O(a) estranho(o)

Capitulo 1.O(a) estranho(a)

Numa tarde fria e nebulosa,a rua dos Alfeneiros estava silenciosa. Todos haviam se recolhido em suas casas,para ficar perto da lareira,tirar um cochilo ou reclamar do tempo com seus vizinhos. Menos um garoto,que caminhava sem rumo. Ele tinha cabelos negros e rebeldes,olhos verdes e uma estranha cicatriz em forma de raio em sua testa.

   Mais estranho que a cicatriz,era o próprio garoto. O nome dele era Harry Potter. Ele era um bruxo (o que seus tios tentavam esconder de todos) e iria começar o sexto ano em Hogwarts. Harry tinha andando a tarde toda pela rua dos Alfeneiros e pelo largo das Magnólias,apesar de estar tremendo de frio. Ele simplesmente não podia ir para a casa dos tios, os Dursley, porque Tia Guida,irmã de tio Válter,viera fazer uma visita. Ele detestava Tia Guida,e se lembrava muito bem que na ultima visita ela acabara voando pelo teto da sala de jantar da casa dos tios. Harry sem querer tinha perdido o controle da magia e a tinha transformado em um balão. E ele não queria repetir o feito. Se fizesse isso com certeza seria expulso da escola.

   Perdido em seus pensamentos,Harry notou uma pessoa coberta por uma capa perto de um parquinho no largo das Magnólias. Mais parecia que ela sabia que Harry a olhava, pois desapareceu atras de alguns arbustos. Harry pensou em dar uma espiada, "afinal, o que poderia acontecer?",pensava ele,e estava quase indo quando se lembrou de súbito de uma promessa que ele tinha feito ao padrinho,"Harry,agora que o ministério sabe que Voldemort voltou, não é prudente ficar andando atrás de coisas suspeitas. Seria bem difícil Voldemort chegar até você, mas eu tenho certeza que se ele conseguisse não deixaria você vivo de novo. Então me prometa que não vai sair por ai arrumando confusão, ouviu?"

   Harry,com amargura, decidiu cumprir sua palavra com Sirius. Ele fora um dos melhores amigos de seus pais,mas fora incriminado por algo que não cometera(apesar de ter a intenção).Mas Harry e seus amigos Hermione e Rony sabiam a verdade. Quando Harry foi ao ministério da magia, achando que Voldemort havia pegado Sirius,o padrinho viera socorrê-lo.Mas em conseqüência, Sirius foi pego pelo ministro e teve que participar de um julgamento, onde jurou que nunca havia matado ninguém. Agora Sirius estava ajudando o ministério. O ministro, Cornélio Fudge acreditou na palavra de Sirius e do Prof Dumbledore.

   Com um suspiro,Harry lentamente foi andando para a casa dos Dursley. Não queria ficar lá,principalmente com Tia Guida reclamando de tudo que ele fazia,mas não tinha mais nenhum lugar para ir e tinha a sensação que congelaria se ficasse mais tempo na rua. Quando ia caminhando para a porta,olhou distraidamente a janela da sala de estar,e ficou feliz em ver que os tios,Guida e seu primo Duda estavam lá assistindo TV.

   Entrou,tentando não fazer nenhum ruído. Então, se esgueirou para a escada. Depois de subir a escada tomando cuidado com os degraus rangentes,foi para o seu quarto e se jogou na cama. Iria para a cozinha quando todos estivessem dormindo,e comeria o que encontrasse. Tio Valter provavelmente o esganaria quando notasse a falta de comida,mais ele também queria que Guida ficasse bem longe de Harry.

   Pensando nos pais, Harry adormeceu,ele dormia tão profundamente que não notou quando alguém o cobriu,beijou o seu rosto,e começou a cantar:

"Sopor angelum meum
sis tutus
ero hic
Ero vigilat seruans..."

   Naquela noite,nem os gritos de tia Petúnia, nem mesmo Voldemort poderiam tê-lo acordado. O mundo deixara de existir. A única coisa que existia era a bela voz que cantava aquela musica tão suave. Harry tinha anseio que a musica parasse. Mas ela não parou,deixando a mente dele vagar longe,para um lugar feliz,onde não havia medo,onde não havia dor. Onde ele poderia viver com as pessoas que ele mais amava. Onde ele poderia fica com seus pais para sempre,e nada,nem mesmo a morte poderia separá-los.Nunca mais.

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