Apaixonados
Capitulo Seis; Apaixonados
Acordei alguns minutos mais tarde, estava de volta ao quarto. Ele deve ter-me trago igual à ontem, a única diferença é que dessa vez estava desmaiada e não pude sentir como é bom e aconchegante estar envolta por seus braços.
Ainda não havia aberto os olhos, estava deitada com meus pensamentos estes o quais não me perturbavam mais, pois havia compreendido que eu realmente o amava. Apesar do choque, que me fez desmaiar consegui compreender tudo isso no tempo que estava desmaiada. Isso ainda é muita informação para o meu cérebro, por isso não abri os olhos. Não estou preparada para encarar aqueles olhos azuis acinzentados tão característicos de descendentes tanto de Malfoy’s quanto de Black’s.
Acho que estou ventilando apenas com esses pensamentos. Senti uma aproximação, deve ser ele. Abri os olhos lentamente, deparei-me com íris azuis preocupadas. Não consegui segurar-me, enlacei-o pelo pescoço e beijei-lhe os lábios. Foi uma sensação única, nunca senti nada igual, o mundo parou naquele momento. Senti que ele foi surpreendido com esse beijo repentino, mas logo retribuiu. Apenas aquele contato de lábios não estava sendo mais suficiente, para nenhum de nos dois, então ele pediu passagem com a língua, esta a qual foi prontamente recebida por minha boca. Quando nossas línguas se encontraram foi como se o mundo tivesse explodindo. Um misto de sensações nunca sentidas por mim. Acho que ele também nunca se sentiu assim, pois ficou alguns segundos imóvel, como se tivesse levado um choque muito grande. Mas após esse momento ele voltou a me beijar com tanta ou mais intensidade que antes. Ficamos nessa briga de línguas durante algum tempo, quando paramos estávamos ofegantes, com os lábios inchados, os rostos vermelhos e ele com um olhar tão apaixonado como nunca havia visto antes em ninguém.
Não sabia o que fazer muito menos o que falar, então fiz a primeira coisa que me veio à cabeça: peguei o travesseiro ao lado e coloquei-o tampando meu rosto.
_ Ò, por favor, nem foi assim tão constrangedor. Ou foi seu primeiro beijo? – retirei o travesseiro do rosto com um olhar assassino – Ok, ok, não foi seu primeiro beijo e nem o meu. Mas foi a primeira vez que agarrou alguém assim não foi? – escondi a cabeça de novo – É dessa vez eu acertei, mas olhe para mim – retirou o travesseiro do meu rosto, fechei meus olhos, não conseguiria me segurar por muito tempo, meu estomago parecia cheio de borboletas – ei abra olhos, vamos não é tão difícil me encarar assim, você já fez isso muitas vezes. – disse-me ele.
_ É, mas não em situações assim, é diferente! – murmurei de olhos fechados.
_ E o que mudou, além do fato de você ter me agarrado?- perguntou-me.
_ Fora isso, muitas coisas, estas das quais não vou lhe dizer. – respondi-lhe.
_Ou, você deve estar falando do fato de ter descoberto que é apaixonada por mim ou ao fato de que não sou a doninha albina de sempre, - sabe acho que esse cara ta usando legilemencia em mim - mas sim um cara gentil que sabe tratar uma bela dama como se deve. E que está provavelmente apaixonado por esta a sua frente. – a ultima parte foi um murmúrio quase inaudível, mas eu o escutei muito bem.
_ Desculpe, mas dá para repetir a ultima parte. – falei abrindo os olhos.
_ Finalmente decidiu parar de gracinha e abrir os olhos? – perguntou-me ele.
_ É talvez, mas não fuja d
o assunto. Repita a ultima parte sim? – disse fazendo carinha de criança inocente.
_ Hã... Um cara gentil que sabe como tratar uma dama? – disse-me ele.
_ Não a parte que tinha um “provavelmente apaixonado”. - disse a ele.
_... - ele estava ficando pálido.
_ Então como vai ser terei que te obrigar a falar ou vai falar por livre e espontânea pressão. – disse a ele com um olhar: se descida logo estou com pressa.
_... – ok, eu cansei de esperar.
_ Vamos lá, você diz agora ou... – disse me aproximando perigosamente.
Ele deu um passo para trás, traindo-se miseravelmente.
_ Com medo de uma menininha Draco? – disse a ele.
_ Vamos não pode ser assim tão ruim, não é? Afinal por que seria ruim estar apaixonado? Você é um ser tão frio assim, que não se apaixona? Que não ama ninguém? – continuei me aproximando.
Estava quase me encostando a ele, milímetros nos separava. Seus olhos estavam em chamas.
_ Gina, minha querida, você vai acabar se queimando desse jeito! – disse ele, nossos lábios quase se tocando. Eu ansiava por esse toque, quase como alguém que ficou dias no deserto anseia por água.
_ Não tenho medo de fogo Draco! – respondi-lhe. Aproximando-me mais. Sentia seu coração, o qual estava descompassado. Tão descompassado como o meu. – Então vai continuar me enrolando ou vai repetir?
_ Eeu... Eu dis...disse... q... que... es... esta... tava... Eu disse que estava provavelmente hã... – respirou fundo - apaixonado por... Por você! – disse-me ele. Nunca senti nada igual ao que senti naquele momento. Meu coração já acelerado bateu mais rápido ainda e senti uma vertigem.
Acho que desmaiei novamente. Estou nas nuvens. Flutuando, literalmente. Leve como uma pluma.
_ Gina, Gina querida, abra os olhos sim. Isso vai, olhe para mim. Esta melhor? – a preocupação naqueles olhos me deixou preocupada.
_ Draco? O que aconteceu? – perguntei a ele.
Ao ouvir minhas palavras ele sorriu um sorriso tão doce.
_ O que foi Draco? Esta me deixando preocupada. – disse-lhe.
_ Você. – respondeu
_Eu, eu o que Draco. Você esta bem? Parece meio hã... Como posso dizer? Feliz de mais?
_ É você. Você me chamou de Draco!
_ E criatura, o que isso tem a ver com sua felicidade? Esse é o seu nome, não é?
_Ora o que isso tem de mais? Nada, não tem nada demais. Bem pelo menos não é mais Malfoy. – retrucou. Eu acho que esses dois desmaios devem ter me afetado muito, afinal nunca fui tão lenta antes. Criatura. EU? É você mesmo. Ele acaba de dizer que te ama. E você ainda o chama de Draco, isso deve significar alguma coisa, afinal você desmaiou quando ele terminou de falar. Você não fez nenhum comentário, apenas desmaiou. Ele esta esperando uma resposta. Lembra a cara de preocupado. O sorriso ao escutá-la pronunciando seu nome.
É o desmaio me afetou.
_ Idiota. Sua idiota. Burra, burra. – resmungava baixinho comigo mesma.
_ Hã... Draco eu... Eu... – não vou falar isso, não consigo. Meu Merlin me ajuda! Espera aí! Eu não preciso falar nada. Ações valem mais do que palavras.
Virei-me para ele, olhei fundo em seus olhos, levantei-me um pouco da cama, afinal estava deitada e ele estava sentado nela. Em momento algum perdi o contato com os olhos dele. Aproximei-me mais e uni nossos lábios, em um beijo terno e doce que demonstrava tudo que estava sentindo naquele momento.
_ Te amo! – murmurei entre o beijo, usando toda minha coragem. Acho que estou ficando maluca de vez. Acabei de beijá-lo novamente.
Após escutar minhas palavras, duas as quais significam muita coisa, interrompeu o beijo, olhou bem fundo em meus olhos e disse:
_ Por favor, repete, lhe imploro que repita! Repita agora, olhando em meus olhos! – ele disse de uma forma meio “diga, se não morrerei imediatamente”. Foi tão fofo que não me segurei e disse.
_ Eu Gina Weasley estou apaixonada por você, Draco Malfoy!
Após minha declaração, nos beijamos novamente, mas desta vez, não um beijo desesperado e cheio de desejo, e sim calmo, proveitoso e cheio de amor e carinho.
E agora meu Merlin, o que eu faço? Declarei-me. Não acredito que fiz isso. Estou me sentindo uma idiota.
Após esse pensamento o quarto se encheu de luz. A ultima coisa que me lembro foi que havia desmaiado de novo.
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