Capitulo IX



Adaptação de um livro de Helen R. Myers.
Detalhes no inicio da historia.

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CAPITULO IX


 


— Estão loucos? É fundamental que eu volte para Dallas hoje à noite! — Sirius disse a Remus, em frente ao portão que conduzia à aeronave.


— Se eu não chegar em casa a tempo de ficar com as crianças enquanto Dora vai para o chá de cozinha de uma amiga, ela ficará furiosa. Bem, mas acho que temos alguns telefonemas a fazer. Os mecânicos disseram que o problema hidráulico parece mais sério do que imaginavam, e querem manter o avião aqui, à noite, para ter certeza de que não se esqueceram de nada importante.


— Eu sei, eu sei. — Essa era a segunda vez que Remus lhe explicava isso, deixando-o ainda mais nervos com a situação.


Com um suspiro, procurou dissipar a tensão que lhe torturava as costas e o pescoço. Quando percebera que algo não ia bem durante o vôo, não tiveram tempo de dar-se conta do estresse que os dominou. Mantiveram a atenção e pousaram de maneira segura.


Mas, desde que o perigo havia passado, Sirius senti uma dor de cabeça intensa, e suas costas parecia travadas.


— Diabos... Pelo menos me diga se os passageiros foram transferidos para outros vôos.


Remus fez um gesto afirmativo com a cabeça.


— Todos eles. É uma boa notícia, já que estamos em setembro. A estação de férias terminou, os feriados ainda não começaram e teremos um avião parcialmente vazio. Venha, anime-se!


— Por quê?


Com um olhar amigável, Remus disse:


— Pense que as coisas poderiam ter sido piores.


Sirius sentiu-se imensamente envergonhado e culpado.


— Desculpe-me por ser tão tolo. Há alguma coisa que possamos fazer antes de procurar um local para pernoitar?


— Tudo foi providenciado. Até já liguei para nosso hotel favorito, a fim de ter certeza de que haveria dois quartos vagos. — Remus ajeitou o boné antes de dar um tapinha nas costas do amigo. — Vamos pegar um táxi e encarar da melhor maneira possível essa situação imprevista.


Menos de dez minutos depois, estavam presos no tráfego, observando o motorista esgueirar-se por entre a barreira de veículos.


— Só faltava essa! — Sirius falou baixinho. — Evitamos um acidente aéreo, mas podemos morrer num congestionamento de automóveis!


— Eu estava pensando a mesma coisa. Talvez pudéssemos conversar, para nos manter tranqüilos.


— Que tal falarmos a respeito de meu desejo de tomar conta de Mary? Ainda não comemorei.


Neil sorriu.


— Não era bem isso que eu tinha em mente. E que tal falar sobre esta noite? Você e Hermione planejavam algo especial?


— Eu poderia dizer que sim. Faz um mês que Mary foi deixada à minha porta.


O belo rosto do amigo mostrava afeição e simpatia.


— Pudera você estar tão aborrecido... Quais eram os planos?


— Apenas um jantar que Mione mesma ia preparar. — Sua família, pensou Sirius, experimentando uma satisfação estranha. — Ouça, eu sinto muito. Não devia ter me comportado daquela maneira.


— Está tudo bem. Sei que esta seria uma noite especial, de comemoração. Não é à toa que você ficou tão aborrecido.


A vida tornava-se doce, quase perfeita. Sirius não buscava mais desculpas para se manter distante de Hermione. Mal podia aguardar para chegar em casa e vê-la.


— Então, como estão as coisas entre vocês? — Remus perguntou, interrompendo-lhe os pensamentos. — Dora sempre me pergunta quando receberemos o convite de casamento.


Era exatamente o que o coração de Sirius pedia: casamento. Mas a mente procurava detê-lo. Por um motivo: ainda não fizera contato com Marlene. Ainda não dera o fato por encerrado.


Era cada vez mais difícil arranjar desculpas quando Hermione lhe perguntava em que estágio a situação se encontrava. Ele não achava decente mentir, mas o fazia para deixá-la mais tranqüila.


— Queremos deixar tudo muito claro. Apressar as coisas poderá criar problemas futuros — falou. Não sabia se Remus julgaria as palavras tão artificiais quanto soaram a seus próprios ouvidos.


— Está certo. Deixe o velho Remus lhe dar algum conselho, amigo. Esperar o momento certo não significa nada após um vôo como hoje. Você faz o que sabe que é adequado e não me deve nenhuma explicação.


Sirius ainda pensava nessas palavras quando finalmente chegaram ao hotel. Foi direto para o quarto, primeira coisa que fez depois de tirar o paletó e colocá-lo no encosto de uma cadeira foi ligar para Hermione.


— Residência das Granger — a voz familiar de Fiona soou, do outro lado da linha. — Se você for vendedor, vou desligar o telefone na sua cara.


Sirius sorriu. A avó de Hermione às vezes podia ser mais espontânea do que uma criança.


— O que está fazendo, Fiona?


—Sirius! É você? Pensei que fosse algum vendedor. Eles têm nos aborrecido muito, ultimamente. Parecem saber exatamente quando Hermione não está, e então telefonam, para vender tudo. De lâmpadas a hambúrgueres. Eu já nem consigo mais ficar sentada...


— Sinto muito. Hermione está?


— Não. Saiu pouco antes de o telefone começar a tocar.


Sirius massageava o pescoço e tentava se lembrar se ela lhe dissera algo a respeito de algum compromisso.


— Sabe se voltará logo?


— Oh, é claro que sim. Foi à cidade, fazer uma visita à butique de bebês. Queria comprar algumas coisas para hoje à noite. Algo especial para a nenê, você sabe.


Ele sentiu um aperto no coração.


— Sim, hoje à noite. — A única maneira de lidar com a injustiça da situação era seguir seu impulso. — Fiona, diga-lhe que... anote um número de telefone, está bem? Mas diga a ela que liguei e que em breve voltarei a telefonar.


Assim que desligou, pegou o paletó. Hermione fora comprar algo para Mary; devia ter pensado nisso também. Poderia descer e ver se havia algum presente no hall do hotel, em alguma das pequenas lojas. Ele e Remus combinaram jantar juntos, mas estaria de volta a tempo.


Sirius abriu a porta e ficou pálido ao ver, junto à soleira, uma loira vestida com roupas de couro e usando óculos escuros.


 


— Um mês? Como o tempo passou depressa! — Faith Harper massageava as próprias costas atrás do balcão.


Hermione não pôde deixar de observar a blusa apropriada para grávidas que a moça usava. A barriguinha já era evidente. Como sempre fosse à loja, testemunhava as mudanças no corpo de Faith.


— Quanto tempo falta para o bebê nascer?


— Pouco mais de dois meses — respondeu a moça, colocando a mão protetora sobre o ventre. Sua expressão tornou-se mais suave, embora um tanto triste. — Fiquei assustada ao saber que estava grávida, mas agora... mal posso esperar.


Faith fora criada com muito rigor pela tia, já falecida.


— Posso imaginar — Hermione murmurou, procurando as palavras certas.


Tinha dezenas de perguntas, mas viu que a outra não pretendia falar mais no assunto. Então calou-se. Que direito tinha de insistir?


— Você está no negócio certo: tem uma loja para bebês. Ah, sabe quem mais engravidou? Michelle Parker. Nós nos encontramos outro dia, no estacionamento.


Faith olhou para o nada, mas enrubesceu.


— Eu... não sabia sobre Michelle.


— Recordo-me de tê-la visto na festa de noivado com Michael Russo.


O sorriso de Faith foi forçado.


— Sim, mas... — Fez uma pausa e apoiou-se no balcão repleto de brinquedos. — Oh! Como isso pôde acontecer? Essa mercadoria chegou ontem e eu já estraguei alguns potes! — exclamou ao derrubá-los ao chão.


Hermione agachou-se para ajudá-la a limpar tudo.


— Estas embalagens são adoráveis.


— A idéia de preenchê-las com um gel para banho me pareceu maravilhosa — Faith continuou, os olhos sonhadores ao pegar uma delas. — E o bebê pode brincar durante o banho. Há também uma coleção completa de sabonetes e xampus. Veja que bonitos.


— Acho que vou levar este — Hermione respondeu assim que o telefone tocou. — Por que não atende enquanto dou mais uma olhadinha por aí?


Com um murmúrio de agradecimento, Faith apressou-se em pegar o fone, deixando-a à vontade. A campainha soou quando um cliente entrava na loja, alguém que Hermione ficou muito feliz em ver.


— Valerie! Que surpresa maravilhosa!


Quando a amiga a avistou, apressou-se em sua direção.


— O que faz aqui? Ainda mimando a garotinha? — perguntou, abraçando Jenny.


— Exatamente. — Ela sorriu. — Está bem-humorada, querida. Que ótimo. Eu estava preocupada com você.


Vai respondeu com um suspiro.


— Apreciei muito sua preocupação mas... Bem, o único jeito de lhe contar é ir direto ao assunto. Lucas e eu recebemos notícias inacreditáveis. Joe Danson e sua esposa Carrie sofreram um acidente e acabaram falecendo. Joe e Lucas eram amigos desde crianças, e acabamos de saber que somos os tutores dos dois filhos que o casal deixou. Acredita nisso?


— Mal posso imaginar! Na verdade, não sei se devo cumprimentá-la ou dar-lhe minhas condolências.


— Sei o que quer dizer. Quando recebemos o telefonema, Lucas e eu ficamos sentados, olhando um para o outro durante muito tempo. Mas agora... — Valerie fez um gesto de impotência. — Nada posso fazer a não ser acreditar que este é um sinal de que devemos lidar com nossos problemas e permanecer juntos.


Hermione teve apenas de pensar no passado de Sirius para saber que crianças não garantiam um futuro feliz. Não lhe cabia, entretanto, dizer isso à amiga.


— Então são duas crianças...


— Duas lindas menininhas. Estou aqui para comprar algumas coisas para o guarda-roupas delas, enquanto brincam com Lucas.


— Lucas está tomando conta das garotas?


— Há dois dias, e já está exausto. — O olhar de Valerie passeou pela loja. Arregalou os olhos ao ver Faith. — Ei, estou mesmo vendo aquilo? Ela está grávida? Que história é essa?


— Um mistério. Faith nada fala a respeito. Lembra-me de alguém que conheço...


— Sinto muito, querida, mas precisei de tempo. Ainda preciso. Logo lhe contarei tudo. Além disso, você precisa conhecer as meninas.


— E você precisa ver a nenê de Sirius. A amiga deu-lhe um tapinha nas costas.


— Como vão as coisas?


— Maravilhosas. Incríveis.


— Você está apaixonada.


— Você fala como se isso fosse horrível!


— É preocupante. Sirius ainda inspira cuidados. Usou de seu charme para fazê-la cuidar da nenê, e temo que, por isso, você fique ainda mais ligada a ele.


— É verdade — Hermione confessou, tentando disfarçar a dor que as palavras da amiga lhe causaram. — Nós nos tornamos muito próximos.


Valerie mordeu os lábios.


— Sinto muito. Não tenho o direito de criticá-la. Espero que as coisas funcionem e dêem certo para vocês dois. Mas... seja cuidadosa, está bem? Proteja seu coração.


Hermione pagou o presente de Mary, prometeu visitar Val e sua nova família e deixou a loja sorrindo. Mas o sorriso sumiu quando chegou ao carro. Doía-lhe pensar que sua mais querida amiga acreditava que Sirius não poderia estar apaixonado por ela.


"Não ligue. Logo que ele regularizar a papelada de Mary, tudo ficará bem e poderemos nos dedicar um ao outro. Então todos verão que Sirius Orion Black me ama", pensou.


Com um olhar carinhoso em direção à embalagem de celofane que trazia nas mãos, entrou no carro. Em seguida, ligou o motor e voltou para casa.


 


— Marlene!


Ela fez um gesto para Sirius, pedindo para entrar.


— Não fique parado aí. Feche a porta! — Tirou os óculos escuros. — Viu alguém no hall? Alguém que parecesse suspeito?


— Atrás de você? Não.


Marlene fez uma careta enquanto caminhava em direção à janela. Por detrás das cortinas, observou o tráfego.


— Parece que tudo está bem, mas...


— Acaso está ensaiando para um comercial? — Sirius perguntou friamente. — Alguma coisa que tenha a ver com óculos escuros ou perfume?


— Acha engraçado? Ou simples? Não recebeu o recado que enviei por seu detetive?


— Você... enviou um recado?


— Não poderia dá-lo pessoalmente. Hugo é o homem mais rude que conheço, e é dono de meu clube favorito.


Sirius jogou o paletó sobre a cama e passou as mãos nos cabelos. Tinha o pressentimento de que a conversa seria um pouco demorada.


A mãe de sua filha contemplava-se no espelho, para ver se a maquiagem continuava perfeita e se o cabelo não se desalinhara. Fitou-a como se fosse a primeira vez que a via. E de certa forma era mesmo.


Marlene era tão artificial quanto as roupas que vestia. Não podia negar que tinha uma aparência maravilhosa. Mas de que isso adiantava, se não passava de uma pessoa fria, materialista?


Ela sorriu.


— Não está bravo comigo, está?


— Bravo? Eu gostaria de... — Forçou-se a respirar profundamente. — Apenas me diga por que agiu daquela maneira.


— Bem, você participou de cinqüenta por cento do processo, querido. Fiz a parte mais complicada e, acredite, não foi fácil. Então me ocorreu que o restante poderia ficar sob sua responsabilidade.


Desse jeito? Que tipo de pessoa você é? Nenhuma mãe faz isso com uma criança que acabou de nascer!


— Mas esta aqui fez. — Marlene continuou caminhando, o corpo esguio em movimentos sensuais, os olhos azuis brilhando. — Ouça, eu poderia ter evitado a gravidez. E acredite, foi muito difícil voltar ao meu corpinho de sempre. Eu... me senti obrigada a agir daquela forma, a fazer a coisa certa.


— A coisa certa! Você fez minha vida virar de cabeça para baixo!


— E eu perdi muitos trabalhos em função da gravidez.


— Tem de colocar as coisas desse modo? Por acaso tem a mais leve prova de que ela seja minha filha?


A expressão de Marlene foi de cinismo.


— Se eu batesse à sua porta e a entregasse, você ficaria com ela?


— Sim, ficaria.


— É... Uma vez alguém me disse que no fundo você era uma pessoa decente. — Marlene colocou a bolsa de couro sobre a cama e literalmente jogou-se sobre uma poltrona. — Por que acha que o escolhi para me levar ao hotel naquela noite, depois de nossa ridícula reunião de escola?


— Não sei — ele respondeu, incerto.


— Você era a única pessoa educada ali... e que ainda não tinha ficado careca. Não pulou em cima de mim quando pediu para dançar comigo e...


Sirius observou-lhe a expressão, que aos poucos ficava mais vaga, meio triste.


— E...?


— Foi difícil para mim. Eu tinha acabado de terminar um relacionamento e precisava de alguém que fosse agradável comigo. Escolhi você.


— O quê? Você me usou! — Sirius mal podia acreditar nisso.


Ela começou a rir.


— Ambos usamos um ao outro. Como se isso fosse algo novo naquela cidade...


Sirius recobrou-se do embaraço rapidamente, e percebeu que ela já mergulhara nos próprios pensamentos.


— Então você descobriu que estava grávida.


— Não. Então conheci Hugo.


Impaciente, ele se sentou no canto da cama.


— Quem é Hugo?


— Nunca ouviu falar em Hugo Hanover? — Quando Sirius fez um gesto negativo com a cabeça, Marlene deu um gritinho. — E o mais bem-sucedido e reverenciado diretor de Hollywood. Estou viajando o mundo todo com ele. Viu A garota e o flamingo? Rita Roostefí?


— Não.


— Bem, acho que esses filmes não passaram em New Hope. Hugo cria histórias muito profundas, metafóricas.


— Ah, sei.


— Conhecemo-nos no aeroporto. O salto de meu sapato se partiu na calçada, bem em frente à limusine dele. Não foi incrível?


— Foi então que percebeu que estava grávida? Ela fez um gesto negativo com a cabeça.


— Não. Isso aconteceu semanas depois.


— Espere um minuto! Por acaso está querendo me dizer que a menina não é minha filha?


— Está brincando? Sirius, foi o destino. Mas a enorme disciplina de Hugo... Bem, sempre praticamos sexo seguro.


— Sei, sei.


— Vou lhe dizer que pessoa grandiosa ele é. Quando lhe contei a respeito de minhas condições, mandou-me para sua casa de praia. Pagou hospital e tudo.


sirius estreitou os olhos.


— Que nome consta na certidão de nascimento dela?


— O seu. Ele sentiu a imensa dor que lhe atormentava o peito começar a desaparecer.


— E qual é o nome real de Mary?


— Mary? — Marlene o fitou, horrorizada. — Você a chama de Mary?


— Tinha de chamá-la de algum nome. Gosto de Mary. Combina com ela e com a cidade na qual crescerá — acrescentou Sirius de maneira significativa.


Pela primeira vez notou suavidade nos olhos de Savannah.


— Dei-lhe o nome de Shawna Mary Black. Quero que seja uma boa menina, Sirius.


As emoções o deixaram aturdido.


— Não quer que seus pais saibam a respeito da menina?


— Eles já morreram. Tenho uma tia em algum lugar do Kansas, mas nunca conversamos. Não, é melhor que Mary fique com você. Está feliz com a nenê? Eu estava certa?


— Ela mudou minha vida.


Marlene começou a dizer algo, mas então fez um gesto negativo.


— Não me fale sobre a garotinha. É melhor que eu não saiba de nada.


— E Hugo? Está tudo bem entre vocês?


— Melhor do que isso. Vamos nos casar na próxima semana, e vou figurar em seu próximo filme.


— Algo ainda me confunde — disse ele, pensando nas últimas semanas. — Por que você tentou apavorar meu detetive e fazê-lo pensar que havia algo perigoso ao seu redor?


— Hugo é muito ciumento. Se descobrir que estamos conversando agora, ficará furioso.


— Esse não me parece um relacionamento saudável...


— Ele é meio velho, tem medo de me perder para alguém mais novo. Tive de me esquivar a fim de poder estar aqui. — Levantou-se e pegou a bolsa. — Tenho algo para você. — Estendeu-lhe um envelope.


— O que é?


— Estou lhe dando a custódia do bebê. Há duas cópias, uma para cada um de nós. A minha já está assinada e registrada. Faça-me um favor e assine a sua agora. Vou esperar aqui, se não se importa. A última coisa que desejo é que alguém me reconheça.


Sirius sentiu-se imensamente aliviado. Tudo o que sonhara estava acontecendo. Pensou em Hermione e desejou ligar para ela, contando-lhe as novidades. Logo, prometeu-se. Muito em breve.


Vestiu a jaqueta.


— Logo estarei de volta — disse, dirigindo-se à saída.


 


Hermione abriu a porta e entrou na cozinha.


— Cheguei!


— O que comprou? — a avó perguntou, virando-se.


Estava com uma xícara de chá na mão.


— Um presente para Mary. Não é adorável?


— Acho um pouco grande. Hermione deu-lhe um beijo.


— Coloque um pouquinho de água para mim também. Gostaria de uma xícara de chá. Como está a nenê?


— Ótima. Mas quanto ao pai, não sei dizer. Ligou e falou alguma coisa sobre mudança nos planos.


Hermione parou e olhou para a avó.


— Por quê?


— Não sei. Deu um número de telefone. Disse que teria de sair e que ligaria mais tarde.


— Deixe-me ver. — Ela colocou o pacote sobre o balcão e preparou-se para telefonar. — Oh, não! Será que houve algum imprevisto?


— Calma, querida. Ele disse que ligaria depois.


— Talvez já tenha voltado. Eu gostaria de saber o que está acontecendo antes de começar a preparar o jantar.


Discou o número. Segundos depois, o recepcionista do hotel atendeu.


— O quarto de Sirius Black, por favor — disse, pensando no que poderia ter dado errado para fazê-lo hospedar-se num hotel quando deveria estar a caminho de casa.


— Sim?


A voz feminina a deixou sem fala. Será que haviam


ligado para o quarto errado?


— Desculpe-me — falou, sentindo-se ansiosa. — Estou tentando entrar em contato com Sirius Black. Ele está?


A mulher hesitou.


— Este é o quarto dele mas... não pode atendê-la no momento. Posso anotar o recado?


— Não pode me atender?


— Quem quer falar com ele? — a mulher perguntou em um tom estranho.


Hermione franziu a testa. Conhecia aquela voz, já a ouvira em muitos comerciais. Claro! Só podia ser ela: Marlene!

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 Adaptação de um livro de Helen R. Myers.
Detalhes no inicio da historia.

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Oiê, desta vez demorei menos, não foi?
Já que chantagem não resulta, tenho que me deixar disso! 

Lizzy: Oiê, a Fiona é a personalidade +++ on, da história! Eu tambem amo ela! É claro que foste mencionada. Tu é que não desistista da fic. Obrigada por cometares!

Well, já estamos na recta final, será que agora deixaram comentarios?
BESOS*
 

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