Another Black
Another Black
Regulus sorriu levemente e sentou-se mais uma vez, encarando Marlene por longos segundos, até que ela ficasse sem graça e desviasse os olhos.
_Regulus, o que você... como você está aqui? – Lene perguntou confusa, afinal ele era do sexto ano, e a visita a Hogsmeade só fora permitida para os alunos do sétimo.
Marlene se assustou com o som, pois pela primeira vez na vida escutou uma risada dos lábios de Regulus. O riso não era caloroso ou escandaloso como o de Sirius, era mais contido, mas ela teve que sorrir.
_Digamos que não é só meu irmão que tem seus métodos de sair do castelo sem ser visto... – ele disse simplesmente e Marlene riu.
_Vai à festa, Regulus? – ela perguntou, mordendo o pretzel novamente.
_Receio que não. – ele respondeu de forma curta.
_Iria se eu o convidasse? – ela perguntou sem encará-lo.
_Tente. – ele sorriu.
_Gostaria de me acompanhar à festa de máscaras, Regulus Arcturus Black? – ela disse revirando os olhos com ironia.
_Certamente, Srta. McKinnon... – ele respondeu dando um beijo na mão esquerda de Lene, que ela trazia sobre a mesa.
_Me chame de Lene, por favor... – ela pediu – Srta. McKinnon parece que estou falando com um professor...! – disse Lene, fazendo com que ele risse.
_Então, vamos sair daqui, McKinnon? – ele sorriu misteriosamente, levantando-se da mesa, e Lene o acompanhou.
_Aonde vamos? – ela perguntou com curiosidade. Não sabia por que, mas sentia como se devesse acompanhar Regulus, por mais que sua razão dissesse o contrário.
Regulus olhou para Marlene e sorriu de canto, sem se dar ao trabalho de respondê-la. Os dois caminharam por um tempo em silêncio, até que o moreno sentou-se em um banco de pedra sob um pinheiro. O sonserino indicou o lugar a seu lado para que Lene sentasse, e ela o fez.
_Ok... – ela começou – eu sei que estou ficando repetitiva, mas o que você quer comigo, Regulus? – perguntou pela terceira vez.
Regulus suspirou pesado, antes de responder, murmurando.
_Você fica mais bonita quando não se esforça tanto para entender coisas que não devem ser explicadas...
Lene corou levemente com o elogio, se é que aquilo podia ser chamado de elogio.
_Por que você e Sirius não se dão bem? – ela perguntou, após alguns segundos.
_Porque meu irmão tem a irritante mania de pensar que sabe de tudo... – ele respondeu com um riso debochado – Tenho certeza que você concorda comigo...
_Digamos que sim... – Lene sorriu.
_E, portanto, ele pensa que eu fiz coisas que não fiz. – disse Regulus desviando o olhar, e Marlene percebeu que ele não se sentia confortável em falar do assunto.
_Você se refere ao que Sirius diz sobre... – ela respirou fundo antes de dizer – Sobre você ter se unido a você-sabe-quem?
Regulus respirou fundo, e concordou com a cabeça.
_Eu não sirvo ao Lorde. – ele disse – É o desejo da minha família, mas por enquanto, ainda estou conseguindo alongar meu tempo, até que pense em algo para... para não receber a marca... – ele levantou a manga esquerda das vestes, mostrando o ante-braço livre de qualquer marca.
_Mas... mas porque você não conversa com seu irmão? – Marlene perguntou, encarando o belo moreno a sua frente.
_Estamos muito bem assim. Não há porque mudar justo agora. – ele disse seriamente, e Marlene percebeu que, como o irmão, Regulus era um tremendo cabeça dura, que não mudaria de ideia.
Ficaram em silêncio por mais um longo tempo, até que Lene decidiu falar algo.
_Você é bem diferente do que eu imaginava. – ela disse em tom baixo.
_E você é exatamente como eu pensei, McKinnon. – ele a encarou, sorrindo de canto enquanto ela fazia uma careta para ele, por chamá-la pelo sobrenome.
Lene pegou o saquinho do Três Vassouras que continha ainda, um pretzel, e deu uma mordida no doce. Tinha se esquecido da fome, mas agora ela tinha voltado. Regulus observou a menina deliciar-se com o biscoito; ela parecia uma criança naquele momento, uma linda criança, aos olhos dele. Ao perceber que o moreno a observava, Lene corou de leve. Regulus riu e ela sorriu para ele.
_Você quer? – ofereceu o pretzel, percebendo, então, o quão perto estavam e sentindo um frio no estômago.
Regulus pareceu considerar um pouco, não estava acostumado a gestos simples como aquele. Sentia-se agora, como uma criança, prestes a aprontar alguma, mas com um sorriso, mordeu o pretzel que Marlene segurava. A morena riu do modo sem-graça com que Regulus comia na frente dela. Aparentemente, o garoto não estava acostumado a gestos como aqueles na frente de uma... senhorita, como ele próprio havia dito.
_Você tem que se divertir mais, sabia? – ela riu, pegando o pretzel e dando uma mordida.
_Me ensine, então... – Regulus sorriu, colocando o biscoito de lado, e a encarando.
Marlene desviou o olhar, envergonhada. Parecia que o charme era característica comum aos membros daquela família. Regulus aproximou-se dela ainda mais, e tirou do rosto alvo da garota uma mecha de seus cabelos escuros. Lene sorriu para ele, por um segundo confundindo aqueles olhos azuis com os de Sirius.
_O que está acontecendo aqui? – ela escutou a voz irritada de Sirius dizer a suas costas, e então percebeu que aquele sentado ao seu lado não era o grifinório – O que você está fazendo com ela, Regulus? – ele gritou com o irmão, aproximando-se dos dois sentados no banco.
Marlene assustou-se ao ver a expressão raivosa de Sirius. Era raro vê-lo daquele jeito, mas ela não teve muito tempo para pensar, pois logo, os dois irmãos já estavam portando as varinhas, em posição de ataque.
_NÃO! – gritou, colocando-se entre os Black.
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N.A.:
Espero que estejam gostando!!
(Eu adoro o Six E o Reggie! hehehe)
Bárbara, muito obrigada pelo cometário, lindaaa! *--*
Prometo fazre o melhor que eu puder, oks?? ^^
Beeijos!
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