Comensais em Hogwarts
Capitulo 17. Comensais em Hogwarts.
Harry não ficou desesperado ou com raiva, como Rony e Hermione previram. Já sabia que Voldemort o procuraria algum dia. Por que teria medo quando o momento havia chegado?Mas estava nervoso. E se Dumbledore não chegasse a tempo?
-Harry...Você está bem?-Hermione perguntou, pela milésima vez, preocupada.
-Estou, Mione. Não precisa se preocupar. – Harry respondeu, aborrecido. Estavam sentados na mesa da Grifinória, tendo um jantar especial, afinal, era véspera de natal.
-Charlotte, por que não se senta mais para cá?-perguntou Hermione a uma garota de cabelos dourados. Ela estava a vários metros deles, sentada sozinha.
-Não, obrigada, Mione – disse ela, secamente, sem tirar os olhos do prato.
Harry se sentia culpado por ter deixado Charlotte preocupada com ele. “Mas ela não deveria ter escondido tudo de mim.” Pensava ele. Queria ter raiva dela. Mas simplesmente não conseguia. Ele agia de uma forma diferente com Charlotte, ela simplesmente tinha esse poder sobre ele. Ela era tão linda...inteligente...meiga e se preocupava tanto com ele, Harry Potter. Não podia ficar com raiva dela.
-Você deveria falar com ela, Harry – Rony disse, atrapalhando seus pensamentos – ela só estava preocupada com a reação que você teria quando descobrisse. E ela estava certa até certo ponto.
-Eu sei, Rony. Eu não quero falar com ela, pelo menos não por enquanto. Você vai me obrigar?-Harry perguntou, com raiva.
-Não – disse Rony, surpreso e com um pouco de medo. Não queria que Harry gritasse com ele.
O resto do jantar foi silencioso. Hermione olhava para Harry, nervosa. Sabia que a amiga esperava que ele saísse do salão principal correndo, e só voltasse tarde da noite. Era isso que Harry queria fazer. Queria ficar sozinho, mas sabia que Rony e Hermione ficariam preocupados com ele.
Charlotte de repente se levantou da mesa, deixando seu purê de batatas, intocado. Não demorou em sair do salão principal, correndo. Hermione e Harry seguiram-na com o olhar. Depois de alguns segundos a amiga lhe lançou um olhar penetrante que dizia “vá falar com ela agora se não vai ver.” Harry, sem escolha, seguiu a garota.
Harry sabia onde Charlotte estaria. Eles tinham ido lá, já fazia algumas semanas, quando eles ainda eram namorados.
“Charlotte fugia de Harry, rindo. Ele tentava pegá-la. Harry não sabia para onde estavam indo. Charlotte subiu uma escada, ele a seguiu. Já sabia onde estavam.
-Lindo, não é?-perguntou Charlotte, olhando a vista da torre de astronomia. A Lua brilhava, iluminando o céu.
-É – disse Harry, segurando a cintura dela. Charlotte olhou o seu rosto, sorrindo – posso saber por que você me trouxe para cá?
-Bem, eu não o obriguei a vir, Potter. Vossa excelência me seguiu de livre e espontânea vontade – ela brincou. Depois, voltou a olhar a Lua – eu gosto daqui. Me sinto bem. É como se eu estivesse nas nuvens. Eu me sinto...livre – ela disse, com um brilho no olhar.
Harry não disse nada, apenas chegou mais perto e colocou seus lábios delicadamente nos dela.”
“Ela deve estar lá” pensou Harry. E estava certo. Charlotte estava sentada, olhando para as estrelas. Harry suspirou. Teve a sensação de que algo ruim aconteceria.
*~*~*~*~*~*~*
Charlotte olhava as estrelas na torre de astronomia, o seu lugar. Lá ela podia pensar em paz. Lá ela podia chorar em paz. Tinha sentido um aperto no peito enquanto estava no salão principal. “Alguma coisa vai acontecer...e eu duvido que seja boa.” Pensava ela.
-Você está bem, Plummer?-perguntou uma voz que ela conhecia tão bem. Ela olhou para trás e viu que Harry a olhava, despreocupado.
-Estou bem, Potter – disse ela, se virando para a Lua, secando suas lagrimas. Ele não a veria chorar. – não precisa se preocupar. Será que você pode me deixar em paz?
-De jeito nenhum – Harry disse, se sentado do seu lado. – como eu poderia deixar uma garota sozinha chorando?
-Quem saiba a garota queira ficar sozinha?-ela falou, irritada. “Por que ele tem que ficar grudado em mim justo agora?”
-Por que você está com raiva de mim, Charlotte?-ele perguntou, a prendendo com os seus olhos verdes. Ela suspirou.
-Não estou com raiva de você. Estou com raiva de mim – ela falou.
-Por que?-ele perguntou, confuso.
-Porque eu sinto que algo de ruim vai acontecer com você, e eu sei que não vou poder te ajudar nem te proteger – ela falou, fechando os olhos – você foi até a floresta proibida para me procurar, e eu não vou poder fazer nada por você.
-Charlotte, não deve se preocupar tanto comigo – disse ele, com a voz embargada.
-Lily me influencia muito – disse Charlotte, se virando para Harry, com um sorriso no rosto – ela sempre esta preocupada com você, e eu também.
-Eu não entendo, vocês duas, Dumbledore e quase todo o mundo mágico estão preocupados comigo. Eu não sou um bebe – disse Harry, emburrado. Charlotte riu, se aproximando dele.
-Eu, Lily e Dumbledore estamos preocupados com você. Estamos com medo de você se ferir. Estamos nervosos pela luta que você terá contra Voldemort. E eu quero que você saiba que eu te amo, Harry, e não sei o que eu faria se você...morresse – ela disse, com dificuldade a ultima palavra.
-Vocês não deveriam se preocupar tanto assim – disse Harry – eu também te amo, Charlotte, você não sabe como...
Charlotte colocou a cabeça no ombro de Harry e fechou os olhos. Sentindo o cheiro de Harry a invadindo, ouvindo sua respiração lenta, as batidas de seu coração. Sentia que nada poderia atrapalhar aquele momento. Mas a voz de uma mulher acabou com suas esperanças.
-Ora, ora, ora...Quem diria. Vejam só, o Potter arrumou uma namorada – Charlotte abriu os olhos, assustada. Seu coração perdeu o compasso. A alguns metros deles, Belatriz Lestrange se encontrava, sorrindo.
*~*~*~*~*~*~*
Harry não podia acreditar. Como Belatriz podia ter entrado?Em suas conversas com Dumbledore, o diretor sempre dara a impressão que o castelo era um dos lugares mais bem protegidos do mundo inteiro.
Pegou sua varinha no bolso das vestes, agradecendo Hermione, que havia o feito andar com a varinha, por precaução. A pegou e apontou-a para Belatriz, se levantando. Charlotte se levantou depois de alguns minutos, se pondo um pouco atrás de Harry.
-Há, que bonito...protegendo a namorada?-falou Belatriz, com um ar zombeteiro na voz. Harry sentiu Charlotte tremer – não precisa se esforçar tanto, Harry. É só vir com conosco. O Lorde das Trevas deseja matá-lo nesse instante.
-Eu não vou sem lutar, Belatriz – disse Harry, com o tom de voz calmo, como se estivesse apenas conversando com um velho amigo – afinal, por que Voldemort tem tanta pressa?Não podemos nem conversar um pouco?
-Como você é engraçado – Belatriz disse, rindo. Charlotte pegou sua varinha e se virou, protegendo a retaguarda de Harry. Amico Carrow estava ha alguns metros, com a varinha apontada para Charlotte.
-Não vai querer que eu machuque essa garotinha, ou quer, Potter?-perguntou Amico, olhando para Charlotte como se ela fosse sua próxima presa – eu destruiria esse rostinho sem o menor esforço.
-Você não me conhece, Carrow, não sabe do que eu sou capaz – Charlotte falou pela primeira vez. Harry pode ver que seus cabelos tinham mudado do dourado para o vermelho fogo – se eu precisar lançar a maldição da morte em você, eu lançarei com todo o prazer.
-Olhe só, temos uma garota digna de ser uma comensal – disse Belatriz, com um sorriso maníaco, ainda apontando a varinha na direção de Harry.
-Não, obrigada, eu quero fazer algo digno, algo de bom na minha vida, e não ficar correndo atrás de um homem que nem sabe como se cuidar sozinho. “Podemos lamber seus sapatos, Milorde?”, “Podemos nos matar para diverti-lo, Vossa alteza?” – Charlotte falou, com uma voz parecendo muito com a de Belatriz. Amico e Harry riram.
-Adorei essa garota – ele falou, ainda rindo.
-Pois saiba, sua fedelha, que é a minha maior honra servir o Lorde das Trevas – disse Belatriz, com paixão – ele confia em mim, e eu sei que sou a sua melhor serva.
-É isso que ele diz, para todos os comensais. “Você foi muito útil para mim, tenho total confiança em você.” – ela disse isso com a voz tão parecida com a da de Voldemort que Harry sentiu um arrepio percorrer o seu corpo - E blah, blah, blah. Você não vê, Belatriz?Para Voldemort, vocês todos são como marionetes. Só servem para servi-lo.
-Você não o conhece, não sabe nada sobre ele – sussurrou Belatriz.
-O conheço melhor que você – respondeu Charlotte, também sussurrando – sei o que ele é de verdade. O que ele é por traz daquela mascara, que ele exibe para vocês. Sei o que ele é.
-Bem, seja lá o que ele for, temos que levar Potter conosco – interrompeu Amico, gesticulando Harry – o Lorde das Trevas iria ficar muito aborrecido conosco se o Potter não comparecesse na pequena “reunião” que ele arrumou.
-Tem razão – disse um terceiro comensal, que acabara de chegar por entre as sombras. Tirou a mascara, mostrando uma mulher muito parecida com Amico. Era sua irmã, Aleto Carrow – e sugiro que rápido. Alguém mandou uma carta a Dumbledore. O nosso informante estava participando de uma reunião com o velho, quando a carta chegou. Dumbledore sumiu de lá alguns minutos depois. Provavelmente está vindo para cá.
-Potter, deixe a sua namorada ai e venha conosco. Se você for bonzinho, quem sabe ela esteja viva quando Dumbledore chegar – disse Belatriz. Quando acabou de dizer isso, Aleto se encaminhou para o lado do irmão, pegando sua varinha e apontando para Charlotte.
Harry olhou para Charlotte. Ela o olhou com um brilho no olhar, o que dizia claramente “se você for, eu vou junto”. Os dois sorriram ao mesmo tempo. Virou-se para Belatriz, que os olhava minuciosamente, como se os dois fossem a coisa mais importante no mundo inteiro.
-Hum...seria bem interessante rever meu velho inimigo, mas...-Harry começou. Charlotte, impaciente, falou por ele.
-O que quer dizer: eu não vou e ponto final – ela disse, com os cabelos tão vermelhos que pareciam labaredas de fogo.
-Sua namorada é bem nervosinha, Potter. É uma pena que não queira vir por bem, espero que com essa lição aprenda a escolher melhor – ela falou, com um tom de voz fúnebre. Depois gritou – ESTUPEFAÇA!
Harry desviou do feitiço, Charlotte se virou a tempo de se proteger.
-ENERVATE!-ela gritou.
Todos começaram a atacar, gritando e se desviando de feitiços. Harry viu, com assombro, que Charlotte era muito boa em duelos. Ela estava dando conta dos irmãos Carrow enquanto ele duelava com Belatriz. Eles já estavam nisso há alguns minutos quando Belatriz olhou para os irmãos Carrow. Harry ouviu um deles gritar um feitiço.
-SECTUMSEMPRA!-Harry olhou para o lado, congelado. O feitiço havia atingido Charlotte, que estava no chão, com cortes por todo o corpo, jorrando sangue. Harry gritou.
-Estupefaça! – uma voz muito conhecida por Harry falou. Dumbledore, Profa. Mcgonagall e o Prof. Snape tinham entrado naquele exato minuto. Harry correu para Charlotte. Ela ainda sangrava muito e tinha uma poça de sangue a sua volta.
-Harry, você está bem?-perguntou Dumbledore, depois de alguns minutos.
-Sim. Mas Charlotte não está – ele falou. Os professores foram imediatamente para onde Harry e Charlotte estavam.
O Prof. Snape se abaixou e começou a murmurar algum feitiço que Harry não sabia, passando a varinha perto do corpo de Charlotte. Os cortes se fechavam e cicatrizavam. Harry respirou fundo, aliviado.
-Harry, queira me acompanhar até a minha sala, por favor. Você tem muita coisa para nos contar – disse Dumbledore, enquanto Snape e Harry se levantavam. O professor conjurou uma maca para Charlotte.
-Vou levá-la para a ala hospitalar, Alvo – Snape disse, secamente.
-É claro. Depois, vá diretamente na minha sala, se não for incomodo – falou Dumbledore, olhando Charlotte, que estava pálida e tinha marcas de cortes por todo o rosto.
Snape fez um aceno de cabeça e se retirou levando Charlotte. Harry, Dumbledore e a Profa. Mcgonagall desceram e se encaminharam para o escritório de Dumbledore. Harry pensava em Charlotte. “Ela vai ficar bem” ele se forçava a acreditar.
PS:Ai está. Descupem pela demora.
Comentários (2)
Depois dessa,se eles não voltarem,eu estuporo os dois!!!!! E que os dois parem de ficar com graçinha e se entendam logo!!!
2011-04-22A luta foi meio fraca mas é sempre bom escapar da Bella.Espero que ela pare de fazer doce e volte logo com ele.
2011-04-22