Capítulo II

_Hogsmeade! Hogsmeade! Hogsmeade! – Marlene acordou com o som animado das meninas que cantarolavam sobre o dia de compras. A morena fechou ainda mais as cortinas que existiam em torno de sua cama, procurando livrar-se do som, sem sucesso.

_Lene! Anda logo! – chamou Lilian – Vamos, os meninos devem estar esperando...

_Que esperem até criar mofo, então... – Lene murmurou, colocando o travesseiro sobre a cabeça.

_Leeeeene! – chamou a ruiva novamente.

_To indo, Lil's, to indo... – ela suspirou pesadamente, levantando devagar – Festa idiota... - murmurou após dar bom dia às amigas, que transbordavam agitação.

Meia hora depois, Marlene, Lilian, Dorcas e Emmeline desciam as escadas do dormitório, indo para o Salão Comunal da Grifinória, onde os Marotos as esperavam.

_Minha ruivinha! – sorriu James, abraçando Lilian, enquanto Sirius fingia um enjôo com o carinho entre os namorados, fazendo com que todos rissem.

_Bom dia, meninas... – disse Remus educadamente, dando uma das mãos à Emmeline, sua namorada.

_Vamos logo, gente? – chamou Marlene, e todos andaram em direção às carruagens que os levariam à Hogsmeade.

_Siiiix! – uma voz feminina chamou o nome do Maroto quando os oito estavam prestes a entrar na carruagem – Tudo certo para hoje às quatro no Madame Puddyfoot, não é? – ela piscou para o moreno, que pareceu se esforçar para se lembrar quem era ela.

_Hmmm, claro... – ele disse, pensativo – Claro, querida... – disse sorridente, já que não se lembrava o nome da loira em sua frente – Como pensou que pudesse ter me esquecido?

_Só um lembrete. – ela sorriu, puxando – o pela gravata e fazendo menção de que ia beijá-lo. Sirius, entretanto, desviou-se divertidamente.

_Guarde pra mais tarde... – e riu, entrando na carruagem.

_Quem é essa, Pads? – perguntou James corriqueiramente.

_Putz, num lembro o nome dela por nada... Mas acho que a gente tinha um encontro...

_Do qual você se esqueceu, claro... – James riu do amigo.

_Memória seletiva, Prongs... – o moreno riu.

Durante todo o episódio, Remus encarava tristemente a morena a sua frente. Marlene parecia à beira de lágrimas, era claro como ela ficava abalada com este tipo de comportamento vindo de Sirius; e Moony simplesmente não podia entender como o amigo era tão burro a ponto de não ver a garota que estava desperdiçando.

_Que foi, Remie? – perguntou Emmeline carinhosamente, percebendo que o namorado estava quieto.

_Nada... – ele sorriu de canto – Ainda bem que eu percebi o quanto gostava de você a tempo, Emmy... – abraçou a namorada ainda mais forte, vendo um sorriso tristonho surgir nos lábios de Lene enquanto o vilarejo de Hogsmeade se aproximava.

Já na cidade, os amigos seguiram para as compras – as meninas, animadas, e os meninos, como se estivessem indo para a forca. Foram até a loja mais famosa de máscaras da vila, a Zurka's. Enquanto Sirius, James, Remus e Peter escolheram suas máscaras em dez minutos, as garotas tomaram quase uma hora tirando e colocando uma e outra, até decidirem a que ficaria perfeita com seus vestidos.

Quando saíram da Zurka's, já era 3:45, então eles começaram a se separar. Sirius foi para seu encontro com a menina sem nome no Madame Puddyfoot, acompanhado de James e Lily, que também iriam para o local. Remus e Emmy decidiram ir à Zonko's, porque a menina queria comprar o presente de seu irmão caçula. Peter seguiu para a Dedosdemel com Dorcas, e, por fim, Lene ficou sozinha.

_Droga... – murmurou ao ver que sobrara.

A garota andou meio sem-rumo até que decidiu ir para o Três Vassouras, aonde poderia, ao menos, comer alguma coisa.

_Boa tarde, Rosmerta... – sorriu para a dona do bar, sentando-se no balcão.

_Olá, Lene, querida! – a mulher sorriu de volta – Sozinha? Cadê os outros?

_Namorando. Lily e Jay, Emmy e Remus, Peter e Dorc... – ela sorriu de canto – E o Sirius se agarrando com uma menina aí... – completou em tom baixo.

_Pensei que estivesse com o Black... Lindo esse menino, McKinnon! Como ainda não o amarrou? – Rosmerta riu.

_Não, - Lene riu também, pensando em Sirius se amarrando a alguém – Não estamos juntos, Rosmerta...

_Mas fariam um casal invejável... – a loira piscou para Lene – Vai querer algo, querida?

_Dois pretzels, por favor... – Lene pediu – Já que não tem nada pra fazer mesmo, quem liga se eu comer...

Marlene esperou que Madame Rosmerta lhe trouxesse o pedido no balcão e então se dirigiu a uma mesa.

_Incomodo? – escutou uma voz dizer, de algum ponto às suas costas. Sirius, pensou imediatamente. Não, muito polido pra ser Sirius... Virou a cabeça para ver de quem se tratava e deparou-se com um moreno de olhos azuis acinzentados e porte formal.

_Regulus? – ela não conteve a surpresa.

_Quem esperava que fosse, McKinnon? Sirius? – ele revirou os olhos e Marlene sentiu o rosto queimar.

_Eu... eu... o que quer, Regulus? – ela perguntou, cansadamente.

_Sentar-me. – ele respondeu de forma simples – Se permitir.

"Como se Sonserinos atendessem à vontade de alguém..." – pensou ela sorrindo debochada.

_Sente-se. – apontou a cadeira a sua frente. Estava, no mínimo, curiosa para saber o que o irmão de Sirius queria com ela.

_Estou surpreso em vê-la desacompanhada. – ele sorriu de leve, e Marlene identificou ali uma semelhança com Sirius: os dois sorriam de canto, exatamente da mesma forma.

_Todos estão ocupados. – ela disse, fingindo não ligar, enquanto dava uma mordida no pretzel.

_Eu vi a ocupação de Sirius passando por aqui há alguns minutos. Bela ocupação, por sinal... Pelo menos o bom gosto da família ele herdou... Por mais que eu prefira meninas do tipo menos... oferecidas, com o perdão da palavra.

Lene sentiu o sangue ferver, e por pouco não se levantou para gritar com Regulus. Ela notou que ele havia percebido seu desconcerto ao falarem de Sirius. Estava quase se erguendo quando o braço firme de Regulus a segurou no lugar.

_Não disse isso a fim de irritá-la, McKinnon, por mais que possa ter parecido. – ele se desculpou, e Lene não entendeu porque, mas sentou-se.

_Afinal, Regulus, pode me explicar o que quer? – ela suspirou cansada – Nós nunca conversamos antes; seu irmão, meu melhor amigo, te odeia; não suporto seus amiguinhos sonserinos... Pode me explicar o que te fez vir aqui?

_Você estava sozinha. – Regulus respondeu após alguns segundos – Pensei que pudesse querer conversar. Antes perguntei se minha presença a incomodava. Já tive minha resposta, com licença. – ele disse, de forma educada, como sempre, levantando-se da mesa.

_ Não, Regulus. Fica... Fica aqui. – ela pediu sem nem entender por que.

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n.a: heey, ya!

eu sempre curti o Regulus. Sei lá, acho que por pensar que ele teria salvação, sabe? E, ao invés de colocar a Lene pra sair com qq um (hãn!), o Reggie vai ser o par dela por enquanto! uahuahauhau

Espero que, se alguém anda lendo isso, deixe ao menos um comentariozinho, people! ahahhaha

beeijos. s2