Moisés, aquele que abriu os ma

Moisés, aquele que abriu os ma



  Ao chegar ao sitio, já estava noite, eu quase não reconhecera, devido o escuro e não ter passado alguns dias lá fazia dois anos. Pois ficara perigoso para mim e meus pais, por concequência do retorno do Lorde-Das-Trevas. Mas ainda reconhecia o caminho apesar das grandes folhas de capim navalha, que faziam quase um muro de dois metros. 


   Enquanto eu usava o feitiço Reducio fazendo as imensas folhas diminuírem, meu tio foi um pouco mais esperto ergueu a varinha e sem esperar disse: 


Incendium! – e rapidamente as folhas entraram em chamas e viraram cinzas revelando a escada que levava a minha antiga casa. 


   Para minha surpresa ao subir os íngremes e largos degraus, me deparei com uma figura estranha encapuzada, com um grande cajado em suas mãos. Era ela uma estatua, mas quando me aproximei ela ergueu o cajado em minha direção e em uma voz roca e sombria exclamou: 


– Anuncie-se para entrar! – mesmo sabendo que algo iria acontecer continuei andando e dei de cara ao que parecia ser um grande e largo pedaço de vidro. Olhei para traz e rindo de mim meu tio. 


– A família é vossa casa! – disse ele à estatua, que no mesmo instante abaixou o cajado e o grande vidro se desfez, e ao fundo vi o as folhas queimadas crescerem a seu tamanho normal como uma fênix renascendo das cinzas.


    Assim que passamos pela estatua com meu tio ainda rindo de mim, vi o escudo mágico se fechar, e nós prosseguimos andando pela varanda passamos pela grande mesa de mármore e chegamos até a porta.  


   A nossa espera estavam minha mãe e meu pai que ao me verem saíram correndo e me abraçaram e disseram que sentiram saudades e queriam muito me ver e conversar. Afinal eles não me viam fazia quase três anos. 


 – O que era aquela coisa lá na escada? – perguntei furioso por não saber que meus pais tinham uma estatua que faz magia. 


 – É uma estatua encantado, filho – respondeu meu pai – Ademir a colocou para vigiar a entrada da casa há alguns meses atrás. 


 – Como assim você veio aqui e não me trousse? – perguntei indignado, mas meu tio deu de ombros. 


 – Você ainda estava na escola quando ele veio! – disse minha mãe – Não culpe seu tio elo só queria nos proteger. 


 – Falando em nós, cadê o Kaleb? – perguntei (Kaleb é o meu mano mais velho e também é bruxo, só que deu mais sorte que eu, em vez de ficar com o tio Mi ele foi pra casa da vó que também é bruxa. E nas férias vem pra casa, por enquanto porque esse é seu ultimo ano na escola) – Ele ainda ta na casa da vovó? 


 – Aham! – disse minha mãe – É que ele ta desenvolvendo uma nova poção... E preferiu ficar lá e acabar o trabalho. (já mencionei que meu mano é expert em poções???).


  – Ele disse que viria para casa depois de amanha – disse meu pai. 


 – E qual é essa nova formula? – perguntou tio Mi. 


 – Ele ainda não revelou do que se trata, mas tem alguma coisa a haver com meta-morfose. – respondeu meu pai. 


 – Então vamos jantar? – propôs mamãe, nos direcionado para a sala de jantar – Como eu sabia que viria desta vez, Kaike, preparei seu favorito, frutos do mar! 


 – Wau! – indaguei vendo a grande mesa farta e decorada com tudo que era peixe. Tinha camarão, bacalhau, tainha, lula, lagosta e ainda por cima um tubarão, todo cortado em tiras coberto por um molho de vinho do porto. 


   Sentamos e jantamos enquanto meu tio explicava a meus pais o novo caso que encontrara. 


   Posteriormente enquanto todos estavam dormindo, sai do meu quarto e fechei a porta levemente para não fazer nenhum tipo de ruído, desci as escadas bem devagar até chegar à pequena saleta, onde pude ver as chaves da “lamborghini” em cima de uma mesa redonda de vidro. 


   Peguei as chaves e atravessei a pequena sala até chegar à cozinha, tentei abrir a porta, mas estava trancada, e eu não sabia onde as chaves estavam. No mesmo instante ergui a varinha... 


 – Alohomora! – entoei em tom baixo, na mesma hora a porta se destrancou a abri, e sai na ponta dos pés atravessando a grande, vazia, e escura varanda até chegar à macabra estatua na frente da escadaria.  


   Assim que cheguei bem perto para falar a frase que meu tio dissera antes, mas ao chegar perto ela abriu os braços cujo em uma das mãos esta o cajado que era desnecessariamente maior que ela. 


   Depois da cena “O Cristo Redentor”, pude ver o mato abaixo da escada se abrir formando uma passagem (cara a estátua não era o cristo redentor era o Moisés que abriu os matos), então tive certeza de que poderia passar. Desci a grande escadaria, e passei pelo caminho que a estatua abrira até chegar á “lamborghini” do tio Mi.  


   Abri o porta malas e com bastante sofrimento tirei o enorme e pesado Livro de lá. O joguei no chão e em vez de carregar fui mais esperto, levantei a varinha... 


 – Vingardium Leviosa! – entoei com um movimento preciso. Ergui o Livro bem no alto e voltei pelo caminho que vinha, enquanto atrás de mim o mesmo se fechava. Ao subir a escada, quase morri do coração, ao ver que meu tio estava ao lado da estatua. 


   Desconcentrei-me com a cena e o livro começou a cair, ao mesmo instante meu tio pegou a varinha... 


 – Aresto Momentum! – reduzindo a velocidade do Livro, aterrizando-o ao chão sem fazer o menor ruído. 


– Mas o que... – resmunguei totalmente assustado.


  – Você devia ter mais cuidado ao mexer nas coisas dos outros. – advertiu-me ele – Você quer mesmo ler esse Livro não é? Do que ele trata? 


 – Não sei só o peguei porque ele era grande. – respondi tentando desviar meu nervosismo. – E alem disso não tem nenhum titulo ou anuncio do que ele trata. 


   Meu tio o pegou e o colocou sobre a grande mesa de mármore. 


 – Parece que você não vai poder ler esse Livro.


 – E por que não? – perguntei indignado. 


 – Porque ele está trancado – mostrou-me ele a fechadura na lateral do Livro – E não é uma fechadura qualquer, precisa tanto da chave quanto do sangue de quem o escreveu para poder abrir. 


 – Não da pra abrir com o... 


 – Não! Alohomora só abre portas e janelas que não foram trancadas por magia. – respondeu-me ele com uma cara de: “você deveria saber disso”. – Então acho que terá que devolver a biblioteca. Porque mesmo que você tenha a chave, você não poderá abrir sem o sangue do autor, que nesse caso já deve ter morrido há um século a trás.


  – Será que os gêmeos lá da biblioteca não tem uma copia? – perguntei ressentido.


  – Acho que não, primeiro que eles só têm o original, e segundo que se o Livro foi trancado antes de ter ido parar na biblioteca não teria como alguém tê-lo aberto e o copiado. 


 – Então acho que terei de devolvê-lo?! 


 – Receio que sim. Mas veja pelo lado positivo quando nós formos você irá encontrar outro livro tão grande e pesado quanto esse. 


 – É acho que sim – disse rindo. 


 – Então vamos voltar lá para dentro você precisa descansar não dormiu quase nada. 


 – Mas pelo menos posso levar o Livro? – perguntei.


 – Claro! Mas vê se você dorme um pouco. – disse ele com uma cara de desconfiado.  


   Levantamos e fomos para nossos quartos, eu com o Livro mais pesado do mundo em meus braços subindo a escada. 


   Quando cheguei a meu quarto coloquei o Livro em cima da cama e tentei dormir, mas como eu não queria nem um pouco passar o resto da minha vida com um sentimento de culpa por não ter lido aquele Livro, tive uma das minhas maravilhosas idéias. 


   Então levantei e fui até o quarto ao lado, cujo dono era meu irmão Kaleb. Para minha grande surpresa (ironia ok’s!?!) a porta estava trancada.  


   Mas como irmão mais novo sempre sabe com ferrar com as coisas dos mais velhos eu sabia que Kaleb guardava uma copia da chave do quarto dentro do banheiro, que ficava na extremidade oposta ao quarto no final do corredor. 


   Fui até lá abri a porta devagar e fui até a ultima gaveta, do armário que ficava debaixo da pia. Abri a gaveta e levantei o fundo falso e lá estava a chave do quarto.(kara isso que eu acho que é idiotice uma pessoa com magia esconder uma chave num fundo falso.TENSO). 


    Peguei a chave e fui até a porta do quarto, encaixei a chave e destranquei a porta. Entrei no quarto, estava como eu me lembrava, a estante de livros encostada na parede ao lado da janela. A frente da janela a cama, e ao lado esquerdo da cama o armário feito de mogno. A frente da cama, mas do lado do armário sobre a mesa quite de química (ironia porque é um belo aparato muito grande mesmo), do meu irmão. 


   Andei até a estante procurar por algum livro, que pudesse ter a resposta pro meu problema. Ou pelo menos uma receita de poção para recriar sangue a partir de um livro.  


   Procurei, procurei, e não achei nada. Folhei todos os livros da estante, um por um e nenhuma poção que prestasse. Então decidir apelar um pouco mais, retirei a varinha da cintura... 


 – Accio! Livro de feitiços de sangue! – o que na hora me pareceu uma boa idéia, mas não foi. As portas do armário se abriram e uns quinze livros voaram encima de mim.


   Pra mim pensei que todos iam acordar, mais lembrei que meu irmão pusera um feitiço de som, pois minha mãe reclamava muito do barulho que fazia quando alguma poção dele explodia. (na maioria das vezes eu que botava ingredientes errados dentro do caldeirão)  


   Comecei a ler os livros, mas nada de achar algo que me favorecesse. Mas ai que eu achei um ritual de busca para pessoas. Precisava de um objeto da pessoa, e um pouco de seu sangue, ou algo que tivesse seu DNA. 


   Mas me lembrei de que não ia adiantar porque quem escrevera o Livro já havia morrido. Porem tive outra das minhas idéias, e se o sangue de um parente, ou melhor um descendente do autor pudesse abrir o Livro.  


   Procurei ver se o feitiço tinha alguma restrição com pessoas da família, mas não encontrei nada, e a essa altura do campeonato qualquer coisa pra mim era bem vinda. 


   Portanto iniciei a preparação para ritual do feitiço ali mesmo, pois se algo desse errado ninguém poderia ouvir. Fui até o livro para ver os ingredientes, precisava de:                                 


 


1º: Doze velas, quatro vermelhas e oito brancas.


2º: Um recipiente fundo redondo e de madeira, com agua ate a metade.


3º: Frasco de leite de Oliveiras Oráculos da Grécia.


4º: Globo de profecia Vazio.


5º: Olho de falcão.


6º: Bússola sem ima.


7º: Objeto pessoal da pessoa à ser encontrada.


8º: Sangue único e definitivo    


 


   Quando olhei a lista percebi que precisava de um pedaço literalmente do autor do livro. Logo fui até o Livro ver se achava um pedaço de pele nele agarrado a capa ou as pontas das paginas do Livro.


 Voltei ao meu quarto e me jogue na cama onde o Livro estava, o levantei com dificuldade e o levei pro quarto de Kaleb. Lá comecei a procurar, mas não achei nada quando vi que não tinha mais jeito o ergui com todas as minhas forças acima da cabeça, e o arremessei. 


   O Livro foi de encontro à parede ele bateu e caiu no chão, foi quando um envelope velho e amarelado dele caíra.  Quando vi fiquei surpreso e fui até lá ver o que era. No envelope estava escrito: 


   “Primeiro corte de cabelo.” – abri o envelope e lá estava o que eu mais precisava um tufo encaracolado de cabelos vermelhos escuros.  


   No mesmo instante gritei tão auto que se o quarto não fosse enfeitiçado, acho que até os visinhos que moram a uns dois quilômetros iriam ouvir. 


   Por conseqüência, fui até o armário para verificar se meu irmão tivera o resto dos ingredientes. Abri a porta do armário e peguei a grande maleta de frascos dele. Deveria ter uns quinhentos frascos lá, cada um tinha uma cor, uma textura, um cheiro diferente. 


   Procurei pela etiqueta e achei o frasco do leite das oliveiras, era branco e gosmento parecia um mini frasco de shampoo. (o que posteriormente eu fiquei sabendo que oliva e bom para os cabelos). 


   Procurei nas gavetinhas embaixo dos frascos e também achei o olho de falcão, que estavam em pequenas e brilhantes caixas prateadas com uma faixa de promoção em cima dizendo:  


   “LEVE TRÊS PAGUE DOIS” 


   Peguei a caixa e coloquei em cima da cama junto com o frasco de oliva. Fui até meu quarto e peguei debaixo da cama uma caixa, de quando eu era escoteiro, antes de virar bruxo. Dentro dela continha meu uniforme, um rolo de corda, fita adesiva, fósforos, botas, e o que naquele momento me serviria, à bússola. Peguei-a e a abri, retirei do seu interior o ima que a fazia apontar para o norte. 


   Levei-a e coloquei junto com os outros objetos que estavam em cima da cama de meu irmão.  


   Olhei novamente para a lista e vi que precisava ainda das velas, da bacia e do globo. Desci até a cozinha sem emitir nenhum tipo de som e peguei uma grande bacia, que minha mãe deixara atrás do armário da cozinha, onde ela colocava coisas de molho.


   Peguei-a e coloquei em cima da mesa da cozinha. Fui até o armário e peguei uma caixa de velas, que continhas exatas doze velas, coloquei-a dentro da bacia e levei-as para o quarto de Kaleb. 


   Deixei a bacia com a caixa de velas em cima da cama, e fui até meu quarto pegar o ultimo “ingrediente” o globo. Que por sorte eu “pegara emprestado” na minha primeira aula de adivinhação. 


   Já estava tudo quase pronto, retirei os livros que eu tinha espalhado do chão e segui as instruções do livro de feitiços.  


              Coloque  o  recipiente  com água morna no chão, envolta dele ponha as velas formando um circulo, porem as velas vermelhas terão que estar de acordo com os pontos cardeais de sua localização...


 


   Até a parte da bacia estava tudo bem, só que percebi o que parecia ser um problema, as cores das velas, eu tinha doze brancas, mas eram necessárias quatro vermelhas. 


   Então coloquei quatro velas e apontei a varinha para uma delas... 


Proteu – e a vela que eu apontara brilhou, e em seguida as outras três também. Mirei de novo na primeira e disse... 


 – Vermelho Colorare! - e as quatro ficaram vermelhas. – Agora já posso continuar. 


   Peguei e a coloquei na bacia com água morna, e as velas envolta do jeito que mandava o livro. Depois li o resto...


                           


...Posicione  ao centro do recipiente e dentro d'água a bússola, em cima dela o globo, e em cima do globo pingue o sangue, mas certifique-se de que a base do globo toca a água.


   Derrame o leite formando círculos em volta do globo. Acenda as velas vermelhas... 


 


     Corri até meu quarto, e peguei dentro da minha caixa de escoteiro a caixa de fósforos. Voltei até meu quarto e acendi as velas vermelhas, e posicionei a bússola o globo e derramei o leite de oliva. E li o ultimo passo do feitiço... 


 


           ...Coloque o objeto a frente do recipiente, em frente á vela norte, com o olho sobre o mesmo.


   E por fim, conjure o feitiço Orienta-me.    


 


  


   Realizei todo o procedimento só faltava conjurar o feitiço. Respirei fundo levantei a varinha e não sei por que mais gritei... 


 – Orienta-me!!! – e imediatamente três velas se apagaram, restando somente uma a que estava a minha direita e representava o oeste. 


   Sua chama ficou mais forte e intensa foi ai que olhei para a bacia. Quando percebi estava sendo sugado para dentro da água branca e espessa por causa do leite de oliva. Senti como se estivesse saindo do meu corpo e seguindo aquela direção. 


    Tinha a impressão que estava voando, só que muito rápido indo, indo até chegar a uma igreja construída num precipício e com uma grande ponte com arcos enormes, com uma cachoeira a seu lado.   


   Parecia que eu estava desacelerando, porem não estava. Continuei indo até atravessar o grande vitral até que parei na frente de uma linda garota, com cabelos vermelhos cor de fogo e lisos, mas nas pontas encaracolados, com olhos verdes tão penetrantes que até podia ver a morte. (eu sou mesmo emo né???).


    Ela vestia um vestido longo sem mangas com um decote em “V” com um aparente cordão de prata com um pingente m forma de pena, e usava um complemento de braços como se fossem mangas. Era ela a garota mais bonita que eu já vira...

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