No dormitorio dos garotos

Capitulo 10. No dormitorio dos garotos

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   Charlotte estava ansiosa. Há duas noites passada Harry a beijara na sala precisa. Os dois não trocaram nenhuma palavra quando voltaram para a sala comunal. Mas tinham dado um celinho antes de irem dormir. E ele estava com um sorriso no rosto desde que a beijara.

   Será que ele contaria para toda a escola?Será que pediria ela em namoro?Não que Charlotte estivesse arrependida de ter correspondido o beijo, estava muito satisfeita de saber que Harry gostava dela, mas queria desesperadamente que ele a pedisse em namoro. Praticamente já eram namorados, mas queria que ele pedisse, para ter certeza de que ele a amava.

   Ela de repente se viu num redemoinho. Caiu no chão e percebeu que estava no salão principal, mas era noite. Viu um garoto de 11 anos, sabia disso porque ele estava sentado em um banco com o chapéu seletor na cabeça. De repente foi como se ela tivesse apertado o botão de avançar, tudo em volta virou um borrão de cores, ela ficou tonta, então fechou os olhos. Quando abriu se viu perto do lago, e o garoto estava lá, lendo um livro, mas estava mudado. Ele tinha pelo menos 15 anos. Ele se parecia com Harry, mas os seus olhos eram de uma cor diferente. O redemoinho voltou e ela se viu na sala de aula de novo.

   O Prof. Binns continuava falando, tediosamente, sobre uma guerra que ela não sabia, e nem queria saber. Ainda estava chocada pelo que tinha visto. Sentiu que estava sendo observada. Olhou em volta, Harry tinha os olhos pregados nela, parecendo preocupado. Ela sorriu para ele, tentando acalmá-lo. Ele pareceu não se convencer, mas deu um pequeno sorriso. Ela voltou sua atenção no professor, suspirando. Por que não conseguia enganar Harry?

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   Harry estava fazendo um difícil trabalho de Defesa Contra as Artes das Trevas, que o Prof. Lupin havia passado para eles. Foi uma surpresa, para Harry e os outros alunos que conheciam Lupin, vê-lo na sala de aula no primeiro mês. Todos comemoraram, e tiveram uma aula muito boa. Depois da aula, Lupin havia explicado porque saiu do Largo Grimmauld. As aulas dele eram muito interessantes.

   O retrato da mulher gorda girou e alguém entrou. Harry estava ocupado demais para olhar quem. A pessoa se sentou ao seu lado.

   -Oi Harry – disse uma linda voz, uma voz que era quase pura musica – esta fazendo o trabalho do Lupin?-ela perguntou, com um sorriso. Ele olhou para Charlotte.

   -Como se você não soubesse – disse ele, sorrindo também. Às vezes Charlotte tentava parecer “normal”. Ela sempre conseguia com os professores e resto da escola, mas nunca com Harry, Rony e Hermione. Ela vivia contando segredos, traições e brigas que aconteceram em Hogwarts. Ela era um pouco fofoqueira, mas só contava os casos de pessoas que não estudavam mais na escola. Mesmo que Harry implorasse, ela não contaria nada sobre mais ninguém, como Malfoy, por exemplo.

    -É. Me desculpe por tentar ser normal – ela riu – às vezes eu me arrependo de ter contado para vocês que eu posso ver coisas. Rony acabou de me perguntar qual é a flor que a Mione mais gosta. Ele esta começando a me usar.

   -Quer dizer que Rony vai mandar flores a Mione?-ele sorriu, o amigo pelo visto decidira ter algo a mais que amizade com Hermione.

   -É. Acho que ele vai pedir Mione em namoro – ela disse, como se tivesse lido seus pensamentos. Olhou para os seus olhos, com naturalidade, mas Harry sabia que era uma indireta. A garota estava fazendo isso desde o sábado. Não estava pressionando Harry, mas ele via que ela estava começando a ficar frustrada. Tinha que fazer alguma coisa.

   -Humm...-Harry murmurou.

   Silencio. Charlotte estava olhando para a lareira, então Harry não conseguia olhar o seu rosto. “Eu deveria ter mudado de assunto quando tive oportunidade”.Pensou ele, com amargura. Pegou o pergaminho, a tinta e a pena, e estava subindo para o dormitório dos garotos, quando Charlotte falou.

   -Espera! – Harry se virou, ela estava em pé, olhando para ele – Você tem algum retrato dos seus pais, Harry?

   -Sim...-ele respondeu, aturdido. Pensou que ela iria começar a gritar com ele, e não perguntar algo sobre seus pais.

   -Eu posso ver?-ela perguntou, hesitante.

   -Claro – ela andou até onde ele estava, e os dois subiram a escada juntos. E então entraram no dormitório dos garotos. Pararam na soleira da porta. Harry, sem pensar, pegou a mão de Charlotte, ela deixou ser conduzida para dentro. Então, soltou a mão dele e se sentou em sua cama. Ele já sabia que ela sabia qual era a sua cama, mas mesmo assim ainda ficou impressionado. Ele pegou o malão, abriu-o, e depois de algum tempo, tirou de dentro um álbum de fotografias.

   -Estão todas aqui – disse ele, dando a Charlotte – são tudo que eu tenho deles.

   -Obrigada Harry – ela disse, colocando sua mão em cima da dele. Então, começou a procurar. Parou em uma foto de um homem de cabelos pretos iguais aos de Harry, ele estava sorrindo, olhando para uma mulher de olhos verdes, e esta estava segurando um bebe, sorrindo também.

   Charlotte olhou para o bebe, e viu que este era Harry. O bebe estava dando tchau para ela. Então ela olhou a mulher com mais atenção. Harry viu que ela estava olhando, chocada para a fotografia.

   -Tudo bem, Charlotte?-ele perguntou, preocupado.

   -Sim – disse a garota, fechando o álbum e dando ele para Harry. Depois que ele guardou o álbum, ela disse, sorrindo – você era muito fofinho quando bebe. - Ele corou.

   -Obrigada – disse virando o rosto.

   -Bem, é melhor eu ir indo. Vamos ter aula de Defesa contra as artes das trevas daqui a pouco – disse ela levantando-se. Harry pegou seu pulso, olhando em seus olhos. Ele tinha certeza que ela estava escondendo algo.

   -Ainda falta vinte minutos – disse ele, olhando para o relógio, rapidamente – temos muito tempo.

   “Mas que droga!”, pensou Charlotte, enquanto Harry soltava o seu pulso e pegava sua mão. “O que ele vai fazer?”. Harry estava pensando em tirar a força o que quer que Charlotte escondia, mesmo que tivesse que chegar atrasado para a aula.

   -Anda vendo coisas, Charlotte?-ele perguntou, perspicaz. Ela congelou. Harry estava com os olhos nos olhos dela, e ela não conseguiu tirá-los dos dele. E soltou, sem pensar.

   -Sim – Harry sorriu. Charlotte parecia presa ao seu olhar, como um rato ficava preso ao olhar de uma cobra.

   -O que você viu?-ele perguntou, curioso. Charlotte fechou os olhos, com força, não queria contar a Harry.

   -Não...Vou...Falar – disse ela, firmemente. Harry se levantou e aproximou-se dela. Não seria tão fácil como ele achara. Chegou perto de seu rosto para que ela sentisse o seu cheiro.

   -Bem...Ja que você quer perder a aula de Lupin, e não estamos fazendo progressos... – ele colocou as mãos em sua cintura, fazendo ela chegar para perto dele. Charlotte tinha acabado de abrir os olhos e iria falar para Harry soltá-la (apesar de que estava adorando), mas ele foi mais rápido, e colocou seus lábios nos dela.

   Primeiro, se beijaram normalmente, depois Charlotte colocou as mãos em volta do pescoço de Harry, e esse começou a beijá-la com mais entusiasmo. Pararam de se beijar por alguns instantes, ofegantes.

   -Não vai me contar, não é?-perguntou ele, beijando o pescoço dela.

   -Nem que minha vida dependesse disso – ela falou, com um sorriso. Ele parou, e lhe deu um beijo curto.

   -É uma pena – disse ele, com um sorriso maroto – é melhor irmos indo. Temos três minutos para chegar na sala de Lupin.

   Charlotte e Harry correram para a sala comunal, pegaram o material, e ainda correndo, passaram pelos corredores, de mãos dadas, rindo.

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