É agora ou nunca!

É agora ou nunca!

 



 

O vento açoitava os jardins de Hogwarts. A noite escura parecia a mais sombria de que Rony se lembrava. O medo e o desespero pareciam preencher cada canto do castelo. O fim iminente chegara. A guerra havia começado, e Hogwarts estava tomada de estudantes, todos dispostos a lutar ao lado de Harry.

Rony não queria pensar no pior, mas sabia que ele poderia ser inevitável. Era preciso concentrar todos os esforços para manter sua família, seus amigos e... Hermione a salvo. Ele não iria falhar dessa vez, não permitiria que Hermione sofresse mais do que já havia sofrido até ali.

Sentia seu coração palpitar no ritmo assustador do medo, mas ele tinha razões para lutar, e não decepcionaria as pessoas que amava.

 

 

......

 

 

 

- Onde vocês estavam? – reclamou Harry aflito.

 

- Câmara Secreta. – respondeu Rony, tentando voltar a respirar normalmente.

 

- O quê? Mas...

 

- Foi o Rony, foi ideia dele – anunciou Hermione admirada e sem fôlego. – Não foi absolutamente genial? O Rony se lembrou do basilisco, então... então nós fomos até lá, e ele falou, Harry... – ela narrava eufórica, os olhos brilhando.

 

- Como... como assim? – Interrompeu Harry confuso.

 

- O veneno do basilisco, ele é capaz de destruir uma Horcrux – respondeu Rony com simplicidade, as orelhas vermelhas.

 

Finalmente, Harry pareceu notar os objetos que os melhores amigos carregavam nos braços.

 

- Mas como entraram lá?

 

- Foi o Rony, ele sabe Harry, ele falou em língua de cobra – voltou a exclamar, Hermione orgulhosa. – Ele foi incrível... Incrível – os olhos dela brilharam com intensidade e suas bochechas ficaram rosadas.

 

Rony estufou o peito, tentando esconder o constrangimento, embora suas orelhas o denunciassem. Não estava acostumado com Hermione o elogiando tão entusiasticamente.

 

- E onde está a taça?

 

Rony mostrou os destroços do que havia sido um dia a taça de Hufflepuff.

 

- Genial! – Berrou Harry.

 

- Não foi nada – murmurou Rony, ainda que parecesse muito satisfeito consigo mesmo.

 

- Agora só precisamos destruir a diadema, eu sei onde ela está. – Contou Harry, depressa.

 

- Espere um momento! - Disse Rony bruscamente. - Nós estamos esquecendo alguém.

 

- Quem? - perguntou Hermione, confusa, ainda olhando Rony, aparvalhada.

 

- Os elfos domésticos, eles devem estar na cozinha, não devem? – Ele se virou e mirou Hermione com intensidade, parecendo impassível. Os olhos se encontraram – azul no castanho, castanho no azul -, uma troca silenciosa de comoção.

 

- Você acha que devemos chamá-los para lutar? - Perguntou Harry.

Hermione enrijeceu, abriu a boca, pronta para protestar, mas Rony foi mais rápido.

 

- Não, claro que não - disse o ruivo, sério - eu acho que devemos falar para eles saírem. Não queremos mais Dobbys, queremos? Não podemos mandar que eles morram por nós.

 

O coração de Hermione inflou de tal forma que ela pensou que ele pudesse explodir. Um extraordinário sentimento de admiração se apoderou do seu ânimo.

 

Houve um barulho estrépito quando os dentes do basilisco caíram das mãos de Hermione. Ela correu até Rony, sem se preocupar com a presença de Harry, sem temer ser rejeitada, e agarrou o pescoço do ruivo, beijando-lhe a boca com urgência e paixão.

 

Rony também arremessou os dentes do basilisco e a vassoura que estava segurando e correspondeu ao beijo com tanto entusiasmo que levantou Hermione do chão.

 

Ele fechou os olhos, sentindo os lábios dela se moverem sobre os seus. Rapidamente seu cérebro foi devastado, a proximidade entre seus corpos e o perfume delicado que, inacreditavelmente, ainda exalava dos cabelos cacheados e fofos o fizeram esquecer momentaneamente qualquer outra intenção que não fosse beijá-la para sempre.

 

Hermione teve certeza de que estava voando, seus pés não tocavam mais o chão. O gosto de Rony preencheu sua boca, uma deliciosa mistura de menta e chocolate. Deslizou os dedos pelos cabelos ruivos, intensificando o beijo, tentando demonstrar naquele contato todos os seus sentimentos.

 

Corpos colados, corações batendo forte e rápido...

Quando sua língua tocou a dele uma fisgada profunda irrompeu seu peito... O beijo foi se tornando cada vez mais intenso, mais febril... A necessidade desmedida de mostrarem um ao outro o quanto haviam esperado por aquele momento...

 

Finalmente, o primeiro beijo. Nada mais importava... Ambos completamente esquecidos da Guerra, de Voldemort, de Harry... Rony teve a impressão de ouvir um pigarrear nervoso, mas não deu atenção, estava completamente perdido e envolto nas sensações que aquele beijo lhe causava.

 

- Esse é o momento? - Harry perguntou baixo, parecendo constrangido, e quando nada aconteceu, a não ser Rony e Hermione se agarrarem mais fortemente, ele aumentou o tom de voz: - Ei, tem uma guerra acontecendo aqui.

 

 

Rony e Hermione se afastaram, mas um mantendo os braços em volta do outro.

 

Hermione mal conseguia acreditar no que acabara de fazer... Sorriu com os olhos ainda fechados... Tinha medo de abri-los e descobrir que estava sonhando...

 

- Eu sei companheiro - disse Rony, parecendo ter sido atingido na cabeça por um balaço. - Então, é agora ou nunca não é?

 

 

Ele soltou Hermione e recolheu as presas e a vassoura; arriscou olhá-la com o canto dos olhos. Ela estava corada, um sorriso tímido brincando nos lábios.

Seu coração ainda se arremessava com fúria contra o peito. Hermione acabara de beijá-lo diretamente na boca. Ela gostava dele, seus mais supremos sentimentos eram correspondidos.

 

Ele sabia que agora estava pronto, enfrentaria tudo e todos, enfrentaria mil dementadores se fosse preciso, só para sentir os lábios de Hermione nos seus e o corpo dela prensado contra o seu novamente.

 

 

 

 

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N/A: Como salientado, essa one foi escrita como uma forma de presentear a Pipoca, que está de aniversário hoje. Sei que essa one está longe de ser o que ela merece, mas infelizmente por enquanto é o que posso oferecer. Escolhi O MOMENTO entre Ron e Hermione, porque sei que a Pipoca, assim como eu, também ama esse casal e espera ansiosamente para ver essa cena materializada na tela do cinema. Espero que ela e todos vocês tenham gostado do modo como imaginei essa cena.

Pipoca, parabéns e muitas felicidades hoje e sempre!

Beijos,
Dieimi Somers




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N/B: por Viviane Barreda

O MOMENTO de Ron e Hermione pelo ponto de vista Disomers não pode, não seria e jamais poderá ser algo simples e comum, tenho certeza que a Pipoca vai explodir de felicidade, sei como é ter uma fic escrita como homenagem, e digo: Não há dinheiro que pague.

Além de Ron e Hermione, a Di também pensou em ti, Pipoca!!

PARABÉNS!!

Mil Bjs,

Vivi

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