Voltando pra casa



Capitulo Sete; Voltando pra casa


Acordei no meio da sala d’Toca. Malfoy estava deitado ao meu lado. Pela janela dava para perceber que estávamos no meio da noite, tudo estava escuro La fora, a casa tão silenciosa como só a noite ficava, ou quando não havia ninguém em casa. Fiquei em duvida quanto quais das duas opções poderia ser a verdadeira, por fim achei que não havia ninguém em casa. Todos deveriam estar me procurando, afinal nunca sai sem avisar mamãe ou papai, - e havia quase 48 horas que fui parar naquela casa, esta a qual não faço a mínima idéia de onde fica - eles devem estar preocupadíssimos. Ainda mais com Voldemorte solto por ai.


Sacudi Malfoy, meu querido Draco, – suspiro – para ver se ele acordava. Adivinhem só o que ele resmungou?


_ Querida, só mais um pouquinho! – fiquei com a pulga atrás da orelha ao ouvir essas palavras. Quem, por Merlin, era essa querida? Então resolvi entrar no jogo para descobrir!


_ Você vai se atrasar Draco! – vamos ver no que vai dar.


_ Mas, Gina amor, hoje é domingo! – após essas palavras meu coração deu um salto e começou a bater mais rápido, parecia que estava em cima de uma vassoura jogando quadribol!


_Draco você só pode estar sonhando! Abra logo esses olhos para você ver nossa situação. – quando terminei de falar, ele já estava com os olhos abertos, e estranhou o local em que estávamos.


_ Onde estamos? - disse.


_Dã, estamos n’Toca. – respondi. Mas que pergunta mais idiota. – Ande logo, temos que achar o pessoal, eles devem estar loucos atrás de nos.


_ E por que estariam loucos atrás de mim? – perguntou-me. Para responder essa tive que pensar... Por que alguém procuraria o Malfoy? Principalmente por que alguém da Ordem procuraria o Malfoy?


_ Ora, vai me dizer que não sabe por que alguém lhe procuraria! – exclamei a primeira coisa que me veio à cabeça.


_Não, não faço a mini ma idéia do porque seus parentes estariam me procurando. – o pior que ele estava sendo sincero. Tinha que concordar com ele.


_ Não importa. Temos que achá-los.


_ Hã... Você já experimentou gritar?


_Não... MÃE! PAI!


Escutei passos no andar de cima. Pelo barulho todos estão em casa. É estava enganada todos estavam dormindo, ou pelo menos deviam ter tentado, pois quando os vi tinham enormes olheiras. Quando acabaram de descer as escadas, ficaram petrificados, afinal eu estava há 48 horas desaparecida e quando volto estou com um short e uma bata todos os dói amassados, com o cabelo super bagunçado parecia que alguém havia passado a mão por ele todo – como se estivesse acabado de sair de uma briga ou de um amasso bem violento. E pior (mais ou menos) Draco Malfoy estava atrás de mim, tão ou mais amassado que eu.


_ Oi pessoal. – disse, para ver se acordavam do estado de traze que estavam.


O primeiro a sair do transe foi Harry, este o qual disse:


_ Quem é você? – revirei os olhos, afinal não podia estar tão diferente assim.


_ Eu – me aproximei dele e fingir medir sua temperatura – sou a Gina lembra? – fui sarcástica. Já disse que adoro ser sarcástica!


Acho que agora a minha família acordou do transe, pois senti o abraço apertado de mamãe coloca apertado nisso – na verdade é mais para sufocante.


_Mam... Mamãe... a... senhora est...esta me... sufocando! – a o ar, como é bom respirar de novo.


_ Onde foi que a senhorita se meteu? – mamãe perguntou.


_ O que ele esta fazendo aqui? – este foi o Rony.


_Quem o trouxe aqui? – estes foram Fred e Jorge, juntos.


_ Ei, não falem de mim como se não estivesse aqui? – Malfoy disse.


Assim que ele terminou de falar a confusão começou. Todo mundo falava junto, não dava para entender nada. Meus irmãos e Harry tentavam avançar para cima do Malfoy e eu fiquei no meio tentando separá-los. Estava começando a perder a paciência. E quando a paciência de uma Weasley evapora preparem os ouvidos que vocês vão escutar.


_ PAREM AGORA COM ESSA CRIANCISE, SENTEM-SE E CALEM A MALDITA BOCA DE VOCÊS, POR MERLIN! – acho que eles ficaram espantados, ou com medo, pois sentaram no sofá e ficaram quietinhos, não se ouvia um pio na casa toda. Respirei fundo, para me acalmar – Ok, assim esta melhor. Mamãe respondendo a sua pergunta, não tenho a mínima idéia de onde estava.


_Mas você sumiu por dois dias! Como assim não sabe onde estava?


_ Longa historia, longa, muito longa. Agora teria como você chamar o prof. Dumbledore, por favor, acho que ele saberá explicar muito melhor do que eu tudo que aconteceu nessas ultimas horas. Inclusive o fato de Malfoy estar aqui.


Mamãe correu à lareira, acendeu-a, jogou um pouco de pó de flu e disse:


_ Hogwarts, escritório do diretor Alvo Dumbledore.


_ Oi Molly, em que posso ajudá-la? – disse o prof. Dumbledore.


_ Boa noite Alvo, a Gina apareceu aqui em casa há poucos minutos e disse que talvez você possa ajudá-la a explicar por onde ela andou e porque Draco Malfoy esta na minha sala com ela.


 Após pensar um pouquinho, disse que já estava indo. Enquanto isso tudo acontecia à sala estava em um silencio irreconhecível para a Toca. Nunca havia um silencio tão profundo na cozinha como naquela noite. Todos olhavam para mim esperando uma explicação – já disse como odeio ser o centro da atenção -, mas eu não abri a boca para falar.


Alguns minutos haviam se passado, mais pareciam horas, quando o prof. Dumbledore apareceu pela porta. Corri a porta e cochichei em seu ouvido:


_Não posso contar tudo a eles, apenas algumas coisas. Tudo isso ainda é muito confuso para mim.  Nem sei se fiz a coisa certa lá. Ajude-me a enrolá-los um pouco. – após terminar de pedir sua ajuda, virei-me para os outros e disse em voz alta – o prof. Dumbledore vai me ajudar a explicar-lhe o porquê sumi de repente e como sumi.


 Agora todos olhavam de mim para o professor O primeiro a se manifestar foi o Harry – que menino curioso.


_ Como assim professor, o senhor sabe o que aconteceu com a Gina? – o professor engoliu seco e disse, respondendo a pergunta dele:


_Sim, sei o que aconteceu com a Srta Weasley. – ele fez um momento de suspense - Ela foi acertada por um feitiço, um feitiço muito antigo, o qual faz com que se realize o desejo mais profundo e puro da pessoa, que foi acertada por este, se realize. E foi por isso que a Srta Weasley aqui presente foi envia a um mundo paralelo onde de alguma maneira teriam coisas que a ajudaria a realizar seu desejo. Mas se por algum motivo tudo que foi feito nesse mundo de algum modo não prossiga como deveria em no nosso mundo ela será enviada novamente, e ficara nesse vai e vem até o desejo estiver realizado por completo, assim tornando irreversível o progresso feito em nosso mundo.


Acho que depois dessa explicação as únicas perguntas que devem estar na cabeça de todos são: “O que o Malfoy tem haver com isso?”, “Qual é esse desejo tão profundo e puro?” e “Quem acertou a Gina com esse feitiço antigo?”. E o pior é que apenas eu posso respondê-las. Vamos ver quem é que vai se pronunciar primeiro. Estou numa tremenda enrascada!


_ Então Gina, vai nos contar qual era o seu desejo? – xii, estou lascada, e agora não esperava ser esta a primeira pergunta, muito menos que ela viesse de mamãe. É meio difícil tentar esconder alguma coisa dela. Vamos lá Gina respire fundo e responda da melhor forma possível, e não gagueje.


_ Eu ouvi certa reunião dois dias atrás e estava pensando em como ajudar a resolver certo problema, enquanto ia chamar papai para almoçar, como sempre acontece aos domingos ele estava no galpão e acho que ele levou um susto e o feitiço que estava pronunciando deu errado e acabou por me acertar. Então foi isso que aconteceu.


_ Espera ai quer dizer que você ouviu uma reunião da Ordem? – disse Fred.


_Que irmã você é hein nem pra nos chamar! – completou Jorge.


Estamos decepcionados com você Gina! – disseram os dois juntos.


Enquanto os meninos davam atenção para mim nem viram a troca de olhares dos mais velhos, que provavelmente entenderam a minha explicação. E muito menos viram o olhar raivoso e chateado de mamãe dirigido ao papai que não deveria ter contado esse incidente para mamãe. Estou vendo que esta noite vai demorar a acabar.


_ Vocês são muito barulhentos eles iriam perceber! – respondi a eles.


_ Mas você poderia ter nos contado no domingo de manhã! – retrucaram.


_ Ora, é mesmo para vocês não fazerem esse show na frente de todo mundo. Vocês são umas antas! Lembram a mamãe havia mandado vocês desgonomizarem o jardim e me mandou arrumar a casa e ajudá-la com o almoço, não deu tempo. – acho que depois desta, eles vão ficar caldos por um tempo.


_ Esta bem, entendemos o seu lado Gina. Mas o que a doninha albina esta fazendo aqui? – disse Rony. Estou lascada não esperava essa pergunta também. Mamãe olhou para Rony com o olhar “não tratamos as visitas assim”, mas ele fingiu que não viu, sei que viu, pois ele engoliu em seco.


_ Não sei. – disse. Pelo canto do olho vi a expressão de Malfoy era de uma tristeza exorbitante, meu coração se apertou com aquilo, doía muito em mim, machucá-lo desse jeito, mas não poderia virar para minha família e falar: “Mamãe, papai estou apaixonada pelo Draco e ele vai mudar por mim”.


_ Não sabe. Como assim “Não sei”? Ele chegou com você! – disse Rony.


_Ronald Weasley! Não fale assim com sua irmã! – disse mamãe.


_ Eu acho que vocês ainda não entenderam, como vou que eu vou saber o que ele está fazendo aqui. E se vocês querem saber, estou cheia desse interrogatório todo, vou me deitar, pois estou exausta. – dizendo isso subi as escadas correndo e tranquei-me no meu quarto.


Ouvi ainda eles discutindo mais um pouco e não ligue. Mais tarde Mione bateu em minha porta pedindo licença, fingi estar dormindo não queria conversar agora, quem sabe amanhã, talvez sim, talvez não.

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