Histórias para dormir

Personagens



 

James Sirius Potter- 10 anos

 

Alvo Severus Potter- 8 anos

 

Lilian Luna Potter- 6 anos


Histórias para dormir 

O rádio anunciou categórico: "Teremos um final de semana chuvoso!".O que é para  uma criança de 6 anos e outra de 8 algo assustador, principalmente quando a chuva  resolve ser acompanhada por trovões à noite.

                Chovia e trovejava muito, Lilian não conseguia dormir, então derrotada que estava foi para o único lugar que ela poderia ir naquela situação.

-Jay, Jay acorda- chamava Lilian

-8+16=  24

-Jay, não consigo dormir...

                James acordou com a voz da irmã e sorriu.

-Qual é o problema Lil?

-Eu não consigo dormir- disse Lilian assustada

-Ei, você não precisa ter medo só são trovões...

                Naquele instante, um trovão caiu próximo da Mansão dos Potteres assustando ainda mais a pequena.

-Que tal eu ir para seu quarto e te contar uma história?

                Lilian abriu um grande sorriso. Os dois caminharam silenciosamente até o quarto da Lilian, assim que James cobriu a irmã ele começou a falar.

-Que história você quer ouvir?

-De princesa...

-E de um príncipe, imagino...- sorriu James

-E de um unicórnio mágico

                James pegou o unicórnio de pelúcia da irmã e sorriu.

-Bem- disse James sentando-se na beirada da cama da irmã- Era uma vez uma princesa que se chamava Rose...

-Rose que nem a nossa prima?- questionou Lilian

-Sim- sorriu James- Porque a Rose é uma princesa que nem você

                Lilian sorriu e James continuou a história.

-E um príncipe que se chamava...

                James era um bom contador de histórias, mas tinha problemas com nomes...

-James- disse Lilian sorridente

-Mas eu não sou um príncipe Lil...

-Para mim é- sorriu Lilian

-Está bem- riu James-  Então o príncipe se chamava James. Os dois eram um dos casais mais felizes do reino, mas tinham um problema...

-Qual?

-Eles não conseguiam ter um filho

-Por que?

-Ninguém sabia... Mas num belo dia o príncipe foi caçar na floresta e encontrou uma raposa, só que ele não conseguia pegá-la

-Por que?

-Porque as raposas são espertas Lil e correm muito. O príncipe corria atrás da raposa em seu cavalo branco e lançava flechas nela, mas nenhuma flecha acertava a raposa, até que de repente...

-A raposa morreu?- questionou Lilian preocupada

-Não. Uma flecha acertou um unicórnio que andava por lá...

-Não. Você não pode matar o meu unicórnio!- protestou Lilian

-Calma, Lil, calma. Então, o príncipe que era um bruxo muito nobre e que sabia da pureza dos unicórnios, ele correu para socorrer a pobre criatura...

-Ufa- sorriu Lilian aliviada

-O príncipe que conhecia bem a floresta procurou pelas ervas necessárias para curar o unicórnio que graças ao príncipe melhorou. O unicórnio, reconhecendo o esforço do príncipe para salvá-lo, resolveu gratificá-lo com um desejo.

-Aí, ele pediu para ter um filho com a princesa Rose?

-Exatamente. O príncipe voltou para o reino repleto de alegria e contou para a princesa o que tinha ocorrido.

-E ela acreditou?

-Acreditou, pois a princesa era uma das bruxas mais sábias do reino

-Que nem a nossa prima Rose?

-É- sorriu James sem graça- Só que passou um dia, uma semana, um mês e nada. Até que chegou num ponto que eles estavam quase perdendo a esperança

-Tadinhos...

-Então o príncipe resolveu ir para a floresta com a princesa para eles procurarem pelo unicórnio.

-Eles encontraram?

-Encontraram e a princesa questionou por que ela não estava grávida ainda

-E o quê o unicórnio disse?

-Ele pediu para o jovem casal ter mais paciência e, principalmente, para eles terem fé nele e nos seus poderes. Então, passou-se um ano e a princesa ainda não tinha engravidado, mas o jovem casal a cada dia acreditava ainda mais nos poderes do unicórnio, eles nunca perdiam a esperança. Os seus amigos e familiares achavam que eles só podiam estar malucos, mas eles sempre respondiam que a fé era capaz de mover montanhas. Então, em uma bela manhã a princesa percebeu que estava grávida e passado noves meses em uma noite chuvosa como essa, nasceu uma bela princesa.

-E eles viveram felizes para sempre?- questionou Lilian fechando os olhos

-Sim- sorriu James ao ver a irmã dormir

                James saiu com cuidado do quarto da Lilian e instintivamente foi ver como o Alvo estava. Ao entrar no quarto dele, não se surpreendeu ao vê-lo  encolhido na cama.

-Ei Al, eu já te contei a história do Príncipe Alvo e os Dragões?

-Não- sorriu Alvo ao ver o irmão

-O príncipe Alvo vivia no Reino de Condor, ele era o único filho do rei Harry e da rainha Ginevra

                Alvo sorriu ao ouvir o nome de seus pais.

-O jovem príncipe era conhecido pela sua astúcia, coragem e beleza que era tão cobiçada pelas mais belas moças do reino, mas Alvo não pensava em se casar, pois ele amava aventuras e desafios, para ele o casamento só iria atrapalhá-lo. Só que o rei estava velho e queria que Alvo assumisse o trono e lhe desse um neto.

-Iiii sujou- riu Alvo

-Sujou mesmo- riu James- O belo príncipe protestou os desejos do pai, mas não adiantou. Alvo iria se casar com uma bela princesa do reino vizinho em 4 meses. Passou um mês e um dragão apareceu e ateou fogo nas plantações do reino, deixando os camponeses revoltados que correram até o castelo e exigiram que o rei tomasse providências. Alvo ouviu e viu ali a chance de ter a sua última aventura, digna de um grande rei e com isso, suplicou ao pai que lhe desse aquela chance. O rei temeroso negou o pedido do filho, Alvo teimoso pediu novamente dizendo que se ele fosse atrás do dragão ele ia cumprir os desejos do pai com prazer. O rei aceitou com duas condições: (1) voltar a tempo para o casamento e (2) levar 20 soldados com ele. Alvo assentiu e viajou no dia seguinte.

-Ele vai mesmo atrás do dragão?- questionou Alvo com os olhos brilhando

-Sim, Al. Como eu disse ele era muito corajoso. No dia seguinte ele entrou na floresta proibida que era temida por todos devido as criaturas malignas que tinham lá dentro. Sem medo Alvo entrou, mas 3 dos 20 soldados foram embora e então, Alvo só estava com 17 soldados. Alvo procurou por toda floresta e não encontrou nenhum dragão como ele já imaginava, pois algo o dizia que o dragão estava na Montanha das Almas.

-Ele foi para lá?

-Calma maninho. 5 soldados perceberam as intenções do príncipe e partiram deixando-o com 12 soldados.

-Mais que bando de covardes!

-É mesmo- riu James- Ao chegarem no pé da tão temerosa montanha, 6 soldados partiram alegando que já estavam há um mês procurando o dragão e nada. Então, Alvo e seus 6 soldados começaram a subir a montanha. Só que aquela montanha era mágica.

-Como assim?

-Ela fazia os maiores temores de quem pisasse nela aparecerem.

-Como o bicho-papão?

-Igualzinho. Com isso, Alvo acabou ficando sozinho à míngua, mas como ele era muito valente e determinado, conseguiu chegar ao topo da montanha. O coitado levou um mês para isso.

-Mas isso tudo?

-Isso tudo- riu James-  Al, o príncipe teve que enfrentar os seus maiores temores para subir a montanha, isso leva tempo... Continuando, Alvo entrou em uma caverna escura e fria.

-E o dragão estava lá?

-Estava. Assim que o príncipe viu o dragão, ficou impressionado com a sua beleza e achou que seria um pecado matá-lo.

-Não, acredito Jay! Aquilo tudo para ele desistir agora?

-Calma Al- riu James- Como eu disse, o príncipe era astuto. Então, ao invés de combatê-lo, resolveu ser humilde e se curvou perante o dragão e disse: "Bravo senhor, rei dos céus e da terra, eu te suplico para que poupe a minha vida e do meu povo". O dragão que imaginara que aquele jovem bruxo viera combatê-lo, se espantou com o que ele disse.  "Eu estou acostumado à ser importunado por jovens guerreiros como você, estou confuso agora. Ainda mais, porque o senhor é o único que fora capaz de vir até aqui, então seria capaz de me derrotar ." O príncipe olhou para o dragão e disse: "Compreendo o senhor, mas ao me deparar com tamanha beleza, acredito que seja um pecado matá-lo. Venho aqui e te proponho um tratado de paz entre os meus e os teus. Assim o senhor não será importunado e nem o meu povo". O dragão sorriu com aquela proposta: "Como que o senhor garantirá que o meu povo não será importunado?"

-Boa pergunta- riu Alvo- Desculpe...

-"É simples, basta que o senhor voe comigo até o meu reino nos ajude a consertar os estragos que o senhor fez"- respondeu o príncipe. Mas o dragão desconfiado disse: "O que me garante que eu não serei atacado?". "Bravo senhor, eu sou o príncipe Alvo herdeiro do trono, respeitado por todos e acredito que se o senhor me conceder a honra de voar contigo não teremos problemas".

-O Alvo voou com o dragão?

-Voou- sorriu James- E assim eles chegaram rapidamente no povoado.

-Eles devem ter ficado apavorados, não?

-Ficaram, mas assim que viram o belo príncipe nas costas do grandioso dragão não tiveram medo. Alvo explicou que o dragão estava ali para ajudá-los e naquela mesma tarde, os camponeses concertaram todos os estragos e viram que os dragões podem ser boas criaturas. Ao cair da noite, o príncipe voou até o castelo e se encontrou com o pai nos jardins do reino ao lado do seu mais novo amigo. "Pai, venho aqui pedir para que o senhor se permita ser amigo dos dragões como eu e o povoado já somos". "Como?" disse o rei confuso que já sabia que o seu filho e o dragão tinham ajudado o povoado. "Eu e o meu amigo percebemos que podemos ser úteis um para o outro se trabalharmos em equipe, acredito que ele e seus amigos poderiam nos ajudar no campo, enquanto que nós o ofereceríamos um lar seguro."  "Vejo em você um grande rei meu filho"- disse o rei orgulhoso da astúcia do filho.

-Os dragões  se mudaram para o reino de Condor?

 -Sim e vivem em harmonia com os bruxos até hoje trabalhando todos juntos no campo.

-E a princesa? O príncipe se casou?

-Se casou, ele cumpriu a palavra que tinha dado ao pai

-E eles viveram felizes para sempre?

-Viveram, eles e seus amigos dragões- sorriu James

                Alvo deu boa noite para o irmão e adormeceu. James foi para seu quarto depois que cobriu o irmão, chegando lá, ele dormiu pensando nas suas histórias. 

NA: 
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