Mistérios

N/a: Ok, antes de lerem, em primeiro lugar tenho que me desculpar pela demora.
Sinto muito
E em segundo, o que acharam da minha nova capa?
Foi feita por uma de minhas leitores, essa montagem na minha opiniao ficou realmente muuuuito boa, nao?
Foi feita por AgathaPedotte !
Entao, me falem do que acharam, pq na minha opiniao, essa capa agora, ficou muito melhor do que a que eu tinha, nao?

 

- Não! - gritou Harry ao ler um artigo no jornal - Não pode ser!

- O quê foi? - perguntou Hermione que até aquele momento estava somente escrevendo seu dever de casa.


O fogo da lareira iluminava o salão comunal, clareando o rosto de Harry, o garoto olhava o Profeta Diário com raiva.

Era só o que faltava, será que as coisas não estavam ruins os suficiente?

Seu melhor amigo havia os deixado, havia os abandonado, ou pelo menos era o que parecia.

Rony não os anunciava absolutamente mais nada do que os Killmugs planejavam, Harry sabia que havia algo mais, algo que Rony não os estava contando.

Ele confiava em seu amigo, sabia que tinha algo que Rony realmente não podia lhe estar contando.

Já Hermione, Harry percebeu que estava perdendo a confiança.

Mas ele sabia que era por medo, medo de que Rony virasse o traidor da Profecia, aquele que traí seus verdadeiros amigo, ela tinha medo que Rony voltasse a virar um abominador de trouxas, que voltasse a odiar.

Claro que Harry não culpava sua amiga de pensar tais coisas, afinal o ruivo realmente voltara a tratá-la mal, mas era tudo disfarce, era isso que Harry sempre voltava a dizer para sua amiga quando o ruivo lhe xingava quando algum sonserino a zoava por ser nascida-trouxa.

"Como você pode ter certeza?" - perguntou Hermione uma vez, depois do acontecido.

“É somente olhar nos olhos dele" - foi o que Harry lhe respondeu.

E era verdade, afinal sempre que Rony falava mal sobre os trouxas na frente dos sonserino, Harry notava que o arrependimento dominava em seu olhar sincero e cheio de remorso.

Já havia uma semana desde a última vez que o trio ficara sozinho e aquela não poderia ter sido uma semana pior...

Os sonserinos usavam cada oportunidade para provar que eram melhor que qualquer "sangue-ruim", pareciam mais confiantes que geralmente e obviamente que Rony tinha que fazer parte dos desaforos dos "amigos".

Uma certa vez, eles começaram a enfeitiçar nascidos-trouxas do primeiro ano e Rony, depois de algumas risadas dos sonserinos e perguntas de por quê não estava se divertindo juntamente com eles, havia finalmente decidiu enfeitiçar um dos alunos.

Claro que ele teve problemas com McGonnagal, mesmo ele tendo usado um feitiço muito simples (ele somente fez que a cabeça de um garotinho ficasse um terço maior do que já era, enquanto os outros haviam feito que os alunos voassem pelo ares e os jogaram no lago, enquanto seus corpos inchavam e ficavam pesados demais para os coitados conseguissem nadar)

E quando os sonserinos chegavam perto de Hermione e Harry, não demorava nem alguns minutos, para que começasse os desaforos.

Como os outros estavam começando a estranhar que Rony não estava fazendo parte do jogo, ele dava um suspiro e fazia uma demonstração muito convincente sobre como os trouxas e sangue-ruins eram uma vergonha para todo o mundo da magia, era até convincente demais.

Tanto que Hermione começara a duvidar sobre os propósitos verdadeiros de Rony com os Killmugs mirins, mesmo que depois de cada uma dessas cenas, Harry notava que por trás dos ombros dos "amigos" de Rony, o ruivo sibilava com a boca "Me desculpem".

Infelizmente, Hermione sempre dava o fora, antes mesmo de poder ver Rony sibilar para eles.

- Leia. - pediu Harry entregando o jornal para a amiga.

A cada frase lida, os olhos de Hermione ficavam cada vez mais regalados.

- Não... - ela sussurrou - Flitwick foi preso hoje de manhã?

- Essa nem é a pior parte... - Harry falou irritado entre os dentes. - Você viu quem é que irá substituí-lo?

- Quem é Pedro Pettigrew? - ela perguntou olhando para o nome do novo professor de feitiços.

Pois é, quem era Pedro Pettigrew?

Como ele explicaria?

"Oh, ele somente é o maior traidor de todo o universo mágico!”

“Ele é só um ratinho sujo e nojento que traiu meus pais e por isso eles morreram..."

- É só... Um idiota... - ele respondeu em vez das outras opções.

- Nunca ouvi falar - disse Hermione com indiferença.

"Ela não entende..." - ele pensou.

E de fato Hermione não entendia, como iria?

Ela não tinha idéia de como Pedro era, ela não sabe tudo que Harry havia perdido por causa dele, daquele... Rato.

E principalmente, ela não acreditaria, afinal, como acreditar que por causa daquele traidor os pais do Menino-Que-Sobreviveu, haviam morrido, se eles agora, estavam vivos?

Afinal, Harry já não é mais o órfão e o garotinho com uma cicatriz que antigamente era por causa daquele homem horrível.

- Você... Você realmente acredita nisso? - perguntou Hermione enquanto voltava a ler o artigo pelo o que pareceu a quarta vez.

Harry pegou o Profeta Diário de suas mãos e voltou a reler o artigo.

“Professor é preso - por Rita Skeeter

Todos nós conhecemos a famosa escola de Bruxaria e Magia de Hogwarts.
Muitos dizem o mesmo, é o local mais seguro para seus filhos...
ESTAVAM ENGANADOS!
Hoje mesmo, o querido (nem tão querido assim, como podem perceber) professor Flitwick foi preso e levado para Azkaban.
“Ele ficou louco!” - disse uma pobre aluna do sétimo ano, conhecida como Pansy Parkinson - " Ele me colocou em detenção, somente por eu estar conversando com meu amigo, Draco. " - as lágrimas começaram a cair pelas bochechas da nossa pobre vítima - " E-então no meio da detenção, ele... Ele me jogou uma maldição imperdoável! " - depois de um soluço, a coitadinha de Pansy continuou - " De-Desculpe, nem posso continuar a falar... Foi tão horrível!"

Sim, caros leitores.
O professor de feitiços, teve a coragem imprudente de jogar em uma pobre aluna a maldição "Cruciatos"!
Assim que os pais da garota souberam sobre esse ato cruel e desumano, mandaram uma carta de acusação imediata para o Ministério.
Se Pansy Parkinson voltará a ser a mesma ainda é um mistério, mas agora podemos ficar completamente tranqüilos, pois a escola que seus filhos estudam, voltou a ser segura!
O cargo de professor de feitiços, agora foi preenchido pelo gentil e amável Pedro Pettigrew.
Então, queridos pais, podem voltar a ficar sossegados, pois Hogwarts voltou a ser segura.”


- Se é verdade? - perguntou Harry quase dando uma risada irônica - Desde quanto Pansy é uma pobre vítima?

- Obviamente isso tem que ser uma mentira - concluiu Hermione - Quero dizer, Pansy parece muito normal para ter sido atingida por uma maldição imperdoável, não?

Harry assentiu.

Afinal, hoje de manhã a sonserina parecia muito feliz enquanto se gabava e ameaçava pobres alunos do segundo ano.


- Bem, quem sabe Rony saiba se é verdade?

- Seria perda de tempo perguntar, Harry - disse Hermione agora virando para olhar a lareira, enquanto o fogo dançava e dava de certo modo um tom sombrio no ambiente, ou talvez somente fosse o sentimento que Hermione transmitia naquele momento ao ouvir o nome de Ron - Ele não vai nos contar! Ele... ele não nos conta nada - sussurrou - Somente disse... Para confiarmos nele.

- Eu confio - anunciou imediatamente e confiantemente.

Hermione mordeu o lábio inferior.

- A questão é... - continuou Harry - Você confia nele?

- Claro! - ela disse rapidamente, mas quando o amigo lhe levantou uma sobrancelha, ela continuou - É só que... Harry, ele já odiou trouxas antes, quem, pode me garantir que ele não vai odiá-los outra vez?

- Ninguém. - simplesmente respondeu

Assim que ele notou que Hermione estava agora inconscientemente amassando o pergaminho que segurava em suas mãos, ele adicionou:

- Assim como ninguém pode me garantir que você não começara a odiar sangues-puros. Hermione, tudo pode acontecer! Não estou lhe dizendo que não há possibilidade de Rony voltar a ser o que era, pois há! Só que a questão é se você acredita nele ou não! E eu pessoalmente acredito.

Depois de uns segundos desagradáveis em silêncio, Hermione falou:

- Eu também acredito nele... - mas assim que Harry voltou a olhá-la com duvida, ela adicionou - Eu realmente acredito! Assim como acredito que Flitwick é inocente e não deveria ir para Azkaban! É só que... As coisas estão ficando difíceis Harry, são poucos que realmente podemos confiar agora, principalmente agora que li sobre o pai que acaba de assassinar sua própria mãe por ser nascida-trouxa... Mas você e Rony, sem dúvidas são aqueles em que confio... mesmo que Rony seja... outro... - ela terminou quase em um sussurro.


Harry lhe deu um sorriso tranquilo e colocou uma mão em seu ombro.

- Era isso que queria ouvir...

Hermione tentou devolver o sorriso do amigo, mas ao invés disso, somente se levantou e foi para o dormitório feminino.

Apesar de saber que a amiga provavelmente ainda tinha dúvidas, ele tinha certeza que no fundo, no fundo mesmo, sabia que sempre poderia confiar em Rony.

Uma pena que às vezes o medo fala mais alto que a realidade.

- Dá para acreditar nisso? - a voz dela soou pelos seus ouvidos e ao escutá-la, seu coração deu um pulo e de repente, aquela semana horrível lhe pareceu ser iluminada pelo calor que ela lhe trazia somente com sua presença, mesmo que às vezes ela estivesse zangada com alguma bobagem - Flitwick preso! - Gina disse se sentando onde Hermione estivera a pelo menos quarenta segundos atrás.

- Você realmente acredita nisso? - perguntou o moreno incrédulo.


Gina riu sarcasticamente.


- Oh sim! Se Pansy é uma pobre menina indefesa, eu sou uma veela bailarina! Só não entendo para quê aquela nojenta iria querer colocar Flitwick em Azkaban!

"Para colocar um rato como professor" - pensou Harry.

- Não sei...

- Ansioso? - perguntou Gina sorrindo.

Harry se levantou e sentou do lado da Gina... Sem nem mesmo piscar, ele colocou suas mão em seu lindo rosto meigo e cheio de sardas, e antes mesmo que conseguisse se perder em aqueles belos olhos castanhos, Harry a puxou para um beijo. Finalmente depois de tanto tempo, podia sentir o beijo de Gina... Sua Gina...


- Ansioso ou não? - perguntou a ruiva mais uma vez, fazendo que o garoto acordasse de seu devaneio.

- Para quê? - perguntou tentando ignorar aquele pensamento de voltar a sentir o gosto da sua namorada... Pelo menos sua namorada na época em que seu inimigo existia.

- Férias de Páscoa! - ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Ahh é! As férias estão chegando - ele exclamou finalmente se lembrando, com tantas coisas para pensar, havia até se esquecido das cartas que sua mãe mandava dizendo-lhe que estava ansiosa para tê-lo umas semanas em casa. - É estou sim.

- Sabe, eu estava pensando... Você gostaria de passar uns dias lá na minha ca...

- Ah, é isso! - falou Harry alegremente sem escutar o que Gina tinha a dizer, uma idéia lhe passou pela cabeça - Rony vai passar as férias em Hogwarts certo? - ele concluiu mais do que realmente perguntar.


Gina deu um suspiro meio que zangado.


- Provavelmente! Por quê? - perguntou entre os dentes.

- Nada demais! Só... Uma idéia! Preciso falar com meus pais!


O garoto se levantou saiu da sala comunal.

Gina olhou ele indo embora e se deitou no sofá enquanto fechava os olhos.

" Bela idéia, Gina!" - ela pensou consigo mesma irritada - "Convida-lo para passar as férias n'A Toca! Para que você queria convida-lo mesmo?"

Ela suspirou, sabia exatamente a resposta, sentiu suas orelhas e bochechas corarem.

Havia algo muito estranho em Harry... Algo misterioso e de certo modo intrigante... E de algum modo, isso fazia ele simples tão... Incrível.

Era como se houvesse uma magia nele que fazia que se sentisse atraída pelo modo que ele sempre parecia atento para qualquer coisa.

Ele parecia estar sempre preocupado, como se soubesse de algo que ela não sabia...

Harry Potter... O garoto misterioso...

Não... Harry Potter: O-Garoto-Que-Roubou-Seu-Coração.

Era estranho, mas ela tinha certeza que era isso.

Não sabia por que sentia que havia se apaixonado, mas tem certas coisas que simplesmente são um mistério, você nunca sabe o por quê, somente é a verdade.

E assim como aquele garoto era misterioso, ele conseguiu misteriosamente roubar o coração dela.

Dessa forma que as coisas são, simplesmente acontecem sem motivos.

E Gina com certeza não buscaria motivos por amá-lo, somente percebeu o que sentia e pensou que era melhor deixar as coisas assim.

Afinal, era esse mistério que a intrigava tanto.

---

- Rony! - exclamou Harry ao ver Rony pelo corredor, o moreno havia acabado de enviar uma carta para os pais.


- Shhh! - vociferou o ruivo - Não fala tão alto! E se alguém ver você conversando comigo?

Harry revirou os olhos.


- Só preciso falar com você por uns minutos.


Rony olhou para os lados para ter certeza de que não havia ninguém.


- Certo - disse se aproximando do amigo ao notar que eram os únicos no corredor. - O que você quer?

- O que planeja fazer nas férias de Páscoa?

- Hum, deixa ver... - disse Rony fingindo estar pensativo - Dormir... Comer... Dormir... Comer... E talvez, comer mais um pouco, por quê?

- Você vai passar as férias na Toca?

- Até parece! - respondeu quase que rindo ironicamente - Vou passar aqui.

- Ah não vai não! - anunciou Harry sorrindo.

- Hã? - perguntou o ruivo confuso.

- Mudança de planos... Você vai passar as férias em outro lugar.

- Ah sim? - perguntou Rony ainda sem entender - E onde?


Harry ainda sem tirar o sorriso, lhe respondeu tranquilamente:

- Comigo.

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