Prólogo

N/A: Gente, essa é a minha priemeira fanfic então eu agradeceria mtoo se vcs comentassem, mesmo que estiverem achando horrivel, por favor me digam, pq isso é mto importante para mim! Obrigada e espero sinceramente que gostem!

 

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Prólogo

Muitas coisas mudaram depois da grande guerra, entes queridos morreram, o mundo se livrou de Voldemort e de seus comensais, Hogwarts foi destruída e, depois de muito tempo,eu conheci o significado da palavra paz. Eu estava livre de tudo aquilo e mais do que tudo, a pessoa que eu amava não teria mais que conviver com aquilo, livres de um fardo enfim, podíamos viver em paz. Finalmente eu podia estudar em Hogwarts, sair com meus amigos, visitar minha família e principalmente, finalmente eu podia ficar ao lado de Harry Potter, a pessoa que eu mais amava no mundo. Podíamos ficar juntos, sem medo de morrermos, sem medo de termos que fugir, sem ter que nos separar devido a missões, podíamos finalmente viver um grande amor. Entretanto, as pessoas me avisavam, mas eu não queria acreditar, que talvez fosse um pouco tarde para isso.

Eu sou Ginevra Molly Weasley e essa, infelizmente, é a minha história.

Passamos por muita coisa juntos, começando por quando eu era uma garotinha de 9/10 anos e morri ao vê-lo em minha cozinha, passando por quando ele salvou minha vida no meu primeiro ano em Hogwarts, a amizade que formaríamos, ao amor que nutriríamos um pelo outro em silêncio, nosso primeiro beijo. A época em que, mesmo que Rony não gostasse muito da idéia, fomos namorados, passando por quando tivemos que nos separar pela Grande Guerra a quando finalmente nos reencontramos no final dela.

Infelizmente isso tudo não bastava para termos o nosso “felizes para sempre”. Depois da guerra voltamos todos para a Toca, onde Harry ficou morando durante todo o tempo antes das aulas serem reiniciadas em Setembro (Quando todos “repetiríamos” de ano, uma vez que perdemos um ano sem aprender nada verdadeiramente útil com os comensais da morte que foram nossos professores).

Desde os primeiros dias em que nos reencontramos, eu soube que tinha algo errado. Achei que era choque de batalha, mas com o tempo foi se tornando mais claro, tínhamos mudado. No meio daquilo, tínhamos crescido de repente, fazendo com que não fossemos os mesmos de antes e assim, de certa forma, não nos conhecêssemos da mesma forma.

Tudo começou naquelas semanas nebulosas que seguiram o final da grande guerra. Eu me lembro de reencontrar Harry e me jogar chorando nos braços daquele que imaginei que nunca mais veria. Lembro da alegria por ter ele ali, minha família reunida, o final da guerra. Lembro também de ver o corpo do meu irmão sem vida, dos soluços de minha mãe, da expressão desiludida de meu pai, da dor de meus irmãos, lembro de me sentir sendo destruída por dentro, como quando um vento forte passa por um castelo de areia. Porém o que me atormentaria nas noites de insônia pelo resto da minha vida, seria a expressão de Jorge ao ver o corpo caído de Fred. Jorge não gritou, não chorou, não desmaiou, ele não esboçou nenhuma reação. Ele simplesmente olhou para Fred e foi como se uma sombra passasse diante de seu rosto, varrendo qualquer traço de vida que pudesse ter permanecido em seu corpo. Naquele dia não foi um irmão que eu perdi, foram dois, porque Fred nunca poderia existir sem o Jorge, tampouco ele sem o Fred.

No meio desse desastre, enquanto todos choravam a nossa volta pelos entes queridos, ao mesmo tempo em que comemoravam a vitória, eu simplesmente soube, minha vida nunca poderia ser a mesma. Ninguém vê tanta morte, destruição, vitória e alegria ao mesmo tempo, volta para casa e faz um chá. Ninguém passa por grandes experiências e depois continua andando. Ninguém consegue seguir em frente sem perdas, dor e mudança.

De tudo o que eu perdi, dois irmãos, um verão alegre, um ano de aulas, o que mais me doeu foi aquela sensação dolorosa de ter perdido uma parte de mim mesma, o pedaço de mim que vivia intensamente, com emoções. Eu senti que junto com o medo da guerra, parte da minha sensibilidade ia também. Uma coisa infeliz, mas necessária se eu quisesse conseguir seguir em frente nos dolorosos dias que me aguardavam. Assim eu consegui passar por aquelas semanas infelizes e ao verão nebuloso que se seguiu, mas a grande questão é: a que preço? Eu só descobriria muito tempo depois.

Continua...

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