O desaparecimento do Menino-Qu
Capítulo 6: O desaparecimento do Menino Que Sobreviveu
Lupin e Alex já estavam chegando na cabine telefônica quando tiveram o primeiro sinal de que algo fora do normal estava acontecendo. Uma multidão fazia fila em frente a porta da cabine para entrar, sendo que, muitos dos bruxos que lá se encontravam eram membros do Ministério, logo não haveria razão para usarem aquela entrada.
Lupin se aproximou de uma bruxa de meia idade e perguntou gentilmente:
-Com toda licença, por que estão todos usando a cabine e não a entrada para funcionários como seria usual?
-A entrada para funcionários está fechada, alguns bruxos quase a destruíram tentando entrar.
-Mas por que tanto desespero para entrar? Aconteceu alguma coisa importante?
-Estou a três horas nessa fila e ainda não consegui entrar, então não espere que responda. O ministro Fudge enviou corujas para todos os funcionários há alguns minutos ordenando uma reunião de emergência.
-Ele disse qual era o tema da reunião?
-Alguma coisa relacionada com o Menino-Que-Sobreviveu.
-Muito obrigado -disse ele rapidamente deixando a mulher.
Lupin voltou para perto de Alex exageradamente pálido e tenso.
-O que aconteceu?
-Não sei exatamente, só descobri que alguma coisa aconteceu com Harry!
A aflição ficou evidente no rosto de Alex, sentiu suas pernas bambas e teve que se apoiar em Lupin para não cair. Trêmula disse com voz fraca:
-Precisamos falar com Dumbledore.
-Sinto lhe informar mas acho que ele já deve estar dentro do Ministério, sempre é o primeiro a saber o que acontece na vida de Harry e, se permitiu que Fudge tomasse esse tipo de atitude é porque seja lá o que aconteceu, foi mesmo sério.
-Mas ele não disse nada quando saímos!
-Também acho estranho, mas a melhor coisa a fazer agora é entrar no Ministério e procurar por Dumbledore ou por Fudge.
-Não sei se percebeu mas nunca vamos entrar se tivermos que esperar essa fila.
-Minha cara Alex, você tem o dom de perceber o que já é óbvio - disse Remus rindo - mas, para nossa sorte, não vamos ter que esperar na fila.
-O que você vai fazer?
-Espere e verá!
Lupin tirou de sua capa um pequeno bloco de anotações, arrancou duas páginas e guardou o resto. Em seguida conjurou uma pena e começou a fazer um desenho.
-Remus - disse Alex sem muita certeza de que deveria interromper - Você pretende nos levar para dentro do Ministério com um papel?!?!?!
-Isso não é um papel comum - respondeu enquanto ria-se da expressão confusa da jovem.
-É o que, então?
-Desculpe, tinha me esquecido que você ainda é novata na Ordem e não está familiarizada com os métodos dela - Lupin estendeu a mão e mostrou-lhe o papel - Desde que Você-Sabe-Quem e seus Comensais invadiram o Ministério, uma mágica foi feita para que não fosse possível aparatar para dentro ou fora dele. Era uma medida de segurança necessária, mas tinha seu revés, sempre que alguém precisa-se entrar imediatamente no Ministério por alguma razão muito importante, como nós por exemplo, estaríamos impossibilitados, especialmente considerando que as lareiras foram desligadas da rede do flú. Para resolver o problema, Fudge autorizou a emissão das chaves precisas, elas são chaves de portal que você pode carregar para qualquer lugar e só serão ativadas quando um código pré-determinado seja executado, no nosso caso é esse desenho - ele apontou para as folhas em sua mão - Uma estrela de seis pontas.
Ele conjurou mais uma pena e entregou-a com um dos desenhos quase acabados.
-Se precisarmos ir para o Ministério em uma emergência basta desenhar uma destas, vou mostrar como se faz.
Em seguida ele terminou o desenho e desapareceu imediatamente. Alex então deu o retoque final na sua própria estrela com a pena conjurada por Lupin. Imediatamente, sentiu um gancho no umbigo e tudo em volta de si começou a girar. Instantes depois sentiu que havia caído no chão frio e alguém a estava ajudando a se levantar.
-Você aprende rápido! - Remus disse rindo.
-Muito engraçado - disse enquanto arrumava o cabelo.
Enquanto Alex consertava o estrago, Lupin apanhava o bloquinho mais uma vez e dividia-o no meio, depois entregou um dos montes a ruiva.
-Se precisar.
-Obrigada - guardou o bloco nas próprias vestes e deu uma olhada no lugar - Onde estamos?
-No Departamento de Descobertas Mágicas, é menos movimentado, portanto mais seguro, por isso foi escolhido como portal para as chaves precisas.
Dando uma boa olhada no lugar, Alex viu uma porção das maiores aberrações que poderiam existir nesse mundo, e não era à toa, o Departamento de Descobertas Mágicas era o lugar onde todos os feitiços e aparatos mágicos recém-criados eram postos a prova. Então, se tornava alvo de todos os bruxos que esperavam se tornar um Merlim dos tempos modernos.
Diferente dos outros Departamentos, não haviam paredes separando as salas, aliás, não haviam salas, apenas balcões onde se encontravam todo tipo de coisa, e isso incluia um jogo de runas que revelava uma mensagem secreta assim que determinada palavra fosse dita, uma caixa de maquiagem que mudava de cor conforme o humor da pessoa que a estivesse usando e uma caixa com as bolas do Quadribol só que com um novo formato mais anatômico para que os jogadores pudessem agarrá-las com mais facilidade.
As poucas pessoas que estavam ali, ou estavam de saída ou se preparando para isso. Um aviso que cobria todo um grande mural dizia em letras vermelhas: “Reunião urgente no Departamento dos Ministérios”. Lupin e Alex se entreolharam, já sabiam onde encontrar Fudge e, talvez, Dumbledore, ambos estavam se dirigindo para uma porta que aparentava ser a saída quando ouviram um grito a um canto.
-Eu já disse que não podemos atender a ninguém nesse momento, uma reunião importante está prestes a acontecer e, por isso, TODOS os Departamentos estão fechados no momento.
Os dois procuraram a origem da voz e logo viram uma mulher de cabelos loiros presos em um meio rabo, o azul de seus olhos fazia deles extremamente penetrantes. Ela chegava a ser um pouco pálida, mas suas bochechas naquele momento estavam rosadas de tanto discutir.
-Por favor, será rápido, eu tenho certeza de que se ver isto perceberá o quão útil poderá ser - um bruxo gordinho abanava um pedaço de pergaminho desesperadamente na direção da jovem.
-Coloque nestes termos, já faz meia hora que estamos aqui e eu ainda não vi esse feitiço funcionar, não que duvide que haja uma fórmula para fazer vidro derreter, mas lamento dizer que não foi o senhor que a encontrou, sem falar que, mesmo que tivesse encontrado, ela não teria muita utilidade, então por favor, deixe os seus resultados em cima daquela mesa e depois conversamos.
O homem obedeceu de má vontade e saíu da sala parecendo desapontado e resmungando algum coisa sobre a decadência da ciência da sociedade mágica e a falta de reconhecimento dos grandes talentos de nosso tempos. A loira jogou-se em uma cadeira, o cansaço refletido em seus traços delicados.
-Mais um desses e eu me mato - ela murmurou depois de tomar um pouco de ar e, em seguida levantou-se - De volta ao que interessa, a reunião vai começar em dez minutos.
Lupin a Alex ficaram miraram a jovem estagnados até que ela percebe-se que não era a única no local. Ela os encarou abobada, incapaz de pronunciar palavra, o silêncio foi interrompido por Remus que disse incerto:
-Sara?
-Remus? Alex? São vocês mesmos?
-A não ser que tenha um irmão gêmeo sem saber, acho que sou eu - respondeu Lupin abrindo um sorriso de orelha a orelha.
-Eu não posso acreditar - continuou a garota enquanto corria para junto dos dois e dava um grande abraço em Remus e, depois, outro igualmente grande em Alex - mas onde vocês estiveram esse tempo todo? Pensei que não os veria de novo - o entusiasmo da jovem chamada Sara era evidente.
-Estive ocupado nos últimos tempos, então acabei perdendo contato.
-Eu entendo, essas coisas acontecem, eu também não consegui parar um minuto desde... vocês sabem o que! E você Alex, quando foi que voltou da Alemanha?
-Há pouco mais de duas semanas.
-Ainda não voltou para seu antigo cargo?
-Sim, mas por hora tenho feito mais trabalho de campo. Acho que me desacostumei com o escritório, sem falar que estou pensando em mudar de ramo, o Ministério tem sido insuportável nos últimos tempos.
-Já entendi, toda essa história do retorno de Você-Sabe-Quem tem feito desse lugar um verdadeiro inferno, até nós tivemos que receber treinamento especial e somos supervisionados regularmente. Mas falando de coisas agradáveis, me contem como foi que... - então os três saíram da sala conversando alegremente sobre um assunto qualquer em direção ao Departamento dos Ministérios.
------------------------------------------TRAVESSA DO TRANCO--------------------------------------
-Estatura mediana, loiro, muito pálido...
-Eu já disse, nunca vi ninguém assim - resmungou o homem enquanto se afastava rapidamente praguejando e parecendo assustado.
O cachorro preto ao lado de Tonks suspirou e disse baixinho de modo que apenas ela pudesse ouvir:
-Muito bem Tonks, esta foi a sétima pessoa suspeita que você apavora hoje!
-Já que é tão sabido, porque não tenta?
-Você sabe muito bem que enquanto eu for um foragido de Azkaban isto estará fora de cogitação. Além do mais, você só está complicando as coisas, tá na cara que você é uma agente do Ministério ou qualquer coisa do gênero, ninguém sai por aí procurando por Lúcio Malfoy, muito menos pelos lugares que ele freqüenta.
-O que você pretende que eu faça então? - resmungou Tonks para o cão negro.
-Ser discreta seria um bom começo.
-Está dizendo que eu não sei me disfarçar?
-Isso você faz a toda hora, nem eu me lembro mais da cor do seu cabelo!
-Olha aqui, a aparência não importa! Enquanto eu tiver uma presença marcante todos saberam que sou eu mesmo se fizer uma transformação total.
-Isso não dá pra negar, na Mansão Black ainda tem a marca de quando você bateu na porta quando tinha dez anos.
A garota ficou repentinamente vermelha, não esperava que ainda existisse alguém que se lembrasse desse infeliz acontecimento.
-Até parece, aquelas rachaduras na porta da cozinha apareceram quando sua mãe atirou um elfo doméstico que havia posto sal demais na comida.
-Bela tentativa, mas a marca é no meu antigo quarto.
-Ah! - exclamou a garota pega de surpresa - Mas, então devem estar ali porque a casa já é muito velha, esse tipo de coisa é comum.
-É curioso que meu quarto é o único lugar da casa que tem rachaduras desse tipo, não acha?
-Não é bem assim, elas costumam ser bem discretas que não percebemos até que a casa caia.
-Não venha mudar o discurso mais uma vez!
-Sírius, você devia ter mais respeito, porque...
Os dois continuaram tagarelando até que Sírius percebeu que sem querer acabaram por elevar o tom de voz e chamaram a atenção dos passantes. Desesperado, tentou fazer com que Tonks entendesse o que estava acontecendo e apontou diversas vezes com o focinho para a multidão que se aglomerava.
-Qual é o seu problema, acha que pode me ignorar assim? Quando voltarmos eu prometo que vou... que vou... - a voz da garota foi morrendo à medida que ela percebeu a multidão encarando-os - que vou lhe dar um banho! - disse ela depressa - E não adianta protestar.
Em seguida pegou Sírius e continuou o caminho esbravejando outros castigos que se poderia dar para um cão. Ao chegarem a um beco deserto, a garota puxou Sírius para um canto escuro e disse no ouvido dele:
-Isso fica entre nós, certo?
O cão negro fez um aceno afirmativo com a cabeça.
-Ótimo, então é melhor eu mudar um pouco, as pessoas vão me estranhar depois deste pequeno acontecimento - mau acabou de dizer isso e os cabelos da jovem encolheram e se alisaram, seu rosto sofreu uma leve achatada e a pele uma leve enegrecida - Perfeito! - disse com animação quando o processo já estava completo.
Depois os dois saíram do beco sem que ninguém percebesse nada de anormal, freqüentadores da Travessa do Tranco deviam estar acostumados com pessoas estranhas aparecendo do nada em becos, se bem que ali eram poucas as coisas e pessoas que poderiam ser definidas com a palavra normal até mesmo para um bruxo.
Os dois continuaram a descer a rua procurando nas vitrines qualquer sinal da existência de um elfo doméstico como Sneff por ali, vez por outra paravam para pedir informações sobre onde podiam encontrar isto ou aquilo, pensando sempre no que uma loja visitada por um Malfoy poderia vender. Com alguma dificuldade conseguiram nomes desde Tiro e Queda, venenos para todas as ocasiões até O Jardim de Plantas Carnívoras da Senhora Tuti, visitaram loja por loja sem muito sucesso enquanto marcavam o caminho em um novo Mapa do Maroto.
Exaustos, sentaram num banco de praça para definir qual seria o próximo passo.
-Que tal voltar um pouco e dar uma olhada nas lojas de novo dizendo que viemos a pedido de Lúcio Malfoy?
Sírius a olhou incrédulo:
-Péssima idéia.
Tonks deu um suspiro desanimada e passou a olhar distraída para os lados, já estava pensando em voltar e perguntar novamente a Dobby por qualquer informação extra que poderia ajudá-los quando um fato chamou sua atenção. Dois homens com vestes pretas e máscaras estavam discutindo aos cochichos de forma que ninguém mais poderia ouvir. Por mais que fosse desligada, não haveria pessoa nesse mundo em sã consciência para não reconhecer um Comensal da Morte. A garota se inclinou na direção de Sírius e discretamente apontou para os dois homens, o cão fez um aceno silencioso com a cabeça e andou até eles discretamente como se estivesse passeando, quando chegou bem próximo pode ouvir algumas palavras do que diziam:
-Harry Potter, tem certeza?
-É claro! O sr. Borgins me contou esta manhã, e eu não duvido da validade da informação, especialmente considerando que quem deve tê-la dado foi Lúcio em uma visita à loja dele.
O outro mascarado baixou o tom de voz, deixando ainda mais difícil para Sírius ouvir.
-Mas então, como? Se não foi ele, quem foi?
-Isto é que é um mistério.
Os dois homens fizeram um sinal um para o outro e aparataram, Sírius voltou correndo contar para Tonks o que tinha ouvido.
-------------------------------DEPARTAMENTO DOS MINISTÉRIOS--------------------------------
Lupin, Alex e Sara finalmente chegaram ao Departamento dos Ministérios que havia recebido uma reforma de emergência para comportar todos os membros que trabalhavam para ele e mais alguns convidados de última hora, além dos bruxos extrangeiros que estavam na Inglaterra a trabalho ou como representantes de seu país dentro do Ministério, por mais incrível que pareça a imprensa não estava presente pois foi barrada logo na entrada por funcionérios do Ministério que disseram que Fudge depois daria a eles uma entravista coletiva para passar a população qualquer informação relevante. Os bruxos que chegaram muito tarde e não conseguiram um lugar acabaram por conjurar cadeiras e as colocaram onde puderam.
Depois de um bom tempo todos já estavam acomodados e Fudge subiu em um pequeno palco um tanto improvisado junto com mais três pessoas. Um bruxo baixo e barrigudo que tinha um longo bigode tão escuro quanto seus cabelos, uma bruxa esquelética que devia ser aparentada a uma múmia de tão velha e um conhecido bruxo com uma longa barba branca que ia até a cintura e óculos meia-lua.
-Eu bem que disse que Dumbledore já devia estar aqui - Remus disse num cochicho para Alex.
Fudge então pediu silêncio para a grande multidão e, em seguida, falou em uma voz alta e decidida:
-Meus caros bruxos e bruxas. Agradeço a todos pela presença - ele fez uma pequena pausa, preparando-se para o que viria em seguida - Como alguns já devem saber houve uma gravíssima ocorrência esta manhã que deve em um ou dois dias estar repercurtindo em todo o mundo dos bruxos - ouviram-se cochichos por um breve momento até que Fudge retomou a palavra - Pois bem, devo dizer que esta manhã, aproximadamente ás sete horas, Harry Potter, o Menino Que Sobreviveu - Fudge fez mais uma pausa como se fosse dar a sentença de um condenado - desapareceu.
Nesse momento, o caos tomou conta do local, todos aparentavam estar em pânico e com uma boa razão. O desaparecimento do Menino Que Sobreviveu era o mesmo que o apagar de uma última centelha de esperança, a esperança de que todos dependiam para se manterem unidos, para lutarem nesse momento de crise, para acreditarem que a paz retornaria triunfante, que ela nunca iria embora, que uma nova Idade das Trevas não viria a acontecer, que nunca mais teriam que temer a guerra novamente. Em suma, Harry Potter era a última e grande esperança de derrotar Você Sabe Quem.
Por um breve momento, pode-se ver pessoas chorando desesperadas e discussões absurdas sobre quem seria o próximo alvo do Lord das Trevas, alguns idealistas ainda discutiam a possibilidade de invadir o Quartel General dos Comensais da Morte e resgatar Harry sem levar em conta que nem ao menos sabiam onde era o Quartel General deles ou se Harry estava sendo mantido prisioneiro lá, outros combinavam usar o feitiço Fidelius entre si de modo que ambos os fiéis dos segredos ficassem escondidos, os mais pessimistas já haviam improvisado uma folha de papel e começaram a escrever seus próprios testamentos.
Tentando reganhar a palavra naquele tumulto, Fudge gritava várias vezes por silêncio e calma, mas os gritos estéricos dele eram quase inaudíveis no meio da todas as outras vozes. Quando o Ministro já estava sem fôlego e vermelho, Dumbledore deu alguns passos a frente e disse com uma voz forte e, ao mesmo tempo, serena:
-Já chega, a situação já é muito ruim sem uma centena de bruxos especulando sobre o que não sabem.
O grande salão foi atingido por um repentino silêncio, onde todos, agora mais “calmos” esperevam para ver o que o maior bruxo no qual uma pessoa ainda viva já pôs os olhos estava prestes a dizer.
Satisfeito com a atenção, Dumbledore acalmou sua voz e continuou num tom frio e racional que ele reservava para ocasiões como esta:
-Como o nosso Ministro Fudge já anunciou, Harry Potter, o menino que sobreviveu, desapareceu esta manhã. Vários agentes foram mandados para o local e aparentemente não há pistas sobre quem realizou o feito e como. O senhor Mirran - Dumbledore fez um aceno para o bruxo de bigode e cabelos escuros - nos dará os detalhes.
Mirran trabalhava já havia muitos anos no Ministério da Segurança Bruxa, que, na íntegra, realiza o mesmo trabalho que uma promotoria trouxa. Fora nomeado ministro há dois anos e agora parecia desejar não ter recebido a honra, afinal, os últimos acontecimentos o colocaram em maus lençóis.
-De acordo com a análise do Ministério da Segurança Bruxa - começou Mirran - ninguém foi visto nas redondezas durante o horário do desaparecimento, que deve ter ocorrido entre meia-noite e duas da manhã, a residência era protegida por feitiços dos quais Você-Sabe-Quem não teria como se desfazer sem que chama-se a atenção.
-Mas então, como Você-Sabe-Quem raptou Harry Potter? - uma bruxa perguntou timidamente.
-Bem, vejamos, eu diria que...
-Na verdade - interrompeu a voz de Dumbledore - ainda não temos certeza absoluta de que isso fora obra de Lord Voldemort.
Todos no salão começaram a fazer suposições, enquanto Fudge tentava reganhar a atenção, Dumbledore aproveitara para vasculhar o salão e logo identificou Lupin e Alex junto de Sara, fez um sinal indicando para eles deixarem o lugar, o que foi entendido perfeitamente pelos três, bem a tempo de um bruxo da platéia ter o bom senso de perguntar:
-Se o Lord das Trevas não raptou Harry Potter, então quem?
-Eu creio que a sra. Humbre, secretária do sr. Mirran poderá nos dar algumas suposições - Dumbledore então dirigiu-se a Fudge - eu realmente sinto muito Ministro Fudge, mas há um problema envolvendo a Ordem o qual tenho que resolver, se me dá licença.
Ele deixou o salão enquanto a velha Humbre tentava acalmar os ânimos dos presentes. Mal saíra do lugar e o trio veio ao seu encontro.
-O que está acontecendo? Eu pensei que tínhamos tudo sobre controle - disse um desesperado Lupin.
-Não se preocupem com isso agora, eu cuido do assunto.
-Mas...
-Sua prioridade é Thiago e Lílian, eu me encarrego de Harry.
-Sabe onde ele está?
-Não, mas sei quem o levou, e se minhas suposições estiverem corretas ele ficará bem por enquanto. Já pegaram a lista?
-Ainda não...
-Que lista? - Sara disse abobada.
-Tudo será explicado depois - disse Dumbledore para a loira - aproveitem a confusão para entrar no Ministério de Controle de Ítens Mágicos, me encontrem em Hogwarts quando terminarem.
Em seguida ele usou uma chave precisa para se transportar. Sara olhou para os dois amigos esperando uma explicação.
-Sara, nós precisamos de sua ajuda - disse Alex - por favor isso é muito importante. Antes dessa reunião acabar, temos que fazer uma cópia das lojas da Travessa do Tranco e de seus fregueses.
-Isso me parece bastante irregular, mas para Dumbledore pedir uma coisa dessas deve ter uma boa razão. Sigam-me.
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Quando chegou ao seu escritório, o diretor de Hogwarts se impressionou ao ver Sírius e Tonks esperando por ele. E depois de ficar alguns minutos ouvindo o que tinham a relatar, disse com firmeza:
-Lupin e Alex estarão aqui a qualquer momento, esperemos por eles antes de continuar - depois de um longo suspiro terminou dizendo - parece que a sorte nos sorriu pela primeira vez hoje.
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