o garoto parado do lado de fora dos portões da casa.
Harry estava sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Não poderia ser verdade aquilo, mas se fosse um sonho ele nunca mais queria acordar. Ele ficou parado um bom tempo ali, somente observando o homem parado na soleira da porta da casa, desejando que aquilo fosse verdade, que não fosse um simples sonho.
Então uma cabeleira ruiva apareceu na soleira junto ao homem. Ela era muito bonita. Cabelos lisos e tão vermelhos, ou até mais, que os de Gina. Corpo muito bem definido. Olhos de um verde muito forte e brilhante. O mesmo brilho dos olhos dele. Ela sorriu para ele e disse.
“Achamos que você não viria mais querido” e sorriu para Harry mais uma vez, um sorriso que tirou do garoto o pouco ar que lhe restava nos pulmões. Ele não conseguia crer simplesmente não podia ser verdade aquilo que estava acontecendo na sua frente.
Harry abriu o portão devagar para sentir cada sensação daquele momento. Caminhou lentamente pelo caminho entre o portão e a casa. Chorava e sorria ainda. Parou para ver o que havia escrito na árvore e leu a pequena frase “Uma vez Potter para sempre Potter. Tiago + Sirius + Remo = Marotos para sempre” e mais uma outra frase um pouco acima que dizia “Tiago, Lillian e Harry Potter. Amor eterno” dentro de um coração. Ele chorou mais forte ainda e se ajoelhou no chão segurando a si próprio. A ruiva foi até ele e o abraçou.
“Meu bebe! Meu pequeno Harry. Sou eu Harry, sua mãe. Estou aqui com você meu amor” disse ela segurando o garoto que se agarrara a ela. Ela encostou a cabeça dele em seu peito enquanto acariciava seus cabelos deixando-os mais desarrumados.
Tiago veio e abraçou os dois. “Isso mesmo meu filho. Chore. Pode chorar. Logo vai ficar tudo bem” disse Tiago rindo enquanto continha as lagrimas.
Harry levantou a cabeça devagar e olhou profundamente dentro dos olhos verdes e calmantes da mãe. E depois nos olhos azuis e marotos do pai. Sua boca estava seca. Como se ele tivesse andado quilômetros sem beber nada. Ele abria-a, mas as palavras não saiam então Tiago, como se lê-se os pensamentos dele disse.
“Está se perguntando como é possível estarmos aqui Harry?” e sorriu para Lillian.
“É melhor deixarmos para conversar dentro de casa. Vamos meu amor. Vem com a mamãe” disse Lillian levantando Harry delicadamente como se ele ainda fosse um bebe. Os três entraram e Harry pode observar a grande sala onde estavam. Tinha muitos moveis e uma única estante abarrotada de livros. Uma vassoura bem polida e lustrada estava pendurada em cima de uma lareira confortavelmente acesa. Um tapete com desenhos de leões cobria o chão. Lillian colocou Harry em um grande sofá de três lugares bem na frente da lareira e sentou-se a direita do garoto ainda aninhando-o em seu peito enquanto Tiago sorria para o filho que olhava para o fogo como uma criança olhando para um brinquedo novo.
“Temos pouco tempo Lily. É melhor falarmos o que temos que falar” disse Tiago calmamente olhando para a esposa que sorriu e levantou Harry.
“Temos que falar com você querido. É algo de família” disse ela sorrindo para Harry que concordou.
“Sabe por que aparecemos para você hoje Harry?” perguntou Tiago.
Ele balançou a cabeça negativamente.
“Porque agora você já está com 17 anos. E é a tradição dos Potter contar a historia de nossa família para o membro mais novo. E somos obrigados a fazer isso, mesmo estando mortos. É como se fosse uma maldição, mas no nosso caso é uma benção. Por isso aparecemos em seu sonho” disse o pai de Harry.
“Isso mesmo querido. O que vamos contar é muito serio. É a historia da família Potter. Sempre torcemos para que pudéssemos contar isso ao vivo, mas infelizmente não deu. Então vamos logo. Você começa Tiago” disse Lillian seria. Aninhava o filho em seu peito enquanto o garoto apreciava os carinhos da mãe e olhava fixamente para o pai.
“Bom Harry. Você conhece Merlim obviamente. E também o grande Rei Arthur Pendragon e sua façanha em tirar Excalibur, a espada sagrada, da pedra onde o próprio Merlim a havia colocado. O que quase ninguém sabe Harry é que o grande mago havia feito uma profecia sobre a espada. Ela dizia que “Somente quando a Herdeira da espada sagrada, a sétima filha, tendo seis irmãos velhos mais como homens, ruiva de olhos castanhos, tendo como mãe e pai dois ruivos de olhos castanhos, encontrar o verdadeiro amor no seu Guardião, um jovem de cabelos negros como a noite, olhos verdes como uma esmeralda, filho de uma ruiva de olhos verdes e um pai moreno de olhos azuis, é que ela poderá retirar a espada e entregá-la ao homem que a protegera de um imenso mal e a amara com todas as suas forças”. O que eu quero dizer é que não foi Arthur, quem tirou a espada da pedra. Arthur era apenas o Guardião da Herdeira. Ele era moreno de olhos verdes, o pai dele era moreno de olhos azuis e a mãe ruiva de olhos verdes, enquanto a Herdeira era ruiva de olhos castanhos. A mulher que o Guardião amava era Guinevere, a sétima filha de uma família onde ela tinha seis irmãos homens, todos mais velhos e ruivos, a mãe e o pai dela eram ruivos de olhos castanhos. A esposa de Arthur que lhe entregou a espada para que ele pudesse derrotar um terrível mal” finalizou Tiago.
Harry olhou para o pai intrigado.
“Esta parte eu entendi. Só não entendi o que isso tem haver com a nossa família” disse o garoto.
“Meu querido. Depois que Guinevere e Arthur morreram a espada voltou sozinha para a pedra onde Merlim a colocara e só saiu de lá quando uma outra jovem de cabelos ruivos e olhos castanhos, sétima filha com seis irmãos homens mais velhos, todos ruivos, com os pais ruivos e de olhos castanhos, a tirou de seu sono. Essa mulher era a nova Herdeira, essa mulher era ninguém menos que Rowena Ravenclaw” disse Lillian e o queixo de Harry caiu.
“Rowena Ravenclaw era a Herdeira da espada!” exclamou ele batendo com a palma da mão na cabeça “mas então que era seu Guardião?” o completou.
“O Guardião é sempre o amor da vida da Herdeira. Um jovem moreno de olhos verdes, com um pai moreno de olhos azuis e uma mãe ruiva de olhos verdes. O Guardião de Rowena era Godric Gryffindor” e mais uma vez o queixo do menino foi ao chão.
Levou quase 10 minutos para que ele se recuperasse do choque. Agora a estatua no centro de Godric’s Hollow fazia sentido. Godric e Rowena, guardião e herdeira, mas qual fora o grande mal que eles precisaram derrotar?
“E qual foi o grande mal que eles tiveram que derrotar papai?” perguntou ele.
“Você sabe Harry. Já deve ter ouvido a historia de Hogwarts muitas vezes se estou certo” disse-lhe Tiago.
“Claro, como fui tolo. Salazar Slytherin, ele foi o grande mal” disse o garoto.
“Exatamente Harry. Infelizmente não sabemos o que ele estava planejando, mas provavelmente teria algo a ver com a destruição dos trouxas me presumo” disse Lillian pensativa.
“Mas ainda não entendi o que isso tem haver com a nossa família ou comigo” e olhou incrédulo para os pais que ainda sorriam.
“Agora vem a parte que você vai entender meu bem. Havia outra parte naquela profecia feita por Merlim. O Guardião teria que ser sempre da mesma família. Sempre ter o mesmo sangue. Ninguém além de Merlim, Guinevere e Arthur ficaram sabendo daquela parte da profecia. Depois Godric e Rowena acabaram por descobrir também e ele descobriu que fazia parte da família de Arthur” disse Lillian carinhosamente.
“Então Godric Gryffindor era um descendente direto do Rei Arthur e Rowena Ravenclaw era descendente direta de Guinevere, mas o que isso tem haver com nossa família?” perguntou mais uma vez sem entender nada.
“Harry. Meu amor, no tempo dos fundadores de Hogwarts Godric era grande amigo de Salazar Slytherin e já amava Rowena, e esse sentimento era recíproco, ela era a melhor amiga de Helga Hufflepuff. Helga amava Salazar enquanto ele amava Rowena também. Ou seja, Godric amava Rowena que o amava, Helga amava Salazar enquanto ele amava Rowena. Slytherin não aceitou a rejeição de Rowena e desafiou Godric para três duelos. O vencedor ficaria com a mulher. Godric jamais quis aceitar aquilo, mas Rowena o fez lutar. O leão perdeu o primeiro combate para a serpente. Depois da batalha Rowena cuidava dos ferimentos do amor de sua vida enquanto lhe explicava a lenda da espada e o fato de ela ser a Herdeira e ele ser o Guardião, pois ela o amava. Então eles foram até a cidade perdida de Camelot e ela lhe entregou a espada com a qual derrotou Slytherin nos dois combates finais. A amizade deles terminou ali e Salazar fugiu prometendo se vingar daqueles que o haviam traído, obviamente ele tentou, mas fora derrotado todas as vezes. Helga não agüentou ver a derrota de seu amor e se matou. E tudo só piorou depois que Salazar perdeu aquela luta, desde aquele dia os parentes de Gryffindor foram perseguidos e assassinados um por um pelos parentes de Slytherin. Então Godric e Rowena fugiram e decidiram trocar o nome de seus descendentes para que conseguissem escapar dos ataques dos Slytherin. Foi assim que nasceu a família Potter” disse Lillian mais uma vez sorrindo para o filho.
Agora Harry foi ao chão mesmo. De corpo inteiro ele caiu de cara.
“HARRY!” exclamou Lillian acudindo o filho no chão.
“Nós... eu... vocês... Gryffindor... Potter” ele dizia palavras desconexas enquanto se levantava e se sentava ao lado de Lillian mais uma vez.
“Isso mesmo que você ouviu sua mãe dizer Harry. Você é o ultimo descendente de Godric Maximo Gryffindor” disse Tiago com orgulho na voz.
“Então isso faz de mim...” ele não terminou a frase.
“O Guardião” disseram Tiago e Lillian juntos.
“Isso é...” Harry estava sem palavras ainda digerindo o que os pais haviam lhe dito.
“Incrível?” perguntou Tiago sorrindo.
“Inacreditável!” exclamou ele espantado.
“Você vai entender quando acordar meu amor” disse Lillian carinhosamente.
“Como assim?”
“Quando você acordar pela manhã, olho em seu braço direito” disse Tiago piscando para ele.
“Está tudo bem. Eu sou o Herdeiro de Godric Gryffindor. Sou o Guardião da Herdeira da espada Excalibur, mas então quem é a Herdeira?” disse o garoto pensativo olhando para os pais.
Eles sorriram e Tiago disse.
“O que muitos bruxos também não sabem é que Rowena tinha uma irmã. Sua irmã também fora obrigada a se esconder dos ataques de Slytherin. Ela formou uma própria família, e esta família sobreviveu até hoje com um outro nome assim como a nossa, pense Harry”.
Lillian tentou ajudar o filho.
“Pense Harry. Ela o ama e você a ama. Ela é ruiva de olhos castanhos, tem seis irmãos mais velhos, todos ruivos, é filha de ruivos de olhos castanhos” a mulher sorriu para o filho enquanto ele “bebia” as suas palavras.
Harry então disse, escandalosamente.
“NÃO! NÃO PODE SER. ELA NÃO. ELA NÃO PODE SER UMA DESCEDENTE DE UMA RAVENCLAW” e se levantou de súbito gritando e caminhando de um lado ao outro da sala.
“Por que não pode ser ela Harry?” perguntou Tiago calmamente.
“Por que simplesmente não pode. Eu a amo mais que tudo na minha vida. Se ela ficar perto de mim vai estar correndo perigo. Voldemort quer acabar comigo e ele já deve saber que eu e ela namoramos um tempo então eu terminei com ela para protegê-la. Não posso perder mais ela na minha vida, eu não suportaria essa dor” disse o garoto desolado sentando-se ao lado da mãe.
Lillian olhou para Tiago e sorriu recebendo outro em resposta.
“Seu pai fez a mesma coisa comigo Harry!” disse a mãe do garoto acariciando-lhe os cabelos.
“É melhor contarmos isso outra hora Lily. Ainda tem algumas coisas que o Harry deve saber. Primeiro não se separe da Herdeira de agora em diante Harry” disse o homem serio.
“Por quê?” perguntou o garoto.
“Harry existem vários motivos para que você fique perto dela, se ficar longe dela, estará deixando-a a merce de seus inimigos. Acredite, se ele descobrir que vocês são a herdeira e o guardião, ela correrá mais riscos que você pode supor nessa vida” disse o homem preocupado.
“Não entendo” disse Harry confuso.
“Somente a herdeira pode retirar a espada da pedra, mas para isso acontecer ela deve ser pura, intocada, melhor dizendo, ela deva ser virgem até o momento em que ela achar que deve lhe entregar a espada.” falou o pai do rapaz.
“O que acontecera se a virgindade dela for maculada?” perguntou ele temeroso.
“A espada se perderá para sempre, a linhagem de sangue se perdera e a espada jamais poderá ser retirada novamente da pedra” disse Lillian.
“Nem mesmo eu posso fazer isso com ela?” perguntou ele.
“Somente você meu filho, somente você pode toca-la, mas somente se for de livre e espontânea vontade dela, ela não deve ser forçada a fazer algo que não queira, pois se ela o fizer a espada terá o mesmo destino e se perderá na eternidade cravada naquela pedra” disse Lillian.
“Entendi” disse ele sorrindo.
“Só mais uma coisa. Cuidado com a Herdeira” disse Tiago e continuou vendo a cara espantada do filho “A Herdeira controla você Harry, pelo fato de ser o Guardião. Se ela chamar o seu nome, por ajuda, você aparecerá ao lado dela, não importa onde ela esteja. Mas também, se ela mandar você fazer qualquer coisa você fará sem questionar, seu corpo obedecerá mais a ela do que a você” disse Tiago sorrindo marotamente.
“Entendi também. Tomar cuidado ao contar esta parte para ela” o disse memorizando mentalmente.
“Bom Harry essa é a historia da nossa família e tudo que representamos. Ninguém além dos Potter sabe sobre essa historia” disse Tiago sorrindo.
“Agora falaremos de você. Não de você como Guardião, mas de você como o simples Harry Potter” disse Lillian ficando seria.
Lillian se levantou e ficou em frente ao filho.
“HARRY TIAGO POTTER!” gritou ela escandalosamente no que Tiago riu.
“Ela disse o nome todo. Ele está ferrado” concluiu o moreno de olhos azuis.
“VOCÊ ESTÁ PENSANDO O QUE HEIN? VOCÊ VAI VOLTAR A HOGWARTS E VAI TERMINAR OS SEUS ESTUDOS SIM SENHOR” a gritou no que Harry tampou os ouvidos e sorriu.
“Calma Lily. Calma meu amor” Tiago tentou ajudar o garoto.
“Calma nada Tiago. E você não devia ficar do lado dele” disse ela ficando da cor dos cabelos.
“Lily por que você não o deixa falar” disse Tiago salvando a pele de Harry que sorriu.
“Acho bom ter um bom motivo para querer faltar à escola esse ano Harry Potter, ou vai se arrepender” disse Lillian batendo o pé no chão impaciente.
“Eu sei que deveria voltar a Hogwarts esse ano, mas tenho uma missão a cumprir e...” Lillian cortou o que o filho ia dizer.
“Nós sabemos Harry, podemos estar mortos, mas felizmente vemos o que acontece com você e sabemos de tudo, mas você precisa cuidar da Herdeira Harry e ela voltara a Hogwarts. Por favor, meu filho, faça o que sua mãe pede. Era o que mais me daria orgulho” aquela frase da mãe cortou o coração de Harry.
“Tudo bem. Eu prometo” disse ele segurando as lagrimas ao ver a mãe chorando.
“É hora de ir Harry” disse Tiago consultando um pequeno relógio de pulso.
“Ir? Ir aonde?” perguntou Harry fitando o pai.
“Você ainda não pode ficar conosco, mas não se preocupe, nós ainda nos veremos mais uma vez antes de você ficar definitivamente aqui conosco” completou o pai.
“Vocês vão aparecer para mim mais uma vez?” perguntou já as lagrimas.
“É claro que sim meu bebe. Ainda temos que te contar uma coisa, mas não pode ser agora” disse Lillian aconchegando o filho mais uma vez em seu peito.
“Só mais uma coisa meu filho. Quando acordar procure as iniciais do nome da Herdeira em seu corpo. Elas devem ficar tatuadas atrás do ombro esquerdo provavelmente” disse Tiago abraçando o filho.
“Temos que ir Harry. Adeus meu filho amado. Oh! Meu bebe” disse Lillian em ultimo abraço.
“Adeus meu filho, você se tornou um ótimo homem Harry, melhor do que qualquer pessoa poderia esperar mesmo com tudo o que você passou. Estamos orgulhos do que você se tornou” disse Tiago, com a voz embargada e cheio de orgulho também em ultimo abraço.
Então Harry sentiu uma ardência e tudo ficou escuro. Seu braço direito latejava e as costas de seu ombro também. Era como se fosse marcado com fogo.
Ele acordou de súbito. O sol já ia alto à casa dos Weasley quando Harry abriu finalmente os olhos, procurou pelos óculos e os encontrou em cima da mesinha de cabeceira da sala. Sua camisa estava jogada a um canto e ele estava só de cueca no meio da sala. Ele ficou totalmente rubro na hora em que notou o jeito que estava. Todos os Weasley deviam estar na cozinha e pelo cheiro o café estava muito bom. O garoto então começou a lembrar do sonho que tivera. Era tudo real e verdadeiro. Olhou para o seu braço direito e viu a tatuagem de um poderoso leão dourado com a boca escancarada e abaixo dela um grande PGP O que aquelas iniciais o significavam fazia uma idéia parcial, mas resolveu deixar para depois. Olhou por cima do ombro esquerdo e viu um pequeno G.W marcado em preto em suas costas. Então era verdade. ELA era a Herdeira.
Harry estava terminando de fechar uma camisa que havia pegado em seu malão quando sentiu um grande encontrão nas costas e foi derrubado no chão. Um mar de cabelos castanhos caia sobre sua cabeça enquanto alguém gritava em seu ouvido.
“É VOCÊ! É VOCÊ! É VOCÊ” Hermione virou o amigo de frente para ela e beijou a sua face com tanta força que Harry achou que ela ia lhe arrancar a bochecha.
“Sai de cima dele Hermione. Assim você vai fazer o que os comensais e Voldemort querem fazer” disse Rony rindo enquanto ajuda Harry a se levantar e depois de um abraço de “irmãos” Harry perguntou.
“Você disse Voldemort Rony?” com uma sobrancelha levantada.
“Eu e Mione conversamos muito desde que ela chegou ontem. Ela que me ajudou” disse sorrindo e abraçando a garota que corou e Harry sorriu “Pelo menos não estão brigando” pensou o moreno.
“Ah! Harry querido que bom que você acordou. Ia mandar Rony fazer isso agora mesmo. Tive que colocar um feitiço de imperturbabilidade na porta por que Fred e Jorge queriam te acordar de qualquer jeito. Venha vamos comer você ainda está muito magro” disse a Sra. Weasley aparecendo na porta da sala.
Os três amigos saíram rindo da sala e foram para a cozinha. Chegando lá Harry se deparou com uma cena muito inusitada. Estavam todos os Weasley’s ali. Ou pelo menos os homens. Arthur, Carlinhos, Gui, para a surpresa de Harry Percy também, Fred, Jorge e Rony e é claro Lupin, seu ex-professor e melhor amigo de seu pai. Harry fez uma nota mental de lhe contar o sonho que tivera. O homem sorriu para o garoto. Harry estranhou um movimento que seu ex-professor fizera. Ele parecia concentrado em ler alguma coisa, mas escondeu-o ao notar a presença de Harry. O garoto sorriu de volta e depois olhou mais a um canto e viu Fleur e sua Irmã Grabrielle ajudando a Sra. Weasley a trazer a comida para a mesa e ao lado delas uma garota morena e uma loira. Harry as reconheceu rapidamente. Angelina Johnson e Kátia Bel, ex-artilheiras do time de Quadribol da Grifinória. Elas sorriram e cumprimentaram Harry com um beijo em cada lado do rosto o que fez com que ele corasse e Fred e Jorge dizer.
“Tudo bem Harry, mas não chegue muito perto. Elas têm DONO” disse Jorge.
“Cala a boca Jorge” disse Kátia beijando o “namorado”.
Harry estava realmente surpreso com aquilo. Sempre soubera que aqueles quatro se gostavam, pois estava tão na cara quanto o amor que Rony e Hermione sentiam um pelo outro, mas nunca achara que eles assumiriam algo serio.
Ele sorriu e sentou-se entre Rony e Mione, mas depois de olhar mais uma vez pela mesa sentiu seu coração falhar por um segundo. Ela não estava ali. Ele baixou a cabeça e começou a comer. Mione e Rony foram os únicos a perceberem a tristeza dele e Mione disse.
“Ela está lá em cima. Não quis descer” e sorriu afagando os cabelos do amigo que sorriu amarelo de volta para ela.
“Você está bem cara?” perguntou Rony sincero.
“Estou sim. Só que tenho algumas coisas para contar, mas depois do café agente conversa” disse ele sorrindo novamente e comendo com vontade. Como sentira saudades das delicias da Sra. Weasley.
Depois que todos haviam terminado o seu café e as mulheres ajudavam a dona da casa a limparem a mesa Harry disse.
“Sra. Weasley ainda bem que eu só passo algumas semanas em sua casa, por que se eu passe os dois meses de férias de Hogwarts eu provavelmente não conseguiria subir na vassoura ou fazer qualquer outra coisa. Sua comida é simplesmente a melhor de todas” e riu junto com os outros.
“Ainda bem que você gosta Harry” sorriu de volta a mulher.
Rony ajudou Harry a levar as coisas dele para o quarto e saiu dizendo que precisava falar uma coisa com Gina. Mione e Harry ficaram a sós no quarto e depois de cinco minutos Rony voltou e fechou a porta atrás de si.
O ruivo se virou para Harry e perguntou diretamente e sem rodeios.
“Harry! O que você sente pela Gina?”.
Hermione olhou para o ruivo escandalizada enquanto Harry o olhava abobalhado.
“Como assim o que eu sinto pela Gina Rony?” respondeu com outra pergunta.
“O que você sente por ela cara” disse o ruivo ficando vermelho.
“Você sabe muito bem o que eu sinto por ela” disse Harry bufando.
“Já chega Ronald, isso não...”, mas a garota foi interrompida.
“Tem haver sim Mione. E eu não sei o que você sente por ela Harry” completou o ruivo.
“Você muito bem que eu a amo” disse Harry baixinho, mas firme.
“Eu não ouvi” respondeu Rony sorrindo mostrando a orelha para Harry.
Harry perdera o resto da paciência.
“EU AMO SUA IRMÔ disse o moreno gritando.
Rony riu gostosamente e disse.
“Que bom!” se calou.
Atrás da porta do quarto uma garota ruiva de olhos castanhos sorria de orelha a orelha.
“Ele me ama! ELE ME AMA” pensava ela e foi para o seu quarto pensando no que faria para reconquistar o garoto que mais amava. Talvez o levando a loucura.
Gina tirou toda a sua roupa e foi tomar um banho no banheiro que havia em seu quarto. Sendo a única menina da família era justo que tivesse um banheiro próprio. Depois que saiu e se olhou no espelho viu uma pequena marca na parte de trás de seu ombro esquerdo. Ela se virou e viu gravado em sua pele um delicado H.P em preto. Ela não se lembrava daquilo estar ali na noite anterior, mas se lembrava de ter sentido uma leve queimação naquele lugar assim que acordara.
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