O plano do Lorde



 


Ela estava lá. Sentada em um banquinho escorada no parapeito da janela de seu quarto olhando o sol se por no horizonte. Pensava em tudo que havia acontecido com ela nos últimos meses. Pensava NELE. Aquele garoto que a fizera suspirar durante anos, mas sem nunca olhar para ela. Mas ela continuava a amá-lo, tentara esquecê-lo de todos os jeitos conhecidos. Tentou se relacionar com outros rapazes, mas todos em vão. No fundo ela ainda o amava. Então finalmente ele a notou e para ela aqueles meses tinham sido os melhores. Jamais ela imaginaria que aquele garoto diria para ela que a amava, mas sempre acontece algo quando se está perto dele e agora estavam novamente separados. E ela nem sabia o por quê?



Ele havia terminado com ela sem dar uma mínima explicação. Será que ele estaria brincando com ela? Mas ela jamais o vira brincar com assuntos sérios. Principalmente AQUELE assunto. Ela ficava todos os dias olhando o pôr-do-sol e esperando que aquele termino de namoro fosse apenas um sonho e quando ele chegasse dali a dois dias, ele novamente a tomaria em seus braços e a beijaria com a mesma paixão de antes.



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Ele estava lá. Sentado em sua cadeira que havia na escrivaninha do quarto olhando o pôr-do-sol no horizonte. Pensava mais uma vez em tudo que havia acontecido nos últimos meses. Até seus pensamentos voarem em certa ruiva de olhos castanhos que o fazia tremer com um simples olhar. Como gostaria de te-la em seus braços naquele exato momento. Lembrava do beijo, do cheiro, do jeito com que ela lhe olhava, do sorriso, do jeito com que ela o acalmava sempre que estava com raiva e de tudo mais. Cada coisa que fazia dela a perfeição em pessoa.



Mas havia um motivo muito forte. Ele não podia colocá-la em risco. Havia perdido pessoas muito importantes para ele só pelo de ele ser o que e quem era. Não poderia suportar mais uma perda, principalmente a dela. Era um homem marcado e sabia disso. Para ela seria como investir em algo que jamais daria lucro uma vez que ele poderia morrer a qualquer minuto.



Mas a falta que ela fazia era grande demais. Dentro de dois dias seria maior de idade e partiria de vida de todos para sempre sem saber quando e se iria um dia voltar. Tinha uma missão a cumprir e se contasse a alguém poderia colocar tudo a perder, principalmente se contasse a ela já que com o gênio que a garota tinha, ela poderia querer ir junto. Já estava levando seus dois melhores amigos para a morte quase certa, imagine ter que levá-la junto sabendo de todos os riscos que correriam. Por isso havia terminado com ela. Para a garota pensar que ele não se importava com ela que não estava nem ai, mesmo que isso lhe causasse uma grande dor no coração.



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Faltavam agora apenas algumas horas para o aniversario e a chegada de Harry a casa dos Weasley. Gina estava mais uma vez olhando o pôr-do-sol e temendo seu encontro com Harry. Até que uma batida na porta tirou a ruiva de seus devaneios.



“Entre” disse ela se emoção e logo a porta se abriu e a cabeça ruiva de seu irmão, Rony, aparecia.



“Posso falar com você?” perguntou gentilmente.



“Claro” a disse sorrindo fracamente e se virando para o irmão que entrou e sentou em sua cama.



“Gina, eu sei que posso parecer uma pessoa que não entende as coisas, mas de uma coisa eu sei. Harry ama você” disse ele sem rodeios.



“Então se ele me ama por que terminou comigo Rony?” perguntou a garota já com a voz embargada e lagrimas nos olhos.



“Eu sei o porquê Gina, mas só Harry é quem pode lhe contar isso. É um segredo dele, mas uma coisa que ninguém pode negar só de olhar na cara dele é que ele AMA você” argumentou o ruivo.



“Eu não tenho segredos para com ele Rony. Sempre fui sincera com ele. Disse tudo a ele, jamais neguei-lhe nada e ele? Me esconde as coisas como se não confiasse em mim. Eu duvido muito que ele um dia tenha me amado como dizia” disse a ruiva de pé olhando para o irmão.



“Então me dê à chance de provar que você está enganada. De provar que Harry ama você e que jamais deixou de amar” disse Rony com um sorriso diferente no rosto.



“Por que está fazendo isso Rony?” perguntou Gina sorrindo para o irmão enquanto ele secava as lagrimas dela.



“Porque eu não agüento mais ver você chorando por isso. E por que sei que Harry também está sofrendo com isso. O conheço tão bem que até pelo jeito que ele fala de você, nas cartas, noto o seu sofrimento” disse o garoto.



“E você tem um plano?” disse a ruiva.



“E você acha que não tenho...” disse ele com um sorriso maroto e sorriu para a irmã que o olhava com ternura.



“E obviamente você vai me contar?” perguntou a garota antes de sorrir.



“Claro não é. O plano é o seguinte...” disse ele antes de sorrir também e contar para irmã o que havia planejado para descobrir se Harry realmente amava a garota.



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Eram 22h e 35 minutos. Faltavam exatas 1h e 25 minutos para que ele completasse 17 anos. Logo estaria longe daquela casa para sempre. Estaria livre de tudo e de todos. Ninguém mais mandaria nele. Ninguém. Harry já havia arrumado todas as suas coisas. Tudo estava dentro de sua mochila mágica. Desde suas roupas até a sua vassoura. O moreno já havia jogado no lixo a gaiola de sua coruja Edwiges. Não precisaria mais deixá-la presa então a soltou.



Ele deixou todas as coisas à mão e desceu para falar com os tios. Desceu as escadas e entrou na cozinha. Era sábado, o que queria dizer que toda a família estaria reunida lá para ver as noticias. Ele chegou e foi à geladeira pegar algo para beber enquanto os tios continuavam com a atenção voltada para a televisão. Quando os comerciais apareceram Duda se levantou e foi em direção à geladeira, mas quando viu Harry paralisou e disse.



“O que você está fazendo aqui?” e os tios olharam e finalmente notaram o garoto.



“Só vim dizer que estou indo embora amanha” e fez menção de sair da cozinha, mas o tio perguntou.



“Você já está indo?” como se o natal tivesse chegado mais cedo para ele.



“Sim. Amanha já terei completado 17 anos. Então esta casa não terá mais serventia para mim” disse ele com uma frieza que surpreendeu até a si próprio.



Duda e tio Valter olharam para ele com indiferença e voltaram novamente suas atenções para a televisão, mas a tia sustentava o olhar gelado de Harry com um misto de vergonha e tristeza que deixou Harry intrigado. Mas logo ele saiu e voltou ao seu quarto.

Pegou um pergaminho e começou a escrever.



“Nick

Foi muito legal conhecer você neste verão, foram muito divertidas as nossas conversas e as tardes no parque, pena que foram pouquíssimas. Então vim me despedir através dessa carta. Amanha estarei deixando a Rua dos Alfeneiros para sempre e espero vê-la em Hogwarts no dia 1º de setembro.



Beijos

Harry”

Ele leu a carta duas vezes e entregou a Edwiges. Ela decolou e aterrissou na casa a frente da dele e depois voltou sem esperar uma resposta. Já eram 23h. Mais uma hora e estaria livre para sempre. Sem ninguém dizer o que deveria e não deveria fazer. Sem o ministério da magia correndo atrás dele para cima e para baixo o impedindo de fazer magia. Estaria pronto para o que desse e viesse.


 


“Vá direto para a casa de Rony e me espere” disse para a coruja que deu um pio alto, abriu as asas e se perdeu na noite escura. Ele deitou na cama e fechou os olhos esperando que os amigos logo chegassem.



Harry estava tendo um sono tranqüilo, pensava em Sirius e em Dumbledore antes de morrerem e depois em Gina. Os cabelos flamejantes voando com o vento. O cheiro de flores do campo que o deixavam sem ar. O sorriso que o fazia tremer. Mas então o sonho mudou. Voldemort estava lá e matava a todos. Desde Sirius até Gina. Harry tentava de todas as maneiras impedi-lo, mas eram todas em vão. Então o bruxo com cara de cobra virou-se para ele e sussurrou em seu ouvido.



“Eu vou tirar tudo de você Harry Potter” e gargalhou friamente.



Harry gritou e acordou suado. Estava branco como um fantasma. Era real demais para ter sido só um sonho. Voldemort havia conseguido invadir sua mente pela primeira vez naquelas férias. Ele foi ao banheiro ao lado do quarto e lavou o rosto.



“Acalme-se Harry. Em breve tudo isso vai terminar e você vai se sair vencedor” o disse para o reflexo no espelho. Ele voltou para o quarto e olhou para o relógio. Eram apenas 02 horas da manhã. Ele pegou a varinha e disse “Floreios” e um lindo buquê de rosas saiu da ponta dela. Ele sorriu. Estava finalmente livre do feitiço que o impedia de fazer magia fora da escola.



Então ele ouviu um barulho vindo da sala de estar. O som de alguém aparatando. Ele levantou-se rapidamente já com a varinha em punho. Ele torcia para que não fossem Comensais da Morte. Ele teria muitos problemas se fossem eles.



Abriu a porta do quarto sorrateiramente e entrou no corredor. Movia-se como um puma para atacar a sua presa. Respirava devagar e andava mais devagar ainda. Quando chegou às escadas começou a ouvir vozes.



“Você disse que ele estaria em casa hoje” disse uma voz familiar.



“Eu achei que ele estaria. O meu contato falou que viu os tios saindo, mas que ele não estava junto” disse uma voz ainda mais familiar e Harry sorriu no pé da escada.



Havia alguns vultos na entrada da cozinha. Harry não conseguia distingui-los por isso apontou a varinha e disse.



“Quem são vocês?”.



“Somos nós Harry” respondeu a voz familiar de Lupin.



“Prove” disse.



“Meu nome é Remo John Lupin. Sou membro da Ordem da Fênix. Sou um lobisomem. Fazia parte do grupo dos marotos no meu tempo de Hogwarts. Seu pai era Tiago Potter que se transformava em um cervo, mas era atormentado por Sirius Black, que se transformava em cachorro, que dizia que ele era um veado” disse Lupin e sorriu para Harry que o abraçou forte.



“Hei! Calma ai Harry. Não quebre ele ainda” disse Tonks. A bruxa usava os velhos cabelos no tom rosa - chiclete e ria muito da expressão de Lupin ao ser apertado pelo moreno.

Harry e Lupin se soltaram e se encararam. Lupin parecia ter rejuvenescido. Estava com uma felicidade fora do comum para ele. Suas roupas estavam menos esfarrapadas e havia uma pequena aliança em seus dedos.



“Depois eu vou querer saber de todos os detalhes que você usou” disse Harry para Tonks de modo que só ela ouvisse.



“Se importam de deixarmos isso para outra hora?” falou uma voz irritada.



“Professor Moody?” perguntou o moreno.



“Já disse que não sou seu professor Harry” falou o homem. O olho mágico reluzindo na escuridão da cozinha.



“Será que podemos partir logo?” perguntou outra voz. Kingsley Shaklebolt.



“Sim. Temos que partir rapidamente. Venha aqui Harry” disse Moody. Ele pegou a varinha e tocou a cabeça do moreno. Ele sentiu a velha sensação de um ovo sendo quebrado em sua cabeça e escorrendo pelo corpo “Deu certo uma vez. Tomara que sirva de novo. Tonks pegue as coisas dele no quarto e o resto faça um reconhecimento do perímetro da casa” ordenou Moody e todos foram fazer o que tinham que fazer.



Depois de alguns minutos todos voltaram. “O perímetro ao redor da casa está limpo” disse Kin. E Tonks voltou com as coisas de Harry.



“Muito bem Potter. O plano é o seguinte. Como você pode ver está mais uma vez desiludido. Vamos aparatar próximo A TOCA onde um outro grupo nos espera. Estamos entre 10 pessoas aqui e lá mais 10 virão junto conosco para levar você até a casa dos Weasley” disse o bruxo e puxou o cortejo, com Harry ao centro, para fora da casa dos Dursley.



Moody caminhava a passos firmes sempre segurando a varinha dentro das vestes e olhando a todo o momento para todos os lados. Fazia uma noite quente e sem nuvens. Mas então esfriou quase que instantaneamente e todas as luzes próximas se apagaram e um nevoeiro denso caiu sobre eles.



Harry odiava ser protegido. Por que sempre tinha que ser tratado como criança? Mas desta vez seria diferente. Estava cansado de perder as pessoas que amava por ser incapaz de se defender sozinho, mas agora era diferente. Ele sabia se defender e assim o faria.

Vários sons de pessoas aparatando instantaneamente romperam o silencio da noite. E o som do ar sendo sugado próximo a eles indicava a presença de muitos dementadores a sua volta.



“Entreguem-nos o Potter. E podemos pensar e deixá-los vivos” disse a voz fria e arrastada de Bellatrix Lestrange.



“Nem preciso responder que NÃO entregaremos o garoto a você não é?” disse Lupin apontando a varinha para onde ele pensava que vinha a voz.


“Pegue o garoto e fuja Lupin. Quando eu mandar nós atacaremos enquanto você desaparata” disse Moody quase sem mover os lábios.



“Só queremos o garoto. Entreguem-nos e poderam...”, mas a frase nunca terminou de ser dita. Um grito na noite. Um jato de luz prateada saiu da ponta de uma varinha e um grande falcão prateado atacou os dementadores fazendo alguns desintegrarem-se e outros fugirem. Então mais gritos.



“AGORA” gritou Moody e uma seqüência de jatos de luzes de diferentes cores cortou a noite. Na confusão Lupin tentou pegar o braço de Harry, mas notou, tarde demais, que o garoto já entrara na batalha. Ele havia se desiludido e duelava habilmente contra dois comensais da morte. Ele fez menção de ir ajudá-lo, mas foi impedido por um jato de luz verde que raspou sua orelha. Ele se virou e deu de cara com Bellatrix Lestrange.



“Vamos lá seu imundo. Duele comigo ou será que a morte de seu querido amigo Sirius amoleceu você” disse ela e Lupin partiu para o ataque. Enquanto isso Harry continuava seu duelo com os comensais. Ele sabia o que tinha que fazer para ser levado a serio.



“Vejo que aprendeu a duelar Potter. Mas isso não será suficiente. ESTUPEFAÇA” gritou um dos comensais, mas Harry estava preparado e se jogou para o lado gritando “PROTEGO” para evitar que fosse atingido por um feitiço lançado por um outro comensal.

“Vamos Potter. Lute como um homem. Ou será que aquele idiota do Dumbledore nunca lhe ensinou isso. CRUCIO” gritou um dos comensais e Harry se jogou mais uma vez no chão para evitar a maldição. Levantou-se e disse.



“Eu vou ter muito prazer em fazer com você e depois com Voldemort. AVADA KEDAVRA” o gritou e um jato de luz verde saiu da ponta de sua varinha enquanto Harry sorria com o prazer de ter feito isso. O encapuzado não esperava por isso e não se moveu a tempo. O jato acertou-o no peito. Ele voou e caiu com um baque surdo no chão. Não se moveu mais e Harry virou a varinha para o outro e gritou “CRUCIO” o homem caiu no chão gritando e se contorcendo. Era uma dor terrível. Mas Harry logo parou e olhou no fundo dos olhos do homem aos seus pés.



“MORRA SEU VERME” e depois mais um jato de luz verde saiu de sua varinha cortando a noite.



“RETIRADA” gritou um dos comensais e todos desaparataram deixando Harry e os membros da ordem para trás. Lupin foi ao encontro de Harry e viu o que ele havia feito.

“Harry o que você...” o garoto o interrompeu.



“Sim eu os matei agora podem me tirar daqui?” havia sofrimento em sua voz. Ele havia matado duas pessoas. Era igual a Voldemort agora. Ele não devia ter feito aquilo.



Harry pegou no braço de Lupin e todos desaparataram.



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“Eles voltaram Mi Lorde” disse um homem vestido de negro e encapuzado.



“Mandem que entrem” disse outro com uma voz fria e terrivelmente aterradora.



O homem vestido de negro saiu e segundos depois outros oito homens igualmente vestidos de negro e ofegantes entraram no aposento.



“Onde ele está?” perguntou Voldemort friamente.



“Nós falhamos Mi Lorde. Os membros da Ordem da Fênix estavam protegendo o garoto” disse a voz arrastada de Bellatrix.



Voldemort olhou para aqueles oito comensais a sua frente e falou ainda mais friamente.



“Vocês são Comensais da Morte e foram derrotados por simples membros daquela porcaria de Ordem da Fênix. CRUCIO” disse ele apontando a varinha para todos eles. Todos caíram no chão se contorcendo de dor, mas Voldemort parou alguns segundos depois.

“Vocês não estavam em 10 Comensais? Responda-me Bella” ordenou.



“Sim Mi Lorde. Mas Potter matou Abner e Devon” disse com medo na voz.



“POTTER O QUE?” perguntou exasperado o Lorde. “Isso é verdade Bella?” perguntou virando a cara para a comensal que se levantava e ficava de joelhos.



“É sim Mi Lorde. E foi com a maior naturalidade possível. Como se ele tivesse tido algum prazer em fazer aquilo. Como se fosse um Com...” Bela não terminou a frase, pois Voldemort gritou.



“SILENCIO” seu cérebro absorvia todas aquelas informações e já armava um pequeno plano.

“Mi Lorde?” chamou a voz de Bela temerosa.



“Vocês tiveram sorte. Essa informação foi muito melhor do que trazer o próprio Potter até mim. Ela salvou suas vidas. Agora saiam e mande Severo entrar” disse sorrindo terrivelmente enquanto todos faziam uma ultima reverencia e saiam do quarto.



“O que será que o Lorde planeja agora?” perguntou um comensal a Lestrange.



“Isso não é da nossa conta Ferius. O Lorde sabe o que faz” e saiu à procura de Snape. Encontrou-o falando com Narcisa.



“O Lorde quer vê-lo Snape e parece urgente” disse ela e Snape zuniu para o aposento onde estava Voldemort.



Enquanto o antigo professor de Poções de Hogwarts ia à direção ao aposento de Voldemort. Esse mesmo pensava em muitas coisas.



“Então quer dizer que o poder do guardião foi corrompido. Se eu conseguir fazer o que planejei ninguém será capaz de impedi-lo e a mim de dominarmos o mundo. Mas tenho que pegar a herdeira. Esse é um trabalho que darei a um comensal especial” e sorriu mais uma vez.



Snape bateu na porta e Voldemort mandou que ele entrasse. Ele se ajoelhou em sinal de respeito e Voldemort levantou-se da cadeira onde estava sentado e disse.



“Tenho uma missão muito importante para você Severo. Confio-a a você por que sei que pode cumpri-la. Mas não deve contar a ninguém sob pena de morte” e olhou para o homem ajoelhado a sua frente.



“Obrigado Mi Lorde. Farei de tudo” disse Snape ainda de cabeça baixa.



“Eu sei que vai Severo. Agora. Vê este colar?” perguntou entregando uma foto de um colar fino com uma pedra vermelha. Parecia mais um rubi.



“O que tem ele Mi Lorde?” perguntou Snape.



“O que me diria se eu lhe dissesse que com esse colar eu posso fazer o grande Harry Potter se tornar um de nós?” falou entre gargalhadas.



“Com todo o respeito Mi Lorde, mas diria que o senhor está louco!” e esperou a reação de Voldemort que não veio.



“Eu sabia que diria isso Severo, mas lhe digo que louco é você. Este colar foi feito pela própria Morgana com apenas um propósito. Você sabe muito bem que Morgana é considerada a bruxa mais maligna que existe, mas foi derrotada por Merlim durante uma batalha terrível. Mas o que nunca foi dito a ninguém é que Morgana desejava Merlim ao lado dela e por isto fez este colar. O colar faz o lado negro de uma pessoa aflorar deixando o lado bom de lado. Faz com que a maldade escondida no coração da pessoa tome o lugar da bondade. Ela tentou colocar o colar em Merlim, mas falhou e ninguém nunca mais o viu. Recentemente recebi informações que ele está escondido em algum lugar na Inglaterra. Perto do litoral. Quero que você o traga para mim” disse Voldemort com um olhar maligno.



“Será uma honra Mi Lorde, mas como o fará para que Potter receba o colar?” perguntou Snape.

“Isso será tarefa para uma outra pessoa. Agora vá e mande a Srta. Parkinson vir até mim” disse Voldemort e Snape se retirou com uma reverencia



Minutos depois mais uma batida na porta e Pansy Parkinson entrava no quarto escuro. Ela era considerada a menina mais linda de toda a Sonserina. Tinha cabelos negros como os de Bellatrix até as costas, rosto com belas feições e corpo escultural e uma pela mais morena que a das demais meninas da casa da Serpente.



“É chegada à hora de provar que merece o nome de Comensal da Morte Srta. Parkinson” disse Voldemort friamente para a garota encapuzada a sua frente.



“Se completar a missão que vou lhe dar. Ganhara a sua marca negra” completou com um sorriso maldoso.



“Obrigada Mi Lorde” disse a menina com um sorriso nos lábios “E que missão é essa?” perguntou por fim.



“Seduzir Harry Potter!” exclamou ele.



“O que?” perguntou ela parecendo não ter entendido o que o mestre havia dito.



“Eu quero que você use seus “dons” femininos e traga Harry Potter até mim. Ou faça com que ele se atraia por você até que Severo volte da missão dele” falou Voldemort.



“Mas Mi Lorde. Potter é um maldito grifinoro. Por que acha que ele vai se atrair por mim?” perguntou ela.



“Está tentando dizer que não vai aceitar o que estou lhe dizendo Srta. Parkinson?” perguntou ameaçadoramente.



“Não! Desculpe-me Mi Lorde. É claro que aceito a missão” disse a garota a contragosto. Mas por dentro ela sorria afinal não seria uma missão muito ruim, pois Harry era muito lindo e gostoso. Assim ela pensava.



“Isso é ótimo. Pode sair e não comente com ninguém o que houve aqui. Está missão é só sua” disse Voldemort antes da garota sair com uma reverencia.



“Este ano vai ser bem interessante” disse Voldemort por fim.



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A comitiva que trazia Harry encontrou o outro grupo. Todos estranharam o jeito como Harry estava, mas ele nem notou. Primeiro por que não conhecia nenhum daqueles homens e mulheres e segundo por que seus pensamentos ainda estavam no acontecido de alguns minutos atrás.



Eles andavam rapidamente e logo encontraram o terreno onde deveria estar à casa dos Weasley. Moody pegou um pedaço de papel e entregou a Harry que o leu e decorou antes que pegasse fogo e desaparecesse nas cinzas.



Eles bateram à porta e logo saiu uma mulher baixinha, gordinha e ruiva. Ela correu e abraçou Harry.



“Que bom vê-lo querido e a salvo” disse ela.



“Nós temos que voltar Molly. Temos um “assunto” importante” disse Moody fitando Harry e caminharam de volta por onde vieram. Todos menos Lupin.



“Vamos entre Harry. Vou preparar alguma coisa para você comer” a disse empurrando o garoto e Lupin para dentro.



“Não precisa senhora Weasley. Só quero dormir” disse isso e se atirou no sofá. Não queria ir até o quarto que dividia com Rony sempre que vinha para a casa deles. Adormeceu segundos depois com a cabeça latejando.



“O que ele tem?” pergunto a mulher.



“Não vai acreditar se eu contar” e saíram para a cozinha.


 

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