Capítulo XIII



Oi, oi Povo!!!


Eis mais um capítulo e nele Draco toma sua decisão!!! Quais as conseqüências??? Alguém dá um palpite???


Outra coisa, deixei um recadinho lá nos comentários e ninguém respondeu... *vai chorar no cantinho* Ok, escreverei aqui... Vamos ver se alguém me responde agora...


É o seguinte, li um romance histórico bem bacana e pensei em adaptá-lo também, mas quero saber a opinião de vocês, se realmente vale a pena continuar com esse tipo de projeto, se não para com esse quando terminar. Você é quem sabe.


Agora os comentários...


Nana!! Então, logo, logo você conhecerá a inimiga mor da Hermione... Não darei pistas sobre isso nesse momento... Posso acabar entregado o jogo!rs


Sim, muita coisa que envolve o passado dos Malfoy... Quero saber essa sua opinião que está guardando, fiquei curiosa!!!rsrsrs


Flor, estamos chegando na reta final, já está acabando a história. Falta poucos capítulos....  Vamos ver no que vai dar.


Vou tentar, não demorar!! Bjs.


 


Gente, a Aninha fez propaganda da minha fic na dela! Ela é uma fofa, já comentei algumas coisas da fic dela mas devo sugerir, assim como ela fez com a minha, que vocês leiam a dela. Vocês vão gostar! ^^


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=37894


Bjs e boa Leitura!!!!


 


*****


 


Enormes achas de lenha flamejavam na grande lareira do aposento ocupado pela Condessa Narcissa, que estava sentada junto ao fogo, envolvida em um velho casaco de peles, sem conseguir aquecer-se, pois sentia-se gelada, embora há pouco escaldasse em febre.


Sua constituição, outrora bem forte, mas agora arruinada pelas constantes preocupações, pela fadiga dessa perpétua luta contra a ruína, sucumbia sob o grande esforço. O Dr. Slughorn ocultava a todos as suas inquietações, mas não as pudera dissimular ante a perspicácia de Draco, que também já notara diversos sintomas alarmantes em sua querida mãe.


O conde acabava de entrar no grande aposento mobiliado com o luxo severo de outrora, um quarto majestosos e frio, onde nada atraía ou retinha o olhar. A cônega, sentada em frente de sua cunhada, lia-lhe um jornal. Interrompeu-se para estender ao sobrinho uma das mãos, que ele beijou.


— Não o tinha visto ainda hoje, Draco. Então, está tão íntimo dos Weasley que eles já o convidam para almoçar?


Havia em sua voz uma estranha mistura de irritação e ironia.


— Somos efetivamente amigos bem íntimos, minha tia. Além disso eu tinha que pedir diversas informações ao administrador, e este, vendo que se fazia tarde, convidou-me tão amavelmente para participar de sua refeição que eu não poderia recusar sem ofendê-lo. Aliás, causa-me grande prazer a companhia do Sr. Weasley e ninguém poderá negar que ele é verdadeiramente um homem superior.


A Condessa Narcissa lançou um olhar inquieto para a cunhada. Esta, com a mão nervosa, tomou uma tenaz e ergueu bruscamente uma acha incandescente. Espalharam-se chispas de fogo que foram cair em sua própria saia.


— Tome cuidado, titia!


Ela sorriu com amarga ironia.


— Nada receie, Draco! Uma Malfoy sabe afrontar os incêndios e as tempestades, principalmente os que irrompem dentro da alma!


Ditas estas palavras, tomou o seu jornal abandonado sobre os joelhos e, depois de uma pequena pausa, continuou, em voz vibrante de indignação.


— Eu estava lendo para sua mãe a notícia do casamento da Condessa Cho Chang com esse artista, esse músico do qual se tem falado muito ultimamente, Michael Corner. Uma mulher cuja nobreza é quase tão antiga como a nossa! Que exemplo! E também soube ontem que o Conde Ernie Macmillan fez estabelecer em suas terras uma fábrica de porcelana, da qual ele próprio se ocupa. Aonde chegaremos, se a nossa aristocracia, a mais irredutível da Europa, cai assim em tais fraquezas?


Draco ia retrucar, mas calou-se. Retardava a sua revelação por causa da mãe doente e, pelo mesmo motivo, não se levantou contra o protesto veemente da cônega.


— Sim, é lamentável! — exclamou a Condessa Narcissa, com exaltação — Logo seremos, talvez, os únicos a erguer, alto e firme, a bandeira das velhas tradições! E nós jamais a abaixaremos, custe o que custar!


Draco sentara-se. Com os cotovelos sobre os joelhos, apoiava o rosto nas mãos, os olhos fitos na lareira. A cônega, certamente, achou singular o seu silêncio, porque no olhar apareceu-lhe um brilho de inquietude. Inclinando-se para o sobrinho, perguntou:


— Por que não se associa à nossa indignação? Como um verdadeiro Malfoy, naturalmente deverá estar pronto a sacrificar tudo pela velha glória de nossa casa.


Ele não desviou os olhos dos olhares perscrutadores que o fitavam com certa angústia e respondeu, com voz um pouco trêmula:


— Sim, sacrificar-lhe-ei tudo, mas não a minha dignidade de homem, nem os meus deveres de chefe de família.


— E que entende você por isso? Um Malfoy jamais teve necessidade de sacrificar a sua dignidade e os seus deveres! — exclamou a cônega.


O conde observou o semblante pálido da mãe e viu uma expressão de ansiedade distender-lhe as feições. Mas já não podia recuar. A cônega levara-o para esse terreno, e ele a conhecia bastante para saber que iria até o fim.


— Lamento ter que contradizê-la, minha tia. A senhora julga que conservaram a sua dignidade, esses nossos antepassados que viveram uma existência de ociosidade, quando se serviam de uma rica união para levantar a sua fortuna esgotada pelos golpes de insensatas prodigalidades? A senhora julga que foram cristãos, a não ser apenas no nome, aqueles que cuidadosamente cultivaram em seu coração o mais intratável orgulho e as mais injustas pretensões a respeito dos seus inferiores? Tinha delicadeza de alma e honra esse Caelum Malfoy, que pretendia obrigar sua filha Bellatrix a um odioso enlace? A ilustração do nome, da raça, eis a única preocupação de nossos antepassados! Sacrificaram tudo, até a própria consciência. E a senhora deseja que esse fim seja também o meu? Que eu me encha dessas vaidades como um ser sem fé e sem ideal? Oh minha tia, confesso-lhe, lealmente, que não me sinto capaz disso!


Elas o ouviam, imóveis de estupefação. Às últimas palavras do filho, a condessa ergueu-se, estendendo a mão num gesto brusco:


— Draco, você ficou louco? Que quer dizer com tudo isso?... Que significam...


Ele levantou-se, foi para bem junto dela e curvando-se tomou-lhe a mão, fitando-a com emoção.


— Oh, mamãe, não me recrimine, só desejo levantar nossa casa, auxiliar minhas irmãs e meu irmão a se tornarem úteis, dar-lhe o necessário repouso, o bem-estar que tanta falta lhe tem feito, e eu mesmo devo tomar lugar na falange dos laboriosos, daqueles que trabalham para aliviar os males da humanidade. Quero cumprir a minha tarefa neste mundo. Para isso só bastará seguir a vocação com que Deus me dotou. Mamãe, irei completar em Viena os meus estudos médicos; um dia exercerei a minha profissão e espero dar-lhe o direito de se sentir orgulhosa de seu filho.


Ela retirou bruscamente a mão. A cólera tornara rubro o seu rosto cansado, fazendo tremer os seus lábios pálidos.


— É então um plano já decidido que vem expor-me?


Sua voz era baixa, quase estrangulada.


— O Conde Malfoy, médico!... E, segundo deduzi de suas palavras, exercerá a profissão para ganhar a vida?


— É essa, com efeito, uma das minhas razões. E, já que estamos completamente arruinados, esse cuidado lhe deveria parecer até muito natural. Ou a senhora gostaria mais que, em dia bem próximo, aliás, Runsdorf seja vendido, ficando os seus filhos sem abrigo e sem pão, o nosso nome levado de boca em boca, comentado por curiosos mais ou menos malévolos?


A condessa crispou as mãos nos braços da poltrona.


— Eu encontrarei um meio para evitar esse desastre. Posso apelar para a Princesa Karkaroff.


— Que? Então a senhora pensa que o seu filho, jovem e corajoso, aceitaria assim uma esmola e consentiria que a senhora fosse mendigar a fortuna do Príncipe Karkaroff?? Mesmo admitindo que minha tia nos institua seus herdeiros, não poderemos aceitar esses bens que pertencem legitimamente aos sobrinhos do príncipe.


— Pois bem! Você pode casar-se... Há em nossa aristocracia muitas herdeiras a quem decerto você agradaria, se quisesse dar-se ao trabalho...


Draco corou, estendendo a mão num gesto de protesto.


— Nunca mamãe! Enquanto eu não puder oferecer à minha mulher uma posição segura, não me casarei, porque eu mesmo me desprezaria se o fizesse. Aliás, uma das razões que me têm animado na resolução que lhe participei há pouco é esta: quero possuir recursos que me permitam esposar uma jovem pobre, se ela me agradar, oferecendo-lhe, senão a riqueza, pelo menos o suficiente para viver com relativo conforto.


A cônega se mantivera silenciosa. As mãos cruzadas sobre o colo, a cabeça ligeiramente inclinada, ela ouvia Draco com fisionomia impenetrável. Subitamente, ergueu a fronte altiva e levantou-se. Em seu branco semblante, as faces repentinamente coloridas, os olhos pareciam lançar chispas de cólera, ao comentar com mordacidade:


— Uma jovem pobre? Estas palavras abrem novos horizontes!... Não se referem por acaso à Srta. Granger?


Draco não pôde conter um movimento de surpresa e de contrariedade, vendo assim descoberto o segredo que desejava encobrir por algum tempo ainda.


— A Srta. Granger? — repetiu a Condessa Narcissa — Que diz, Ceres?... Mas é impossível!


— Eu também o julguei a princípio, mas pode verificar que o seu filho nem se deu ao trabalho de protestar.


— A senhora acertou, minha tia — disse ele com firmeza — A Srta. Granger, desde que a conheci, me pareceu o ideal da mulher cristã, da esposa devotada, inteligente e nobre, capaz dos mais elevados sentimentos, digna de tomar lugar entre as mais virtuosas, as melhores condessas Malfoy. Ao contrário de considerar que lhe estarei rendendo uma homenagem ao lhe dar meu nome, eu é que me sentirei orgulhoso dela. Hermione jamais aceitaria para esposo um homem inútil, um ocioso, mesmo que lhe oferecesse uma coroa de princesa!


— E aceitará muito bem a coroa de condessa quando estiver dourada pelas grossas somas que o célebre médico, Conde Malfoy, ganhará com a sua ciência! — interrompeu a cônega com mordaz ironia.


— Minha tia, não suportarei ouvir insultar a mulher que amo! — exclamou Draco com indignação — A senhora mesma pôde comprovar por si própria que eu não exagerei em nada. E ainda sobre as suas qualidades...


A cônega interrompeu-o com um  gesto altivo.


— Que a Srta. Granger seja a mais perfeita das criaturas, será sempre aos meus olhos apenas uma plebéia. E sabe de uma coisa, Draco? Ouça-me, se um dia você introduzir esse nome burguês em nossa árvore genealógica, não será para nós mais do que um desertor cujo nome nunca mais será pronunciado no seio de nossa família! Não é verdade, Narcissa?


— Nunca mais! — exclamou a condessa, cujos olhos brilhavam de cólera — Oh maldita hora em que chamei para aqui esses estranhos! Mas como poderia ter suspeitado que o meu filho, tão sério e altivo, iria olhar para uma pessoa de condição tão inferior à sua? Um Malfoy!!... O mais velho, o exemplo de todos! Cede sem luta! Draco! Por que não procurou reagir contra essa loucura?


— Tentei, minha mãe! Mas depois perguntei a mim mesmo por que agia assim, por que repelia a felicidade que Deus parecia ter posto no meu caminho. Inteligência, beleza, distinção de espírito e de coração, tudo isso Hermione Granger possui. Um único obstáculo existe entre nós, mas esse pode ser removido, deve ser removido. Loucura seria eu deixar fugir a felicidade sem tentar conquistá-la!


A mão da cônega caiu pesadamente sobre o ombro de Draco.


— Razoável ou não, você precisa reagir! — disse ela com dureza — Você, Draco será um covarde? Não possuirá nem mesmo a energia dessas fracas mulheres que tiveram a coragem de romper, por si mesmas, o próprio coração e renunciar a todas as alegrias da terra a fim de conservar o seu nome puro, livre de uma aliança plebéia? Admito que seja grande o sofrimento. Mas com que satisfação nos julgamos dignos dos nossos antepassados! Que recompensa é conservar intacto esse nome querido, ao qual temos tudo imolado!


— Que? E é uma cristã quem fala desse modo? Renuncia-se a tudo por Deus, pela Pátria, pelo dever, mas não por um nome! Isto me parece uma espécie de idolatria, minha tia, e acho que Deus nos puniu severamente, com os sofrimentos e as desgraças, talvez por causa dessa idolatria... Hoje estamos arruinados, o prestígio muito diminuído, moribundos os nossos últimos privilégios. É tempo de reparar os erros do passado, de nos erguemos diante da vida moderna, que ameaça nos engolir, e de entrarmos corajosamente em uma nova fase.


— Oh! Você está completamente louco! — murmurou a condessa.


A febre a fazia tiritar.


— Jamais terá o meu consentimento para tal enlace. Quanto à sua estranha idéia de estudar medicina... Aliás, estou curiosa por saber com que iria pagar os estudos! Temos apenas o absolutamente necessário... E ainda!... A não ser que queira vender os móveis e os objetos de valor que conseguimos conservar, à custa de tantos sacrifícios!


— Tranqüilize-se, mamãe. Não tocarei em nada cuja falta lhe possa causar desgosto ou desconforto. Encontrei na biblioteca uns velhos manuscritos e alguns livros curiosos, pelos quais, segundo o professor Granger afirma, eu poderei conseguir um bom preço. Espero que seja suficiente para cobrir as despesas com os meus estudos.


— Ah! Já combinou tudo! — disse a condessa, com irritação — Decerto também a Srta. Granger já recebeu o anel de noivado, não?


O moço replicou com severidade triste:


— A senhora conhece tão pouco o seu filho a ponto de pensar que procederia assim nesse caso? Jamais disse uma palavra sobre esse assunto a Hermione, porque sempre foi minha intenção falar-lhe nisso só quando pudesse oferecer-lhe uma posição independente e certa. Aliás, a senhora pode estar segura de que ela jamais aceitaria a condição de noiva sem o seu consentimento.


— Disso nada me fará ter a certeza! Que lhe importaria a minha opinião? — exclamou ironicamente a condessa — Ela me parece muito hábil, pois triunfou depressa e muito bem! Imaginem que conseguiu virar-lhe a cabeça, a você que tinha tanta consciência das obrigações de sua classe! Mas, em todo caso, providenciarei para que ela vá esperar, longe daqui, que o Conde Malfoy lhe ofereça a sua coroa e o seu doutorado.


— Mamãe, a senhora não fará isso! Não se esqueça de que ela salvou a vida de seu filho!


— É verdade! — disse a condessa com voz surda — Assim, devo conservar sob este teto essa intrusa, essa intrigante, essa vaidosa...


— Não fale assim, minha mãe. Ela de nada sabe, afirmo-lhe! Hermione é a mais leal, a mais nobre das criaturas. Minha tia, que a conhece mais intimamente, pode dizer-lhe se existe nela a menor sombra de hipocrisia ou de vaidade.


— Não, não se pode fazer-lhe tal censura, declarou sinceramente a cônega. Draco é o único culpado de ter cedido covardemente à paixão, de querer sacrificar o seu verdadeiro e único dever.


— Não temos a mesma noção de coragem e de dever, minha tia.


Ela ergueu orgulhosamente o busto, respondendo:


— Não há duas espécies de noção para os da nossa classe! De qualquer modo, a influência dessa família não deve ter sido estranha à sua decisão de trabalhar para ganhar a vida. Você se deixou catequizar, Draco.


O conde a custo reteve um movimento de impaciência.


— Já lhes assegurei que esta decisão é bem minha, porque há longos anos a minha vocação me atormenta; há muito tempo desejo a independência moral e material que me falta no papel de grande senhor arruinado. Reflita, minha mãe! Sua consciência lhe mostrará como a minha resolução é razoável e não guardará mais rancor contra a Srta. Granger.


Como ela não respondesse e virasse o rosto escaldante de febre, Draco inclinou-se, tomando-lhe a mão.


— Eu desejaria ter falado nos meus projetos num momento mais favorável; a senhora precisa tomar um calmante.


A condessa retirou a mão com cólera.


— Agora, concede-me a graça dos seus conselhos filiais e médicos? O que eu preciso é de tranqüilidade... E algum dia a tive em minha vida?


Com um gesto discreto, Draco indicou à cônega um frasco que estava em cima da mesa. Ela fez-lhe um sinal de que havia compreendido. Então o moço saiu, calculando que sua mãe só se acalmaria longe de sua presença.


Tomou pelo longo corredor que levava à capela. Seu coração estava dolorosamente oprimido depois desse combate contra as opiniões mais caras à sua mãe e à sua tia. Verificara nessa conversa quanto lhe seria difícil vencer os preconceitos maternos no dia em que desejasse fazer de Hermione Granger uma condessa Malfoy.


Na porta da capela, quase foi de encontro à sua irmã, que chegava por um corredor lateral. Luna falou com a voz fatigada que se lhe notara já há alguns dias:


— Ah! É você Draco? Quase me fez medo. Este caminho é tão escuro...


— E atualmente os senhores de Runsdorf não têm mais os meios suficientes para iluminar a sua residência. Mas você parece muito fatigada ultimamente, Luna.


— Não, absolutamente. É imaginação sua.


— Não, não é imaginação. Essa fadiga deve ter uma causa moral. Quem sabe eu não lhe poderia dizer qual é?


Na sombra, ele pôde perceber o rubor que subia ao rosto da irmã querida.


— Sim, você seria bem capaz disso — murmurou ela — porque é um terrível observador, Draco!


— Sou ótimo observador e essa qualidade me será preciosa na carreira que vou abraçar.


— Carreira? — repetiu Luna, com grande espanto.


— Vou estudar medicina em Viena.


— Você?... Você? Será possível?!


— Absolutamente certo, minha querida irmã! — disse o conde alegremente.


— Mas isso é inconcebível!... E mamãe?! Minha tia? Que dirão?


— Acabo de lhes falar. Revoltaram-se e não sei se acabarão por aceitar a idéia.


— E então, Draco?


— Creio que o meu dever é persistir, apesar de tudo.


— Mas em que você está pensando, Draco? Jamais se viu um conde Malfoy trabalhar para ganhar a vida! — exclamou Luna com certa angústia.


— Pois bem! O mundo, assim, poderá contemplar esse fenômeno! Aliás, não sou uma exceção. Meu tio-avô, o Conde Cepheus, deu-me o exemplo. Será que você também está por tal modo imbuída dos nossos preconceitos a ponto de me desaprovar, Luna?


— Não sei, Draco!... Até aqui, eu julgava que seria preciso sacrificar tudo por  nossas tradições e eis que você, o chefe da família, acaba de abrir a primeira brecha! Que devo pensar agora?


— Que a nossa tarefa na vida não é contemplar orgulhosamente o nosso nome, o nosso passado, julgando-nos muito acima dos outros seres humanos. E então, minha irmã, quando estivermos transformados por uma concepção da existência melhor e mais justa, talvez nos seja dado realizar um dia o sonho dourado dos nossos corações.


Luna tomou e apertou fortemente a mão do irmão.


— Draco! Não sabe que seria impossível?


— Impossível? Há alguns meses eu também pensava assim. Agora, mudei de opinião. Venha comigo, minha querida Luna. Vamos rezar para que nossa mãe perdoe a este filho por tê-la feito sofrer. Precisamos de coragem para lutar e esperar essa felicidade que entrevemos, tão longe ainda!

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