Cachecóis
Manhã de natal, Harry ao acordar, notou que em seu dormitório havia presentes, ele sorriu, estava feliz em só pensar que estava recebendo presentes de seus pais e de pessoas amadas que deveriam estar mortas.
O primeiro que o garoto fez, foi procurar um presente em especial, encontrou o nome da pessoa que lhe enviara, era um pacote embrulhado em papel verde, Harry o pegou e jogou pela janela a fora, não pretendia sequer olhar o que havia recebido de alguém como Pedro Pettigrew.
- AH! ARANHAS! - gritou Rony acordando bruscamente ao escutar o pacote cair do lado de fora, o que quer que fosse que houvesse dentro, fez um estrondo enorme.
- Feliz natal.
- Oh, oi Harry. - cumprimentou bocejando, enquanto Harry abria um pacote azul vindo de seu pai. - Legal - disse ao ver que o moreno havia recebido um relógio mágico onde os ponteiros eram pomos de ouro que giravam envolta dos números.
Harry abriu sua mala e pegou um presente embrulhado e jogou em direção ao Rony.
- Isso é, é pra mim? - perguntou surpreso.
- Não. Estou te dando pra você entregar pro Percy - respondeu revirando os olhos - Claro que é pra você.
Rony com um sorriso abriu o presente.
- Nossa, valeu, realmente obrigado. - agradeceu ao ver as novas luvas de goleiro que recebera - Ahm... Eu, eu não tenho nada pra você. - falou recebendo um tom avermelhado nas orelhas.
- Tudo bem.
Harry abriu os pacotes restantes, recebera um livro sobre a história do quadribol de Lupin, um casaco feito de pele de dragão de Sirius vindo de um cartão que dizia que ele com certeza havia escolhido o melhor presentes de todos e que não era pra se decepcionar com o resto, principalmente com o livro de Remus.
Por último abriu um presente de sua mãe, onde havia um lindo gorro vermelho com uma letra “H” em dourada feita a mão, bem, isso se usar magia para tricotar possa se chamado de feito a mão.
Harry colocou o gorro e sua jaqueta e ao se virar pra ver Rony, ele notara que tudo que o ruivo recebera de natal além de suas luvas, era o típico suéter Weasley marrom com um “R” em dourado. Apesar de não ser chegado aos seus pais, parece que no fundo, tanto como Molly e Rony, pareciam saber que continuavam sendo uma família e que embora tudo, deveriam de certo modo permanecer juntos.
- De sua mãe? - perguntou Harry já sabendo a resposta.
- É, ridículo não? Marrom, não sei por que ela tinha que escolher essa cor pra mim.
Harry somente sorriu, conhecia seu amigo, até mesmo o antigo Ron, fingia não dar valor a essas coisas, mas no fundo, isso era realmente importante pra ele, pois se não fosse, nem o antigo como o novo Rony estaria vestindo aquilo.
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- Ah, vocês chegaram! - exclamou Hermione ao ver Ron e Harry entrar no Grande Salão.
Os dois se sentaram perto da garota, sendo que Rony não perdeu tempo e começou a atacar a comida, ele colocou cinco torradas no prato.
- Feliz natal, Mione - disse Harry entregando um embrulho pequeno.
Hermione sorriu e entregou ao garoto um pacote.
- Feliz natal.
O sorriso de Hermione aumentou ao ver os brincos que mudavam a cada cinco segundos de forma, em um momento, pareciam ter a forma de estrelas, antes de mudarem para corações, depois tranformarem em rosas e assim por diante.
- Harry, obrigada, são lindos.
- "Mil maneiras úteis de como pegar o pomo." - leu Harry o título do livro que Hermione havia lhe dado como presente - Obrigado, Hermione.
- Livro? Você deu um livro ao Harry? - perguntou Rony quase se engasgando com a torrada - Ta de brincadeira, né?
- Bem, - respondeu Hermione ficando vermelha - achei que ele ia gostar, vi em Hogsmeade semana passada e achei que era a cara dele...
- Sei, porque Harry com certeza sempre anda lendo!
- Só porque você provavelmente nunca sequer abriu um livro, não quer dizer que Harry não gostou de meu presente!
- Olha, eu realmente gos...
- Quando foi que você viu Harry ler um livro por aqui? - perguntou o ruivo.
- Rony, eu realmente vou...
- Bem, nunca. Mas isso não quer dizer que ele não irá ler! - contestou a garota.
- Olha, Mione eu agrade... – começou Harry.
- Ha ha, quando eu ver ele lendo isso, é que saberei que o mundo chegou ao fim. - interrompeu Rony.
Harry desistiu de ser ouvido, pelo jeito nada que ele fosse dizer, faria alguma diferença.
- Qual o problema de meu presente? - ela gritou.
- É ridículo! Um livro? Sério mesmo? Como se um de nós realmente perdesse o tempo lendo.
Hermione se levantou indignada e jogou para Rony um embrulho.
- Eu ainda não tinha terminado, mas esperava te entregar de qualquer jeito, fiz isso ontem, por causa de nosso novo começo, então não pude te comprar nada e pensei em fazer algo eu mesma. Nem sei por que estou perdendo meu tempo te dando, já que só vai ser um presente "ridículo" mesmo.
- Você... Você está me dando um pre... - mas antes que ele sequer conseguisse completar a frase, Hermione já estava a metade de caminho para a saída. - Você sabia que ela ia me dar alguma coisa?
Harry negou.
Rony abriu o embrulho, e viu um cachecol amarelo, parecia ter sido tricotado meio que às pressas e no fim de uma ponta, estava somente a metade de uma letra vermelha, que provavelmente deveria ser um "R".
Harry concluiu que deveria ter sido a primeira vez que Hermione tricotava, não importa se com magia ou sem.
- Ridículo, realmente muito mal feito - disse Ron, enrolando mesmo assim o cachecol em volta do pescoço.
E apesar daquelas palavras, Harry percebeu que seu amigo, tinha um olhar ressentido e ao mesmo tempo que surgia um sorriso agradecido em seu rosto.
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- Droga! - escutou Harry Ron gritar assim que entrou no dormitório.
- Ahm, Ron?
Assim que o garoto viu Harry na porta se assuntou e escondeu algo rapidamente em baixo do travesseiro.
- Oi, Harry. O... o que você faz aqui? Achei que tinha ido pra biblioteca com a Hermione.
- Cansei de estudar, o que você está fazendo?
- Bem, nada, só relaxando.
- Sei. O que você escondeu de debaixo do travesseiro?
- Nada.
- Rony, o que você têm aí? - perguntou Harry quase rindo tentando tirar o travesseiro da cama, mas Rony o impedia colocando seus braços na frente.
- Rony? – voltou a questionar Harry desistindo de tirar o travesseiro, o que deixou o outro aliviado.
- Sim?
- Depulso! - Harry gritou apontando sua varinha em Rony, fazendo que o ruivo fosse empurrado e acabasse caindo na cama, rapidamente antes que o ruivo conseguisse levantar, Harry pegou o que havia debaixo da almofada.
- O-o q-que é is-isso? - perguntou o moreno tremendo por causa das risadas ao pegar uma coisa feita de lã de cor avermelhada, era um pedacinho patético que lembrava a forma de paralelogramo, onde os cantos estavam todos esfiapados.
- Era , era pra virar uma gorra, - disse Rony ficando vermelho nas orelhas - mas percebi que não levo jeito para tricotar com ou sem magia... Então decidi fazer um cachecol...
- Quanto tempo faz que você está nisso? - perguntou Harry ainda rindo.
- Faz quatro horas.
- Ahá. Então é um cachecol para um anão? – questionou Harry ao perceber que aquilo somente tinha como uns cinco centímetros de largura.
- Muito engraçado! - respondeu ironicamente – Era... era pra... bem... pra Hermione, como agradecimento pelo presente... Como não consegui comprar nada, tava pensando em fazer um pra você, só que esqueça, é trabalho demais!
- Na verdade, fico agradecido se você não me der nada feito por você. - disse Harry ainda rindo - Mas, me diz, se é pra Hermione, por que você tricotou um "R"? - perguntou ao perceber a estranha pequena letra em dourado.
- É um "H"!
Harry virou o que deveria ser um cachecol para a direita, depois pra esquerda enquanto estreitava os olhos, tentando descobrir onde estava o "H".
- Isso é um "R", ou talvez até um "A".
- É um "H", ok? - respondeu Rony furioso tirando o presente das mãos de Harry.
- Sei. Quando é que você vai entregar para ela?
- Queria fazer isso ainda hoje, mas nunca vou terminar essa porcaria! E está ridículo! Demorei quatro horas pra conseguir isso... - ele disse sem graça.
Harry revirou os olhos rindo.
- O quê foi?
O moreno mirou sua varinha para o mini-cachecol patético.
- Engorgio!
O cachecol aumentou seu tamanho instantaneamente, assim que chegou a uns 90 centímetros de largura, foi que Harry parou de fazer-lo crescer.
- Engorgio!? Ah, por que não pensei nisso! - disse dando um tapa na própria testa - É a coisa mais simples do mundo! Teria me poupado às quatro horas de trabalho.
- Pois é Ron, digamos que você não é nenhum gênio.
Harry se sentou na cama.
- Pra quê você trabalhou quatro horas em um simples presente?
- Bem, é que foi gentil da parte da Mione fazer um presente a mão, então eu pensei em retribuir o favor...
- Só isso? - perguntou interessado.
Rony estranhou o olhar que ele lhe mandava.
- É, só isso.
- Sei.
- Harry, não comece a pensar coisas erradas! - exigiu ao perceber que ainda o estava mandando aquele olhar.
- Quem disse que estou pensando em coisas erradas? - contestou na maior inocência.
- Oras, você está achando que faço isso com segundas intenções, está escrito na sua cara!
- E que segunda intenções seriam essas, Rony? - perguntou fingindo curiosidade, fazendo que as orelhas do ruivo ficassem tão vermelhas como seus cabelos, aquelas perguntas o estavam incomodando.
- Você deve achar que estou fazendo isso, porque gosto da Mione ou coisa desse tipo, pelo menos é o que seu olhar nojento está dizendo!
- Hum...
- Não me venha com esse "hum"... - exigiu Rony fazendo que suas orelhas ficassem ainda mais vermelhas. - nada de "hum's"! "Hum" não é coisa boa vindo de você, posso pressentir!
Harry deu uma risada.
- Vamos, Rony, você acha que eu realmente estou pensando em coisas erradas?
- O que você quer dizer?
- Acho que estou pensando no certo, você que quer vê-lo como "errado".
- Por favor, Harry! Nem venha me dizer que...
- Olha, te conheço, por que diabos você ficaria tricotando com magia um cachecol ou qualquer outra coisa? Têm certeza que isso é só um jeito de agradecer?
Mas antes mesmo que Rony pudesse dizer alguma coisa, alguém bateu na porta, que se abriu imediatamente indicando que Hermione estava entrando.
- Vocês vêm ou não? Ta quase na hora do jantar!
- Certo, Mione... - disse Harry.
- Sim?
E antes que Rony pudesse fazer alguma coisa, Harry pegou o cachecol de suas mãos e jogou para a garota.
- Ei! - gritou o ruivo.
- Rony fez pra você!
Hermione olhou para o cachecol que segurava, enquanto Rony somente sentia suas orelhas ficarem cada vez mais coradas.
- Isso... Isso.... É a coisa mais horrorosa que eu já vi - ela disse rindo.
- Muito obrigado - respondeu Rony zangado. - Realmente muito gentil da sua parte.
- Perdoe-me, mas quando eu perguntei o que você havia achado do MEU cachecol, você havia dito que parecia ter sido feito por um trasgo cego!
- Ué, parecia.
- Bem, pelo menos o meu presente não parece ter sido mastigado por um hipogrifo e... por que tem uma casa desenhada aqui? - ela perguntou ao notar um desenho dourado.
- É um "H"!
Ela estreitou os olhos.
- Têm certeza? - ela disse tentando visualizar a letra.
- Olha se você não gostou é só devolver! Posso dar pro Harry!
- Não obrigado! - disse Harry rindo da situação.
- Eu amei. - Hermione disse calmamente.
- Nesse caso, por que você simplesmente não joga no lixo e... Peraí, o que disse? - perguntou Rony surpreso.
- Amei.
- Mas você disse que é a coisa mais horro...
- E é o cachecol mais feio que eu já vi - concordou Hermione - Mas quem disse que preciso de um presente bonito? - ela sorriu, enquanto enrolava o cachecol em volta do pescoço - Ninguém nunca fez algo pra mim antes, e isso vale muito mais do que qualquer presente caro.
Isso fez que não somente as orelhas de Rony queimassem, mas também suas bochechas.
De repente, Harry escutou algo picar pela janela de fora, e ao abri-la, uma coruja voou e aterrissou em cima de sua cama.
- B-bem, eu realmente gostei de seu presente - disse Rony que assim como Hermione não havia notado a coruja. Ambos estavam entretidos demais com seus próprios assuntos.
- Qu-quer dizer que não parece ter sido feito por um trasgo cego? - perguntou a garota enquanto corava levemente nas bochechas, dando um aspecto muito mais bonito, pois combinava com sua maquiagem, deixando-a o dobro mais linda.
- Bem, não... Somente como um trasgo quase cego.
Apesar do insulto, Hermione não pode deixar de rir.
- C-carta de sua mãe? - perguntou Rony a Harry tentando mudar de assunto quando finalmente percebeu que o amigo estava lendo.
- Harry? Está tudo bem? - perguntou Hermione ao perceber que em vez de sorrir como sempre fazia ao receber uma carta, o garoto estava pálido e aterrorizado.
E quase em um sussurro, Harry disse:
- Sirius morreu...
N/B: Posso dizer que eu acredito fielmente que no cachecol tinha uma letra “H”... Quando se da e se recebe presentes quer dizer existe um “importar” no meio certo? Ah amo esses dois briguentos...
Mas como assim o Sirius morreu???????????????????????
N/A: Haha, pois é, Rony nao sabe tricotar... E acho que muitos de vocês devem estar surpresos por eu fazer tal coisa triste e horrível, mas perdoe-me, têm certas coisas que precisam continuar as mesmas ;/
Comentários (2)
Que tipo de piada sem grça foi essa? Sério, num momento eu estava morrendo de rir aqui e de repente... o SIRIUS MORRE?
2013-08-12Sirius morreu? Que tipo de piada sem graça é essa?Sinto como se tivesse minha vida roubada mais uma vez!Já não bastava JK ter matado ele uma vez?Voce realmente precisava matar ele de novo?Hunf! - Leitora totalmente indignada se preparando para ler o proximo capitulo.): (não e isso não são lágrimas... Caiu um cisco no meu olho!)
2012-02-26